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GARANTIAS E VEDAÇÕES DOS PARLAMENTARES

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POR: QUEISE NICOLLI LIMA DE OLIVEIRA 
 
1. GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS PARLAMENTARES (membros do Poder Legislativo) 
 
1.1 Imunidades parlamentares 
São garantias que os parlamentares gozam a partir da diplomação que é anterior à 
própria posse, pois depois que o indivíduo é eleito e que apresenta as suas contas, ele é 
diplomado através do ofício eleitoral, sendo que a partir deste momento a Justiça 
Eleitoral declara que este indivíduo está apto a assumir o mandato. E desde a 
diplomação o parlamentar começa a gozar das imunidades parlamentares. 
 
Existem duas espécies de imunidades: 
 
• Imunidade material (inviolabilidade parlamentar): Prevista no art. 53 da 
CF/88 e diz que: “Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.”Obs.: Quando 
se trata de Deputados entende-se por federal, estadual e distrital. 
Esta é uma garantia dada aos Parlamentares (Deputados e Senadores) 
relacionada à liberdade de expressão, liberdade para o próprio exercício do 
mandato. Relacionada à questão dos votos, das palavras e das opiniões. O 
Parlamentar, então, é inviolável tanto do ponto de vista civil quanto penal, ou 
seja, não haverá crime de opinião. Exemplo: Injúria, difamação, calúnia; E não 
existirá a possibilidade de nem mesmo o parlamentar ser processado 
civilmente em virtude de suas palavras, votos e opiniões. Mesmo que ele não 
tenha provas, está dentro do exercício da atividade parlamentar. Mesmo fora 
das dependências do Congresso, os mesmos têm esta imunidade, porém há de 
se ter razoabilidade nesta interpretação, para vincular a opinião, o voto e a 
palavra a atividades do parlamentar com o parlamentar, e não a atividades 
pessoais. 
No caso do vereador, o mesmo também é inviolável no exercício do mandato, 
porém de uma forma mais restrita, estaria inviolável nas dependências da 
Câmara de Vereadores. Então, por exemplo, numa entrevista de rádio, na TV o 
mesmo não estaria acobertado e no âmbito do município. 
 
• Imunidade formal (art. 53, § 2º, na CF): É bastante questionada, tanto que foi 
alterada pela Emenda Constitucional 35/2001, diz que: “Desde a expedição do 
diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo 
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos 
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da 
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.” 
E o § 3º que diz que: “Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado. Por 
crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à 
Casa respectiva, que, por iniciativa do partido político nela representada e 
pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o 
andamento da ação.” 
Se um Deputado ou Senador comete um crime antes da diplomação, o 
processo correrá normalmente mesmo após a posse. Mas se ele praticar este 
crime após a diplomação, a regra hoje é que o processo criminal terá seu curso 
normal, porém o partido político com representação na Casa poderá pleitear 
que o processo seja sustado, ou seja, se tem uma ação em curso e a maioria da 
Casa por iniciativa de partido político decida pela paralisação do processo, o 
mesmo será paralisado até o fim do mandato do indivíduo. Quando este 
mandato acabar, o processo volta a correr. 
A regra é que o processo ocorrerá normalmente e só se a maioria da Casa 
decidir que será suspendo, isso ocorrerá. 
 
1.2 Prerrogativa do foro (art. 53, § 1º na CF) 
Art. 53, § 1º, diz o seguinte: “Os Deputados e Senadores, desde a expedição do 
diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.” 
Para julgamento APENAS no âmbito penal, perante o Supremo Tribunal Federal. A 
lógica é o respeito à equivalência dos poderes, ou seja, se um Deputado ou Senador 
são representantes maiores do Legislativo, eles deverão ser julgados pelos 
representantes maiores do Judiciário e não por um Juiz comum. Muita gente considera 
a prerrogativa de foro como um absurdo, pois seria um privilegio dentro da ideia de 
que seria um julgamento mais difícil de acontecer. 
A manutenção da prerrogativa de foro se dá apenas enquanto persiste o mandato, ou 
seja, com o fim do mandato acaba também a prerrogativa de foro. 
Persiste enquanto o parlamentar estiver no exercício de mandato, onde o mesmo é 
julgado criminalmente de forma equivalente à sua posição; 
 
