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Resumo do Capítulo 1 Capitalismo e Colapso Ambiental

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
RESUMO DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO CAPITALISMO E COLAPSO AMBIENTAL DE LUIZ MARQUES
ALUNA: HELOÍSA ROCHA SOUZA LIMA NÚMERO: 10696812 DATA: 16/05/2018
AQUECIMENTO GLOBAL
O desmatamento é contribuinte ao aquecimento global. Citado como uma das principais causas do efeito estufa. Responsável por 20% das emissões mundiais de gases geradores de excesso na temperatura.
Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science (PNAS) classifica as nove regiões do planeta que, ainda este século, serão palco de alterações severas devido ao aquecimento do planeta. Entre elas estão as monções na Índia e o decaimento da floresta da Amazónia.
Os especialistas, coordenados por Tim Lenton, da Universidade de East Anglia, alertam que pequenas atividades humanas podem transformar, de forma expressiva, alguns dos elementos mais importantes do sistema climático do planeta. Os investigadores chamam tipping elements os nove itens que estão em risco de extrapolar um limite crítico, que são: o degelo do Ártico, recuo da camada de gelo na Groelândia, a anormalidade da plataforma gelada do Oeste da Antártida, crise da corrente oceânica global termoalina, aumento da oscilação do fenómeno El Niño no Pacífico, colapso das monções na Índia, cessação das monções na região ocidental de África, supressão da floresta da Amazónia e o dissipação da floresta boreal.
De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas o desmatamento, sobretudo em áreas tropicais, pode representar até um terço do total de causas antropogênicas das emissões de dióxido de carbono.
Especialistas indicam que as emissões de dióxido de carbono por desmatamento e degradação florestal colaboram com 12% do total de emissões de dióxido de carbono antropogênico em intervalo entre 6% e 17%.
O desmatamento que gera dióxido de carbono continua na atmosfera. Quando se acumula produz uma camada com armadilhas na radiação do sol, transformada em calor que gera o aquecimento global, conhecido como o efeito estufa.
Diferentes plantas retiram carbono (sob a configuração de dióxido) a partir da atmosfera durante o processo de fotossíntese e de liberação do oxigênio que retorna para ao ar durante a respiração natural. Apenas quando se desenvolve de modo intensificado, as árvores ou florestas retiram o carbono ao longo de um período de tempo anual ou superior.
Em termos gerais as florestas são reservas de carbono e podem ser fontes dependendo de situações ambientais. Nas áreas desmatadas da Terra elas aquecem e atingem temperaturas elevadas, levando aos movimentos ascendentes que geram a constituição de nuvens e produção de chuva.
Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) em países em desenvolvimento surgiu como um novo potencial para complementar as políticas climáticas. A ideia consiste na prestação de compensações financeiras para atenuar o efeito dos gases causadores do efeito estufa derivados do desmatamento e da degradação florestal.
As florestas tropicais são acreditadas por leigos por colaborarem com quantidade expressiva de oxigênio no mundo, apesar de que seja aceito pelos cientistas que os vegetais colaboram com pequena rede para a atmosfera.
AQUECIMENTO GLOBAL PODE AFETAR O CICLO DA ÁGUA
O ciclo da água também é afetado pelo desmatamento. Árvores consomem águas subterrâneas por meio das raízes e liberam para a atmosfera. Quando parte da floresta foi removida, as árvores não transpiram a água, o que causa um clima seco. Desmatamento diminui o teor de água no solo e nas zonas subterrâneas, bem como os níveis de umidade atmosférica.
Solo seco induz a menos consumo de água para a extração de árvores. Desmatamento reduz a conexão da terra, de modo que erosões, inundações e deslizamentos sejam consequências em regiões que sofrem em virtude da fragmentação de florestas.
O desmatamento também coopera para a diminuição da evapotranspiração, umidade atmosférica que afeta os níveis de precipitação da área desmatada, como a água não reciclada para florestas a favor do vento, por exemplo. Em geral, árvores e plantas afetam o ciclo da água de forma expressiva.
Pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Antonio Donato Nobre destaca que uma árvore pode bombear para a atmosfera mais de mil litros de água por dia em formato de vapor.
Professor do Departamento de Física da USP (Universidade de São Paulo), Paulo Artaxo, lembra que os rios voadores são um dos três fundamentais elementos para a vinda das chuvas no Centro-Sul do país.
CAMINHOS JUNTOS: ECONOMIA E MEIO AMBIENTE
Desde 2010, há um movimento exponencial de empresas globais e governos ao redor do planeta prometendo eliminar o desmatamento coligado à produção de commodities agrícolas como a soja, a carne e o óleo de palma. A maior parte dos acordos tem o limite de 2020 para serem desempenhados.
O desafio é grande e demanda uma série de mudanças nas atitudes e exercícios de tais empresas: mais rigidez nas políticas de compra, mais apoios para investimento em novas áreas, foco em incremento de infraestrutura, em políticas de crédito rural e em planejamento territorial. Várias obrigações estão além dos modelos determinados pela lei dos países em que essas empresas e seus fornecedores operam.
No Brasil, o governo adotou o alvo de obter o desmatamento ilícito zero na Amazônia até 2030. Esse alvo também é desafiador e estabelece desdobrar o monitoramento, aperfeiçoar a inspeção e aplicar penas.
A intenção brasileira se restringe ao desmatamento ilegal porquanto a contemporânea legislação tolera certo nível de desflorestamento em áreas do setor privado, ou seja, um desmatamento legal. Dentro das condições e limites pré-estabelecidos pelo Código Florestal e com o devido alvará, um agricultor que tem uma área no cerrado, por exemplo, pode desmatar até 80% de sua propriedade para produzir.
Tais produtores não atenderiam aos pré-requisitos de investidores que estabelecem práticas acima da legislação e priorizam suas compras dos produtores que optam por produzir sem desmatar. Dessa forma, o produtor se vê determinado a extrapolar o piso legal para obter acesso aos mercados.
COBERTURAS VEGETAIS DO PLANETA
As mantas vegetais são o principal meio onde ecossistemas inteiros funcionam. Em florestas, situam-se 70% a 80% da biodiversidade do planeta Terra e refugia em sua grandeza espécies em extinção. O desflorestamento é uma das principais causas pela constante perda da biodiversidade. A floresta tem múltiplos benefícios cruciais para a sobrevivência, em meio a elas: é essencial para a biosfera, contrabalança as várias esferas biofisicoquimicas (atmosfera, hidrosfera, litosfera e criosfera), preservam o solo, regulam a precipitação e os ciclos biogeoquímicos.
Em mangues, por exemplo, situam-se animais, fungos, bactérias e micro-organismos em geral. Por conseguinte, percebemos um atrelamento, caracterizando uma comunidade. Em meio aos animais mencionados, está a espécie humana.
Claramente as coberturas vegetais originais permanecem se degradando (ou sendo degradadas) e desaparecendo. Em sua maior parte, as mantas vegetais são usadas para sustento ou desmatadas para “desenvolver” o mundo: construção, embarcações, mobiliário, energia etc. E tudo isso compõe o capitalismo, o qual devasta em escala exponencial para a evolução.
De 20% a menos de 7% em um século (equivalente à três vezes a área da Alemanha), a biodiversidade das Paisagens Florestais Intactas faz com que seu desmatamento seja mais danoso do que com qualquer outra formação vegetal. As florestas tropicais são o habitat insubstituível de ao menos metade das espécies terrestres do mundo.
Até 2050, as florestas originais devem perder 13% de sua área. Os modelos sugerem que, até o ano 2050, as temperaturas na Amazônia aumentarão em 2º C a 3°C. Ao mesmo tempo, a diminuição das chuvas nos meses de seca provocará a aumento da seca.
 Essas transformaçõesterão graves sequelas. O aumento de temperatura e a diminuição das chuvas, conforme previsto, podem provocar secas mais demoradas e talvez mais rigorosas, juntamente com mudanças substanciais na sazonalidade, com impactos sobre plantas, animais e seres humanos. E, além disso, dos 400 milhões de hectares de florestas tropicais utilizadas atualmente para a plantação de madeira, menos de 8% são de manejo sustentável.
