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1. Doenças do sistema locomotor Músculo esqueléticas e Podais

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07
DOENÇAS DO SISTEMA LOCOMOTOR
SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Caracterizadas por atividade reduzida do animal em estação e em movimento e adoção de posturas incomuns.
Movimentos anormais: Claudicação, arqueamento, andar rígido, falta de flexão ou extensão.
Posturas anormais: Decúbito persistente, decúbito lateral ou esternal, apoio de alguns membros. 
*Podem ser observados sinais de dor na estação, no movimento ou na palpação. Não se observam sinais específicos de problemas referentes ao sistema nervoso.
Músculos e tendões: Tendões dos membros, flexionados ou estendidos congenitamente, que causam contratura das articulações ou hiperextensão e hipertrofia muscular. 
Articulações: Anquilose congênita hereditária ou crônica e artrite séptica.
Músculos esqueléticos: Miopatias esporádicas e “doença da vaca caída”.
Defeitos congênitos: Dos músculos, ossos e articulações.
HIPOPLASIA TENDÍNEA	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Estruturas de tecidos moles responsáveis pela flexão da porção do membro estão mecânica ou funcionalmente mais curtas que as estruturas ósseas, resultando em um grau de flexão em uma ou mais articulações.
*Maior incidência no membro torácico (articulação carpiana, metacarpofalangeana – boleto, interfalangiana distal).
Contratura ligamentar:
Tendão do músculo flexor superficial 
Pinçamento; Dorso arqueado em estação; Contração muscular em estação; Tremores musculares e dor em estação.
Tendão do músculo flexor profundo
Emboletamento; Dorso inclinado em estação; Apoio com boletos ao solo em estação; Escaras na região do boleto.
*Animais adultos (patela); animais jovens (carpo/ tarso).
Etiologia: 
Causas desconhecidas
Posicionamento intra-uterino
Hipoplasia óssea com subsequente distorção do membro fetal
Tratamento:
Exercício controlado – Auxilia o relaxamento da musculatura contraída; Dá elasticidade aos tecidos moles palmares ou plantares; Evita o uso excessivo do membro. 
Fisioterapia – Extensão manual dos membros a cada 4-6h, sessões de 15’.
Utilização de talas (recém-nascidos) – Extensão forçada do membro para induzir o reflexo miotático inverso e consequente relaxamento dos músculos flexores. Material: Cano PVC, madeira, gesso (10-14 dias). Período: 4-6h e retiradas por mais 4-6h.
*Cuidado: Pode induzir a feridas por compressão.
AINE?
*Manter o animal quando em decúbito em local seco e macio.
Cirurgia – Secção de um dos ligamentos: Tenotomia proximal do flexor digital superficial ou Tenotomia proximal do flexor digital profundo.
*O tratamento conservativo geralmente funciona no caso de pinçamento, em caso de emboletamento é mais difícil funcionar.
ANQUILOSE CONGÊNITA HEREDITÁRIA
Bovinos: Artrogripose hereditária, contratura do tendão múltiplo hereditária.
Ovinos: Plantas tóxicas e envenenamento por parbendazol e cambendazol.
*Artrogripose (fixação da flexão): Imobilização da articulação pode ser decorrente da falta de extensibilidade dos músculos, tendões, ligamentos ou outros tecidos que envolvem a articulação ou deformidades das superfícies articulares ou teoricamente pela fusão dos ossos e superfícies articulares.
LUXAÇÃO PATELAR	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Afrouxamento ligamentar (ligamento médio)
Comum em bovinos de todas as idades
Uni ou bilateral
Persistente ou intermitente
Anda normalmente e repentinamente não consegue flexionar o membro
*Possui caráter hereditário, não destinar a reprodução.
Etiologia:
Hereditária
Peso
Terrenos íngremes
Emagrecimento
Tratamento:
Cirurgia – Desmotomia patelar medial (incisão de 1cm sobre a borda do ligamento patelar próximo a junção do ligamento da tuberosidade tibial; palpar com o dedo indicador esquerdo a extremidade do bisturi através da pele assegurando a posição correta; sutura da pele simples separada com material não absorvível).
