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organelas_celulares_2009(2)

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Organelas 
Celulares 
Notas de aula 
Prof. Ubirajara Neves 
ORGA N EL A S C EL UL A R ES 
PROF. UBIRAJARA NEVES 
JULHO/2009 
 
 enominamos organelas as estruturas 
existentes no citoplasma e que desempe-
nham alguma função ativa no metabolis-
mo celular. Em geral, podemos agrupá-las 
em três grupos: organelas não membranosas, 
organelas com membrana única e organelas com 
dupla membrana. 
ORGANELAS NÃO MEMBRANOSAS 
São aquelas que não apresentam uma mem-
brana lipoproteica circundando sua estrutura. 
Entram aqui os ribossomos e os centríolos. 
RIBOSSOMOS 
São estruturas em forma de grânulos, com 
dimensões muito reduzidas (cerca de 20nm em 
células eucarióticas), responsáveis pela execução 
da síntese proteica. Podem ser encontrados tanto 
em células procarióticas como nas eucarióticas. 
São formados por duas subunidades de tama-
nhos desiguais que se formam no nucléolo, mi-
gram para o citoplasma e reúnem-se para formar 
os ribossomos funcionais. 
Através da tradução do código genético pre-
sente numa molécula de RNAm (RNA mensagei-
ro), os ribossomos reúnem os aminoácidos se-
gundo uma ordem determinada, formando assim 
a cadeia polipeptídica que irá constituir uma mo-
lécula de proteína. 
É comum encontrar grandes quantidades de 
ribossomos aderidos a membranas, como a cario-
teca e o retículo endoplasmático. Encontram-se 
também filas de ribossomos reunidos por um 
mesmo RNAm, constituindo o que denominamos 
polissomos. 
 
FIGURA 1 ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE UM RI-
BOSSOMO DE CÉLULA PROCARIÓTICA (FONTE: CENTER 
FOR MOLECULAR BIOLOGY OF RNA, UNIVERSIDADE DA 
CALIFÓRNIA EM SANTA CRUZ). 
 Os ribossomos são também encontrados no 
interior de outras organelas, como os plastos e as 
mitocôndrias. Nessas condições são menores, 
semelhantes àqueles existentes em bactérias. 
CENTRÍOLOS 
São organelas não membranosas presentes 
exclusivamente em células eucarióticas. Faltam 
em células de vegetais superiores e de alguns 
fungos. 
Um centríolo é constituído por 9 conjuntos de 
3 microtúbulos proteicos unidos entre si, forman-
do um pequeno cilindro. 
Em células animais usualmente estão presen-
tes aos pares, constituindo um diplossomo, par de 
D 
3 
 
centríolos perpendiculares. Em tais células estas 
organelas participam ativamente do processo de 
divisão celular, formando o áster e o fuso mitótico 
(ou meiótico). É importante ressaltar que, quando 
presentes em células vegetais, nunca participam 
do processo de divisão celular. 
 
FIGURA 2 UM PAR DE CENTRÍOLOS (FONTE: SNRU E-
LEARNING). 
A região ao redor de um diplossomo chama-se 
centrossomo, ou centro de organização de micro-
túbulos. 
São também importantes na formação de cí-
lios e flagelos, cuja estrutura interna é muito se-
melhante à organização microtubular dos centrío-
los. 
ORGANELAS COM MEMBRANAS 
SIMPLES 
LISOSSOMOS 
Os lisossomos são vesículas membranosas 
presentes no citoplasma, originadas do complexo 
golgiense, dentro das quais existem enzimas hi-
drolases ácidas, responsáveis pelo processo de 
digestão intracelular. 
Os materiais digeríveis pelos lisossomos po-
dem provir do meio extracelular ou intracelular. 
 
FIGURA 3 ESTRUTURA DE UM LISOSSOMO (FONTE: 
HTTP://WWW.CARTAGE.ORG.LB). 
A fagocitose é o principal mecanismo de in-
corporação de material que passará pelo processo 
digestivo. Nesse caso, os lisossomos fundem-se 
aos fagossomos, vacúolos que contêm as partícu-
las fagocitadas. 
O lisossomo pode também digerir organelas 
ou porções da própria célula, num processo co-
nhecido como autofagia. Quando uma organela já 
não serve mais para a célula é envolvida por 
membranas do retículo endoplasmático, constitu-
indo um vacúolo denominado autofagossomo. A 
tal vacúolo juntam-se os lisossomos, procedendo 
à digestão de seu conteúdo. 
Lisossomos estão presentes tanto em células 
animais quanto em células vegetais (alguns biólo-
gos discordam disto), embora nestas sejam mi-
núsculos e pouco numerosos, mais voltados à 
autofagia do que a qualquer outra função. 
PEROXISSOMOS 
São vesículas membranosas originadas do re-
tículo endoplasmático. Em seu interior existem 
enzimas peroxidades, principalmente a catalase, 
responsável pela conversão do peróxido de hidro-
gênio (H2O2), ou água oxigenada, em água (H2O) e 
oxigênio molecular (O2). 
Estão presentes em todas as células eucarióti-
cas e sua ausência leva a sérias falhas metabóli-
cas, já que o peróxido de hidrogênio é muito tóxi-
co para a célula. 
4 
 
Estas organelas participam ativamente nas vi-
as metabólicas dos lipídios, em especial na betao-
xidação de ácidos graxos de cadeia muito longa. 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
Trata-se de uma rede de canais e cisternas 
membranosos distribuída pelo citoplasma e em 
comunicação com a carioteca, apresentando basi-
camente função de transporte de substâncias. 
Está presente em todas as células eucarióti-
cas, diferenciando-se em dois tipos: o retículo 
endoplasmático granuloso (REG), com ribosso-
mos aderidos à membrana, e o retículo endo-
plasmático não granuloso (RENG), sem ribosso-
mos aderidos à membrana. 
 
