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Dosagem de Glicose por Espectrofotometria

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Campus I
Disciplina: CCS018 – BIOQUÍMICA
Curso: Enfermagem
Docentes: Polyanna Carôzo
Turma prática: P07
Discentes: Alessandra Gomes, Jaiana Nascimento e Manuela Campos.
Relatório referente à aula prática 6 :
DOSAGEM DE GLICOSE
Salvador - BA
2018
INTRODUÇÃO
A glicose é um carboidrato (glicídio) classificado como monossacarídeo ou ose, pois não sofre hidrólise. As oses são classificadas como aldose ou como cetoses; no caso da glicose, ela é uma aldose, pois, conforme mostra a sua estrutura química abaixo, além dos grupos poliálcoois, ela possui um grupo aldeído em sua fórmula. Mais especificamente ela é uma aldo-hexose: (FOGAÇA,2018)
 Figura 1- Molécula de glicose
 Fonte: (FOGAÇA, 2018)
A glicose é utilizada como fonte de energia através do processo de respiração celular. Nos seres humanos, a respiração celular aeróbica fornece cerca de 3,75 kilocalorias (kcal) de energia alimentar por grama de glicose. Nesse processo, moléculas de glicose são degradadas em uma reação química que resulta em gás carbônico (CO2) e água (H2O) com liberação de energia, que será armazenada por moléculas chamadas de ATP (adenosina trifosfato) para ser posteriormente utilizada. (Amabis, 2006)
A regulação da glicose no corpo é feito pelo pâncreas, através da ação conjunta dos hormônios insulina e glucagon. A insulina é produzida pelas chamadas células-beta do pâncreas e é responsável pela diminuição dos níveis de glicose no sangue. A insulina ainda promove a união de moléculas de glicose para a formação de glicogênio, constituindo uma reserva energética. Já o glucagon é produzido pelas células-alfa do pâncreas e realiza o processo inverso a insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue. Isso ocorre pela estimulação da quebra do glicogênio em moléculas de glicose. (Amabis, 2006)
Altos níveis de glicose no sangue a ponto deste açúcar ser eliminado na urina indica uma doença crônica conhecida como diabetes. Essa falta de controle da glicose está associada a uma deficiência de insulina. Há dois tipos principais de diabetes: tipo I ou diabetes juvenil, e tipo II ou diabetes tardia. Na diabetes tipo I a deficiência ocorre na produção de insulina, resultado de uma redução acentuada das células-beta do pâncreas. Ela se desenvolve antes dos 40 anos e seus portadores necessitam de injeções de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. Já na diabetes tipo II a deficiência se encontra na ação da insulina, com seus portadores apresentando níveis praticamente normais desse hormônio. O que ocorre é a redução no número de receptores de insulina na membrana das células musculares e adiposas, reduzindo sua capacidade de absorção da glicose. (Amabis, 2006)
 