1.3 Incompatibilidades (art. 53) 
Presentes no art. 54, que diz o seguinte: “Art. 54. Os Deputados e Senadores não 
poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de 
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
 
O Deputado ou Senador não pode manter contratos com a Administração Pública de 
forma geral para não se beneficiar da função dele de Deputado ou Senador no seu 
cargo ele, por exemplo, não pode participar de licitações, ou seja, o objetivo é evitar 
que haja abuso de poder por parte do parlamentar. 
A exceção que existe é quando o contrato obedece às clausuras uniformes, que é 
aquele contrato que vale para qualquer pessoa que esteja em qualquer situação, como 
por exemplo, os contratos que todas as pessoas têm com Embasa. 
 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que 
sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; 
 
Os demissíveis “ad nutum” são os cargos de confiança. Se um Deputado ou 
Senador for servidor público e estiver no exercício do mandato ele ficará afastado. 
Ele não perde o cargo, continua com o vinculo e quando o mandato acabar retorna 
à sua função, porém enquanto persistir o mandato o mesmo ficará afastado. O 
único cargo em que se admite acumulação a cargos da administração publica é a 
de vereador. 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada; 
Isto acontece e, quando acontece, se tem os “laranjas” que servem de 
fachadas para conseguirem burlar o sistema; 
 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades 
referidas no inciso I, a; 
 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se 
refere o inciso I, a; 
 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
 
1.4 Perda de Mandato (art. 55) 
 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no 
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso 
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 
§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara 
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dosDeputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) 
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de 
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda 
do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações 
finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 
6, de 1994) 
 
 
 
 
 
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de 
Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão 
diplomática temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções 
previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 
§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se 
faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. 
No caso do Deputado se fará um recálculo do cociente eleitoral ao invés de uma nova 
eleição. 
§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração 
do mandato. 
 
2. FUNÇÃO FISCALIZATÓRIA DO PODER LEGISLATIVO (ART. 50) 
 
Funções típicas do Poder Legislativo: fiscalizatória e a função legislativa; Sendo que a 
função fiscalizatória é mais antiga do que a legislativa, pois desde a Magna Carta 
inglesa já havia a previsão de que o poder legislativo tinha a função de fiscalizar a 
atividade executiva. 
 
2.1 Convocação de Ministros de Estado (art. 50) 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, 
poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente 
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações 
sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade à 
ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 2, de 1994) 
§ 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos 
Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante 
entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu 
Ministério. 
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar 
pedidos escritos de informações a Ministros de Estado, importando em crime de 
responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como 
a prestação de informações falsas. 
 
Faz parte da função fiscalizatória do Congresso Nacional a possibilidade de convocação 
de Ministro de Estado ou mesmo a intimação para que prestem esclarecimentos por 
escrito, caso não seja necessário a convocação presencial. Os Ministros também 
poderão solicitar audiências junto à Câmara, Senado ou as Comissões para prestar 
esclarecimento sobre atividades inerentes ao seu dia a dia nos trabalhos 
parlamentares. 
 
2.2 Os tribunais de contas 
São órgãos autônomos auxiliares ao Poder Legislativo. Auxiliares, pois s atividade 
fiscalizatória de julgar de fato as contas dos gestores públicos, caberia em tese ao 
Poder Legislativo, mas os tribunais de contas funcionam como órgãos técnicos que 
auxiliam o poder legislativo nesta atividade. 
Existem duas formas de trabalho nos tribunais de contas: Em determinadas situações 
administrativas eles julgam as contas dos gestores públicos. Mas nos casos de contas 
do Chefe do executivo (Presidente da República, Prefeito ou Governador), eles emitem 
um parecer técnico a respeito que poderá ser recusado pela casa legislativa, caso 2/3 
da casa recuse este parecer (Câmara de Vereadores ou Congresso Nacional). 
Depende da Constituição de cada Estado, mas todo Estado tem, no mínimo, o TCE 
(Tribunal de Contas do Estado). E em alguns estados, além do TCE, temos o TCM 
(Tribunal de Contas do Município), como é o caso dos municípios da Bahia. A diferença 
é que como a Bahia é um Estado grande, o TCE julga as contas relativas à 
Administração Pública Estadual, enquanto que o TCM dos municípios. Porém em 
alguns Estados se tem apenas o TCE, varia de acordo a Constituição de cada Estado. 
No âmbito Federal há o TCU (Tribunais de Contas da União) que emite parecer técnico 
em relação às contas do Presidente da República e julga as contas dos demais gestores 
públicos federais. Bem como o TCU também tem a capacidade de julgar contas 
relativas a recursos públicos (verbas federais) recebidos por Governadores e Prefeitos. 
**SP e o RJ são os únicos Estados que tem Tribunal de Contas especifico dos 
municípios; 
 
