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21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 1/21 Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos / Módulo de Encerramento / Exercício Avaliativo Final Iniciado em sábado, 21 abr 2018, 21:08 Estado Finalizada Concluída em sábado, 21 abr 2018, 21:36 Tempo empregado 28 minutos 45 segundos Notas 10,00/10,00 Avaliar 30,00 de um máximo de 30,00(100%) 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 2/21 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em todo contrato, e nos contratos administrativos não é diferente, há uma contraposição das partes, ante a relação bilateral estabelecida. Nessa relação, o cumprimento de uma obrigação gera a percepção de um direito, ou impõe uma obrigação para a outra parte; ou o descumprimento de uma obrigação gera o direito para a outra parte, ou ainda, o exercício de um direito impõe uma obrigação para a outra parte. Tomando como referência as disposições da Lei 8.666/1993 e o que foi estudado no curso, assinale a alternativa que expressa corretamente uma relação "direitos versus obrigações" das partes. a. O direito de fiscalizar a execução do contrato gera para o contratado o direito de designar preposto para o mesmo fim. b. A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação ao cronograma pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado. Essa é a resposta correta. O atraso no cumprimento da obrigação pactuada não pode ser alegado como fundamento para a Administração não pagar o preço do bem ou serviço, conforme contratado. Eventuais penalizações devem ser exercidas pelos instrumentos próprios conforme disposto no termo do contrato. c. O atraso no pagamento da despesa liquidada, gera para o contratado o direito de correção monetária do valor, somente se o atraso for superior a 90 dias do vencimento da obrigação. d. A rescisão de um contrato por descumprimento do prazo de execução gera para a Administração a obrigação de ocupar o local e utilizar o pessoal da contratada, para continuidade do contrato. e. A suspensão da execução do contrato pela Administração, por prazo superior a 120 dias, gera a obrigação de rescindir o contrato e o promover o respectivo ressarcimento dos prejuízos causados ao contratado, desde que comprovados. Apesar de a relação contratual administrativa proteger a Administração em detrimento do particular contratado, em nome do interesse público indisponível (ou seja, que não se pode abrir mão ou dispor), há também direitos garantidos decorrentes do cumprimento (adimplemento) de obrigações ou exercício de direitos. Dessa forma, quando a Administração exerce um direito seu, expresso em cláusulas exorbitantes, de modificar unilateralmente o contrato, há, em contraponto, que respeitar o direito do contratado de ter a equação econômico-financeira mantida nos mesmos patamares do pacto inicial, por meio da correspondente alteração do valor do contrato, para fazer frente à modificação havida. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 3/21 O respeito à manutenção da relação econômico-financeira inicial do contrato é uma via de mão dupla, pois quando a modificação contratual implicar na redução do valor do contrato, a Administração deverá ser protegida em relação a possível ganho indevido pelo particular. Gabarito: A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação ao cronograma pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado. Essa é a resposta correta. O atraso no cumprimento da obrigação pactuada não pode ser alegado como fundamento para a Administração não pagar o preço do bem ou serviço, conforme contratado. Eventuais penalizações devem ser exercidas pelos instrumentos próprios conforme disposto no termo do contrato. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 4/21 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 No mês de janeiro, parte do reboco do teto do corredor de uma escola caiu, sendo contratada pela Secretaria Municipal responsável, por dispensa de licitação, uma empresa para reparar 9m² de reboco por R$ 3.987,00. Ao iniciar o trabalho, o preposto da empresa chamou o fiscal do contrato e mostrou que todo o reboco do corredor (totalizando 45 m²) estava comprometido, devendo ser substituído por completo. A Administração prorrogou o contrato até maio e determinou a execução do serviço por R$ 19.935,00. Em junho, o problema ocorreu no corredor do 2º andar, com área idêntica, e a escola efetuou novo aditivo, com vigência até dezembro, para o reparo do teto, pagando os mesmos R$ 19.935,00. Em dezembro, ocorreu o mesmo problema no refeitório, com 200m², sendo o serviço contratado por R$ 88.600,00, com prorrogação do contrato até junho do ano seguinte. O órgão de controle interno questionou o procedimento, obtendo como resposta que a empresa foi contratada por dispensa de licitação, devido ser situação de emergência, pois não poderia admitir que o reboco viesse a cair na cabeça de um aluno, e que entre seguir as formalidades ou colocar em risco a segurança dos alunos, daria sempre preferência à segunda. Em análise do fato é possível afirmar: a. As prorrogações foram feitas corretamente, pois nada há que seja mais importante que a segurança dos alunos. O interesse público se sobrepõe às formalidades da lei. b. A primeira prorrogação foi correta. c. A segunda prorrogação está correta. d. A terceira prorrogação é a única que está incorreta. e. Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações. Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço. A questão envolve a falta de planejamento e a tentativa de caracterizar situações em que existiram desídia e/ou má gestão como se fossem emergenciais. Certamente a Administração Pública poderá utilizar uma contratação emergencial para sanar a situação de risco a que estão expostos os alunos, porém deverá verificar quem deu causa a esta situação, responsabilizando-o, conforme Orientação Normativa/AGU nº 11, de 01.04.2009. Além disso, é fundamental realizar planejamento 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 5/21 para contratação de empresa responsável pela manutenção preventiva da escola, de forma a evitar que a manutenção só ocorra em situações de emergência. Gabarito: Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações. Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 6/21 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em um contrato de fornecimento de bens, antes da primeira entrega, e com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993, foi feito um pedido pelo setor requisitante, de elaboração de termo aditivo alterando as quantidades dos produtos licitados, conforme detalhamento da tabela a seguir: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,001.200,00 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 Como fiscal do contrato, você deve verificar a pertinência e conformidade legal da alteração proposta, opinando quanto à possibilidade ou não da alteração pretendida. a. A alteração é possível, pois as alterações consensuais são de livre pactuação em um contrato. b. A alteração não é possível, pois acréscimos ou decréscimos de quantitativos só são possíveis em contratos de obras. c. A alteração é possível, pois o valor total do contrato variou dentro dos limites do mencionado artigo. d. A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas. e. A alteração é possível, pois as mudanças quantitativas promovidas antes da primeira entrega não configuram alteração contratual, desde que não se altere o objeto do contrato. Observar que, ao contrário de um contrato de obras- que, por sua vez, é composto por diversos outros serviços ou insumos e cuja consequência é a impossibilidade de separá-los sem comprometer a execução da obra como um todo, em um contrato para fornecimento de bens, cada item licitado, adjudicado e contratado é 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 7/21 independente e autônomo, devendo ser analisado em separado para fins de verificação do cumprimento dos limites impostos pelos §§ 1º e 2º, do art. 65, da Lei 8.666/1993. Veja que a própria licitação pode contemplar cada item para licitantes diferentes, havendo, no caso, um contrato para cada adjudicado. No exemplo, os itens 1, 3 e 6 estão acima do limite estabelecido, qual seja, de 25% para acréscimos e supressões. Ressalte-se que o item 3 poderia ser alterado desde que fosse resultante de acordo entre os contratantes, conforme previsto no inciso I, do § 2º, do mencionado art. 65. A tabela abaixo mostra as variações da proposta de alteração, para cada item do contrato: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo Variação 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 25,7% 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 17,0% 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,00 1.200,00 - 33,3% 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 10,0% 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 16,7% 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 30,0% Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 Gabarito: A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 8/21 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O fiscal de um contrato administrativo, dentro de sua atribuições, e após reiteradas reclamações verbais ao dono da empresa contratada em razão de entrega de produtos contratados fora do prazo e com especificações diferentes das apresentadas na proposta vencedora da licitação, resolveu aplicar a multa prevista no contrato, alertando ao dono da empresa que uma próxima ocorrência seria punida com a retenção de 20% do valor da próxima fatura, a título de indenização. Acerca da situação narrada acima, marque a alternativa correta. a. O fiscal exerceu suas atividades de acordo com suas competências, considerando que apontou os problemas de execução do contrato antes de aplicar a multa. b. O procedimento foi adequado até a aplicação da multa, haja visto que o ordenador de despesa é quem tem a competência legal para determinar a retenção na forma mencionada. c. Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa. Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa. d. O fiscal não poderia aplicar a multa em face da situação narrada, exceto se devido aos atrasos tivesse ocorrido prejuízo para a Administração, devidamente quantificado e comprovado. e. O fiscal poderia aplicar a multa desde que as especificações dos produtos estivessem definidas no contrato. A fiscalização do contrato administrativo pressupõe o conhecimento, pelo servidor designado, dos termos da contratação, desde a fase da licitação, pois questões como especificações e condições de fornecimento são importantes para que ele desempenhe suas tarefas de modo efetivo. No entanto, a atuação do fiscal deve ser limitada às competências da atividade, dentre as quais não está a aplicação de multa, conquanto esta ser uma prerrogativa da autoridade competente que assinou o contrato. Essa atividade não é passível de delegação de competência ao fiscal do contrato. As ocorrências de problemas na execução do contrato não devem ser informadas ou comunicadas verbalmente, e sim formalizadas por escrito. Gabarito: Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 9/21 Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 10/21 Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A Lei nº 8.666/93 em seu artigo 71, caput, estabelece que a responsabilidade pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato é do contratado. No entanto, na hipótese de inadimplemento dos direitos trabalhistas dos empregados das empresas prestadoras de serviços terceirizados, o Tribunal Superior do Trabalho já estabeleceu entendimento no sentido de responsabilizar o tomador de serviços - no caso, a Administração Pública. De acordo com os mandamentos da Lei e da Jurisprudência apresentados no material didático, marque a alternativa que NÃO corresponde ao correto tratamento das questões relacionadas à contratação de serviços da Amnistração. a. A contratação de serviços caracterizados como atividade-meio se submete às regras e aos princípios do Direito Administrativo. No entanto, há casos em que se vincula também o contrato ao Direito do Trabalho. b. A Administração Pública não poderárealizar licitação para a contratação de fornecimento ou locação de mão-de-obra. c. A Administração Pública não poderá contratar atividades que façam parte da atividade-fim do órgão ou que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos, salvo determinados casos. d. De acordo com os dispositivos legais vigentes, a Administração Pública pode contratar, por meio de empresa, a prestação dos serviços e não diretamente a mão-de-obra. Os serviços caracterizados como atividade-meio e que podem ser contratados são: conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios e equipamentos. e. De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a transferência da reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à Administração Pública, por inadimplência da empresa. Esse não é o entendimento do STF. Ao decidir sobre a questão, a maioria dos ministros se pronunciou pela constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8666/93 e seu parágrafo único e houve consenso no sentido de que o TST não poderá generalizar os casos e terá de investigar com mais rigor se a inadimplência tem como causa principal a falha ou falta de fiscalização pelo órgão público contratante. O fiscal deve, necessária e obrigatoriamente, adotar mecanismos próprios que o ajudem no acompanhamento da execução dos serviços que envolvam mão-de-obra, estabelecendo formas de controle da execução dos serviços e, principalmente, não permitir, admitir, possibilitar ou dar causa a atos que ensejem a caracterização de vínculo empregatício dos empregados com a Administração Pública. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 11/21 A questão trabalhista na terceirização reveste-se de primordial importância, pois a maior parte das decisões judiciais na matéria têm atribuído culpa à Administração pelo inadimplemento das obrigações legais devidas pelas empresas aos trabalhadores. Gabarito: De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a transferência da reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à Administração Pública, por inadimplência da empresa. Esse não é o entendimento do STF. Ao decidir sobre a questão, a maioria dos ministros se pronunciou pela constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8666/93 e seu parágrafo único e houve consenso no sentido de que o TST não poderá generalizar os casos e terá de investigar com mais rigor se a inadimplência tem como causa principal a falha ou falta de fiscalização pelo órgão público contratante. