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Trabalho de Período - Capitalismo

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Introdução
A definição do Capitalismo, como modelo economico, se dá a partir de 1776, com a Revolução na América e a Maquina a Vapor. Nos Séculos anteriores a ideologia e as aspirações da classe burguesa estavam presentes, mas não com uma hegemonia na política e na produção. Na segunda parte da Modernidade( final sec XIX), esta produtividade é inseparável do modo militar: isto é, das estratégias de militares imperiais, daqueles encarregados das políticas dentro da forma social do capitalismo.
O neoliberalismo de nosso dias, é um movimento de idéias que guarda paralelos com seu antecessor - e procura realçar tais paralelos, até mesmo como uma forma de legitimar-se através da antiguidade das idéias. Trataremos de expor as idéias mestras do Liberalismo classico, assim como o Neoliberalismo. Para então compreendermos, talvez de uma forma superficial, o sistema economico vigente em nossos dias.
Liberalismo Clássico 
O fundamento do Liberalismo costuma ser identificado com "A Riqueza das Nações" de Adam Smith, em 1776. Um sistema que afirma, convictamente, que o mundo seria melhor - mais justo, racional, eficiente e produtivo - se houvesse livre iniciativa, se as atitudes econômicas dos indivíduos não fossem limitadas por regulamentos e monopólios estatais. Uma ideologia, que vende a idéia de desregulamentar e privatizar as atividades econômicas, reduzindo o Estado a funções bem definidas. Essas funções são três parametros gerais para a livre iniciativa; a manutenção da segurança interna e externa, a garantia dos contratos e a responsabilidade por serviços essenciais de utilidade pública. 
Segundo essa Doutrina, a procura do lucro e a motivação do interesse próprio estimulam o empenho e o engenho das pessoas, valorizam a poupança, a abstinência presente, e remuneram o investimento. Este é um sistema que revelaria de modo espontâneo e incontestável as necessidades de cada um e de todos os indivíduos da sociedade; um sistema que tambem indicaria a eficácia da empresa e dos empreendedores, sancionando as escolhas individuais, atribuindo-lhes valores.
Podemos ver, em A Riqueza das Nações, as virtudes organizadoras e harmonizadoras do mercado são explicadas pelo autor, onde ele diz:
"Assim é que os interesses e os sentimentos privados dos indivíduos os induzem a converter seu capital para as aplicações que, em casos ordinários, são as mais vantajosas para a sociedade (...). Sem qualquer intervenção da lei, os interesses e os sentimentos privados das pessoas naturalmente as levam a dividir e distribuir o capital de cada sociedade entre todas as diversas aplicações nela efetuadas, na medida do possível, na proporção mais condizente com o interesse de toda a sociedade". Sua expressão conhecida como "A Mão Invisível",para esse milagre, torna-se a fórmula preferida dos economistas liberais. Segundo o autor, esse sistema seria óbvio e simples, sobrepor outros sistemas: ".. uma vez eliminados inteiramente todos os sistemas, sejam eles preferenciais ou de restrições, impõe-se por si mesmo o sistema óbvio e simples da liberdade natural. Deixa-se a cada qual, enquanto não violar as leis da justiça, perfeita liberdade de ir em busca de seu próprio interesse, a seu próprio modo, e faça com que tanto seu trabalho como seu capital concorram com os de qualquer outra pessoa ou categoria de pessoas."
Em seu livro, Adam Smith, explica de forma clara, a divisão do trabalho, sua origem, essa divisão do trabalho sendo limitada pelo tamanho do mercado e a origem do dinheiro. 
Logo no 1º capítulo, em "A divisão do trabalho", o autor afirma que o aprimoramento das forças de trabalho, é resultado da divisão do trabalho. A necessidade de uma divisão do trabalho se dá, devido a necessitade de aumentar as produções na fábricas, onde cada operário tem sua função individual, em prol do produto final, agilizando o processo e alienando o operário para que essa seja sua especificidade. Devido ao grande crescimento das fábricas, que trouxe consigo, a alta taxa de migração do campo para as cidades, a reserva de mercado de trabalho cresce aceleradamente e as leis trabalhistas eram quase que inexistentes. O operário não tinha estabilidade economica. Então, caso se revoltasse ou simplesmente, pedisse um pequeno aumento, o Patrão o demitiria pois em entorno existiriam centenas que aceitariam trabalhar por menos.