Pós-operatório: Antibioticoterapia facultativa; Andar com o animal para diminuição do edema; Repouso por no mínimo 2 semanas (4-6 de preferência); Ocasionalmente pode apresentar claudicação de duração variável.
Prognóstico: Favorável se a cirurgia for realizada antes da formação do processo inflamatório.
POLIARTRITE SÉPTICA	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Claudicação, calor, dor e aumento de volume da articulação
Líquido sinovial de turvo a purulento (aumento na contagem de leucócitos)
Neonatos com onfaloflebite (C. pyogenes, F. necrophorum, Staphylococcus sp., Salmonella, Mycoplasma bovis)
Bovinos: H. somni (sinovite), M. agalactiae var. bovis (sinovite, artrite), M. bovigenitalium (mastite com algumas vacas apresentando artrite), B. abortus (ocasionalmente vacas desenvolvem sinovite artrodial). 
 Ovinos e caprinos: Mycoplasma sp. e S. dysgalactiae.
Cordeiros: Chlamydia sp. (poliartrite intensa em bezerros superalimentados).
“Sempre que houver uma infecção sistêmica, pode haver a localização de um agente infeccioso na membrana sinovial e cavidade articular”.
Membrana sinovial inflamada e edematosa + Hipertrofia vilosa e deposição de fibrina + Distensão da cavidade articular por líquido + Articulação dolorosa e quente → Erosão da cartilagem articular; Infecção óssea subcondral; Osteomielite; Anquilose.
Sinais clínicos: Febre, inapetência e anorexia, perda de peso, desconforto, endotoxemia; Dor e claudicação, calor e aumento de volume na região, ressentimento a movimentos passivos da articulação, atinge várias articulações, crepitação perceptível a flexão; Onfaloflebite, evidência de lesões em outros órgãos como fígado, endocárdio e meninges.
Diagnóstico: Artrocentese (aspiração do líquido articular para cultura); Análise de líquido sinovial (contagem celular diferencial e total, concentração de proteína total e densidade específica); Sorologia do líquido sinovial (determinação da presença de infecções específica por Mycobacterium mycoides, Salmonella spp., Brucella spp.; Radiografia (lesões osteolítica da cavidade articular, espações intra-articular aumentado e aumento de tecidos moles; Ultrassonografia e Artroscopia.
Tratamento: 
Antimicrobianos parenterais que se difundem na articulação em concentrações terapêuticas (penicilinas, tetraciclina, trimetoprim-sulfonamida, neomicina, gentamicina e canamicina)
Drenagem cirúrgica e artrotomia
Lavagem com adm. de antimicrobianos
AINE (diminui a resposta inflamatória e promove analgesia).
Sutura interrompida em pontos simples separados, alternado com pontos de relaxamento – Vantagem: expansão dos tecidos e reduz o risco de isquemia e consequente deiscência de pontos.
Sutura tipo “Jaquetão” com ponto de reforço – Vantagem: maior resistência devido a sobreposição de duas camadas aponeuróticas abdominais. Mantém a integridade das estruturas envolvidas e distribui melhor a força de tensão sobre maior quantidade de tecidos.
Controle: Ingestão da quantidade adequada de colostro; Queima do umbigo; Limpeza de ambientes.
ARTRITE BACTERIANAS E VIRAIS EM PEQUENOS RUMINANTES	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Mycoplasma spp.
Vírus da artrite encefalite caprina (CAEV) – 4 formas clínicas: articular (artrite crônica), nervosa (leucoencefalomielites), pulmonar (pneumonia progressiva aguda), mamária (mamite endurativa em cabras adultas)
*Líquido sinovial: menos viscoso do que de articulações sadias e sua coloração, varia do amarronzado ao avermelhado.
Coleta de amostras para confirmar diagnóstico: Isolamento e ELISA.
Material: Meios UB ou Sp4; Solução salina glicerinada (50%); Solução salina + Penicilina (micoplasmas não possui parede celular).
