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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 Exercı´cios Resolvidos de Fı´sica Ba´sica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı´sica teo´rica, Doutor em Fı´sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı´ba (Joa˜o Pessoa, Brasil) Departamento de Fı´sica Baseados na SEXTA edic¸a˜o do “Fundamentos de Fı´sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 7 Trabalho e Energia Cine´tica 2 7.1 Questo˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2 Problemas e Exercı´cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2.1 Trabalho: movimento 1D com forc¸a constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2.2 Trabalho executado por forc¸a varia´vel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7.2.3 Trabalho realizado por uma mola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7.2.4 Energia Cine´tica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 7.2.5 Poteˆncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 7.2.6 Energia Cine´tica a Velocidades Elevadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Comenta´rios/Sugesto˜es e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 1 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 7 Trabalho e Energia Cine´tica 7.1 Questo˜es Q 7-13 As molas A e B sa˜o ideˆnticas, exceto pelo fato de que A e´ mais rı´gida do que B, isto e´ kA > kB . Qual das duas molas realiza um trabalho maior (a) quando elas sofrem o mesmo deslocamento e (b) quando elas sa˜o distendi- das por forc¸as iguais. I (a) Temos WA = kAx2/2 e WB = kBx2/2, onde x representa o deslocamento comum a ambas molas. Por- tanto, WA WB = kA kB > 1, ou seja, WA > WB . (b) Agora temos WA = kAx2A/2 e WB = kBx2B/2, onde xA e xB representam os delocamentos provocados pela forc¸a ideˆntica que atua sobre ambas as molas e que implica ter-se, em magnitude, F = kAxA = kBxB , donte tiramos xB = kAxA/kB . Portanto WA WB = kAx 2 A kB(kAxA/kB)2 = kB kA < 1, ou seja, WA < WB . 7.2 Problemas e Exercı´cios 7.2.1 Trabalho: movimento 1D com forc¸a con- stante E 7-2 (7-7/6a edic¸a˜o) Para empurrar um caixote de 50 kg num piso sem atrito, um opera´rio aplica uma forc¸a de 210 N, dirigida 20o acima da horizontal. Se o caixote se desloca de 3 m, qual o trabalho executado sobre o caixote (a) pelo opera´rio, (b) pelo peso do caixote e (c) pela forc¸a normal exer- cida pelo piso sobre o caixote? (d) Qual o trabalho total executado sobre o caixote? I (a) A forc¸a aplicada e´ constante e o trabalho feito por ela e´ WF = F · d = Fd cosφ, onde F e´ a forc¸a, d e´ o deslocamento do caixote, e φ e´ o aˆngulo entre a forc¸a F e o deslocamento d. Portanto, WF = (210)(3) cos 20 o = 590 J. (b) A forc¸a da gravidade aponta para baixo, perpendic- ular ao deslocamento do caixote. O aˆngulo entre esta forc¸a e o deslocamento e´ 90o e, como cos 90o = 0, o trabalho feito pela forc¸a gravitacional e´ ZERO. (c) A forc¸a normal exercida pelo piso tambe´m atua per- pendicularmente ao deslocamento, de modo que o tra- balho por ela realizado tambe´m e´ ZERO. (d) As treˆs forc¸as acima mencionadas sa˜o as u´nicas que atuam no caixote. Portanto o trabalho total e´ dado pela soma dos trabalhos individuais realizados por cada uma das treˆs forc¸as, ou seja, o trabalho total e´ 590 J. P 7-9 (???