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Aula 12 Segunda Lei da Termodinâmica Entropia e Energia Livre de Gibbs Prof. Ricardo Aparicio - IQ/Unicamp - 2s/2014 QG101A – 2s/2014 Importante: estas notas destinam-se exclusivamente a servir como guia de estudo. Figuras e tabelas de outras fontes foram reproduzidas estritamente com finalidade didática. Preparado em Linux com LATEX2ε. aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 1 / 41 Entropia Processos espontâneos aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 2 / 41 Entropia Processos endotérmicos e exotérmicos espontâneos Reação bastante endotérmica Ba(OH)2(s) + 2NH4NO3(s)→ Ba(NO3)2(s) + 2H2O(l) + 2NH3(aq) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 3 / 41 Entropia Definição • todos estes processos respeitam a Primeira Lei da Termodinâmica • mais que isso, qualquer um dos processos mencionados acima poderia ocorrer em ambas as direções sem contrariar a Primeira Lei • os sistemas tendem a aumentar sua desordem ao mesmo tempo em que procuram minimizar sua energia • entropia (S): é uma medida da desordem de um sistema, definida como dS = δqrev T • a entropia é uma função de estado aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 4 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • um caso ilustrativo: calor flui espontaneamente de um sistema de mais alta para um sistema de mais baixa temperatura • considere o caso abaixo, onde os subsistemas A e B podem trocar calor mas o sistema total A+ B é isolado, não podendo trocar matéria ou energia com a vizinhança aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 5 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • O sistema é caracterizado pelas equações: UA + UB =cte.⇒ dUa + dUB = 0⇒ dUa = −dUB{ VA = cte. VB = cte. S = SA + SB aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 6 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • utilizando a definição dS = δqrev/T e a Primeira Lei da Termodinâmica, temos dUA = δqrev + δwrev = TA dSA (δwrev = 0 pois dVA = 0) dUB = δqrev + δwrev = TB dSB (δwrev = 0 pois dVB = 0) • com isto, podemos escrever, para este sistema, S = SA + SB ⇒ dS = dSA + dSB = dUA TA + dUB TB = dUB „ 1 TB − 1 TA « aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 7 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • analisando a expressão anterior, vemos que TB > TA ⇒ dUB < 0⇒ dS > 0 ( 1 TB − 1 TA < 0 ) TB < TA ⇒ dUB > 0⇒ dS > 0 ( 1 TB − 1 TA > 0 ) TB = TA ⇒ equilíbrio⇒ dS = 0 • em palavras, o fluxo espontâneo de energia na forma de calor é governado pela condição de que dS > 0 (a não ser que os dois sistemas já estejam em equilíbrio térmico). • generalizando, um processo espontâneo num sistema isolado qualquer deve levar a um aumento da entropia: dS > 0 aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 8 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • note que, diferentemente de energia, a entropia não precisa ser conservada • num sistema isolado, a entropia aumenta sempre que um processo espontâneo ocorre • a entropia continua a aumentar com o passar do tempo até que o sistema isolado entre em equilíbrio, quando teremos dS = 0 −→ situação de equilíbrio aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 9 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos num sistema isolado • por definição, num processo reversível o sistema permanece essencialmente em equilíbrio durante todo o processo • ou seja, temos dS = 0 a cada passo de modo que, para o processo completo, ∆S = 0 • em resumo, dS > 0 −→ processo espontâneo num sistema isolado dS = 0 −→ processo reversível num sistema isolado • os processos espontâneos, que ocorrem espontaneamente na natureza, são irreversíveis, de modo que podemos usar “irreversível” como equivalente de “espontâneo” aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 10 / 41 Entropia Entropia e processos espontâneos - sistema não-isolado • um sistema não-isolado interage com a vizinhança, havendo, além da entropia gerada no própria sistema, uma parcela de entropia que resulta da troca de