FIGURA 4 OS DOIS TIPOS DE RETÍCULO ENDOPLASMÁ-
TICO (FONTE: BOTANY VISUAL RESOURCE LIBRARY). 
Por ter ribossomos, o REG desempenha tam-
bém a função de síntese proteica, produzindo 
somente proteínas destinadas à exportação, ou 
seja, que serão utilizadas no exterior da célula. O 
REG está muito desenvolvido em células secreto-
ras, como as células pancreáticas e as células cali-
ciformes do intestino. 
O RENG também participa de síntese de subs-
tâncias, em especial esteroides, fosfolipídios e 
outros lipídios, e está também relacionado a me-
canismos de desintoxicação celular, sendo abun-
dante em células hepáticas, onde participam do 
metabolismo alcoólico. 
COMPLEXO GOLGIENSE 
É uma organela constituída por uma pilha de 
sáculos membranosos achatados associados a 
vesículas, presente em praticamente toda célula 
eucariótica. 
Apresenta-se fragmentado na célula vegetal, 
onde cada fragmento recebe a denominação de 
sáculos lameliformes (antigamente, dictiosso-
mos), cabendo a denominação “complexo golgi-
ense” ao conjunto de todos os sáculos lamelifor-
mes da célula. 
 
FIGURA 5 COMPLEXO GOLGIENSE EM CORTE (FONTE: 
BROOKLYN COLLEGE DISTANCE LEARNING). 
Esta organela está relacionada à secreção ce-
lular, recebendo materiais sintetizados principal-
mente pelo retículo endoplasmático granuloso. O 
complexo golgiense basicamente recebe material 
produzido pela célula, modifica-o, empacota-o em 
vesículas e as distribui. É também responsável 
pela produção dos lisossomos e pela síntese de 
polissacarídeos, sendo responsável pela formação 
da lamela média e demais camadas da parede 
celular nas células vegetais, e do glicocálix nas 
células animais. 
Estruturalmente, apresenta duas faces: uma 
face côncava, denominada trans, e uma face con-
vexa, denominada cis. Vesículas chegam à organe-
la pela face cis, dela saindo pela face trans. 
O complexo golgiense é também responsável 
pela formação do acrossomo do espermatozoide. 
 
5 
 
ORGANELAS COM DUPLA MEM-
BRANA 
MITOCÔNDRIA 
Organela presente em todas as células eucari-
óticas, responsável pela 2ª e 3ª etapas da respira-
ção celular. 
As mitocôndrias apresentam uma membrana 
ex-terna lisa, e uma membrana interna com diver-
sas invaginações, constituindo as cristas mitocon-
driais, onde acontece a cadeia respiratória (se-
gunda etapa da respiração celular). 
Seu interior é preenchido por ummaterial ge-
latinoso semelhante ao citoplasma – a matriz 
mitocondrial. Esta contém enzimas que partici-
pam do ciclo de Krebs (uma etapa da respiração 
celular), bem como ribossomos e DNA semelhan-
tes aos das células procarióticas. 
 
FIGURA 6 ULTRAESTRUTURA DE UMA MITOCÔNDRIA 
(FONTE: WIKIPEDIA). 
As mitocôndrias são organelas capazes de au-
toduplicação, podendo aumentar em quantidade 
caso haja aumento da demanda por energia na 
célula. 
Constituem o centro de atividade aeróbica da 
célula (i. e., que consome O2) e participam tam-
bém de outras vias metabólicas, como a betaoxi-
dação de ácidos graxos. 
 
 
PLASTOS 
Organelas exclusivas de células vegetais e al-
gais, são também envolvidas por duas unidades 
de membrana: uma externa, lisa, e outra interna 
dotada de invaginações que constituem as lame-
las. 
Há diferentes tipos de plastos, mas destaca-
remos aqui somente os cloroplastos, dotados de 
clorofila e responsáveis pela fotossíntese. 
 
FIGURA 7 ULTRAESTRUTURA DE UM CLOROPLASTO 
(FONTE: CLINUVEL PHOTOPROTECTION). 
No interior dos cloroplastos as lamelas for-
mam estruturas discoidais, os tilacoides, que se 
agrupam em pilhas denominadas granos. 
As membranas internas do cloroplasto abri-
gam os fotossistemas, associações de pigmentos 
responsáveis pela absorção de luz e iniciação do 
processo da fotossíntese. 
O espaço interno de um cloroplasto é preen-
chido por uma matriz gelatinosa denominada 
estroma, que contém enzimas, ribossomos e DNA. 
Tal como nas mitocôndrias, os ribossomos e DNA 
do cloroplasto são semelhantes àqueles presentes 
em células procarióticas. 
Os cloroplastos também se autoduplicam.

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