2.3 As CPI’s (Comissões Parlamentares de Inquéritos) (art. 58, § 3º) 
Os órgãos Legislativos atuam internamente a partir de comissões. Existem comissões 
permanentes e temporárias. As permanentes são geralmente temáticas, mas existem 
também as que tratam de temas variados. E as temporários que podem ser temáticas 
e muitas vezes são para discutir determinado assunto e dentre essas comissões 
temporárias, se encontra as CPI’s. 
O art. 58, § 3º diz que: “As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes 
de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos 
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço 
de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.” 
As CPI’s são comissões temporárias, criadas para investigar determinados fatos. A CPI 
não pode ser genérica, deve ser criada para apurar fatos determinados. Pode ser 
instalada como um poder da minoria parlamentar, pois para a abertura de uma CPI, é 
necessário que 1/3 da Casa encaminhei requerimento ao Presidente da Casa, a sua 
mesa Diretora, pedindo a abertura da CPI. A CPI é uma comissão de inquérito, ou seja, 
ela não pune ninguém apenas investiga determinadas situações e a finalidade da 
mesma é apresentar um relatório dos trabalhos prestados e caso haja indicio de que 
houve crime, por exemplo, esse relatório é enviado para o Ministério Público a fim de 
que o mesmo analise e ingresse com uma ação penal contra aqueles que agiram de 
forma errada. 
Ela pode realizar algumas atividades que a princípio seriam típicas do judiciário, pode 
determinar à quebra de sigilo bancário, fiscal do investigado, a quebra de sigilo 
telefônico também, pode ocorrer, porém não pode interceptar o aparelho sem 
autorização, ou seja, podem-se saber quantos minutos se falou com cada pessoa, 
porém não pode realizar a escuta sem autorização judicial. A interceptação só pode 
ser realizada com autorização Judicial. A CPI também pode determinar a realização de 
exames periciais, promoverem a condução forçada de pessoas para depoimentos, ou 
testemunhas. 
Como foi dito acima a CPI não pode fazer interceptação telefônica, determinar invasão 
de domicílio, efetuar prisão, salvo em flagrante. 
Pode-se ter uma CPI conjunta, no caso, uma só CPI para a Câmara de Deputados e o 
Senado Federal, se o interesse englobar as duas casas.Neste caso, precisa-se ter 1/3 
dos votos de CADA casa. 
 