/6a) A Fig. 7-27 mostra um conjunto de polias usado para facilitar o levantamento de um peso L. Suponha que o atrito seja desprezı´vel e que as duas polias de baixo, a`s quais esta´ presa a carga, pesem juntas 20 N. Uma carga de 840 N deve ser levantada 12 m. (a) Qual a forc¸a mı´nima F necessa´ria para levantar a carga? (b) Qual o trabalho executado para levantar a carga de 12 m? (c) Qual o deslocamento da extremidade livre da corda? (d) Qual o trabalho executado pela forc¸aF para realizar esta tarefa? I (a) Supondo que o peso da corda e´ desprezı´vel (isto e´, que a massa da corda seja nula), a tensa˜o nela e´ a mesma ao longo de todo seu comprimento. Considerando as duas polias mo´veis (as duas que esta˜o ligadas ao peso L) vemos que tais polias puxam o peso para cima com uma forc¸a F aplicada em quatro pontos, de modo que a forc¸a total para cima aplicada nas polias mo´veis e´ 4F . Se F for a forc¸a mı´nima para levantar a carga (com ve- locidade constante, i.e. sem acelera-la), enta˜o a segunda lei de Newton nos diz que devemos ter 4F −Mg = 0, onde Mg representa o peso total da carga mais polias mo´veis, ou seja, Mg = (840 + 20) N. Assim, encon- tramos que F = 860 4 = 215 N. (b) O trabalho feito pela corda e´ W = 4Fd = Mgd, onde d e´ a distaˆncia de levantamento da carga. Portanto, o trabalho feito pela corda e´ W = (860)(12) = 10320 J. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 2 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 (A resposta na traduc¸a˜o do livro esta´ incorreta.) (c) A cada metro que a carga sobe, cada segmento da corda entre o conjunto superior e inferior de polias diminui de um metro. Ou seja, a extremidade livre da corda abaixo de 4 metros. Portanto, no total a extremi- dade livre da corda move-se (4)(12) = 48 m para baixo. (d) O trabalho feito pela pessoa que puxa a corda pela extremidade livre e´ W = Fd = Mgd/4, onde d e´ a distaˆncia que a extremidade livre se move. Portanto, W = (860) 48 4 = 10320 J. Observe que os valores encontrados nos itens (b) e (d) devem coincidir, o que na˜o ocorre com as respostas fornecidas no livro. P 7-12 (???/6a) Um bloco de 3.75 kg e´ puxado com velocidade con- stante por uma distaˆncia de 4.06 m em um piso hori- zontal por uma corda que exerce uma forc¸a de 7.68 N fazendo um aˆngulo de 15o acima da horizontal. Calcule (a) o trabalho executado pela corda sobre o bloco e (b) o coeficiente de atrito dinaˆmico entre o bloco e o piso. I (a) A forc¸a na corda e´ constante, de modo que o tra- balho e´ dado por W = F · d = Fd cosφ, onde F e´ a forc¸a exercida pela corda, d e´ a distaˆncia do desloca- mento, e φ e´ o aˆngulo entre a forc¸a e o deslocamento. Portanto W = (7.68)(4.06) cos 15o = 30.1 J. (b) A resposta pode ser obtida facilmente fazendo-se um diagrama de corpo livre onde constem todas as (quatro) forc¸as aplicadas. Desenhe um ponto P representando o bloco. Em P , de- senhe a forc¸a normal N apontando para cima, a forc¸a peso mg apontando para baixo. Apontando horizontal- mente para a esquerda desenhe a forc¸a f de atrito. De- senhe a forc¸a F que puxa o bloco apontando para a dire- ita e para cima, fazendo um aˆngulo φ com a horizontal, Com isto tudo, a segundo lei de Newton nos diz que para