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APARELHO REPRODUTOR FEMININO

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APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Estruturas: dois ovários, duas tubas uterinas, útero, vagina e genitália externa. 
Funções: produção de gametas femininos (ovócitos), manutenção do ovócito fertilizado durante a gestação, produção de hormônios sexuais. 
OVÁRIOS: 
Em sua superfície mais externa, há o epitélio de revestimento pavimentoso ou cúbico simples, denominado epitélio germinativo. Abaixo dele, há uma camada de tecido conjuntivo denso: a túnica albugínea. Esta por sua vez, é a responsável pela caracterização da cor esbranquiçada do ovário a olho nu. 
Após a túnica albugínea, localiza-se a região cortical, onde há predominância dos folículos ovarianos que contêm os ovócitos. Os folículos estão situados no tecido conjuntivo – estroma – da região cortical. A parte mais interna do ovário é a região medular, que contem tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado. Os limites entre a região cortical e a medular não são muito distintos. 
Desenvolvimento inicial do ovário: próximo ao primeiro mês de vida embrionária, uma pequena população de células germinativas primordiais migram do saco vitelino para os primórdios gonadais. Nas gônadas, estas células se dividem e se transformam em ovogônias. A partir do terceiro mês, as ovogônias começam a entrar em prófase I da meiose, mas param na fase de diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose. Estas células formadas são os ovócitos primários, que por sua vez são envolvidas por células achatadas chamadas células foliculares. Antes doo sétimo mês de gravidez, a maioria das ovogônias se transformou em ovócito primário. A atresia é responsável por degenerar ovócitos primários – o que faz com que o número deles diminua ao longo da vida reprodutiva feminina. Geralmente, um único ovócito é liberado pelos ovários em cada ciclo menstrual (que é de em média, 28 dias). 
Folículos ovarianos: o folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, também chamadas células da granulosa. Os folículos primordiais formados na vida fetal consistem em um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares. As maiorias destes folículos localizam-se próximos a túnica albugínea. 
Crescimento folicular: a partir da puberdade, um pequeno grupo de folículos primordiais inicia o crescimento folicular, que compreende a modificação do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma que envolve cada folículo. O crescimento folicular é estimulado pelo hormônio FSH secretado pela hipófise. Os ovócitos desenvolvem-se: o núcleo aumenta de volume, as mitocôndrias aumentam em numero, o RE cresce e os complexos de Golgi migram próximo da superfície celular. As células da granulosa se dividem por mitose formando uma única camada de células cuboides e neste momento o folículo é denominado folículo primário unilaminar. As células da granulosa continuam proliferando e originam um epitélio estratificado também chamado de camada granulosa. O folículo é então chamado folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral. Uma espessa camada amorfa – zona pelúcida – composta de várias glicoproteínas, é secretada e envolve todo o ovócito. O próximo estágio do folículo é denominado folículo antral ou secundário. Ele é caracterizado por ter um acumulo de liquido entre as células da granulosa, que contêm glicosaminoglicanos, proteínas e altas concetrações de esteroides (progesterona, andrógenos e estrógenos). 
Durante a reorganização das células da granulosa para formar o antro (espaço com o líquido), algumas células desta camada se concentram em determinado local da parede do folículo formando um pequeno espessamento: o cumulus oophorus, que serve de apoio ao ovócito. Além disso um pequeno grupo de células da granulosa envolve o ovócito constituindo a corona radiata – esta irá acompanhar o ovócito quando ele abandonar o ovário durante a ovulação. 
Enquanto todo esse processo ocorre, o estroma situado imediatamento ao redor do folículo modificam-se para formar as tecas foliculares, com duas camadas: a teca interna e a teca externa. As células da teca interna sintetizam um hormônio: a androstenediona; que é transportado para as células da camada granulosa. Este hormônio, sob influencia do FSH já nas células da granulosa; é transformado posteriormente em estrógeno, que é liberado na corrente sanguínea. As tecas foliculares são muito bem vascularizas, em contraste com as células da granulosa que não possuem vasos entre elas durante o crescimento folicular. 
Quando o folículo antral se desenvolve por completo, e aquele que cresce muito mais que os outros, é denominado folículo dominante; e logo após passa a ser chamado de folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf. Os outros folículos que estavam crescendo com uma certa sincronia são degenerados por atresia. 
A atresia é responsável pelas cicatrizes, na maioria constituída de colágeno; existentes nos ovários: os corpos albicans. 
Ovolação: consiste na ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que sera capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. Ocorre normalmente no 14º dia do ciclo menstrual. O estimulo para a ovulação é um pico de secreção de hormônio luteinizante, liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. 
Corpo lúteo: após a ovulação, as células da granulosa e as da teca interna do folículo que ovolou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária chamada de corpo lúteo, situada na camada cortical do ovário. As células da granulosa aumentam muito de tamanho e passam a serem chamadas células granulosa-luteínicas, com característica de células secretoras de esteroides. Os vasos sanguíneos e linfáticos agoram crescem e dirigem-se para o inteiro do corpo lúteo e formam uma abundante rede vascular. 
O corpo lúteo sob estimulo do LH, secreta progesterona e estrógenos. Pelo estimulo do LH, o corpo lúteo é programado para secretar durante 10-12 dias. Uma das consequências da secreção decrescente de progesterona é a menstruação, que é a descamação de parte da mucosa uterina. 
Após a degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui e FSH é liberando em quantidades maiores, estimulando o crescimento de outro grupo de folículos e iniciando o ciclo menstrual seguinte. Os restos do corpo lúteo são fagocitados por macrófagos, e fibroblastos vizinhos invadem a área e produzem uma cicatriz: o corpo albicans. 
Quando há fecundação, a descamação do útero é inibida pela presença de um hormônio sintetizado pelo embrião, chamado gonadotropina coriônica humana – HCG. Neste caso, o corpo lúteo não é degenerado e há crescimento adicional desta glândula endócrina para secreção de progesterona (isso manterá a mucosa uterina durante a maior parte da gravidez). 
TUBA UTERINA
As tubas uterinas são dois tubos musculares de grande mobilidade;. Uma das suas extremidades – o infundíbulo – abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e possui prolongamentos em forma de franjas chamados fímbrias; a outra extremidade – denominada intramural – atravessa a parede do útero e se abre no interior deste órgão. 
A parede da tuba é composta por três camadas: 
Mucosa;
Uma espessa camada de M. liso disposto em uma camada circular ou espiral interna; e uma camada longitudinal externa;
Uma serosa formada de uma lamina visceral de peritônio. 
A mucosa é formada por tecido epitelial de revestimento colunar simples ciliado com células secretoras, além de uma lamina própria de tecido conjuntivo frouxo. 
UTERO
A parede do útero é relativamente espessa e formada de três camadas. Externamente há uma delgada serosa – constituída de mesotélio e tecido conjuntivo – ou, dependendo da porção do órgão, uma adventícia – constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio. As outras camadas uterinas são o miométrio e o endométrio. 
O miométrio é a camada mais espessa do útero, é composto de M. liso. O endométrioconsiste de um epitélio e uma lamina própria que contêm glândulas tubulares simples que as veses se ramificam nas porções mais profundas. As celulas que revestem a cavidade uterina se organizam em um epitélio colunar simples formado de células ciliadas de células secretoras.

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