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UFBA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA BIOINTERAÇÃO MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA PROFa. TONYA DUARTE Mais de 20.000 anos... Pré-história: Domesticação dos animais Primeiras civilizações: Egito, Índia, Grécia, China Séc. XVIII e XIX: “Peste branca” 25% das mortes dos adultos na Europa La miseria (Cristobal Rojas, 1886). 24 de março de 1882: Robert Koch Grave problema de Saúde Pública Cerca de 10 milhões de mortes/ano 1/3 da população mundial portadora Países onde 80% dos casos de tuberculose humana estão concentrados. Fonte: OMS Reino: Bacteria Filo: Actinobacteria Classe: Actinobacteria Ordem: Actinomycetales Família: Mycobacteriaceae Gênero: Mycobacterium Mais de 50 espécies M. tuberculosis, M. leprae, M. bovis, M. avium Grupo CMN: Corynebacterium, Mycobacterium, Nocardia Organização específica de parede celular Grande concentração de C + G no DNA Árvore filogenética do grupo CMN. Adaptado de <http://www.bacterialphylogeny.info/groupspecific/actinobacteria/actino_evotree.pdf> Complexo Mycobacterium tuberculosis (CMT) M. tuberculosis M.bovis M.africanum M. canetti M. microti Complexo Mycobacterium avium (MAC) M. avium M. intracellulare M. colombiense M. chimaera Morfológicas: Bacilos curtos (0,5-0,7μm x 0,3μm) Imóveis Não capsulados Não flagelados Não esporulam Crescimento: Lento E. coli – 20 minutos M. avium – 10 horas M. bovis - 15 horas Exigente (Lowenstein-Jensen) Aeróbio estrito Temperatura: ▪ Mamíferos: 33-39ºc ▪ Aviário: 25-45ºC Colônias: ▪ Mamíferos: irregulares e fiáveis ▪ Aviário: arredondadas Micobactérias não tuberculosas: pigmentos carotenoides e dependência de luz M. avium Micobactéria fotocromógena M. tuberculosis Características morfotintoriais: Gram positivos Bacilos Álcool Ácido Resistentes (BAAR) ▪ Resistência à descoloração com etanol + 3% HCl ▪ Coloração de Ziehl-Neelsen Corantes fluorescentes (auramina-rodamina) Parede celular: peptideoglicanos e lipídios complexos 1) Lipídeos externos 2) Ácidos micólicos 3) Polissacarídeo (arabinogalactan) 4) Peptídeoglicano 5) Membrana plasmática 6) LAM 7) Manosídio de fosfatidilinositol 8) PAREDE CELULAR Fatores de virulência: Componentes de parede celular relacionados: ▪ Ácidos micólicos ▪ Fator Corda ▪ Lipoarabinomanan (LAM) Fatores de virulência: Proteína de 19 kDa Proteínas de estresse oxidativo Moléculas de Adesão ▪ HBHA (adesina hemoaglutinante ligante de heparina) ▪ liga à células não fagocíticas ▪ Pili (M. tuberculosis) Não secretam toxinas!!! Produção de pili por cepas de M. tuberculosis. Alteri, 2007 Reservatórios: M. tuberculosis: humanos M. bovis: bovinos M. avium: aves Transmissão: Inalação Ingestão Rara infecção intrauterina em bezerros Transmissão: M. bovis: zoonose – doença ocupacional M. tuberculosis: cães e gatos também merecem cuidado! DHEDA, 2010 Exposição à bactéria Tuberculose latente Doença clínica ou subclínica infectados Re-infecção Uma proporção de indivíduos expostos resolvem a infecção: (i) Imunidade Inata (ii) Imunidade Adaptativa Componentes de parede impedem a fusão do fagolisossoma Proliferação intracelular Formação do granuloma M. bovis – macrófagos, neutrófilos - Entrada - Replicação Células T (CD4+, CD8+ T) - IFN-g - TNF Infecção micobacteriana - Granulomas (macrófagos, linfócitos T e B, células dendríticas, neutrófilos, fibroblastos e componentes da matriz extracelular). - Necrose caseosa Amostras: lavados, secreções, tecidos Microscopia: pesquisa dos BAAR Cultura bacteriana: exigências, morfologia colonial, provas bioquímicas Imunodiagnóstico Teste da Tuberculina (Tuberculinização) ▪ Teste alérgico cutâneo ▪ PPD (Purified Protein Derivative – Derivado Proteico Purificado) ▪ Leitura: 72 horas pós inoculação Imunodiagnóstico Teste da Tuberculina (Tuberculinização) ▪ Teste cervical simples (TCS): positivos ≥ 4,0mm Tricotomia Medida da espessura da pele com cutímetro (mm) Inoculação de PPD bovina Leitura do resultado (cutímetro) Imunodiagnóstico Teste da Tuberculina (Tuberculinização) ▪ Teste cervical comparativo (TCC): tuberculina bovina e aviária ▪ Positivos: (∆B - ∆A) ≥ 4,0mm Tricotomia Medida da espessura da pele 1- Inoculação de PPD aviária 2- Inoculação de PPD bovina Leitura (cutímetro) Imunodiagnóstico Teste da Tuberculina (Tuberculinização) ▪ Teste da prega caudal (TPC): positivos = qualquer aumento Inoculação de PPD bovina em uma das pregas da cauda Comparação de aumento de espessura da prega caudal Biologia molecular: PCR Anatomopatológico lesões para histopatologia Animais: não existe tratamento!!! Descarte dos animais Incineração das carcaças Notificação obrigatória Humanos: Mínimo de 6 meses 1ª escolha: Estreptomicina, Isoniazida (INH), Etambutol, Rifampicina 2ª escolha: Pirazinamida, Ácido Para-Aminossalicítico, Canamicina, Ciclosserina, Capreomicina e Etionamida Isolamento dos suspeitos Abate dos positivos Desinfecção do local Consumo de leite pasteurizado Consumo de carne inspecionada Vacinação: Humanos: BCG (Bacillus Calmette-Guérin) ▪ Vacina viva atenuada ▪ M. bovis Animais: não há vacina!!!
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