que o bloco se mova sem acelerar devemos ter equilı´brio tanto na horizontal quanto na vertical, o que nos fornece as equac¸o˜es, respectivamente, F cosφ− f = 0, N + F senφ−mg = 0. A magnitude da forc¸a de atrito e´ dada por f = µk N = µk(mg − F senφ), onde o valor deN foi obtido da segunda equac¸a˜o acima. Substituindo o valor de f na primeira das equac¸o˜es acima e resolvendo-a para µk encontramos sem prob- lemas que µk = F cosφ mg − F senφ = (7.68) cos 15o (3.57)(9.8)− (7.68) sen 15o = 0.22. 7.2.2 Trabalho executado por forc¸a varia´vel P 7-16 (???/6a) A forc¸a exercida num objeto e´ F (x) = F0(x/x0 − 1). Calcule o trabalho realizado para deslocar o objeto de x = 0 ate´ x = 2x0 (a) fazendo um gra´fico de F (x) e determinando a a´rea sob a curva e (b) calculando a inte- gral analiticamente. I (a) A expressa˜ode F (x) diz-nos que a forc¸a varia linearmente com x. Supondo x0 > 0, escolhemos dois pontos convenientes para, atrave´s deles, desenhar uma linha reta. Para x = 0 temos F = −F0 enquanto que para x = 2x0 temos F = F0, ou seja devemos desenhar uma linha reta que passe pelos pontos (0,−F0) e (2x0, F0). Fac¸a a figura! Olhando para a figura vemos que o trabalho total e´ dado pela soma da a´rea de dois triaˆngulos: um que vai de x = 0 ate´ x = x0, o outro indo de x = x0 ate´ x = 2x0. Como os dois triaˆngulos tem a mesma a´rea, sendo uma positiva, a outra negativa, vemos que o trabalho total e´ ZERO. (b) Analiticamente, a integral nos diz que W = ∫ 2x0 0 F0 ( x xo − 1 ) dx = F0 ( x2 2x0 − x )∣∣∣2x0 0 = 0. 7.2.3 Trabalho realizado por uma mola E 7-18 (7-21/6a) Uma mola com uma constante de mola de 15 N/cm esta´ presa a uma gaiola, como na Fig. 7-31. (a) Qual o tra- balho executado pela mola sobre a gaiola se a mola e´ distendida de 7.6 mm em relac¸a˜o ao seu estado relax- ado? (b) Qual o trabalho adicional executado pela mola se ela e´ distendida por mais 7.6 mm? http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 3 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 I (a) Quando a gaiola move-se de x = x1 para x = x2 o trabalho feito pela mola e´ dado por W = ∫ x2 x1 (−kx) dx = − 1 2 kx2 ∣∣∣x2 x1 = − 1 2 k(x22 − x21), onde k e´ a constante de forc¸a da mola. Substituindo x1 = 0 m e x2 = 7.6× 10−3 m encontramos W = −1 2 (1500)(7.6× 10−3)2 = −0.043 J. (b) Agora basta substituir-se x1 = 7.6 × 10−3 m e x2 = 15.2× 10−3 m na expressa˜o para o trabalho: W = −1 2 (1500) [ (15.2)2 − (7.6)2 ] × (10−3)2 = −0.13 J. Perceba que durante o segundo intervalo o trabalho re- alizado e´ mais do que o dobro do trabalho feito no primeiro intervalo. Embora o deslocamento tenha sido ideˆntico em ambos intervalos, a forc¸a e´ maior durante o segundo intervalo. 7.2.4 Energia Cine´tica E 7-21 (7-???/6a) Se um foguete Saturno V com uma espac¸onave Apolo acoplada tem uma massa total de 2.9 × 105 kg e atinge uma velocidade de 11.2 km/s, qual a sua energia cine´tica neste instante? I Usando a definic¸a˜o de energia cine´tica temos que K = 1 2 mv2 = 1 2 (2.9× 105)(11.2× 103)2 = 1.75× 1013 J. E 7-22 (7-1/6a) Um ele´tron de conduc¸a˜o (massa m = 9.11× 10−31 kg) do cobre, numa temperatura pro´xima do zero absoluto, tem uma energia cine´tica de 6.7 × 10−19 J. Qual a ve- locidade do ele´tron? I A energia cine´tica e´ dada por K = mv2/2, onde m e´ a massa do ele´tron e v a sua velocidade. Portanto v = √ 2K m = √ 2(6.7× 10−19) 9.11× 10−31 = 1.2× 10 6 m/s. E 7-29 (???