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A Mandioca •Manihot esculenta •500 milhões de pessoas no mundo. •80 países. •15% da produção mundial está no Brasil. •Origem brasileira. •Cultivada pelos índios há centenas de anos. A Mandioca Razões para o cultivo: • Facilidade de manejo • Resistência natural às pragas e doenças • Diversidade genética • Capacidade de regeneração e adaptação • Reprodução vegetativa • Tolerância à estiagens A Mandioca Interesses para a indústria alimentícia: •Raízes ricas em amido – alimentação humana e animal. •Consumo: •Raízes fritas ou cozidas •Farinhas diversas •Fécula ou polvilho doce •Polvilho azedo •Amidos modificados •Tapioca •Salgadinhos Estrutura da Raiz Polpa (parênquimas de armazenamento de amido) Casca e Entrecasca Composição Média •60 a 65% de umidade •30 a 35% de carboidratos (amido é o principal) •1 a 2% de proteínas •Pequenas quantidades de vitaminas e minerais * Compostos cianogênicos tóxicos, presentes em sua grande maioria nas folhas. Composição Média •A “Máquina de Produção de Amido”: •1 ha = 15 toneladas de mandioca •1 tonelada de mandioca = 200 kg de amido •1 ha = 3000 kg de amido em cerca de 12 meses. Dois tipos de mandioca – baseado na quantidade de cianogênicos. • Mandiocas “Mansas” – mandioca de mesa, aipim, macaxeira. • Mandiocas “Bravas” – mandioca amarga, de indústria. O Famoso “Pato no Tucupi” Feito com o caldo da mandioca brava Figura1: Cadeia agroindustrial da mandioca Fonte: SOBER; 2009. IN NATURA Mandioca industrial • Destinada à produção de produtos secos que exigem sistemas de processamento mais complexo (farinha de mandioca e outras farinhas, fécula). • São produzidas em sistemas extensos, em áreas relativamente grandes, em qualquer tipo de solo, ou seja, a quantidade se sobrepõe à qualidade. (EMBRAPA; 2007). Mandioca de mesa • Destinada ao consumo direto, cujo processamento se dá no ambiente doméstico (cozida, frita, etc). São produzidas em sistemas hortícolas, pequenas áreas com o mínimo de estresses bióticos e abióticos, para se obter a melhor qualidade organoléptica. Farinhas de Mandioca •Farinha Seca (Farinha de Mesa) •Farinha d’água (Farinha de Puba) •Farinha Mista (Farinha do Pará) Farinha Seca Procurar sempre por variedades de mandioca mais adaptadas ao mercado de destino do produto (polpa branca ou amarela) e por aquelas mais indicadas à produção de farinhas. Recepção, Lavagem e Descascamento 1 tonelada de mandioca = 100 kg de terra Lavagem Industrial 1 tonelada de mandioca = 2 a 3 m3 de água Ralação: •Na ralação, a mandioca é reduzida a uma massa não muito fina. Prensagem: •Visa retirar o excesso de água para facilitar a secagem e evitar a gomificação da massa. Reduz também o processo de oxidação e o escurecimento da massa. •Prensagem manual (40 minutos) ou mecânica (5 a 20 minutos). •O líquido resultante da prensagem é chamado de “Manipueira” Esfarelamento ou Desmembramento • Processo após a saída da prensa e antes de seguir para a torração. • Passagem pelo esfarelador e peneira vibratória. • O material retido na peneira vibratória é conhecido como “Crueira”. Torração • Etapa importante da fabricação da farinha, pois dela dependem a cor, o sabor e a conservação do produto. • O teor de umidade final deve ser de 14% para as farinhas. Peneiragem e Classificação • Quebra da massa (fornos paulistas) • Passagem em peneiras vibratórias para classificação das farinhas • Pode-se optar por fazer a pré-tritutação da farinha em moinhos, sem muita pulverização do material. Padronização, acondicionamento e armazenamento Padronização da Farinha de Mandioca •Padrão de classificação vigente: Portaria N° 554, de 30/08/1995 Fécula de Mandioca •Também é conhecido como amido, polvilho ou goma. •Amido: em termos tecnológicos, amido é o produto processado a partir de frutos, caules e sementes de plantas (parte aérea). •Fécula: produtos processados de raízes, bulbos e tubérculos (órgãos subterrâneos). Fécula de Mandioca •Em água fria forma uma suspensão leitosa e se deposita rapidamente. •Em água aquecida, 60 a 70°C, o amido geleifica (gomifica). •Produtos da fécula: polvilho azedo, tapioca, sagu, xarope de glicose... Teor de Amido das Raízes •De 2 a 40%. Considera-se entre 20 e 22%. •Teor de amido influencia diretamente no rendimento industrial da mandioca e no custo de produção. •Colheita no período ideal – 18 a 24 meses após