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CASO CLÍNICO 1 F. P., sexo feminino, 19 anos, estudante, solteira, nascida em Minas gerais. Apresenta história de transtorno de ansiedade, que é tratado com o uso contínuo de Valium (diazepam). Foi encontrada pela equipe de resgate desmaiada em cima de um banco de praça e transportada imediatamente para um pronto socorro, sendo necessário uso de ventilação artificial. Ao lado da paciente encontrava-se um pacote plástico com alguns comprimidos, identificados como benzodiazepínicos e também uma pistolinha de brinquedo contendo vestígios de vodka. O estado constatado era de anestesia, hálito alcoólico, incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários e insuficiência respiratória grave. a) Explique a interação que ocorre entre o benzodiazepínico e o álcool. b) Que antídoto poderia ter sido usado para reverter os efeitos de overdose por benzodiazepínicos? CASO CLÍNICO 2 Uma mulher de 22 anos de idade é trazida para o serviço de emergência por ambulância devido a uma tentativa de suicídio. Logo depois de um passeio ela chamou o namorado dizendo que havia tomado muitas pílulas pra dormir. Durante o exame ela está letárgica, mas geme e move todas as extremidades sob estímulos dolorosos. Sua pressão arterial é de 110/70 mm/Hg (VR 120- 80 mm/Hg), a frequência cardíaca é de 80 bpm (VR: 70-80 bpm) e saturação de oxigênio é de 99 % (VR: maior ou igual a 95%). Suas pup i las têm tamanho normal e são reativas a luz. Seus reflexos tandíneos profundos estão normais biliteralmente. No local, ela recebeu vários bólus intravenoso de dextrose e uma ampolade naloxona sem resposta. Seu namorado, com quem teve uma discussão, trouxe o vidro do medicamento usado, em que se lê lorazepam. a) Qual é o perigo de uma dosagem excessiva com essa classe de medicamentos? b) Qual é o mecanismo celular de ação dessa classe de medicamentos? c) Que agente farmacológico pode ser usado para tratar essa paciente, e qual é o seu mecanismo de ação? d) Quais são os usos clínicos dos benzodiazepínicos? CASO CLÍNICO 3 M.S., 24 anos, sexo masculino, aluno de pós-graduação encaminhado a psiquiatria devido a sua ansiedade descreve-se como preocupado. Nos últimos meses, a ansiedade piorou em intensidade e frequencia. Crises de grande ansiedade ao se levantar pela manhã (nervosismo, inquietação, tonto, com coração disparando e saindo pela boca) apresenta dificuldade de concentração e para afastar as preocupações. Apresenta dificuldade para dormir. Crises de ansiedade parecem não ter relação com nenhuma situação em particular. O paciente foi diagnosticado com Transtorno de Ansiedade Generalizada e tratado com Flurazepam. a) Quais as orientações o médico deve dar para M.S. em relação ao tratamento farmacológico? b) 1 mês depois o paciente apresenta tolerância ao medicamento, sendo necessário elevar a dose administrada. Por que isto aconteceu? CASO CLÍNICO 4 P.B., um homem de 73 anos de idade, está apresentando problemas para dormir. Lembra então que a sua irmã está tomando fenobarbital sob prescrição médica, um barbitúrico para controlar suas crises epilépticas, e que os barbitúricos também são algumas vezes prescritos como soníferos. Decide tomar apenas “alguns comprimidos” com uma pequena quantidade de álcool para ajudá-lo a dormir. Pouco depois, o Sr. P. é levado às pressas ao departamento de emergência quando a irmã percebe que ele praticamente não apresenta nenhuma reação. Ao ser examinado, observa-se uma dificuldade em despertar o paciente, que também apresenta disartria, com marcha instável e redução da atenção e da memória. A freqüência respiratória é de cerca de 6 respirações superficiais por minuto. O paciente é subseqüentemente intubado para protegê- lo de uma aspiração do conteúdo gástrico. a) Os barbitúricos atuam para controlar as crises epilépticas e induzir o sono. Qual o seu mecanismo de ação na produção desses efeitos? b) Esse paciente ingeriu um barbitúrico com etanol e desenvolveu profunda depressão do sistema nervoso central (SNC) e respiratória. Qual a interação dos barbitúricos com o etanol para produzir esse efeito? c) Administra-se carvão ativado através de uma sonda nasogástrica para limitar qualquer absorção adicional do fenobarbital. O paciente também recebe bicarbonato de sódio por via intravenosa para alcalinizar a urina até um pH de 7,5, com o objetivo de facilitar a excreção renal do fármaco. Três dias depois, o Sr. P. está suficientemente recuperado para retornar à sua casa. d) A idade mais avançada desse paciente pode ter contribuído para o grau de depressão do SNC induzida pelo fenobarbital apresentada. Como a idade do paciente afeta o grau de depressão do SNC causada pelos barbitúricos?