3. FUNÇÃO LEGISLATIVA 
 
3.1 O processo legislativo 
O processo legislativo significa uma serie de atos realizados em sequência destinados a 
um determinado fim. 
Função típica do Poder Legislativa; 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou 
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao 
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao 
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta 
Constituição . 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II - disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e 
autárquica ou aumento de sua remuneração; 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços 
públicos e pessoal da administração dos Territórios; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para 
a inatividade; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
18, de 1998) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como 
normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração 
pública. 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o 
disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, 
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a 
reserva.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos 
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos 
por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
O inicio do Processo se dá a partir de uma iniciativa de lei (art. 61 CF), ou seja, a 
apresentação de um projeto; De forma geral que propõe as leis são os parlamentares, 
mas as comissões (Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso 
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais 
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos) têm também a chamada 
iniciativa de lei. No que se refere aos cidadãos comuns, à iniciativa popular de lei é um 
instituto da democracia participativa, adotada pelo Brasil, para uma maior participação 
política do cidadão, mas não é qualquer um do povo que pode apresentar o projeto. 
Isto se dá através de um abaixo assinado, onde um grupo de pessoas apresenta o 
projeto. Este grupo não precisa ser numeroso, pois uma lei federal para ser proposta 
através da iniciativa popular é preciso que seja proposta por, pelo menos, 1% do 
eleitorado nacional dividido em pelo menos cinco Estados e cada Estado para ser 
contabilizado não basta uma assinatura ou duas, tem que ter, pelo menos, 03% do 
eleitorado local. 
• Depois que o projeto passa por todas as comissões para análise ela vai para 
sanção (concordância) ou veto (discordância) do Presidente da Republica. Se 
houver veto o mesmo tem que expor o motivo que pode ser por motivos 
formais (controle de constitucionalidade) ou por conveniência. O veto pode 
ser da lei toda ou de trechos da lei, o que se proíbe é o veto de palavras. Caso 
haja veto pode haver a derrubada do veto (art. 66), para isto ocorrer basta que 
ocorra a maioria absoluta (maioria dos membros) dos votos. Se o veto não for 
mantido será mandado para promulgação (ato pelo qual o projeto deixa de ser 
considerado projeto e se torna lei) do Presidente da República, se o mesmo se 
recusar a promulgar, o Presidente do Senado tem o poder de promulgar. 
• A sanção é tácita. 
Exemplo: A lei da ficha limpa é uma lei complementar que foi oriunda de uma 
iniciativa de lei popular 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao 
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. 
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, 
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no 
prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 
§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de 
inciso ou de alínea. 
§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República 
importará sanção. 
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu 
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e 
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) 
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao 
Presidente da República. 
§ 6º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na 
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação 
final, ressalvadas as matérias de que trata o art. 62, parágrafo único. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na 
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação 
final. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da 
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este 
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. 
 
3.2 Espécies normativas 
 
• Emendas Constitucionais (art. 60): O art. 60 trata dos limites: 
FORMAIS: que são I,II,III do art. 60: “A Constituição poderá ser emendada 
mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus 
membros. 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos 
dos votos dos respectivos membros. 
 
 Para que uma proposta de emenda constitucional seja apresentada tem 
que ser aprovada por, no mínimo 3/5 do total dos Deputados Federais ou 3/5 
do total dos Senadores e cada um desses membros tem que aprovar a 
proposta duas vezes, em duas votações. 
 § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
Sessão legislativa é um ano, então se a proposta for rejeitada somente no 
próximo ano. 
 
CIRCUSNTANCIAIS: § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
- Intervenção federal, estado de defesa ou de estado de sítio são períodos de 
instabilidade política, então para evitar que haja uma mudança neste período. 
 
MATERIAS: Dizem respeito ao conteúdo das propostas. 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto,secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Não serão nem votadas às emendas constitucionais que são tendentes a abolir 
(até mesmo se houver ameaça) a forma federativa de Estado, pois a mesma é 
clausura pétrea. Também não serão votadas as propostas tendentes a abolir o 
voto direto, ou seja, o individuo diretamente ir escolher seus representantes, 
secreto, universal, periódico; O VOTO OBRIGATÓRIO NÃO É CLAUSURA 
PÉTREA; 
Separação de poderes também é clausura pétrea. Como também os tendentes 
a abolir direitos e garantias individuais (além do art. 5 ainda tem outros 
previstos ao longo da Constituição também serão clausuras pétreas, e também 
se forem encontrados nos tratados internacionais podem ser consideradas 
clausuras pétreas). 
 