Adam Smith, observa que a propensão a intercambiar, trocar uma coisa pela outra, é consequência de uma evolução do saber humano. Ou seja, o homem determina valor a um objeto e um sentimento de posse, caso outra pessoa o quiser terá que apresentar algo de igual valor ao homem, ou então brigar pelo objeto. Em nossa sociedade "civilizada" optamos pela troca, pela barganha. Podemos observar tambem, que usando dessa troca, o operário vende sua força de trabalho ao dono da fábrica em troca de um salário para sua subsistência.
Mais adiante, entendemos melhor a divisão do trabalho em relação ao tamanho do mercado, em seu livro. Em pequenas cidades e vilarejos observamos que um ferreiro muitas vezes deve fazer, várias etapas, senão todas, de sua fabricação. Desde a coleta da matéria - prima até seu produto final. Isso porque nessas cidades não existe muita mão - de - obra suficiente então, é necessário que o ferreiro produza a quantidade necessária para sua subsistência, e o pouco que lhe resta, é vendido em pequenos comércios e trocado por outros objetos que o ferreiro não pode produzir, mas necessita. Enquanto nas grandes cidades, há um grande número de operários desempregados. ARevolução industrial emergente nas grandes cidades, fez com que as fábricas precisassem de mais mão - de - obra, dividindo os trabalhos em pequenas partes para cada operário. Assim vemos por um exemplo; enquanto o ferreiro da pequena cidade produzia 100 pregos por dia ao um determinado custo, a fábrica produzia 1000 a um custo menor. Causa da divisão do trabalho, que por sua vez acelera todo o processo fabril. Então, o ferreiro já não troca seu prego por algo para comer, pois o mercado "mudou". As fábricas barateiam o preço de forma que o ferreiro não tem mais sua moeda de troca, o que o obriga a ir procurar trabalho nas cidades, em condições desiguais.
Para Adam Smith, a origem do dinheiro se deu pela, necessidade de um padrão de trocas de mercadorias, evitando empecilhos como a diferenciação de valores, assim, uma "moeda" padronizaria os preços. As moedas em princípio eram feitas de cobre ou prata, por serem metais mais fáceis de se encontrar, e facilitarem a pesagem. Agora um peso de moedas vale um pão. Assim, foi-se criando um mercado mais hábil. Mais tarde, para melhor designação do valor da moeda foram postas certas gravuras, para identificação. Devido ao fato de que pessoas faziam falsificações em metais menos valorizados, mas semelhantes a prata e cobre. 
Adam Smith, esclarece a idéia de preço real do produto em dentrimento ao preço nominativo. Há uma passagem do texto que exemplifica: "O preço real de cada coisa - ou seja, o que ela custa à pessoa que deseja adquiri-la - é o trabalho e o incômodo que custa a sua aquisição. O valor real de cada coisa, para a pessoa que a adquiriu e deseja vendê-la ou trocá-la por qualquer outra coisa, é o trabalho e o incômodo que a pessoa pode poupar a si mesma e pode impor a outros."
Anos mais tarde, em 1817, David Ricardo generaliza o argumento de Adam Smith, e estende - o para o conjunto da sociedade humana, pensando em ambitos internacionais. Em "Princípios de Economia Política e Tributação", Ricardo expande a doutrina das "vantagens recíprocas" de cada especialização natural dos países, em uma divisão internacional do trabalho: "Num sistema comercial perfeitamente livre, cada país naturalmente dedica seu capital e seu trabalho à atividade que lhe seja mais benéfica. Essa busca de vantagem individual está admiravelmente associada ao bem universal do conjunto dos países. Estimulando a dedicação ao trabalho, recompensando a engenhosidade e propiciando o uso mais eficaz das potencialidadesproporcionadas pela natureza, distribui-se o trabalho de modo mais eficiente e mais econômico, enquanto pelo aumento geral de volume de produtos difunde-se o benefício de modo geral e une-se a sociedade universal de todas as nações do mundo civilizado por laços comuns de interesse e de intercâmbio."