DESFLORESTAÇÃO
	Há seis principais fatores que estimulam o desmatamento que é a extração de madeira, o aumento da fronteira agropecuária, incêndios, mineração, construção de hidrelétricas e urbanização.
Uma das principais causas dos periódicos incêndios foi o aumento da temperatura e outras mudanças climáticas, que transformam também a umidade relativa do ar, concentração de poluentes etc.
Sabe-se que o anseio do agronegócio é aumentar mais e mais a produção, logo as vendas e, para isso, procuram aumentar sua área de plantio ou de pasto ilegalmente. Assim, detectou-se que 90% dos incêndios de florestas são intencionais ou indiretamente (a área exposta da floresta fica sujeita à insolação).
Os incêndios são, na sua maior parte, propositais, delinquentes, provocados por fósforos, isqueiros, velas ou então por leviandades e descuidos graves como balões, rojões, queimas de lixo na beira da mata.
O fogo consome campos, matas, casas e evapora a água nas nascentes. O fogo aniquila em poucas horas grandes esforços de reflorestamento, ou de conservação das matas e das nascentes, um risco para a existência de muitas pessoas. 
O desmatamento, além de retirar a cobertura florestal, ele provoca uma mudança violenta nos padrões de pluviosidade e na distribuição das chuvas. As recentes descobertas científicas sugerem que o atual desmatamento da Amazônia já alterou o clima regional. 
Ao lado de mudanças no uso da terra, pode-se esperar a degradação dos sistemas de água doce, o dano de solos valiosos do ponto de vista ecológico e agrícola, mais erosão, menores colheitas agrícolas, maior invasão de insetos e a transmissão de doenças infecciosas. 
O Cerrado, a partir da década de 1950 intensificou-se o desmatamento em sua área. Isso aconteceu especialmente pela ampliação das fronteiras agrícolas e políticas públicas para a ocupação do centro-oeste brasileiro. A intensa urbanização e as atividades agropecuárias são os principais responsáveis pelo desmatamento do Cerrado. Conforme estudos do Ministério do Meio Ambiente, 67% do bioma sofreu modificação. 
 A Caatinga teve sua vegetação reduzida pela metade devido ao desmatamento. São aproximadamente 500 mil hectares devastados por ano
DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA ESTÁ PRÓXIMO DE NÃO TER VOLTA
Conforme estimativas do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, a área desmatada na Amazônia até o ano de 2002 era superior a dimensão do território francês. Isso se deve especialmente à extração de madeira e atividade agropecuária. De acordo com análises do Ministério do Meio Ambiente, foi averiguado que 80% da comercialização da madeira na Amazônia ocorrem de forma extrajurídica.
Queimada, método danoso para o solo e atmosfera: A Mata Atlântica perdeu aprox. 93% da sua cobertura vegetal, restando somente 7%. Do território brasileiro, 15% era ocupado pela a Mata Atlântica. Atualmente é considerada a quinta área mais ameaçada do planeta. 
Nos últimos 40 anos, o equivalente a 200 árvores para cada brasileiro foram decepadas na Amazônia. A parte oriental da floresta, área de ampliação agrícola, é a mais vulnerável. Se há menos vapor de água na atmosfera, as chuvas tendem a ser cada vez mais insuficientes no Centro-Sul do país.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
	Várias das proteções legais que garantem e promovem conservação e preservação de áreas naturais estão sob ameaça.
A proteção dos recursos naturais é uma constante na história no Brasil. Contudo, ao longo dos séculos, é possível averiguar como essa proteção foi se modificando. De tal modo, não somente os fundamentos da proteção foram se transformando, passando de interesses puramente econômicos a veneração à dignidade humana, mas também os mecanismos de preservação desses recursos foram se expandindo. Em meio a esses, cita-se a Área de Preservação Permanente (APP). 