/6a) Um carro de 1000 kg esta´ viajando a 60 km/h numa estrada plana. Os freios sa˜o aplicados por um tempo suficiente para reduzir a energia cine´tica do carro de 50 kJ. (a) Qual a velocidade final do carro? (b) Qual a reduc¸a˜o adicional de energia cine´tica necessa´ria para fazeˆ-lo parar? I (a) A energia cine´tica inicial do carro e´Ki = mv2i /2, onde m e´ a massa do carro e vi = 60 km/h = 60× 103 3600 = 16.7 m/s e´ a sua velocidade inicial. Isto nos fornece Ki = (1000)(16.7) 2/2 = 1.39× 105 J. Apo´s reduzir em 50 kJ a energia cine´tica teremos Kf = 1.39× 105 − 50× 103 = 8.9× 104 J. Com isto, a velocidade final do carro sera´ vf = √ 2Kf m = √ 2(8.9× 104) 1000 = 13.3 m/s = 47.8 km/h. (b) Como ao parar a energia cine´tica final do carro sera´ ZERO, teremos que ainda remover 8.9×104 J para faze- lo parar. P 7-35 (7-17/6a) Um helico´ptero levanta verticalmente um astronauta de 72 kg ate´ 15 m de altura acima do oceano com o auxı´lio de um cabo. A acelerac¸a˜o do astronauta e´ g/10. Qual o trabalho realizado sobre o astronauta (a) pelo helico´ptero e (b) pelo seu pro´prio peso? Quais sa˜o (c) a energia cine´tica e (d) a velocidade do astronauta no momento em que chega ao helico´ptero? I (a) Chame de F a magnitude da forc¸a exercida pelo cabo no astronauta. A forc¸a do cabo aponta para cima e o peso mg do astronauta aponta para baixo. Ale´m disto, a acelerac¸a˜o do astronauta e´ g/10, para cima. De acordo com a segunda lei de Newton, F −mg = mg/10, de modo que F = 11mg/10. Como a forc¸a F e o deslo- camento d esta˜o na mesma direc¸a˜o, o trabalho feito pela forc¸a F e´ WF = Fd = 11mg 10 d = 11(72)(9.8)(15) 10 http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 4 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 = 1.16× 104 J. (b) O peso tem magnitude mg e aponta na direc¸a˜o oposta do deslocamento. Ele executa um trabalho Wg = −mgd = −(72)(9.8)(15) = −1.06× 104 J. (c) O trabalho total feito e´ WT = 11600− 10600 = 1000 J. Como o astronauta partiu do repouso, o teorema do Trabalho-Energia diz-nos que sua energia cine´tica final devera´ ser igual a WT (d) Como K = mv2/2, a velocidade final do astronauta sera´ v = √ 2K m = √ 2(1000) 72 = 5.27 m/s = 18.9 km/h. P 7-36 (7-19/6a) Uma corda e´ usada para fazer descer verticalmente um bloco, inicialmente em repouso, de massa M com uma acelerac¸a˜o constante g/4. Depois que o bloco desceu uma distaˆncia d, calcule (a) o trabalho realizado pela corda sobre o bloco, (b) o trabalho realizado sobre o bloco pelo seu peso, (c) a energia cine´tica do bloco e (d) a velocidade do bloco. I (a) Chame de F a magnitude da forc¸a da corda so- bre o bloco. A forc¸a F aponta para cima, enquanto que a forc¸a da gravidade, de magnitude Mg, aponta para baixo. A acelerac¸a˜o e´ g/4, para baixo. Considere o sentido para baixo como sendo o sentido positivo. A se- gunda lei de Newton diz-nos que Mg − F = Mg/4, de modo que F = 3Mg/4. A forc¸a esta´ direcionada no sentido oposto ao deslocamento de modo que o trabalho que ela faz e´ WF = −Fd = −3 4 Mgd. (b) A forc¸a da gravidade aponta no mesmo sentido que o deslocamento de modo que ela faz um trabalho Wg = Mgd. (c) O trabalho total feito sobre o bloco e´ WT = −3 4 Mgd+Mgd = 1 4 Mgd. Como o bloco parte do repouso, o valor acima coincide com sua energia cine´tica K apo´s haver baixado uma distaˆncia d. (d) A velocidade apo´s haver baixado uma distaˆncia d e´ v = √ 2K M = √ gd 2 . 