Tratamento: 
Longo (até 30 dias) – Cura clínica x Cura bacteriológica
Tetraciclina; Tilosina; Florfenicol; Enrofloxacino
PARALISIA DO PLEXO BRAQUIAL	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Raro em bovinos
Semelhante à paralisia do radial
Perda motora e sensível de todo o membro
Arrasta ponta da unha
PARALISIA DO NERVO RADIAL	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Emerge do plexo braquial
Muito exposto (facilmente comprimido)
Consegue adiantar o membro, porém “emboleta”
PARALISIA PERONEAL	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Normalmente causado por decúbito prolongadoTRATAMENTO DAS PARESIAS/ PARALISIAS
Remoção da causa primária
Estímulo da circulação local
“Contraste”
Movimentação passiva
Vitaminas do complexo B – fundamental no metabolismo do SNC e periférico; recuperação funcional do nervo e reinervação muscular
Corticosteróides
“SÍNDROME DA VACA CAÍDA”	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Complexo de doenças
*Maior tempo de decúbito leva a lesão do nervo (decúbito por mais de 6h – menor a chance do animal voltar a ficar de pé – prognóstico desfavorável).
FRATURAS E LUXAÇÕES
Mais comum na terceira falange (distal)
Ossos longos (aberta ou fechada)
Distocias (luxação coxofemoral; fraturas de costela)
Deficiências nutricionais (osteoporose; osteomalácia)
Osteoporose: falência ou insuficiência na formação da matriz orgânica do osso que fica poroso, leve, frágil e facilmente sujeito a fraturas (associado a subnutrição generalizada ou dietas protéicas inadequada do que especificamente deficiência de Ca, P ou vitamina D.
Osteomalácia: amolecimento dos ossos já completamente formados devido a extensa reabsorção dos depósitos minerais e falha da mineralização nas matrizes neoformadas.
Tratamento:
Imobilização
Cirurgia
EXOSTOSE VERTEBRAIS	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Não são incomuns em touros velhos e frequentemente afetam as vértebras (T2 e T12) e as vértebras lombares (L2-L3)
Aumento da pressão durante o encurvamento da coluna vertebral no cruzamento
Porções ventrais das vértebras, cuja fusão causa imobilidade da região
Pode ocorrer fratura da ossificação com deslocamento parcial da coluna vertebral e compressão da medula espinhal
Patogenia: Anel fibroso se degenera o que resulta num mal funcionamento do disco, permitindo mobilidade excessiva dos corpos vertebrais e conduzindo ao estímulo.
*Compressão medular.
PODOLOGIA
Perdas na bovinocultura: Diminuição da ingesta de alimento (perda de peso, queda na produção leiteira, maior taxa de infertilidade, custos com tratamentos); Aumento do descarte de animais.
Índices para avaliação da saúde dos cascos: 10% das vacas ao ano com problema de manqueira (aceitável). O aumento de 5% na incidência de animais com problemas de casco em um determinado mês deve ser seguido de uma avaliação da saúde dos cascos.
*Geralmente relacionado a afecções de outros sistemas; Maior incidência – 3 meses pós-parto.
Distribuição das lesões: 
Altas 12%
Unhas 88%
(Anteriores 16%, Posteriores 84%; Mediais 15%, Laterais 85%)
CLAUDICAÇÕES
Claudicação de apoio → Manifesta-se principalmente em superfície dura e plana. Animal sente dor ao apoiar o membro no chão; Encurta fase de apoio ou elevação do membro acometido; Pode apresentar claudicação mista.
Claudicação de elevação 
Claudicação mista 
Postura e posição anormais
Relutância em sustentar o peso nos membros
Escaras de decúbito ou pressão
Impossibilidade do animal se manter em estação
Claudicação/ Manqueira
Exame clínico específico: 
Inspeção em posição quadrupedal
Score 1 – Postura normal com linha de dorso retilínea em estação e locomoção, passos firmes com distribuição correta do peso e apoios.
Score 2 – Postura normal em estação e ligeiramente arqueada em locomoção; Apoios normais.
Score 3 – Postura arqueada em estação e locomoção; Ligeira alteração nos passos.
Score 4 – Postura arqueada em estação e locomoção; Assimetria evidente do apoio, poupando os membros.
Score 5 – Assimetria; Incapacidade de apoio ou sustentação do peso do (s) membro (s) afetado (s); Relutância em movimentar-se.