A dosagem da glicose é útil para auxiliar o diagnóstico e monitoração terapêutica do Diabetes Mellitus, na avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, no diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas, desidratações, hipoglicemias e na avaliação da secreção inapropriada de insulina. (Diretrizes SBD, 2014-2015)
O objetivo desse experimento é analisar o resultado do nível da glicose plasmática pelo método de determinação da glicemia através da espectrofotometria.
MATERIAIS E MÉTODO
MATERIAIS
Espectrofotômetro
Banho-maria a 37°C
Pipetador e ponteira
Tubos de ensaio
Reagentes enzimáticos de cor.
Solução padrão de glicose 
Amostra (soro)
MÉTODO
Enzimática Glicose oxidase – (GOD)
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
“Identificar “dois tubos de ensaio com: “Teste” e” Padrão“ e proceder da seguinte forma:
Tabela 1- Identificação dos reagentes
	Tubos 
	 Teste
	 Padrão
	Amostra (soro)
	 25 μl
	 -
	Solução Padrão
	 -
	 25 μl
	Reagente de cor
	 2,5 ml
	 2,5 ml
Homogeneizar bem e incubar os tubos a 37ºC por 10 minutos.
LEITURA: Determinar as absorbâncias dos tubos Teste e Padrão em 500 nm, zerando o aparelho com um branco de água destilada.
CÁLCULO: Glicose (mg/dl) = Absorbância do Teste X CP 
 Absorbância do Padrão
VALORES DE REFERENCIA: 70 a 99 mg/dl
RESULTADOS
Os resultados foram obtidos através do cálculo abaixo, e o valor encontrado está abaixo do valor de referencia 70 a 99 mg/dl.
Glicose (mg/dL) = Absorbância da amostra x 100
 Absorbância do padrão
Glicose (mg/dL) = 0,086 x 100 
 0,509
Glicose (mg/Dl) = 16,8 mg/dL
DISCUSSÃO
O controle da glicemia reduz de forma significativa às complicações do diabetes mellitus (DM). (DCCT RESEARCH GROUP, 1993).
A dosagem da glicemia geralmente é feita no soro ou plasma, mas alguns laboratórios medem-na no sangue total, que é 10% a 15% mais baixa. O método mais utilizado atualmente para dosagem de glicemia é o enzimático, com oxidase ou hexoquinase. (Diretrizes SBD, 2014- 2015).
Quando o nível de glicose está muito alto, ocorre a hiperglicemia e deve ser feito o controle, pois a hiperglicemia em um exame de sangue representa quadro de diabetes (se o exame for realizado em jejum). Quando esse nível estiver baixo o quadro é de hipoglicemia que também deve ser controlado para que não haja evolução.
O quadro de hipoglicemia é mais sério, pois nosso cérebro não armazena oxigênio nem glicose e se o nível de glicose baixar muito pode ocorrer lesões cerebrais graves com sequelas, podendo causar até a morte. (Amabis, J. M. & Martho, G. R, 2006).
No caso do experimento realizado, o resultado 16,8 mg/dL é semelhante a um estado de hipoglicemia severa, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para o teste de glicemia de jejum, os valores normais de glicemia giram em torno de 70 - 99mg/dL, sendo que entre 99-126 mg/dL o indivíduo é considerado com glicemia de jejum alterada, abaixo de 99 mg é considerado hipolicêmico e acima de 126 mg/dL é considerado diabético.
O nível de glicose pode ter sido afetado, principalmente devido à conservação e armazenamento da amostra, pois não se sabe por quanto tempo a amostra analisada estava no laboratório. Segundo TIETZ (2008) a glicemia em amostras de soro tem sua concentração mantida em até 8 horas a 25 °C, e até 72 horas a 4 ºC.
Excluindo-se o fator laboratorial, podem inferir o uso de substâncias como insulina, medicamentos hipoglicemiantes orais e alguns tipos de plantas como Ficus carica, Ocimum santum, Phyllanthus amarus (VOLPATO, 2002) podem ter afetado o resultado do exame de forma negativa. 
Deve-se realizar nova coleta para confirmação do estado do paciente.
A) quais os principais tipos de diabetes mellitus? Explique a diferença entre eles.
Diabetes tipo I, Diabetes tipo II, e Diabetes gestacional.
Diabetes tipo I indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte.
A destruição das células beta é geralmente causada por processo autoimune, que pode se detectado por auto-anticorpos circulantes como anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina. O desenvolvimento do diabetes tipo I pode ocorrer de forma rapidamente progressiva, principalmente, em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente progressiva, geralmente em adultos.
Diabetes tipo II é usado para designar uma deficiência relativa de insulina. A administração de insulinanesses casos, quando efetuada, não visa evitar cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico. A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidênciasde resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina manifesta-se pela incapacidade de compensar essa resistência.
Diabetes gestacional é a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande parte dos casos. A OMS recomenda detectá-lo com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, considerado como diabetes gestacional valores referidos fora da gravidez como indicativos de diabetes ou de tolerância á glicose diminuída. (Ministério da Saúde, 2015).
B) Qual o teste deve ser realizado para confirmação do diabetes mellitus?
O teste oral de tolerância á glicose (TTG-75g), o paciente recebe uma carga de 75g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão.
Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser atendidos predominantemente na atenção básica, enquanto que os casos de diabetes tipo 1 requerem maior colaboração com especialistas em função da complexidade de seu acompanhamento. Em ambos os casos, a coordenação do cuidado dentro e fora do sistema de saúde é responsabilidade da equipe de atenção básica. (Ministério da Saúde, 2006).
C) Para que serve o teste da hemoglobina glicada?
Para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes.
A hemoglobina glicada, também denominada hemoglobina glicosilada ou glico-hemoglobina, é conhecida ainda como HbA e, mais recentemente, apenas como A1C. Os testes de A1C devem ser realizados, pelo menos, duas vezes ao ano para todos os pacientes diabéticos e quatro vezes por ano (a cada três meses) para pacientes que se submeterem a alterações do esquema terapêutico ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento vigente. (Augusto Pimazoni Netto1, 2009).
D) Porque hipertireoidismo e o hipotireoidismo podem causar hiper e hipoglicemia, respectivamente?
A doença da tireoide pode ser apresentada de duas maneiras: o excesso de função, hipertireoidismo, e a diminuição da função, o hipotireoidismo. O hipertireoidismo é caracterizado pela elevação dos hormônios tireoidianos no sangue, o T3 e o T4, e a diminuição do hormônio produzido pela hipófise que estimula a tireóide a funcionar, o TSH. Como consequência, o paciente pode ter os seguintes sintomas: insônia, batedeira, queda de cabelo, pele úmida, sudorese, unha fraca, muita fome e perda de peso. O aumento destes hormônios provoca a elevação na produção de glicose no organismo, que é jogada para a circulação. Em uma pessoa que não tem diabetes essa alteração é compensada pela produção de insulina, mas em quem tem diabetes isso pode significar aumento do controle glicêmico.
No hipotireoidismo, ao contrário, os hormônios da tireóide estão diminuídos ou no limite mínimo da normalidade e o hormônio da hipófise, o TSH, encontra-se elevado. O paciente apresenta sonolência, cansaço, pele seca, eventual queda de cabelo e pode ocorrer aumento do peso. O controle da glicemia também pode ficar difícil, com maior incidência de episódios de hipoglicemia. O hipotireoidismo provoca um acúmulo de gorduras no sangue (lípides), o que pode aumentar o risco de complicações do diabetes. (Pedro Pinheiro, 2018)
CONCLUSÃO
Através do teste para avaliação de dosagem de glicose por método GOD, os níveis de glicose encontrados foram de 16,8 mg/dL. Ao comparar com os valores normais estabelecidos pela OMS e pela SBD, o quadro é semelhante a um estado de hipoglicemia severa. Contudo deve-se realizar uma nova coleta para confirmação do valor obtido.

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