calor • quando levamos em conta esta interação, chegamos à expressão fundamental abaixo • Desigualdade de Clausius: dS ≥ δq T ou ∆S ≥ Z δq T sinal “=” =⇒ processo reversível sinal “>” =⇒ processo espontâneo • em palavras, em qualquer mudança do estado termodinâmico de um sistema, a entropia será =⇒ igual a δq/T se o processo for reversível =⇒ maior que δq/T se o processo for irreversível aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 11 / 41 A Segunda Lei da Termodinâmica • a própria Desigualdade de Clausius já contém o significado da Segunda Lei da Termodinâmica • a partir dela, pode-se chegar a uma forma mais familiar: “a entropia de um sistema isolado aumenta durante uma mudança espontânea” aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 12 / 41 Calculando a variação da entropia de um sistema • como definida, a entropia é uma função de estado, depende apenas dos estados inicial e final do sistema, • suponha que um sistema seja levado de um estado incial a um estado final através de um irreversível • como a variação de entropia não depende do processo, calculamos sua variação através de um processo reversível (que pode não ter ocorrido na realidade!) que leve o sistema do mesmo estado inicial ao mesmo estado final • ∆Ssistema será o mesmo tanto num processo reversível quanto num processo irreversível - a diferença entre os dois está em ∆Svizinhança: ∆Stotal = ∆Ssistema +∆Svizinhança = 0 −→ processo reversível ∆Stotal = ∆Ssistema +∆Svizinhança > 0 −→ processo espontâneo aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 13 / 41 Variação da entropia com a temperatura Volume constante • da definição de CV , CV = „ δq dT « V ⇒ δqV = CVdT • da definição de entropia, temos também dS = δqrev T • combinando estas relações, temos que, para um processo a volume constante dS = CVdT T ⇒ ∆S = S(T2)− S(T1) = Z T2 T1 CV (T )dT T (V cte.) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 14 / 41 Variação da entropia com a temperatura Pressão constante • da definição de CP , CP = „ δq dT « P ⇒ δqP = CPdT • da definição de entropia, temos também dS = δqrev T • combinando estas relações, obtemos uma expressão que nos permite calcular a variação de entropia quando a temperatura muda a pressão constante dS = CPdT T ⇒ ∆S = S(T2)− S(T1) = Z T2 T1 CP(T )dT T (P cte.) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 15 / 41 Terceira Lei da Termodinâmica A entropia no zero absoluto de temperatura • pondo T1 = 0 K na expressão anterior, vem S(T ) = S(0 K ) + ∫ T 0 CP(T )dT T (P cte.) • Enunciado da Terceira Lei da Termodinâmica: “Toda substância tem uma entropia positiva e finita e, a 0 K , a entropia pode ser zero. No caso de um cristal perfeito a entropia é zero a 0 K” aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 16 / 41 Terceira Lei da Termodinâmica A entropia no zero absoluto de temperatura • fazendo S(0 K ) = 0 na expressão anterior, temos S(T ) = ∫ T 0 CP(T )dT T (P cte.) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 17 / 41 Terceira Lei da Termodinâmica A entropia no zero absoluto de temperatura • entropias calculadas assumindo S(0 K ) = 0 são chamadas “entropias de Terceira Lei” ou simplesmente “entropia” • se houver uma transição de fase numa dada temperatura, Ttrs constante, devemos somar variaçãode entropia neste processo • a partir de dS = δqrev/T ∆trsS = qrev Ttrs • pressão constante =⇒ ∆H = qP ∆trsS = ∆trsH Ttrs aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 18 / 41 Entropia molar padrão é a variação de entropia quando se converte uma substância a “0 K ” para as condições do estado padrão e temperatura de interesse S(T ) = ∫ Tfus 0 CsP(T )dT T + ∆fusH Tfus + ∫ Tvap Tfus C lP(T )dT T + ∆vapH Tvap + ∫ T Tvap CgP(T )dT T aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 19 / 41 Entropia molar padrão Processo S◦ (J · K−1 · mol−1) Debye de 0 a 10 K 1,92 Integração de 10,00 K a 35,61 K 25,25 Transição sólido-sólido a 35,61 K 6,43 Integração de 35,61 K a 63,14 K 23,38 Fusão a 63,14 K 11,42 Integração de 63,14 K a 77,32 K 11,41 Vaporização a 77,32 K 72,13 Integração de 