• Medidas provisórias (art. 62): Foi inserida no ordenamento brasileiro através 
da Constituição de 88, antes não existia no Brasil. Foram inspiradas no modelo 
italiano. A medida provisória aqui no Brasil o Presidente da República, muitas 
vezes, pede uma medida provisória, esta medida é rejeitada depois, não é 
transformada em lei e nada acontece após isto. Há criticas em relação a isto, 
pois gera um desequilíbrio no processo legislativo, muitas vezes matérias que 
não teriam urgência e relevância (requisitos básicos para a medida provisória) 
terminam sendo regulamentadas como medidas provisórias, fazendo com que 
a função legislativa que é própria do Poder Legislativo seja esvaziada em 
alguns momentos. Às vezes o Executivo acaba legislando mais do que o 
próprio Poder Legislativo, embora tenha que passar pela avaliação do 
Congresso que pode recusar a medida, o mesmo tem 60 dias para analisar a 
medida provisória. Só pode ser prorrogada uma vez por mais 60 dias, se nesses 
120 dias a medida provisória não for apreciada, ela perde a validade. Se a 
medida provisória for recusada, será como se nunca tivesse existido. 
Não podem ser objeto medidas provisórias sobre: 
a) Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
b) Direito penal, processual penal e processual civil; 
c) Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; 
d) Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares; 
e) II - que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou 
qualquer outro ativo financeiro; 
f) III - reservada a lei complementar; 
g) IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
pendente de sanção ou veto do Presidente da República; 
 
Devem ser apreciadas dentro de 45 dias ou a pauta da Casa ficará trancada 
e passa a ter prioridade e entra na frente de outros projetos; 
Segundo o principio da simetria, caso haja previsão expressa na lei 
orgânica ou na Constituição Estadual, poderá haver medidas provisórias 
estaduais ou municipais. 
• Leis delegadas (art. 68): Através das leis delegadas, o presidente pode criar 
leis dentro dos limites estabelecidos pelo Congresso Nacional. Serve para 
algum tema que o Presidente ache interessante, o mesmo pode solicitar ao 
Congresso, caso deseje decretar um projeto de lei, onde ele mesmo vai criar 
esta lei. Depois de criada, o Congresso pode solicitar que ela seja apreciada 
para poder entrar em vigor, caso autorizado pelo mesmo e seguindo os limites 
impostos por lei. O Congresso não pode fazer nenhuma emenda 
constitucional, deve-se vetar ou sancionar. 
 
“Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que 
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou 
do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação 
sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do 
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu 
exercício. 
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso 
Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.” 
 
• Decretos Legislativos: Tem força normativa de lei ordinária e são possíveis em 
matérias expressas na Constituição como de competência exclusiva do 
Executivo. Não há veto, nem sanção do Presidente, pois é competência 
exclusiva do Congresso Nacional. 
• Resoluções: Também diz respeito a matérias exclusivas do Congresso 
Nacional, a diferença é que estão abaixo dos decretos legislativos 
hierarquicamente. Quando for competência do Congresso Nacional deve-se 
passar pelas duas Casas Legislativas para aprovação e quando for da 
competência exclusiva da Câmara dos Deputados ou do Senado, a resolução 
passará somente pela própria Casa. 
• Tratados Internacionais: Existem duas teorias vigentes no mundo, a monista 
(o Brasil não adota) só existe uma única ordem jurídica, não havendo distinção 
entre a ordem interna e externa Para os países que adotam esta teoria 
qualquer tratado internacional teria vigência imediata com força de lei. E a 
dualista (adotada pelo Brasil), onde existem a ordem interna e a ordem 
externa, onde a interna tem mais força devido à sua soberania. De acordo com 
o direito brasileiro qualquer tratado internacional, mesmo que o Brasil seja 
signatário, só será vigente em nosso território caso seja ratificado 
internamente pelo Congresso Nacional, ou seja, transformado em lei, através 
de um decreto legislativo. 
 
 
4. PODER EXECUTIVO 
 
A sua função típica é administrativa e atípica legislativa, judiciária e também de 
controle. 
Organização no Brasil: Se baseia na forma de governo republicana e no sistema de 
governo presidencialista. Presidente é eleito junto com o vice em chapa única, assim 
como os governadores e prefeitos. 
O presidente é o Chefe do Estado e também o Chefe do Governo, tendo o mandato de 
quatro anos permitindo apenas uma reeleição. 
** É Cláusula Pétrea na Constituição Federal de 1988 que as eleições sejam diretas. 
Havendo vacância do Cargo do Presidente (morte, empate, renúncia, etc.) o vice 
assumirá de forma definitiva o cargo. 
 