Evolução: 
Início súbito – Fraturas; Necrobacilose; Dermatite digital; Febre aftosa; Laminite aguda.
Início lento – Úlceras de sola; Doença da linha branca; Artrite séptica.
Contenção
Higienização dos cascos
Inspeção e palpação do espaço interdigital (puxar a unha)
Exame do dígito: 
Articulação interfalângica (extensão, flexão e rotação)
*Angulador
Palpação (com a mão)
Palpação indireta (pinça, sonda metálica)
Percussão (verificar coleção de líquidos – abscesso)
Exames complementares:
Hemograma – Líquido sinovial – Radiografia – Ultrassonografia.
Fatores predisponentes: 	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Nutricionais
Ambientais e de Manejo/ Estruturais
Umidade e higiene das instalações
Superlotação (esterco seco – fator traumatizante; fezes e urina – irritação química) 
Água em excesso (umidade favorece o amolecimento dos cascos)
Piso de concreto (maior abrasão; modifica o andar do animal)
Chão com ripas muito afastadas (traumatismos)
*Condições ideais de conforto: Pasto (bovino permanece 10-14h deitados); Menor pressão sobre os cascos; Aumento da ruminação e salivação (maior poder tamponante).
Presença de cantos vivos/ quinas
Superfícies irregulares
Pedregulhos/ Cascalho/ Entulho
*Causam lesões e fraturas.
Pastagens (íngremes + capim seco)
Terrenos alagadiços
Corpos estranhos perfurantes, pedras e entulhos
Alimentação rica em CHO solúvel e pobre em fibras → Acidose ruminal crônica → Laminite (tecido cório de baixa qualidade)
Genética
Defeito de aprumos 
Excesso de gordura interdigital 
Maior abertura do espaço interdigital e unhas
Agentes infecciosos
F. necrophorum
Dichelobacter nodosus
Espiroquetas do gênero Treponema
Micro-organismos oportunistas
Outros fatores: 
Distúrbios metabólicos (BEM; fase de lactação do início até 70 dias; excessivo edema de úbere; distúrbios digestivos – cetose)
Retenção de secundinas
Inflamações bacterianas (metrite, mastite) – absorção de toxinas
Excesso de peso
ENFERMIDADES PODAIS
Dermatite digital → Lesão cutânea dolorosa, erosiva semelhante aos papilomas, que acomete a pele dos pés de bovinos. 	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Lesões iniciais: Circunscritas, de aparência granular e eritematosa.
Lesões maduras: Proliferativas e ramificações papilares longas.
Etiologia (multifatorial):
D. nodosus
Espiroquetas do gênero Treponema denticola
Vírus (papovavírus)
Germes inespecíficos (oportunistas)
Queda do sistema imunológico
*Animais jovens são mais susceptíveis, novilhas e vacas de primeira lactação.
Três etapas:
Hiperplásica (Bactérias gram -; Excesso de umidade) – Disqueratose (perda de queratina)
Ulcerativa (Espiroquetas) – Destruição das células epiteliais
Proliferativa (Cronicidade) – Inflamação proliferativa
*Superfície úmida com tendência ao sangramento e extremamente dolorosa ao toque.
Dermatite interdigital → Processo inflamatório que acomete a epiderme do espaço interdigital, sem extensão aos tecidos profundos.	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Lesão inicial: Forma de fenda.
Casos graves: Dermatite purulenta e maior sensibilidade; Umidade translúcida que se torna acinzentada; Odor pútrido; Pouca tumefação e ausência de reação sistêmica.
Etiologia:
D. nodosus
Complicações: Disseminação para a região do bulbo (erosões e fissuras) – Erosão de talão; D.I. + F. necrophorum – Flegmão; Articulação interfalangeana distal – Artrite séptica interfalangeana distal; Separação dos cascos na região do bulbo do talão; Casos crônicos (espessamento da pele interdigital) – Tiloma.
Apodrecimento podal infeccioso em ovinos
Claudicação em um ou mais membros
Inflamação da epiderme interdigital
Odor pútrido
Pastejo de joelhos
Abscessos e miíases 
Descolamento do casco
Casos graves: Anorexia e febre.