77,32 K a 298,15 K 39,20 correção para não-idealidade do gás 0,92 Total 192,06 Tabela: a entropia molar padrão do nitrogênio gasoso calculada até 298,15 K. aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 20 / 41 Entropia molar padrão aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 21 / 41 Entropias padrão de reação a partir de entropias molares padrão • de forma similar ao cálculo da entalpia padrão de reação a partir de entalpias padrão de formação, podemos calcular a entropia padrão de reação a partir das entalpias molares padrão tabeladas ∆rS◦ = ∑ produtos νS◦m − ∑ reagentes νS◦m aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 22 / 41 Entropias padrão de reação a partir de entropias molares padrão Exemplo • calcule a entropia padrão para a reação H2(g) + 1 2 O2(g)→ H2O(l) ∆rS◦ =(1)S◦m[H2O(l)]− (1)S◦m[H2(g)]− ( 1 2 )S◦m[O2(g)] =(1)(70, 0 J · K−1 ·mol−1) − (1)(130, 7 J · K−1 ·mol−1)− (1 2 )(205, 2 J · K−1 ·mol−1) =− 163, 3 J · K−1 ·mol−1 • entropia negativa =⇒ produto (líquido) mais ordenado que reagentes (gases) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 23 / 41 Critérios de equilíbrio Entropia • num sistema isolado, a entropia continua a aumentar até que o sistema isolado entre em equilíbrio, quando teremos dS > 0 −→ processo espontâneo num sistema isolado dS = 0 −→ processo reversível num sistema isolado dS = 0 −→ situação de equilíbrio aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 24 / 41 Critérios de equilíbrio Entropia • se considerarmos o universo como isolado, para verificar a variação de entropia no sistema em que estamos interessados e a espontaneidade de um processo, necessariamente devemos nos preocupar com a vizinhança ∆Stotal = ∆Ssistema +∆Svizinhança = 0 −→ processo reversível ∆Stotal = ∆Ssistema +∆Svizinhança > 0 −→ processo espontâneo • claramente, este critério não é prático para situações do dia-a-dia • há outros critérios que podem ser aplicados a situações de grande interesse na Química, que em si mesmos já levam em conta a vizinhança aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 25 / 41 Energia Livre de Gibbs Pressão e temperatura constantes • para um processo a pressão e temperatura constantes, a Primeira Lei fica dU = δq + δw = δq − PdV • lembrando a Desigualdade de Clausius dS ≥ δq T ⇒ δq ≤ TdS • ATENÇÃO: a desigualdade de Clausius é equivalente à Segunda Lei da Termodinâmica, como dito antes • ao combinar a Desigualdade com a Primeira Lei para este processo, obtemos dU ≤ TdS − PdV aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 26 / 41 Energia Livre de Gibbs Pressão e temperatura constantes • esta relação apenas expressa a Segunda Lei da Termodinâmica aplicada a um sistema que sofre um processo a pressão e temperatura constantes dU ≤ TdS − PdV sinal “=” =⇒ processo reversível sinal “<” =⇒ processo espontâneo • a última expressão pode ser escrita como dU + PdV − TdS ≤ 0 • assim como feito no caso da entalpia, procuramos uma nova função de estado cuja diferencial, no caso de pressão e temperatura constantes, seja igual ao membro esquerdo desta expressão aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 27 / 41 Energia Livre de Gibbs G = H − TS • a diferencial total da função de Gibbs é dG =d(H − TS) =d(U + PV − TS) =dU + d(PV )− d(TS) =dU + (PdV + VdP)− (SdT + TdS) • se a temperatura for constante durante o processo (dT = 0) e se também a pressão for constante (dP = 0), a diferencial reduz-se para dG = dU + PdV − TdS (T e P constantes) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 28 / 41 Energia Livre de Gibbs: G = H − TS Critério de espontaneidade • combinando as duas expressões, temos: dU + PdV − TdS ≤ 0 dG =dU + PdV − TdS (T e P constantes) ) =⇒ dG ≤0 (T, P constantes) sinal “=” −→ processo reversível sinal “<” −→ processo espontâneo reações químicas feitas mantendo a temperatura e a pressão constantes são espontâneas na direção em que haja decréscimo na energia de Gibbs aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 29 / 41 Energia Livre de Gibbs: G = H − TS Critério de espontaneidade: dG < 0 aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 30 / 41 Energia Livre de Gibbs: G = H − TS Critério de espontaneidade: ∆G < 0 (T, P constantes) G = H − TS ⇒ dG = dH − TdS ⇒ ∆G = ∆H − T∆S (T, P constantes) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 31 / 41 Interpretação física da Energia Livre de Gibbs Máximo trabalho de não-expansão • um sistema pode fazer trabalho do tipo PV e outros tipos de trabalho, como trabalho elétrico Ex.: célula eletroquímica, transmissão de sinais nervosos • pode-se mostrar que dG = δwextra,max ∆G = wextra,max } (T e P constantes) • o máximo trabalho de não-expansão que um sistema pode realizar a temperatura e pressão constantes, é dado pela mudança na energia de Gibbs • daí o nome “energia livre de Gibbs” aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 32 / 41 Energia Livre Energia Livre de Reação: ∆rG • a energia livre de reação é a diferença entre as Energia Livre molares de produtos e reagentes ∆rG = ∑ produtos νGm − ∑ reagentes νGm • para uma certa composição da mistura de reação, temos ∆rG < 0 =⇒ reação espontânea ∆rG > 0 =⇒ reação inversa é espontânea ∆rG = 0 =⇒ situação de equilíbrio aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 33 / 41 Energia Livre Energia Livre Padrão de Reação: ∆rG◦ • é definida de forma análoga, porém, a partir de Energia Livre molares padrão de reagentes e produtos ∆rG◦ = ∑ produtos νG◦m − ∑ reagentes νG◦m • é a diferença na energia livre entre produtos puros em seus estados padrão e reagentes puros em seus estados padrão, numa dada temperatura aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 34 / 41 Energia Livre Energia Livre Padrão de Reação: ∆rG◦ • da própria definição da energia de Gibbs, temos G = H −TS ⇒ dG = dH −TdS ⇒ ∆G = ∆H −T∆S (T, P constantes) • desta forma, ∆rG◦ pode ser obtida facilmente a partir da entalpia padrão de formação e da entropia molar padrão: ∆rG◦ = ∆rH◦ − T∆rS◦ aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 35 / 41 Energia Livre Energia Livre Padrão de Formação: ∆fG◦ • é a energia livre padrão de reação para a reação de formação de 1 mol de um composto diretamente a partir dos elementos químicos que o constitutem, em seus estados padrão • a energia livre padrão de reação pode ser calculada a partir das Energia Livre padrão de formação ∆rG◦ = ∑ produtos ν∆fG◦ − ∑ reagentes ν∆fG◦ aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 36 / 41 Energia Livre Energia Livre Padrão de Formação: ∆fG◦ aparicio@iqm.unicamp.brQG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 37 / 41 Energia Livre Estabilidade de compostos • composto termodinamicamente estável: ∆fG◦ < 0 ex.: água • composto termodinamicamente instável: ∆fG◦ > 0 ex.: benzeno • composto não-lábil ou inerte: sobrevive por longos períodos de tempo ex.: benzeno, diamante • composto lábil: reage rapidamente ex.: radicais livres (·CH3, etc.) aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 38 / 41 Resumo • energia livre de reação ∆rG = ∑ produtos νGm − ∑ reagentes νGm • energia livre padrão de reação ∆rG◦ = ∑ produtos νG◦m − ∑ reagentes νG◦m = ∆rH◦ − T∆rS◦ = ∑ produtos ν∆fG◦ − ∑ reagentes ν∆fG◦ aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 39 / 41 Exemplos • calcule a energia livre padrão de reação, a 298 K , para a reação CO(g) + 1 2 O2(g)→ CO2(g) ∆rG◦ =(1)×∆fG◦[CO2(g)]− (1)×∆fG◦[CO(g)]− 12∆fG ◦[O2(g)] =− 394,4 kJ ·mol−1 − (1)× (−137,2 kJ ·mol−1)− 1 2 × (0) =− 257,2 kJ ·mol−1 aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 40 / 41 Exemplos • Considere a vaporização de um líquido a temperatura igual a seu ponto normal de ebulição, por exemplo, vaporização da água a 373.15 K e pressão de 1 atm H2O(l)→ H2O(g) • calcule a energia de Gibbs molar de vaporização • a uma dada temperatura, teremos ∆vap,mG =Gm[H2O(g)]−Gm[H2O(l)] =∆vap,mH − T∆vap,mS =40,65 kJ ·mol−1 − T × (108,9 kJ · K−1 ·mol−1) • para T = 373.15 K , ∆vap,mG = 40,65 kJ ·mol−1 − 373.15 K × (108,9 kJ · K−1 ·mol−1) = 0 • o que significa? aparicio@iqm.unicamp.br QG101A – 2s/2014 Aula 12 - Segunda Lei 41 / 41
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