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 12/21 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Apesar da Lei 8.666/1993 aludir apenas ao fiscal de contratos, o gestor de contratos é figura importante na verificação da conformidade da execução de um contrato, nos termos pactuados. Além deles, o ordenador de despesas do órgão também participa de algumas etapas importantes ao longo da execução de um contrato. De acordo com o que foi estudado, qual das alternativas a seguir não seria de competência do fiscal de contrato? a. Anotação em registro próprio das ocorrências havidas na execução do contrato. b. Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de penalidade. c. Realizar as medições dos serviços executados previamente ao atesto das respectivas notas fiscais d. Determinar a regularização de faltas ou defeitos na execução do contrato. e. Informar a ocorrência aos superiores quando alguma providência extrapolar a sua competência de agir O fiscal de contrato é o representante da administração que está na linha de frente da execução de contratos administrativos, razão pela qual possui uma importância capital para o sucesso das contratações públicas. Para isso, é importante que as designações de servidores para a atividade sejam baseadas na competência técnica (conforme o objeto do contrato a ser fiscalizado), como também nas características de personalidade, tais como: iniciativa, pró-atividade, firmeza de propósito e conduta funcional adequada, pois a atividade de fiscalização deve se dar de forma efetiva e sem embaraços para as partes. Por exemplo, um fiscal que tenha a timidez como uma característica forte em sua personalidade, pode encontrar dificuldades para se relacionar com o preposto da empresa, prejudicando a atividade de fiscalização. Ou outro que não tenha uma conduta funcional adequada, adotando comportamentos excessivamente permissivos ou informais, pode deteriorar a relação entre as partes envolvidas, criando dificuldades quando da necessidade de exigir correções ou aplicar penalidades. Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização de contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos. É 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 13/21 É importante também verificar a recente alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 promovida pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta bastante as atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (Sisg) no âmbito da União. Gabarito: Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de penalidade. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 14/21 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 João é um experiente contador e auditor de determinado município que foi designado como fiscal de um contrato firmado com uma construtora local para a realização de obras de pavimentação de ruas da cidade. Qual das alternativas a seguir melhor representa o atendimento da obrigatoriedade de designação de um fiscal para acompanhar os contratos administrativos? a. João não deveria ter sido designado fiscal de um contrato de obras, pois a sua formação de contador o impede de exercer essa atividade, ainda que não existissem engenheiros nos quadros da prefeitura. b. João, aproveitando conhecimentos e experiência de contador e auditor, confere individualmente os serviços indicados como realizados nos boletins de medição, e os compara com aqueles que constam da planilha que integrou a proposta vencedora da licitação. c. Na hipótese de João contar com o auxílio de engenheiro contratado para as verificações de campo quanto ao que estava sendo executado, cabe a esse profissional todas as atividades de fiscalização quanto aos aspectos técnicos, restando para João apenas referendar os documentos elaborados e os encaminhar para as instâncias superiores. d. Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato. Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar,de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato. e. Apesar de João não ser engenheiro, a sua experiência de contador e auditor fez com que adotasse procedimentos corretos quanto à fiscalização, pois ele confere os serviços indicados como realizados com os serviços constantes da planilha da proposta vencedora da licitação, o que lhe garante que o contrato está sendo cumprido à risca. A Lei 8.666/1993, especificamente o Capítulo III da Lei 8.666/1993 (que vai do art. 54 ao art. 80), traz as disposições legais acerca dos contratos administrativos, regulando a sua formalização, alterações, forma de execução, e consequências de inexecuções. Nesse contexto, o art. 67 da referida Lei traz comando expresso quanto à obrigatoriedade de a Administração designar um servidor para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos administrativos: 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 15/21 Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. Essa designação deve recair sobre servidor com condições de executar o acompanhamento e a fiscalização com efetividade, de modo a cumprir com os objetivos do comando legal. Nesse sentido, além do conhecimento sobre o objeto da contratação a ser fiscalizado, deve possuir um perfil psicológico adequado à atividade, pois ele irá constantemente interagir com o contratado (através do preposto da empresa) e, em muitas situações, deverá ser rigoroso nas exigências quanto ao cumprimento das obrigações assumidas e consignadas no contrato.Preferencialmente, e quando possível, a fiscalização deve ser executada por servidor do setor solicitante do objeto. Na impossibilidade técnica ou material de contar exclusivamente com servidores do quadro de pessoal do órgão contratante, a Lei faculta a contratação de terceiros para auxiliar o fiscal do contrato nessa tarefa (parte final do caput do art. 67 da Lei 8.666/1993). Desse modo, a fiscalização deve se dar de tal modo que garanta para a Administração a segurança quanto à execução do contrato na forma acordada, evitando-se pagamentos por serviços não realizados ou realizados em descordo com o pretendido. A fiscalização deficiente, sem observar os procedimentos necessários para a efetiva verificação da conformidade do que se está executando com o que fora contratado, além de prejuízos para a Administração pode levar à responsabilização de gestores e fiscais de contratos, especialmente quanto à atestos de serviços não realizados: Instrua os fiscais de contrato quanto à forma de verificar e medir a execução de serviços e o recebimento de bens, observando os preceitos dos arts. 73 e 76 da Lei 8.666/1993, alertando-os para a responsabilidade pessoal pelos "atestos" emitidos. Acórdão 1488/2009 Plenário. Por fim, observar que a fiscalização, ainda que feita de forma efetiva, de acordo com o que prescreve a Lei, não desobriga a empresa contratada de responder por danos causados à Administração ou a terceiros como consequência da execução defeituosa do contrato. É o que dispõe o art. 70 da Lei de Licitações: Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado. Gabarito: Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato. Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 16/21 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Escolha a alternativa que melhor caracteriza o equilíbrio econômico-financeiro de um ajuste. a. É a relação inicialmente estabelecida entre o que fora previsto para a empresa contratada executar e o respectivo pagamento pela Administração, e somente será mantido se não houver aditivos que importem em alterações quantitativas. b. É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante. Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o decurso do tempo. c. É a manutenção das condições de qualificação do licitante durante a execução do contrato, comprovada através de balanço patrimonial e demonstrações contábeis. d. É o restabelecimento da relação inicialmente pactuada, devida exclusivamente ao contratado, de modo a preservar o valor da contratação contra os efeitos da inflação. e. É a aplicação de mecanismos de correções dos valores pagos pela Administração aos contratados, de modo a minimizar os efeitos dos aumentos de preços dos itens do objeto do contrato. Comumente vemos o instituto do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativo como uma proteção do particular CONTRATADO contra eventuais alterações decorrentes prerrogativas de privilégio da administração em relação aos administrados, ou contra os efeitos da corrosão do valor da moeda. No entanto, o equilíbrio econômico-financeiro é do CONTRATO, significando dizer que qualquer mudança na relação inicialmente acorda pode ser objeto de revisão visando à conformação como que fora inicialmente pactuado. Um bom exemplo de necessidade de correção para a manutenção do equilibro econômico-financeiro de um contrato administrativo é quando há alteração para menos na participação de tributos na composição do preço pago por um bem ou serviço, como se observou com a extinção da CPMF. Como as empresas contratadas deixaram de ser oneradas pela contribuição extinta, mostrou-se necessária a recomposição dos preços, de modo que, a relação inicialmente pactuada entre o que era fornecido e o que era pago tinha que ser mantida, por meio da redução do preço pago por meio do expurgo da contribuição no preço final do produto ou serviço. Ressalte que os pleitos de reequilíbrio decorrente desse instituto não se sujeitam a limitações temporais para que sejam implementados, basta que estejam presentes os motivos para a sua implementação. Há, no entanto, que se demonstrar a variação de preços havida decorrente de fatos imprevisíveis e impeditivos da execução do 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 17/21 contrato na forma acordada, ou ainda, caso fortuito, de força maior, ou fato do príncipe, este último como ocorreu quando da extinção da CPMF. Assim, como bem esclarece a publicação "Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU", o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas seguintes ocorrências: fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do que foi contratado; caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica (probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e extracontratual. Gabarito: É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidasna relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante. Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o decurso do tempo. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 18/21 Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Uma entidade de pesquisa assinou contrato com a Administração Pública para o desenvolvimento de software de gerenciamento de concessão de bolsa de pesquisas, no dia 2 de fevereiro de 2013. O prazo para entrega do produto era de 180 dias, com cláusula prevendo multa de 5% para cada trinta dias corridos de atraso na entrega. A entidade publicou o extrato deste contrato no dia 20 de março de 2013. Em 5 de outubro do mesmo ano, o fiscal do contrato propôs à Administração a aplicação de multa junto à contratada, pois já havia passado 30 dias do prazo da entrega. Em relação à proposta do fiscal para aplicação de multa podemos afirmar: a. Está correta, pois passaram-se mais de 30 dias do prazo pactuado para a entrega . b. Está correta, pois já passou do prazo de entrega do produto contratado, previsto para 16 de setembro. c. Que não se aplica, pois o prazo de inicio da contagem era dois de fevereiro, portanto estava dentro do prazo pactuado. d. Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Além disso, se somarmos os 11 dias de março com os dias correspondentes aos meses de abril até 16 de outubro, chegaremos ao total de 210 dias, que corresponde ao período de entrega (180 dias) acrescido de 30 dias de atraso. e. Que é válida, sendo a multa proporcional aos dias, contados a partir de 1 de agosto. Prazo de duração ou prazo de vigência é o período em que os contratos firmados produzem direitos e obrigações para as partes contratantes. A clausula sobre vigência é obrigatória para todo contrato, que só terá validade e eficácia após assinado pelas partes contratantes e publicado o respectivo extrato na imprensa oficial. Assim, a publicação resumida dos respectivos extratos na imprensa oficial, qualquer que seja o valor envolvido, ainda que se trate de contrato sem ônus, constitui condição indispensável para eficácia do contrato e aditamentos. Logo, os prazos contratuais são contados a partir da data da publicação e não da data da assinatura. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Gabarito: Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 19/21 Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Além disso, se somarmos os 11 dias de março com os dias correspondentes aos meses de abril até 16 de outubro, chegaremos ao total de 210 dias, que corresponde ao período de entrega (180 dias) acrescido de 30 dias de atraso. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 20/21 Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Certo ente federativo estadual contrata empresa para construção de 80 unidades habitacionais em determinada região. Ao iniciar o serviço de terraplanagem, a contratada descobre que o terreno havia sido utilizado como depósito de lixo pela população até o terreno ser murado pelo proprietário, havendo a presença de gás metano. Objetivando evitar maiores problemas, a empresa contrata firma especializada para fazer a análise do terreno, para emissão de laudo técnico pericial, o que atrasa o início das obras. Em relação ao prazo de execução, podemos afirmar: a. Que não poderá ser alterado, muito embora a medida tenha sido acertada. b. Que não poderá ser alterado, pois este tipo de situação é perfeitamente previsível para este tipo de empreendimento. c. O prazo poderá ser alterado em função de fato excepcional ou imprevisível, devendo os motivos para tais mudanças estarem fundamentados no processo administrativo. Item correto. Superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato é uma das hipóteses previstas em lei para prorrogação do prazo de execução, devendo o laudo técnico ser peça integrante na justificativa da alteração do prazo § 1° do artigo 57 da Lei n° 8.666/93. d. Poderá ser alterado, pois qualquer situação que atrapalhe o andamento da obra é motivo para prorrogação do prazo de execução. e. Poderá ser alterado em função de fato excepcional ou imprevisível, devendo o laudo técnico fixar o novo prazo. Esta questão envolve as possibilidades de alteração do prazo de execução. Vale lembrar que a lei elenca as hipóteses em esta alteração pode ocorrer, conforme previsto pelo § 1° do artigo 57 Lei n° 8.666/93. Gabarito: O prazo poderá ser alterado em função de fato excepcional ou imprevisível, devendo os motivos para tais mudanças estarem fundamentados no processo administrativo. Item correto. Superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato é uma das hipóteses previstas em lei para prorrogação do prazo de execução, devendo o laudo técnico ser peça integrante na justificativa da alteração do prazo § 1° do artigo 57 da Lei n° 8.666/93. 21/04/2018 Exercício Avaliativo Final https://mooc.evg.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=2176454 21/21
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