7.2.5 Poteˆncia P 7-43 (???/6a) Um bloco de granito de 1400 kg e´ puxado por um guin- daste a vapor ao longo de uma rampa com velocidade constante de 1.34 m/s (Fig. 7-38). O coeficiente de atrito dinaˆmico entre o bloco e a rampa e´ 0.4. Qual a poteˆncia do guindaste? I Para determinar a magnitude F da forc¸a com que o guindaste puxa o granito usaremos um diagrama de corpo livre. Chamemos de f a forc¸a de atrito, no sentido oposto ao de F . A normal N aponta perpendicularmente a` rampa, enquanto que a magnitude mg da forc¸a da gravidade aponta verticalmente para baixo. Da figura dada vemos que aˆngulo θ do plano inclinado vale θ = tan−1 (30 40 ) = 37o. Tomemos o eixo x na direc¸a˜o do plano inclinado, apon- tando para cima e o eixo y apontando no mesmo sentido da normal N. Como a acelerac¸a˜o e´ zero, as componentes x e y da se- gunda lei de Newton sa˜o, respectivamente, F − f −mg sen θ = 0, N −mg cos θ = 0. Da segunda equac¸a˜o obtemos que N = mg cos θ, de modo que f = µkN = µkmg cos θ. Substiutindo este resultado na primeira equac¸a˜o e resolvendo-a para F obtemos F = mg ( sen θ + µk cos θ ) . A forc¸a do guindaste aponta no mesmo sentido que a ve- locidade do bloco, de modo que a poteˆncia do guindaste e´ P = Fv = mgv ( sen θ + µk cos θ ) = (1400)(9.8)(1.34) ( sen 37o + 0.4 cos 37o ) = 17 kW. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 5 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 P 7-47 (???/6a) Uma forc¸a de 5 N age sobre um corpo de 1.5 kg inicial- mente em repouso.Determine (a) o trabalho executado pela forc¸a no primeiro, segundo e terceiro segundos e (b) a poteˆncia instantaˆnea aplicada pela forc¸a no final do terceiro segundo. I (a) A poteˆncia e´ dada por P = Fv e o trabalho feito por F entre o instante t1 e t2 e´ W = ∫ t2 t1 P dt = ∫ t2 t1 Fv dt. Como F e´ a forc¸a total, a magnitude da acelerac¸a˜o e´ a = f/m e a velocidade em func¸a˜o do tempo e´ dada por v = at = Ft/m. Portanto W = ∫ t2 t1 F 2t m dt = 1 2 F 2 m ( t22 − t21 ) . Para t1 = 0s e t2 = 1s temos W1 = 1 2 (52 15 ) [(1)2 − (0)2] = 0.83 J. Para t1 = 1s e t2 = 2s temos W2 = 1 2 (52 15 ) [(2)2 − (1)2] = 2.5 J. Para t1 = 2s e t2 = 3s temos W3 = 1 2 (52 15 ) [(3)2 − (2)2] = 4.2 J. (b) Substitua v = Ft/m em P = Fv obtendo enta˜o P = F 2t/m para a poteˆncia num instante t qualquer. Ao final do terceiro segundo temos P = (5)2(3) 15 = 5 W. P 7-48 (7-35/6a) Um elevador de carga totalmente cheio tem uma massa total de 1200 kg e deve subir 54 m em 3 min. O con- trapeso do elevador tem uma massa de 950 kg. Cal- cule a poteˆncia (em cavalos-vapor) que o motor do el- evador deve desenvolver. Ignore o trabalho necessa´rio para colocar o elevador em movimento e para frea´-lo, isto e´, suponha que se mova o tempo todo com veloci- dade constante. I O trabalho total e´ a soma dos trabalhos feitos pela gravidade sobre o elevador, o trabalho feito pela gravi- dade no contrapeso, e o trabalho feito pelo motor sobre o sistema: WT = We + Wc + Wm. Como o elevador move-se com velocidade