Neoliberalismo
 " O liberalismo do séc. dezoito é, de direito e de fato, a ideologia concomitante à forma social burguesa. A atual rede de discurso 'neoliberal' resulta de uma estratégia calculada, ela resulta de um efeito premeditado/sobredeterminado por parte de alguem que detém com força e tranquilidade o domínio político."												Ciro Moroni Barroso
Assim como a plataforma de lançamento do liberalismo clássico foi com Adam Smith em A Riqueza das Nações, sua plataforma foi com Friedrich von Hayek em O Caminho da Servidão. Não esquecendo de Keynes e todas suas medidas neoliberais, desde a não participação do Estado na economia, até prover Habitação, Saúde, Previdência, Transporte Público etc.
A filosofia exposta por Keynes, em 1936, traria enormes variações no mundo economico. Na doutrina Keynesiana, o Estado manejaria grandezas macroeconômicas sobre as quais era possível acumular conhecimento e controle prático, regulando oscilações de emprego e investimento, de modo a moderar crises econômicas e sociais. O New Deal norte-americano e o Estado de Bem Estar na Europa, testariam a convivência do capitalismo com um forte setor público de, negociações sindicais, políticas de renda e seguridade social, etc. Essa doutrina parecia ter sido disseminada e solidamente implantada o acordo sobre o papel positivo do Estado; na criação de pleno emprego, na moderação de desequilíbrios sociais excessivos e politicamente perigosos, no socorro a países e áreas economicamente deprimidas, na manutenção de uma estrutura de serviços de bem-estar. Desenhava-se como aceitável e desejável um universo político marcado pela negociação entre corporações empresariais e proletárias, intermediadas e institucionalizadas pelo poder público.
No Brasil, Collor de Mello, atraves de campanhas, abriu espaço para essa doutrina, afirmando ser melhor para o país, que o Estado deveria transferir ao setor privado as atividades produtivas em que indevidamente se metera, e deixar a cargo da disciplina do mercado as atividades regulatórias que em vão tentara estabelecer. Em contra-partida o Estado teria melhores condições de dedicar-se com eficiência à sua verdadeira vocação: "Setor Social". Com o tempo essas medidas foram se espandindo atingindo até o próprio Setor Social, que para os neoliberais deveria ser privatizado. Agora vemos a educação, saúde e previdência nas mãos de neoliberias "modernizados" e privatizadores.
O livro de Hayek combate diretamente os socialistas de todos os partidos. O autor atinge não só partidários revolucionários como tambem toda e qualquer medida política, econômica e social que indique a menor das relações com reformistas. Traço marcante do fundamentalismo hayekiano é a insistência na necessidade de resguardar radicalmente, os princípios da "sociedade aberta", centrado na crítica do Estado - providência, visto como destruidor da liberdade dos cidadãos e da competição criadora, bases da evolução humana.
Hayek afirma que seus inimigos eram um conjunto institucional composto pelo Estado - de - bem - estar, a intervenção estatal na economia, encontrados na doutrina Keynesiana. Outro inimigo, era o crescimento das modernas corporações, sindicatos, que aos poucos iam ganhando poder frente o Estado, e à classe burguesa, reivindicando melhorias salarias, de certa forma sabotando as bases da acumulação privada. Esses sindicatos, em sua visão, teriam influenciado no crescimento parasitário do Estado, atraves de despesas sociais e investimentos sem perspectiva de retorno. A solução desses entraves para Hayek, seria forte ação governamental contra os sindicatos e prioridade para uma política anti-inflacionária monetarista. Reformas de base, só que reformas orientadas para e pelo mercado. 
Para o autor o mercado não pode ser dito como injusto, pois não indica vencedores e vencidos, age de forma impessoal. É certo que os resultados criam diferenças e desigualdes, só que todos tem como partida regras justas. Hayek chama atenção para um tema interessante, dizendo que Liberdade e Democracia são inconciliáveis. Para ele, essa democracia ilimitada, estimularia a manifestação por parte das pessoas que "não dão certo" no mercado. Esta parcela da sociedade, iria impor leis sociais e regulamentos que ferem o mercado, que por sua visão deve funcionar por si só. A economia é regida por suas leis naturais, e que não cabe ao homem muda-las, apenas deixa-la seguir seu fluxo.

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