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TRABALHO 1 Paulo empregado da empresa X (prestadora de serviços) na área de vigilância, na qual é integrante do grupo econômico controlado pela empresa Y, trabalhou como terceirizado, de forma pessoal e subordinada a empresa Z (empresa (pública federal) que não fiscalizou o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa contratada. Despedindo em justa causa, Paulo não recebeu as parcelas rescisórias a quem fazia jus, em virtude as dificuldades financeiras da empresa X. Diante desses fatos, responda, fundamentadamente: a) Paulo contra quem e de que forma RT deverá ser proposta relativamente ao polo passivo? RESPOSTA: No polo passivo de constar as três empresas. X devedor principal, Y integrante do mesmo grupo econômico, responsável solidário. Z tomadora de serviço, deve ser reconhecida como devedora subsidiária. Súmula 331, IV e V. Art 2º §2º da CLT. b) A sentença a ser proferida poderá declarar o vínculo empregatício de Paulo com a Y? RESPOSTA: Não, trata se a empresa pública é necessário aprovação em concurso público. Art 37, II da Constituição Federal e súmula 331, II do TST. TRABALHO 2 Cassiana e Mariana residem no pensionato estrela do Mar, já que Gabriela, proprietária do pensionato, contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline e algumas colegas alugaram uma casa e contrataram Helena para cozinhar. Alisando a situação, responda de forma fundamentada. Os seguintes questionamentos: a) Abigail e Helena possuem relação de emprego com o pensionato e os alunos da residência, respectivamente? Justifique. RESPOSTA: Sim, as duas possuem relação de emprego art 3º da CLT e art 1º da lei complementar 150/15 b) Esclareça se Abigail ou Helena possui vínculo de emprego doméstico? Justifique. RESPOSTA: Apenas Helena, uma vez que seu empregador não tem fins lucrativos. Art 1º da lei complementar 150/15. c) A empregada domestica possui direito a estabilidade gestante? Justifique. RESPOSTA: Sim, art 25º, parágrafo único da lei complementar 150/15. TRABALHO 3 A Empresa ABC LTDA, em processo falimentar teve seus bens alienados para a empresa XYZ S/A. No entanto a empresa ABC antes da alienação de seus ativos, figurava no polo passivo de inúmeras reclamações trabalhistas em todo território nacional. Há uma dúvida acerca da responsabilidade da sucessora XYZ nos passivos da empresa ABC. Analisando a situação concreta apresentada, em função do instituto da sucessão trabalhista e com base na legislação vigente, esclareça se já ou não a sucessão trabalhista. Justifique. RESPOSTA: Não, em virtude da lei de falência (lei n° 1.101/05 art 141, II), que prevê nos casos de alienação dos estabelecimentos pela sucedida não há assunção de responsabilidade. Visando o aumento da receita. TRABALHO 4 Jair foi contratado por experiência pelo prazo de 30(trinta) dias. Findo o prazo o empregador resolveu extinguir o contrato de trabalho, mas Sr. Ivo colega de Jair pediu mais uma chance para que ele pudesse mostrar seu trabalho. O empregador então prorrogou por mais 30(trinta) dias o contrato de trabalho. Extinta a primeira prorrogação, Jair foi comunicado que seu contrato estava extinto e ele não continuaria na empresa. Desesperado, pediu ao empregador uma nova oportunidade e informou que estava com sua mãe muito doente e o dinheiro do salário seria utilizado para custear os medicamentos. Ponderou que o prazo máximo de experiência é de 90 (noventa) dias e com isso conseguiu uma nova prorrogação pelo prazo de 30 (trinta) dias. Após 90 (noventa) dias de prestação de serviços, o empregador extinguiu o contrato de trabalho e efetuou o pagamento das verbas trabalhistas considerando que a extinção contratual a termo. • Pergunta-se: Agiu corretamente o empregador? Fundamente. RESPOSTA: Não, embora o prazo de experiência seja no Maximo de 90 dias só poderá ser prorrogado uma única vez. Caso seja prorrogado mais de uma vez passará a vigorar como contrato de trabalho sem determinação de prazo. Art. 455, parágrafo único c/c art. 451 da CLT. TRABALHO 5 Ana, admitida em 15/01/15, na função de balconista, foi dispensada sem justa causa em 15/06/15 sem aviso prévio indenizado. Ajuizou uma RT em 10/07/17 postulando o pagamento de horas extras sem reflexo por todo contrato de trabalho. No dia da audiência, 20/10/17. Ana não compareceu e o processo foi arquivado “extinto sem resolução de mérito”. Em 27/10/17. Ana ajuizou nova RT, postulando, além das horas extras e reflexos, adicional noturno por todo o contrato. Em sua contestação, a reclamada arguiu prescrição total, requerendo extinção do feito com resolução do mérito. Há prescrição total no presente? Justifique e fundamente. RESPOSTA: Sim, há prescrição total quanto ao pleito de adicional noturno (art. 11, §3° da CLT/Súmula 268 do TST). Em virtude do aviso prévio indenizado, o marco inicial para contagem da prescrição é 15/07/15 (OJ’s 82/83 SDI 1 DO TST). Sendo assim, a primeira ação foi proposta dentro do prazo bienal (art. 7, XXIX da CRFB/88). A segunda ação também foi proposta dentro do prazo, pois a primeira RT interrompeu a contagem prescricional. Ocorre que está interrupção somente se deu em relação aos pedidos formulados anteriormente (horas extras e reflexos). TRABALHO 6 André teve deferida pelo INSS a sua aposentadoria por tempo de serviço. Porém, apesar de André ter levantado os valores depositados na conta vinculada do FGTS em razão da aposentadoria não se desligou da empresa onde já contava com 20 anos de serviço. Após 5 anos de sua aposentadoria. André foi dispensado imotivadamente. a) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho, mesmo que o empregado continue trabalhando? Justifique. RESPOSTA: Não, o STF (ADI 1721-3) julgada em 11/10/06 declarou inconstitucional o parágrafo segundo do art 453 da CLT. Sendo assim, o TST editou a OJ 361 da SDI – 1, na qual dispõe que a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho. b) A indenização de 40% do FGTS incidirá por todo pacto ou somente no período após a concessão da aposentadoria? Justifique. RESPOSTA: Os 40% é calculado sob todo o período trabalhado. TRABALHO 7 Paulo, contratado do Colégio Cultura LTDA desde 05/10/2015 na função de vigia, faltou injustificadamente ao serviço, tenso sido advertido por escrito. Ressalta-se que Paulo já havia incidido no mesmo erro em 04 oportunidades, tendo sido sempre advertido por escrito pelo empregador. Em 10/11/2016 Paulo novamente faltou sem justificativa, tendo sido suspenso por 1 dia. Em 24/11/2016, Paulo mais uma vez faltou porque não conseguiu acordar para ir trabalhar. O Colégio então puniu Paulo em 3 dias de suspensão. Ao retornar da suspensão, o empregador resolveu dispensar Paulo por justa causa (desídia). • Pergunta-se: O procedimento adotado pelo empregador para aplicação da pena capital esta correta? Justifique sua resposta. RESPOSTA: Não, o Colégio agiu incorretamente, na dispensa por justa causa de Paulo, pois violou o princípio da dupla punição por BIS IN IDEM que regulamenta aplicação de justa causa no direito do trabalho, onde é vedada a concessão com mais de uma punição para o mesmo fato gerador.
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