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AULA 3 ROMANTISMO I

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AULA 3 – LITERATURA
	Romantismo I
01. O cristão repeliu do seio a virgem indiana. Ele não deixará o rasto da desgraça na cabana hospedeira. Cerra os olhos para não ver, e enche sua alma com o nome e a veneração de seu Deus: – Cristo!... Cristo!... Volta a serenidade ao seio do guerreiro branco, mas todas as vezes que seu olhar pousa sobre a virgem tabajara, ele sente correr-lhe pelas veias uma onda de ardente chama. Assim quando a criança imprudente revolve o brasido de intenso fogo, saltam as faúlhas inflamadas que lhe queimam as faces. [...] Abriram-se os braços do guerreiro adormecido e seus lábios; o nome da virgem ressoou docemente. A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do companheiro; bate as asas, e voa a conchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão aninhou-se nos braços do guerreiro. Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do sol, em suas faces incendidas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor. [...] As águas do rio banharam o corpo casto da recente esposa. Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras.
ALENCAR, J. de. Iracema. São Paulo: Núcleo, 1993. p. 39-41.
A partir da leitura do texto acima e do romance Iracema, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
Ao seduzir e possuir Iracema, Martim está consciente dos seus atos, e isso constitui traição tanto aos seus valores cristãos quanto à hospitalidade de Araquém. Quebra-se aqui, portanto, uma importante característica do Romantismo, a idealização do herói, que jamais comete ações vis.
Martim não seduziu Iracema, ao contrário, apesar de resistir muito aos seus “encantos”, acabou se deixando levar pelo amor impetuoso que sentiu pela índia, e ao vê-la em seus braços, a desposou. A ação dele, portanto, não foi vil, e não se perdeu a característica do herói romântico.
02) Em Iracema, os elementos humanos e naturais não se mesclam. Nas descrições que faz de Iracema, por exemplo, Alencar evita compará-la a seres da natureza, pois isso seria contrário ao princípio romântico de valorização de uma natureza pura, não contaminada pela presença humana.   
elementos humanos e naturais são mesclados o tempo todo, já que Iracema faz parte daquela natureza, sendo indígena; e nas descrições o autor faz diversas comparações entre as características de Iracema e os seres da natureza. Estas comparações não ferem o princípio romântico de valorizar uma natureza pura, pelo contrário, fazem com que Iracema seja descrita como parte desta natureza pura, embora sendo humana.
04) A adjetivação abundante (“ardente chama”; “intenso fogo”; “tépido ninho”; “vivos rubores”) é uma importante característica da prosa romântica, que será mais tarde evitada por escritores realistas.   
08) Ao entregar-se a Martim, Iracema deixa de ser virgem e, portanto, não poderia mais ser a guardiã do segredo da jurema; ainda assim continua a sê-lo, só deixando de preparar e servir a bebida quando Caubi descobre sua gravidez e a expulsa da tribo. 
após Iracema entregar-se a Martim, este vai embora, fazendo com que ela vá embora à sua procura. Deixa, pois, de ser guardiã do segredo da Jurema. Somente após ir embora de sua tribo Iracema descobre a gravidez.
16) Entre as várias manifestações do nacionalismo romântico presentes em Iracema, está o desejo de mostrar o povo brasileiro como híbrido, constituído pela fusão das raças negra, indígena e branca.
o romance mostra a miscigenação do povo brasileiro somente através da junção do branco com o índio. O romance não apresenta a miscigenação com o negro.
32) Além de indianista, Iracema é também um romance histórico; serve assim duplamente ao projeto nacionalista da literatura romântica brasileira. 
02. Leia o poema de Francisco Otaviano.
Ilusões da Vida
Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.
(SECCHIN, Antonio Carlos. Roteiro da poesia brasileira – Romantismo. São Paulo: Global, 2007.)
Este poema pertence à estética romântica porque
(A) sugere que o leitor, para ser feliz, viva alienado e distante da realidade.   
(B) são explícitas as referências a alguns cânones do Catolicismo.   
(C) expõe os problemas sociais que afetavam a sociedade da época.   
(D) nele se percebe a vassalagem amorosa, isto é, a submissão do homem em relação à mulher.   
(E) sugere que é importante viver, de forma intensa e profunda, as experiências da existência humana.   