4.1 Investidura do Presidente da República 
Responsabilidade do Presidente (art. 85): O Senado julga o Presidente por crime de 
responsabilidade, após manifestação de 2/3 da Câmara a favor da abertura do 
processo e, caso haja provas concretas para que sejam analisadas pelo Senado. Se for 
praticado pelo Presidente crime comum, é julgado pelo Supremo Tribunal Federal; 
Conselho da República e Conselho de Defesa: Nacional (art. 89/90). No primeiro o 
Presidente reporta-se ao Conselho para ter o suporte na resolução de algo ou na ajuda 
para tomada de alguma decisão; Já o Conselho de Defesa, é convocado nos assuntos 
relacionados à soberania, segundo o artigo 91 da CF/88; 
 
5. PODER JUDICIÁRIO 
5.1 Prerrogativas dos magistrados 
São impedimentos dos magistrados: 
1. Ter filiação partidária; 
2. O magistrado não pode exercer nenhum outro cargo, se não um de magistrado 
 
5.2 Organização 
O Supremo Tribunal Federal é a cúpula, o guardião da Constituição.
1. Seus membros serão obrigatoriamente brasileiros natos;
2. É composto por 11 membros;
3. A idade mínima é 35 anos e a má
4. Reputação ilibada e notório saber jurídico;
5. Indicado pelo Presidente e o Senado vota sabatina e decide; 
 
• A Justiça Eleitoral surgiu com o objetivo de organizaras eleições e é o que 
mais realiza funções administrativas.
• Julga todos os 
eleitos; 
• Não há Justiça Municipal no Brasil, o Judiciário é do Estado ou da União;
• Peculiaridades: Não conta com magistrado de carreira, não existe 
concurso. O Juiz eleitoral é um Juiz de Direito Es
• Os processos eleitorais têm prioridade;
• No período eleitoral, 60 dias antes da eleição, é determinada a junta 
eleitoral que 
outros cidadãos comuns que tem direito de julgar com equivalência a
de Direito.
 
O TRE não tem composição de magistrados de carreira composto por
• Dois desembargadores
obrigatoriamente Presidente do TER
são escolhidos pelo próprio Tribunal de Justiça;
• Dois Juízes de Direito, são escolhidos pelos Desembargadores do Tribunal 
de Justiça;
• Um Juiz Federal
escolhe; 
• Dois advogados
um em cada lista
Mesmo exercendo esse cargo eles continuam como advogado
O Supremo Tribunal Federal é a cúpula, o guardião da Constituição. 
Seus membros serão obrigatoriamente brasileiros natos; 
É composto por 11 membros; 
A idade mínima é 35 anos e a máximo é 65 anos; 
Reputação ilibada e notório saber jurídico; 
Indicado pelo Presidente e o Senado vota sabatina e decide; 
A Justiça Eleitoral surgiu com o objetivo de organizar as eleições e é o que 
mais realiza funções administrativas. 
Julga todos os processos eleitorais, desde o alistamento até a posse dos 
Não há Justiça Municipal no Brasil, o Judiciário é do Estado ou da União;
Peculiaridades: Não conta com magistrado de carreira, não existe 
concurso. O Juiz eleitoral é um Juiz de Direito Estadual; 
Os processos eleitorais têm prioridade; 
No período eleitoral, 60 dias antes da eleição, é determinada a junta 
eleitoral que é formada de 3 a 5 juízes, sendo 1 deles de Direito e os 
outros cidadãos comuns que tem direito de julgar com equivalência a
de Direito. Os cidadãos são indicados pelo TRE. 
não tem composição de magistrados de carreira composto por
desembargadores, sendo que um dos desembargadores será 
obrigatoriamente Presidente do TER e são dois anos de mandatos e eles 
escolhidos pelo próprio Tribunal de Justiça; 
Dois Juízes de Direito, são escolhidos pelos Desembargadores do Tribunal 
de Justiça; 
Um Juiz Federal, não tem influencia Estadual é a justiça federal que 
 
advogados, escolhidos por duas listas tríplices do TJ e são escolhidos 
um em cada lista, o mandato é de dois anos podendo ficar mais dois anos. 
Mesmo exercendo esse cargo eles continuam como advogado
 