Etiologia: 
F. necrophorum + D. nodosus
Flegmão interdigital ou Panarício ou Necrobacilose interdigital → Inflamação profunda da pele do espaço interdigital, com intensa ação necrosante.	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
*Hipertermia local, hiperemia, edema, aumento de volume acentuado e dor (manqueira grave).
Lesão primária: Dermatite digital e/ou interdigital ou traumatismos por corpos estranhos.
Etiologia:
F. necrophorum
Infecção sinérgica com Prevotella melaninogenicus e Actinomyces pyogenes
Staphylococcus, E. coli e espiroquetas
*Doença não é fatal, mas em alguns casos recomenda-se o abate devido ao envolvimento articular.
Achados clínicos: Claudicação grave; Febre discreta (39-40°C) e depressão temporária na produção de leite; Edema da coroa que se estendeas unhas; Lesão em forma de fissura na fenda interdigital com margens protuberantes e edemaciadas, cobertas de material necrótico; Lesões externas podem não estar visíveis (“apodrecimento cego”).
Hiperplasia interdigital (Tiloma, Limax, Gabarro, Calo interdigital) → Reação proliferativa da pele e subcutâneo com neoformação de tecido firme.	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Mais comum no membro posterior em animais adultos e pesados
Uni ou bilateral
Lesão apresenta infecção bacteriana e miíase
Complicações: Necrose da tumoração; Miíase; Deformação ungular causada pela dor, principalmente nos casos crônicos quando os mesmos adotaram atitudes alteradas durante a marcha, não havendo desgaste correto do casco.
Laminite ou Pododermatite asséptica difusa → Inflamação asséptica das lâminas do cório, causada por um distúrbio da microcirculação e degeneração na junção derme/epiderme com formação de um tecido córneo de baixa qualidade.
Laminite = Inflamação do cório laminar do casco (pododermatite asséptica difusa).
Laminite subclínica = “Rompimento de tecido córneo do casco).
Etiologia (multifatorial):
Nutrição
Predisposição hereditária
Acesso a grandes quantidades de CHO solúveis
Patogenia:	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Ingestão excessiva de grãos
Excesso de CHO → Aumento da produção de ácido lático → Destruição das bactérias ruminais → Liberação de toxinas → Acidose ruminal e Lesão na parede do rúmen e aumento da permeabilidade → Endotoxemia e Acidemia → Diminuição do fluxo sanguíneo nos membros e cascos.
Fatores de risco: 	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Alimentação rica em proteínas → Histamina → Reações imunológicas*
Alimentação rica em CHO → Histamina + Baixo pH + diminuição de bactérias gram - (ruminite) → Liberação de mediadores inflamatórios*
Baixa fibra na dieta → Baixo pH + diminuição de bactérias gram - (ruminite) → Liberação de mediadores inflamatórios*
*Alterações vasculares: vasodilatações, congestões, tromboses, edemas e hemorragias (hipóxia e necrose de tecidos) → Laminite (distúrbios da junção dermo-epidérmica).
Processos infecciosos (metrite, mastite) → Endotoxemia → Metaloproteinase de matriz tipo 2 → Degradação enzimática de fibras colágenas.
Piso de concreto e/ou cascalhos → Desgaste excessivo do casco; Longos períodos em estação → Laminite.
Deficiência (biotina, Zn, Cu, I, Se) → Laminite.
Alterações hormonais durante a parição → Metaloproteinase matriz tipo 2 → Degradação de colágeno com maior elasticidade do aparato suspensório → Laminite.
Patogênese:
Isquemia (vasoconstrição, shunt arteriovenoso, microtombos) – Lesão bifásica da lâmina – Enzimas degradadoras de colágeno – Tecido córium de má qualidade
*Rotação da terceira falange (compressão do cório laminar).
Sinais clínicos: Claudicação evidente e alterações de postura; aumento de pulso; Hipertermia; Hiperemia; Edema da coroa do casco; Vasos sanguíneos ingurgitados. 