Todavia, com o passar do tempo, começaram a discutir sobre a ausência de cientificidade dos critérios legais para a proteção de certos lugares protegidos. Com tal contexto, determinados departamentos da economia agropecuária passaram a exigir flexibilidade da legislação ambiental para não barrar o desenvolvimento econômico do país. Foi nessa situação que se acatou um novo Código Florestal em 2012, que diminuiu os níveis de proteção das APPs de recursos hídricos. Além de ser um retrocesso socioambiental capaz de afetar a condição do ambiente para as futuras gerações, danifica a própria integridade dos atributos que justificaram a criação desse tipo de espaço notadamente protegido, colocando em risco o núcleo essencial do meio ambiente ecologicamente equilibrado ao deixá-lo praticamente desprezado, o que evidencia a imprescindível precisão de uma alteração legislativa.
O DESMATAMENTO COMO QUESTÃO GLOBAL
A Europa vem liderando os países industrializados na condução do desmatamento global. Isso é o que diz um artigo independente difundido pela Comissão Europeia. Segundo a matéria, o consumo de bens europeu levou a um extravio de floresta de pelo menos nove milhões de hectares entre 1990 e 2008. Esse número retrata uma área da grandeza da Irlanda.
A florescente procura da Europa por carne, produtos derivados do leite, biomassa e biocombustíveis para energia, além de outros produtos que necessitam de grandes áreas de terra também colocaram uma grande pressão sobre os ecossistemas florestais em todo o mundo.
O ambientalista norte-americano Fairfield Osborn (1887-1969) criador da Conservation Foundation, habituava-se a dizer: “A história dos EUA durante o século XIX, no que concerne à utilização das florestas, das pastagens, da fauna, da flora e da água é a mais violenta e a mais destrutiva entre todas as da longa História da civilização.”
O aniquilamento do verde resultou, entre outras causas, a extinção completa de várias espécies de animais. Entre elas, o pombo-migrador e o periquito-da-carolina.
A procura pela ampliação econômica imediatista é o principal responsável pelos desmatamentos no Brasil, desfavorecendo um possível desenvolvimento social e ecológico. O que futuramente ocasionará problemas em amplas dimensões.
 POLÍTICAS PÚBLICAS
A concepção da Secretaria do Meio Ambiente (1973), no âmbito federal, os planos de colonização e de aproveitamento econômico na Amazônia, a expropriação de terras indígenas, de posseiros e comunidades rurais, a metropolização de grandes cidades e capitais estaduais, as repercussões ambientais e sociais dos polos petroquímicos de Camaçari, na Bahia, e de Cubatão, em São Paulo, e da represa da usina de Itaipu, no Paraná, são exemplos de eventos que notabilizaram discussões acadêmicas, crítica social e atuação do governo em nosso país. 
São ocorrências e métodos sociais e culturais que abriram as regras institucionais e intelectuais, condutas e valores, que alcançam o século XXI. 
No campo da educação, desde a década de 1990, as propostas pedagógicas dos Parâmetros Curriculares Nacionais consideram o enfoque no meio ambiente no ensino escolar e a Política Nacional de Educação Ambiental (1999) recomenda a sua disseminação em todos os níveis de ensino. 
 “A verdade é que, a maior parte dos professores, na época em que saíram da universidade, não teve essa formação de olhar para o meio ambiente de uma maneira integrada. E isso é essencial. Não adianta olhar o tema de forma segmentada, onde entra em Química, Geografia. Tem que, desde cedo com os alunos, analisar o cenário como um todo”, aponta Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP. “Mas para isso seria necessário olhar com cuidado para os currículos das licenciaturas e ver como a educação ambiental está presente”, acrescentao professor Artaxo.
Assim sendo, podemos concluir que o desenvolvimento de um país está inteiramente unido à educação. Nesse prisma, é primordial acrescer os investimentos na qualificação dos docentes, aperfeiçoar estruturas escolares para que estas acolham globalmente os educandos e também financiar pesquisas, que ultimamente acabam que por afastar grandes representantes locais. E a proporcionalidade direta é estatisticamente evidenciada: quanto mais se investir na educação, maior a qualidade dos resultados.

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