constante, sua energia cine´tica na˜o muda e, de acordo com o teorema do Trabalho- Energia, o trabalho total feito e´ zero. Isto significa que We +Wc +Wm = 0. O elevador move-se 54 m para cima, de modo que o tra- balho feito pela gravidade sobre ele e´ We = −megd = −(1200)(9.8)(54) = −6.35× 105 J. O contrapeso move-se para baixo pela mesma distaˆncia, de modo que o trabalho feito pela gravidade sobre ele e´ Wc = mcgd = (950)(9.8)(54) = 5.03× 105 J. Como WT = 0, o trabalho feito pelo motor e´ Wm = −We −Wc = (6.35− 5.03)× 105 = 1.32× 105 J. Este trabalho e´ feito num intervalo de tempo ∆t = 3 min = 180 s e, portanto, a poteˆncia fornecida pelo motor para levantar o elevador e´ P = Wm ∆t = 1.32× 105 180 = 735 W. Este valor corresponde a 735 W 746 W/hp = 0.99 hp. P 7-49 (???/6a) A forc¸a (mas na˜o a poteˆncia) necessa´ria para rebocar um barco com velocidade constante e´ proporcional a` veloci- dade. Se sa˜o necessa´rios 10 hp para manter uma veloci- dade de 4 km/h, quantos cavalos-vapor sa˜o necessa´rios para manter uma velocidade de 12 km/h? I Como o problema afirma que a forc¸a e´ proporcional a` velocidade, podemos escrever que a forc¸a e´ dada por F = αv, onde v e´ a velocidade e α e´ uma constante de proporcionalidade. A poteˆncia necessa´ria e´ P = Fv = αv2. Esta fo´rmula nos diz que a poteˆncia associada a uma velocidade v1 e´ P1 = αv21 e a uma velocidade v2 e´ P2 = αv 2 2 . Portanto, dividindo-se P2 por P1 podemos nos livrar da constante α desconhecida, obtendo que P2 = (v2 v1 )2 P1. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 6 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, a`s 22:55 Para P1 = 10 hp e v2 = 3v1, vemos sem problemas que P2 = (12 4 )2 (10) = (3)2(10) = 90 hp. Observe que e´ possı´vel determinar-se explicitamente o valor de α a partir dos dados do problema. Pore´m, tal soluc¸a˜o e´ menos elegante que a acima apresentada, onde determinamos α implicitamente, chegando ao resultado final mais rapidamente. 7.2.6 Energia Cine´tica a Velocidades Elevadas E 7-50 (???/6a) Um ele´tron se desloca de 5.1 cm em 0.25 ns. (a) Qual e´ a relac¸a˜o entre a velocidade do ele´tron e a velocidade da luz? (b) Qual e´ a energia do ele´tron em ele´trons-volt? (c) Qual o erro percentual que voceˆ cometeria se usasse a fo´rmula cla´ssica para calcular a energia cine´tica do ele´tron? I (a) A velocidade do ele´tron e´ v = d t = 5.1× 10−2 0.25× 10−9 = 2.04× 10 8 m/s. Como a velocidade da luz e´ c = 2.998×108 m/s, temos v = 2.04 2.998 c = 0.68 c. (b) Como a velocidade do ele´tron e´ pro´xima da veloci- dade da luz,devemos usar expressa˜o relativı´stica para a energia cine´tica: K = mc2 ( 1√ 1− v2/c2 − 1 ) = (9.11× 1031)(2.998× 108)×( 1√ 1− (0.68)2 − 1 ) = 3.0× 10−14 J. Este valor e´ equivalente a K = 3.0× 10−14 1.60× 10−19 = 1.90× 10 5 = 190 keV. (c) Classicamente a energia cine´tica e´ dada por K = 1 2 mv2 = 1 2 (9.11× 10−31)(2.04× 108)2 = 1.90× 10−14 J. Portanto, o erro percentual e´, simplificando ja´ a poteˆncia comum 10−14 que aparece no numerador e denomi- nador, erro percentual = 3.0− 1.9 3.0 = 0.37, ou seja, 37%. Perceba que na˜o usar a fo´rmula rela- tivı´stica produz um grande erro!! http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Pa´gina 7 de 7
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