Aguda 
Subaguda 
Subclínica – Amolecimento; Coloração amarelo-pálida (sola dupla, úlceras de sola e pinça, erosão de talão, doença da linha branca, abscesso e hematomas de sola)
Crônico – Crescimento anormal do casco; Alterações da forma do casco; Linhas de estresse; Sola convexa; Áreas de hemorragia na sola e linha branca.
Pododermatite circunscrita ou Úlcera de sola → Perda circunscrita do tecido córneo da sola com exposição do cório, variando de descoloração da área sensível à pressão até uma perfuração circunscrita. 
*Região: União da sola com os talões mais próximo da margem axial do que da abaxial.
Sinais clínicos: Descoloração de área sensível a pressão; Perda de tecido córneo, com aspecto arredondado; Córium pode granular sobrepassando o tecido córneo da sola (impede a cicatrização); Dor varia com a extensão da lesão (claudicação leve a severa); Supercrescimento dos cascos.
Erosão de talão → Perda irregular do tecido córneo.
Pequenos orifícios arredondados que podem levar à formação de fissuras profundas na região axial do talão e às vezes da sola, causando a destruição do mesmo e do terço pélvico da sola.
*Infecção bacterianas secundárias (D. nodosus e espiroquetas).
Sinais clínicos: Fissuras oblíquas escuras de tecido necrótico (V-negro), podendo atingir a sola e parte da muralha axial.
Doença da linha branca → Desintegração da união entre a parede e a sola do casco/ Penetração por corpos estranhos e matéria orgânica.
*Lesões mais graves são as que ocorrem na região apical da sola.
Sinais clínicos: Fístulas com material purulento na banda coronária e na zona de união da sola com o talão; Penetração na bolsa navicular (infecção da articulação distal); Saída de material purulento; Dor e aumento da temperatura do casco; Separação da sola dos talões.
*A infecção pode atingir a coroa provocando fístula da linha branca até a coroa.
Abscesso de sola ou Pododermatite séptica → Inflamação séptica difusa ou localizada no córium.
Etiologia:
Secundário a doença da linha branca, erosão do talão e hematoma de sola
Penetração de corpos estranhos + infecção bacteriana secundária
Hematoma de sola
Derrame sanguíneo no córium: Sola plana, macia e fina; Umidade + cascalho.
Sinais clínicos: Geralmente não manca; Mais lento ao se locomover; Hemorragia escura.
Artrite séptica da articulação interfalangeana distal
Via interdigital: Dermatite e Flegmão interdigital; Trauma.
Via planta ou palmar: Pododermatite séptica; Doença da linha branca; Úlcera de sola; Trauma.
Via dorsoabaixal: Fissura vertical da coroa do casco; Trauma.
Sesamóide distal: Necrose; Bursite.
Tendão flexor profundo: Tendosinovite; Necrose; Desgarramento.
*Abscesso retroarticular; Osteítes da 3ª falange.
EXAMES COMPLEMENTARES
Esfregaços do exsudato e raspados da superfície das lesões (técnica de gram; isolado em meio seletivo); 
Análise de fluido ruminal (laminite); 
USG (avaliação das articulações interfalangeanas distal e próxima; espessura do colchão digital e a espessura do tecido córneo da sola e dos tecidos moles subjacentes); 
RX (rotação da terceira falange; exostoses; calcificação de tecidos moles; lesões articulares).
Exame post mortem: Extremidades distais em água com temperatura de 65°C por 60’; Corte transversal do dígito; Secção do dígito em seu plano mediano; Análise química do casco. 
TRATAMENTO	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
*Higienização.
Conservativo – Tirar do piso duro; Curetagem mecânica e química, na presença de tecidos necrosados; Abertura das lesões de forma ampla; Aplicação de antibiótico tópico; Bandagem impermeável; Uso de tamancos de madeira com resinas acrílicas polimerizáveis.
Tratamento local – Sulfato de Cu (ação corrosiva – curetagem química); Sulfa ou Tetraciclina (quimioterápicos – combate a infecção); Talco (ação dessecante); Alcatrão (impermeabilizante) Pomada de Ictiol (Ictiolato de amônia 20% em vaselina sólida): efeito antiflogístico, estimula a fagocitose, promove a reabsorção dos tecidos inflamados. Indicação: processos inflamatórios agudos (Flegmão – acelera o processo de cicatrização/ cura; acelera o processo de maturação/ abscesso).