o plantio. •Período da seca apresenta maior quantidade de amido na raiz. Fluxograma da Produção de Fécula de Mandioca. Fonte: AMITEC,2013. Descarregamento de Mandioca Fonte: LONGACRK, 2010. Transporte Horizontal Pré Limpeza Figura 11: Pré Limpeza. Fonte: ALIBABA,2012. Fonte: SUBIDA, 2012. Descascamento e Limpeza Figura 13: Picador Fonte: TERWAL, 2012. Ralador A ralação para produção de fécula é feita de forma mais intensa e com adição de água, de forma a obter uma massa mais fina para aumentar a eficiência da extração da fécula. Extração da Fécula •Adição da massa e água em um tanque, com posterior agitação. •Uma peneira permite a passagem da água com a fécula e retém um bagacilho gosseiro, que pode ser aproveitado para alimentação animal. •Outro sistema: baterias de escovas acopladas a peneiras vibratórias. •As escovas comprimem a massa sobre peneiras por onde escorrem as féculas extraídas. Filtro Cônico Rotativo Fonte: ALIBABA,2010. Centrífuga Turbo Cascade Fonte: PATENTES, 2010. Peneira Cônica crivos de 125μm uma malha menor, de 50 a 80μm Figura 17: Peneira Cônica. Fonte: PATENTES, 2010. Centrífuga de Pratos ou Concentradora utilizado na purificação. Secagem da Fécula •Secagem natural: sobre panos de algodão ou outras superfícies lisas para exposição ao sol. •Escolher local adequado à secagem e recolher durante a noite. •Secagem artificial: fécula esfarelada é colocada em bandejas e submetidas a túneis de ar quente nunca superior a 45 a 50°C, para evitar gomificação. •Para secagem em filtros rotativos à vácuo, para a remoção de água são utilizados secadores pneumáticos a 100 – 110°C. Secador Rotativo Secador Flash Dryer Fonte: EBS, 2012. Secador de Túnel Secador Flash Dryer Fonte: EBS, 2012. Moagem •Geralmente após a secagem, o material se encontra aglomerado e grosso, necessitando de moagem para comercialização. •Utilizado moinhos de martelo para pulverizar a massa de fécula seca. Acondicionamento e Armazenamento Polvilho Azedo •O Polvilho Azedo é um amido modificado por oxidação. •A modificação garante ao produto propriedades físicas especiais e alta capacidade de expansão. •Até a etapa de extração da fécula, possui etapas muito semelhantes à extração comum da fécula e de obtenção do polvilho doce. Etapas da Produção Fermentação: •Tanques abertos ou fechados, feitos de alvenaria ou aço inox. •Polvilho é coberto por uma camada de água de 20 cm e tem fermentação natural. •Processo demora de 3 a 60 dias (quantidade inicial de microrganismos, temperatura ambiente, tipo de tanque). Quando saber que acabou a fermentação? Aparecimento de bolhas; queda da acidez para 3,5 a 2,5; presença de compostos aromáticos e alteração da textura para friável. Etapas da Produção Secagem: • Após fermentado, deixar secar a água acima do polvilho. • Umidade deve ser de 30 a 50%. • Retirada do polvilho dos tanques com auxílio de pás. • Esfarelamento • Secagem ao sol, com recobrimento de saco de algodão, plásticoou nylon. • OBS.: Secagem do polvilho azedo deve ser feita ao sol, para ação dos raios ultravioletas. POLVILHO DOCE • Polvilho doce e fécula são os mesmos produtos. Comercialmente, é comum a denominação de polvilho doce para o produto obtido por secagem solar, processado em unidades menos automatizadas, de menor escala. Figura 23: Fluxograma de Processamento do polvilho. Povilho Doce X Polvilho Azedo Outros derivados da mandioca Mandioca frita tipo “Chips” •Deve ser colhida e processada no mesmo dia. •Descascamento e lavagem. •Corte em fatias de 1,5 a 2,0mm de espessura. •Cozimento: raiz/água a 1/5. 80 a 90°C por 2 minutos. •Resfriamento – imersão em água fria. •Remoção do excesso de água por escorrimento ou centrifugação. •Fritura De acordo com o SEBRAE (2009) este processamento se dá pelas seguintes etapas: Descascamento: Este descascamento deve ser realizado com uso de facas de aço inox ou com o cilindro descascador. 1ª lavagem: Faz-se necessário lavá-los bastante para evitar a incorporação de massa inerte ao processo, como também para reduzir o perigo de contaminação por micro-organismo. Corte: Deverá ser efetuado com uso de facas ou de maquinários adequados para este processo, procurando manter as medidas dos palitos 5 cm de comprimento e 1cm de largura. Figura 3: French fries Processamento de mandioca pré-cozida congelada Fonte: SEBRAE; 2009.
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