03. (ENEM 2009 – cancelado)
O sertão e o sertanejo
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
Transborda a vida. TAUNAY, A. Inocência. São Paulo: Ática, 1993 (adaptado).
O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação. Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da nação é a
(A) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional, marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.
(B) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante local, o que coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.   
(C) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou exaltação, de uma imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira.   
(D) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros.   
(E) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira. 
04. (Uepg 2008)  Canto IX - I Juca Pirama
O guerreiro parou, caiu nos braços
Do velho pai, que o cinge contra o peito,
Com lágrimas de júbilo bradando:
"Este, sim, que é meu filho muito amado!
E pois que o acho enfim, qual sempre o tive,
Corram livres as lágrimas que choro,
Estas lágrimas, sim, que não desonram".
(Gonçalves Dias. "Poesias Americanas")
Com relação à obra indianista de Gonçalves Dias, e sobre este poema em particular, assinale o que for correto.
01) O herói do poema não é apenas um índio tupi: representa todos os índios brasileiros ou ainda todos os brasileiros, uma vez que o índio foi durante o Romantismo o representante de nossa nacionalidade.   
02) O poeta, ao pôr em discussão profundos valores e sentimentos humanos, como a bondade filial e a honra, supera os limites da abordagem puramente indianista e ganha universalidade.   
04) O índio de Gonçalves Dias diferencia-se do de Joaquim Norberto e Gonçalves Magalhães, não pela questão de autenticidadedo índio, mas por ser mais poético, como vemos em "I-Juca-Pirama". O deslumbramento sem vulgaridade do herói indígena traduz a poesia do poeta, malabarista de ritmos nos sentimentos de heroísmo, dignidade, generosidade, bravura, maldição e tradição.   
08) Quanto aos aspectos formais, em "I-Juca-Pirama" Gonçalves Dias variou a métrica de trecho em trecho. Teoricamente, o poeta teria desprezado a metrificação. No entanto, do ponto de vista expressivo, a variação métrica utilizada produz a iconicidade sonora do texto, construindo plasticamente o poema como um significante rítmico do ritual narrado.   
16) I Juca Pirama significa "aquele que é digno de ser morto"; o poema conta a história de um guerreiro tupi, aprisionado pelos Timbiras, que vai morrer em um festim canibal.   
05. 
A referência ao escritor maldito, presente o último quadrinho, pode ser relacionada a um período literário que, da Alemanha e da França, no século XIX, espalhou-se por todo o ocidente, tendo representado no Brasil o fim da literatura colonial e o início do período nacional da nossa literatura. Assinale a alternativa em que se encontra o nome desse estilo de época e o de um dos seus mais significativos autores no Brasil.
(A) Barroco, levando-se em conta, principalmente, os textos conceptistas do Padre Antônio Vieira.
(B) Romantismo, sobretudo se forem considerados os autores da poesia do mal do século, por exemplo, Álvares de Azevedo.
(C) Naturalismo, na medida em que se considera o uso, na literatura, do determinismo ambiental para caracterizar ambientes decadentes descritos na obra de autores como Aluísio Azevedo.
(D) Parnasianismo, pois foi um movimento rechaçado pelos modernistas que o consideravam alienado e por demais preso aos rigores técnicos da poesia clássica.
(E) Modernismo, movimento que rompia com o passado artístico e pregava a liberdade total de expressão, como se pode observar na obra de Oswald de Andrade.
06. (ENEM 2010)
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é
(A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
(B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
(C) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
(D) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
(E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
07. (ENEM 2012)
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
08. (ENEM 2007)
O canto do guerreiro
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
 Gonçalves Dias.
Macunaíma
 (Epílogo)
Acabou-se a história e morreu a vitória.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?
Mário de Andrade.
 
A leitura comparativa dos dois textos acima indica que
(A) ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro apresentada de forma realista e heróica, como símbolo máximo do nacionalismo romântico.
(B) a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos indígenas do Brasil.
(C) as perguntas “— Quem há, como eu sou?” (1.º texto) e “Quem podia saber do Herói?” (2.º texto) expressam diferentes visões da realidade indígena brasileira.
(D) o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do processo de colonização no Brasil.