* Quando não houver intensão de provocar uma curetagem química: Sulfa ou Tetraciclina + Talco (1:1); Bandagem muito apertada pode causar isquemia.
Antibioticoterapia sistêmica: Cloridrato de tetraciclina; Oxitetraciclina; Sulfa + Trimetoprim; Sulfamidina; Florfenicol; Tilosina (7-15 dias).
*Descarte do leite.
Antibioticoterapia (antibiose intravenosa regional): 5-7 dias – Substâncias hidrossolúveis bactericidas (Ceftiofur sódico; Tetraciclina cristalina; Gentamicina; Ampicilina sódica).
Cirúrgico (anestesia de Bier)
Hiperplasia interdigital: Cauterização por calor ou química; Bandagem q3 dias (gaze, algodão, esparadrapo, alcatrão).
Artrite séptica interfalangeana: Baixa concentração de antibiótico no local da infecção (presença de tecido necrosado e isquemia local); Amputação (baixo custo; retorno rápido a vida produtiva); Anquilose da articulação interfalangeana (melhor resultado cosmético; maior longevidade).
*Complicações: Osteomielite; Comprometimento nacicatrização.
Fraturas: Amputação da 3ª falange (lesões podais que acometem somente a sola; incisão logo abaixo da coroa do casco). Indicações – Processos assépticos dos dígitos (Fratura da 3ª falange; Luxação de articulações dos dígitos); Processos sépticos restritos (Osteíte da 3ª falange). Vantagem – Formação de estojo córneo.
Anquilose da articulação interfalangeana distal: Acesso pela região abaxial, região do bulbo do talão, região dorsal; Lavagem e drenagem da articulação.
Tratamento conservativo de laminite: 
Remover a causa ou fator predisponente– Alívio da dor – Promoção da circulação digital – Adm. de AINES – Acrescentar forragem verde à dieta – Combate a toxinas.
*Laxante ou purgante; Fluidoterapia com soluções hidroeletrolíticas; Flunixin meglumine em dose anti-endotoxêmica (0,25mg/kg/q24h/IM/4dias).
PREVENÇÃO	Comment by Dani Fagundes: PROVA!
Pedilúvio 
Finalidade: Combate aos agentes infecciosos; Endurecimento do casco.
Local ideal: Corredor de saída da sala de ordenha.
*Não usar em animais com manqueira (produto não atinge tecido lesado; destrói tecido de granulação).
Produtos corrosivos podem danificar o equipamento, prejudicar a saúde do ordenhado, provocar irritação na vaca e contaminar o leite.
Solução de formalina 
Vantagem: desinfetante na presença de matéria orgânica; bactericida; viricida; fungicida; bactéria não desenvolve resistência; Endurece o casco por desnaturar proteínas e efeito mumificante; não causa poluição ambiental (biodegradável).
Desvantagens: ação cáustica (perigo para peles e mucosas), muito doloroso em feridas abertas, extremamente tóxico se bebido, cancerígeno.
Sulfato de Cu 5%
Perdem a efetividade após 30-50 vacas, custo alto, poluem o ambiente)
Solução de hipoclorito de Na 
Perde a ação no contato com matéria orgânica
Solução de sulfato de Zn 10% 
Tão efetivo quanto a formalina, associar com lauril sulfato de Na 40%, não é tóxico, custo alto)
Solução de Cal 5% 
Menos eficaz do que os anteriores)
Soluções de antibiótico 
Oxitetraciclina; Lincospectina
*“Lava pés” (anterior ao pedilúvio) – Minimiza a rápida contaminação do pedilúvio; Estimula que a vaca urine e defeque; Retira sujidades grosseiras.
Desinfecção periódica dos estábulos
Hipoclorito de Na (1:50) – 2-4x ao ano.
Nutrição
- Período seco: aumento no teor de fibras da dieta e fornecimento de fibras de melhor qualidade
- Adaptação gradual no manejo alimentar
- Evitar rações com >60% concentrado
- Silagem: observar o comprimento médio das fibras durante o ensilamento.
Casqueamento

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