A Justiça Eleitoral surgiu com o objetivo de organizar as eleições e é o que 
processos eleitorais, desde o alistamento até a posse dos 
Não há Justiça Municipal no Brasil, o Judiciário é do Estado ou da União; 
Peculiaridades: Não conta com magistrado de carreira, não existe 
No período eleitoral, 60 dias antes da eleição, é determinada a junta 
de 3 a 5 juízes, sendo 1 deles de Direito e os 
outros cidadãos comuns que tem direito de julgar com equivalência ao Juiz 
não tem composição de magistrados de carreira composto por: 
, sendo que um dos desembargadores será 
anos de mandatos e eles 
Dois Juízes de Direito, são escolhidos pelos Desembargadores do Tribunal 
, não tem influencia Estadual é a justiça federal que 
ices do TJ e são escolhidos 
, o mandato é de dois anos podendo ficar mais dois anos. 
Mesmo exercendo esse cargo eles continuam como advogado; 
 
TSE: Não tem Juiz de carreira e o TSE tem competência para julgar. É composto por 
7 membros: 
• Três oriundos do STF (um deles será o Presidente); 
• Dois do Supremo Tribunal de Justiça; 
• Dois Advogados; 
 
JUSTIÇA DO TRABALHO: Constituída dos seguintes órgãos: JT; TRT; TST; 
Os cargos eram por antiguidade e merecimento e havia a possibilidade de 
ascensão pelo quinto constitucional; 
Até 1999 se tinham três juízes: um do Trabalho e dois classistas ou vogais, um 
indicado pelo Sindicado dos trabalhadores e o outro Sindicato das classes, mas 
atualmente somente um juiz. 
 
• TRT: tem por função julgar as ações trabalhistas, ou seja, julgar conflitos 
jurídicos que envolvam empregados (funcionários) e empregadores 
(patrões). 
• TST: Julga recursos das decisões do controle da legalidade dos TRT’s. 
JUSTIÇA MILITAR: Processos administrativos e criminais praticados por 
militares no exercício de sua função; Composta por dois graus de jurisdição. 
Supremo Tribunal Militar: Para militares federais (exercito marinha, forças 
armadas). 
Auditoria militar, composta por: 
• Cinco juízes (órgãos colegiados). 
• Quatro membros militares de carreira; 
• Um civil que faz concurso para Juiz militar; 
• Presidida por um Juiz militar; 
JUSTIÇA COMUM: Julga tudo, menos o que é competente a outras justiças; 
Existem dois troncos na justiça comum: 
• Justiça Comum Federal composta por Juízes Federais e Tribunal Regional 
Federal (desembargadores nomeados); 
• Justiça Comum Estadual composta por Juízes Estaduais e os Desembargadores 
do JE; 
** Vira competência da Justiça Federal, caso haja interesse da União na causa. Ex; 
INSS, aluno da UFBA que ajuíza ação. 
Quando não houver interesse da União, é julgado pela justiça comum; 
 
6. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
 
6.1 O Ministério Público: Não faz parte de nenhum Poder do Estado, é uma função 
essencial à justiça, pois cabe ao MP provocar a justiça sempre que houver interesse 
público e ele age na inércia (sempre que for convocado, através de ação civil pública). 
É o titular da ação penal pública. O MP é o advogado da sociedade e defende o 
interesse da mesma. Sua função é fiscalizar o cumprimento da lei, tem autonomia 
financeira e administrativa, não existe MP municipal, existe o Estadual e o da União. 
 
6.2 A Advocacia 
Não existe hierarquia entre o Ministério Público, Magistratura e advocacia, o que deve 
haver é um respeito mútuo. Um requisito mínimo é o sujeito ter sido aprovado no 
exame da OAB. 
 
6.2.1 Advocacia privada 
O individuo precisa ter sido aprovado no exame da OAB e os procuradores 
públicos podem exercer, com exceção dos procuradores da AGU. 
6.2.2 Advocacia pública 
Através de concurso público, salvo em alguns municípios que terceirizam o serviço. A 
AGU (Advocacia Geral da União) defende a União em qualquer ação de interesse da 
mesma. 
Divide-se em: 
• Advocacia do Estado 
• Defensoria Pública (Estadual ou da União), onde o principal alvo é a sociedade, 
as pessoas que não tem dinheiro para contratar um advogado. O defensor 
público tem que defender qualquer situação;

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