(E) os versos em primeira pessoa revelam que os indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas foram silenciados pela colonização, como demonstra a presença do narrador, no segundo texto.
09. (ENEM 2001) O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
–– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
ALVES, Castro. Os melhores poemas 
de Castro Alves. Seleção de Lêdo 
Ivo. São Paulo: Global, 1983.
Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude.
A imagem da morte aparece na palavra
(A) embalsama.
(B) infinito.
(C) amplidão.
(D) dormir.
(E) sono.
10. (Cesgranrio 1991)
(Fagundes Varela, O ESTANDARTE AURIVERDE. ln:___. POESIAS COMPLETAS. São Paulo, Edição Saraiva, 1956, p. 85-86.)
Tendo em vista o texto, assinale a opção com DUAS características do Romantismo PRESENTES NO POEMA:
(A) entendimento racional do mundo / adjetivação abundante 
(B) polarização entre o Bem e o Mal / rigidez métrica 
(C) exaltação do heroísmo / musicalidade acentuada 
(D) assimilação do ideário liberal / valorização da simplicidade do povo brasileiro 
(E) temática de fundo histórico / presença da cor local 
11. “Tu choraste em presença da morte?
Em presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés.
Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!”
O trecho do poema “ I-juca pirama” refere-se ao momento em que o filho guerreiro volta para a sua tribo e se encontra com seu pai após ter pedido ao líder da tribo inimiga, pela qual havia sido capturado, que o poupasse da morte para que pudesse cuidar de seu pai amado, muito velho, até este morrer. Pensando nos valores defendidos pelo Indianismo romântico no Brasil, pode-se dizer que a reação do pai ocorre porque o filho:
(A) considerou-o um velho incapaz, evidenciando que não o amava de forma digna.
(B) demonstrou fraqueza diante da morte, o que representava falta de dignidade.
(C) usou-o como desculpa para escapar da morte, ou seja, não possuía nobreza de sentimento.
(D) havia sido capturado pelos inimigos, tornando-se incapaz de continuar a ser um guerreiro.
(E) era, na verdade, descendente de outra tribo, o que o tornava impuro para conviver entre eles.
12. (ENEM 2009)
Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que
(A) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmenteurbana, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia.
(B) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças.
(C) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.
(D) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo.
(E) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo.
13. (UFRN) O Guarani e Iracema destacam-se dos romances românticos brasileiros porque José de Alencar, na tentativa de retomar ao passado, procura:
(A) criar um ambiente medieval, cheio de mistérios.
(B) na cidade, o lugar de refrigério, de tranquilidade, onde o seu espírito pode encontrar a paz.
(C) novas situações que o conduzem às terras distantes, às paisagens exóticas orientais.
(D) mostrar o sofrimento do homem escravizado, nas terras baianas dos senhores do cacau.
(E) identificar-se com as origens da nacionalidade brasileira exaltando o índio.
14. (Santa Casa-SP) Analisando as várias linhas de seu projeto de escritor, José de Alencar vincula-se às grandes fases da vida brasileira. Assim, sua ficção abrange:
I – as lendas e mitos da terra selvagem e conquistada.
II – o romance histórico, ambientado no período colonial.
III – uma literatura de cor local, regionalista, capaz de apanhar “tradições, costumes e linguagens” do nosso povo.
Prendem-se a essas três linhas, respectivamente, seus romances:
(A) As Minas de Prata, Senhora e Iracema.
(B) Senhora, O Gaúcho e A Viuvinha.
(C) Iracema, O Guarani e O Gaúcho.
(D) O Guarani, Iracema e Senhora.
(E) A Viuvinha, O Gaúcho e As Minas de Prata.
15. (ENEM) Leia o soneto abaixo:
“Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!”
(AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000)
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é:
(A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte. 
(B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
(C) o descontrole das emoções provocado pela auto piedade.
(D) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
(E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
16. Leia o poema abaixo:
MOCIDADE E MORTE
“Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma…
Nos seus beijos de fogo há tanta vida…
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.”
No trecho acima, de Castro Alves, reúnem-se vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles:
(A) identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo.
(B) aspiração de amor e morte, sensualismo, exotismo.
(C) sensualismo, aspiração de absoluto, nacionalismo, orientalismo.
(D) personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo.
(E) aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles.

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