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As Ciências e as Artes na visão de Rousseau

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Discurso sobre: AS CIÊNCIAS E AS ARTES. 
 Jean Jacques Rousseau nascido em 1712 à 1778 em Genebra, foi um dos maiores escritores e filósofo do seu tempo. Seus principais pensamentos são sobre a volta do homem ao seu estado natural ou o seu retorno a natureza e também o contrato social para garantir os direitos coletivos do homem em sociedade. Com pensamentos de que o homem somente ao nascer na natureza livre da manipulação causada pela sociedade e pelo próprio homem pode viver ao natural.
“Os homens são perversos; seriam ainda piores, se tivessem tido a desgraça de nascer sábios”. (p.31)
 O discurso foi escrito em 1749, conquistou o prêmio da academia Dijon (1750), com o tema “se o restabelecimento das ciências e das artes contribuiu para purificar os costumes”. Rousseau vem discutir se ao sair da natureza o homem perde sua essência e com pouco ou nenhum animo, falando de seu discurso como o mais inferior e de pouco agrado entre suas obras. Ele não critica a ciência pura e sim a presença do homem com a ciência, que faz com que o ele perca sua virtude. O discurso é dividido em duas partes, uma falando das artes e outra falando das ciências.
“o espírito e o corpo tem suas necessidades”. (p.17)
 Rousseau fala que através da ciência, arte e letras o homem busca o poder, e que, o homem comum seria policiado nessa liberdade escrava ou escravos felizes. Ele fala que a aparência não importa, o que importa é a virtude. 
 Ressaltando que a arte modela as deformidades do homem natural e com isso ele perde sua pureza e seu caráter rústico, não que fosse um homem melhor entre costumes e caracteres de viver ao natural. Com isso os homens acabam se tornando iguais uns aos outros, sem suas próprias vontades, por se sentirem muitas vezes constrangidos com o seu verdadeiro eu, agindo assim em um padrão da sociedade. Ele vê um mundo onde há um grande desejo entre os homens de um querer com habilidades ou com o rebaixamento do próximo se sobrepondo com isso.
 Para Rousseau é na simplicidade que esta a natureza das coisas. Muitos se apegam as artes, que nada tem a oferecer e só diminui a alma e alma é o contrario ao egoísmo do homem, com sensações de superioridade para com aqueles que nada entendem sobre a arte. Comparando também os nativos da América que não usavam roupas, por que não sentiam necessidade, vivendo livre de um padrão imposto pela sociedade. 
 Com a evolução das ciências e das artes chegando a certa “perfeição”, então ocorre a perca das virtudes e uma depravação da alma do homem. Rousseau durante todo o discurso mostra firmeza e dureza em suas palavras. Roma também aparece no discurso e como um estado corrupito enquanto a Grécia seria um estado sem “má fé”.
“os nossos raciocínios se encontrarão de acordo com as indicações históricas”. (p.31)
 Rousseau começa a segunda parte do discurso dizendo que foram os nossos vícios que criaram as artes e as ciências; ciências que são perigosas pelos efeitos que produzem. Comparando os políticos antigos com as de seu tempo, do modo que se entende que antigamente os políticos pensavam na virtude e nos costumes, não pensavam em dinheiro e comercio ou poder. 
 Falando também das conquistas de alguns impérios por povos que não tinham riquezas, mas, tinha bravura como virtude.
“que se tem tudo com o dinheiro, exceto costumes e cidadãos”. (p.37)
 Para Rousseau aquele que vai contra a riqueza e o desenvolvimento da arte e ciências, acaba sendo esquecido pela sociedade, que de fato é verdade esse pensamento. E toda a ciência acaba prejudicando as qualidades guerreiras e a moral de toda a sociedade.
Pegando uma visão ampla sobre a educação, chegando a uma conclusão de que ela esta errada, pois, a criança tem que aprender o que um homem deve fazer, e não esquecer, por isso o fato de se pensar que somente sendo criada fora da sociedade e em contato total com a natureza o homem pode voltar ao seu estado natural.
“há mil preços para os belos discursos, nenhum para as belas ações”.(p.44)
Com criticas a seu tempo, o discurso demonstra, que grandes são os filósofos de antigamente, e que a corrupção de costumes esta ligada a evolução das ciências e as artes. Esse processo não trás a felicidade, que é o bem mais precioso do homem, e esse homem que trabalha com a ciência tem que traçar um caminho solitário e sem mestres e que tenha força para caminhar. Rousseau também critica os sábios, pois ele nunca estudou e sempre vivia praticamente como andarilho.
“Eis a verdadeira filosofia, saibamos nos contentar com ela; e, sem invejar a glória desses homens célebres que se imortalizam na república das letras, tratemos de pôr entre eles e nós esta distinção gloriosa que se notava outrora entre dois grandes povos: um sabia dizer bem, o outro bem fazer”. (p.51)
Concluindo posso dizer que este discurso retrata uma realidade que muitos não enxergam, e que mesmo com pensamentos tão pessimista sobre a sociedade, Rousseau pensava em um mundo ao natural, sem egoísmo e com igualdade entre os homens.

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