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TOMOGRAFIA TOTAL APOSTILA DO CURSO DNA PB

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O QUE É TOMOGRAFIA?
TOMO = partes: grafia = estudo, ou seja, tomografia é o estudo da anatomia do corpo ou de parte dele (membros, tórax, abdome, crânio, etc) de maneira seccional (como fatias do corpo). A TC foi introduzida na prática médica nos anos 70, revolucionando o diagnóstico médico por imagem, o querendeu a outorga do prêmio Nobel de medicina a Godsfrey Hounsfield e Alan Cormack, idealizadores da TC.
Princípios Físicos: A TC se utiliza dos princípios físicos dos raios-x, descobertos por Roentgen em 1895, incorporando a moderna tecnologia nas fases de detecção de radiação e reconstrução de imagens.
A ESCALA DE HOUNSFIELD
É composta de valores que vão de -1000, passando pelo valor 0 (zero) até +1000. Cada valor é representado como “UH” = Unidades Hounsfield.
OBS: metais, por sua elevada densidade, podem apresentar números além de +1000, como por exemplo: a densidade de projéteis (aproximadamente +2373 UH)
Os materiais que possuem densidade menor que a da água (H2O), assumem valores negativos (-). Por sua vez, os de maior densidade que a água, assumem valores positivos (+) na escala.
Materiais que assumem valores positivos (+), apresentam-se em BRANCO nas imagens de TC;
Materiais que assumem valores negativos (-), apresentam-se em PRETO nas imagens de TC;
Materiais de densidade intermediária (característica de tecidos moles) apresentam-se em TONS de CINZA nas imagens de TC.
OBS: As variações dos tons de cinza ocorrem no sentido de menor densidade para a maior, ou seja, do preto para o branco, de acordo com o aumento da densidade. 
OBS: Algumas substâncias mais fluidas ou líquidas podem aparecer com um sinal semelhante ao sinal de osso por exemplo, devido a sua composição ser de elevada densidade, como é o caso do SANGUE estático, dentro de uma cavidade ou adjacente a um órgão ou meios de contraste como o IODADO.
TERMOS UTILIZADOS EM TC.
Atenuação: é característica que certos tecidos ou materiais apresentam em relação ao raio que os atravessam, ou seja, certos materiais possuem diferentes densidades, que serão interpretados pelos detectores.
Nas estruturas muito densas com os OSSOS, temos uma hiperatenuação do feixe de raios-x e menor quantidade de radiação atinge as câmaras de detecção, essas estruturas hiperatenuantes são apresentadas em branco nas imagens de TC. 
Estruturas pouco densas como o AR provocam hipoatenuação no feixe de raios-x, sendo denominadas: hipoatenuantes e são apresentadas em preto nas imagens de TC. 
Os tecidos e partes moles têm atenuação intermediária, sendo representados em diferentes tons de cinza, do preto para o branco, proporcionalmente ao aumento da atenuação.
As imagens de TC são apresentadas em um plano transversal ao objeto, a partir da análise computadorizada dos valores de atenuação obtidos durante o giro de 360° do feixe de raios –x em torno do objeto, concomitantemente ao giro sincronizado das câmaras de detecção de radiação. Nos tomógrafos do fabricante Siemens, a ampola de raios-x gira 360° no sentido horário.
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS TOMOGRÁFICOS.
SCANNERS DE 1ª e 2ª GERAÇÕES:
Possuíam 01ou 02 detectores, giro do tubo de raios-x de 180º e levavam muito tempo para adquirirem informações para a formação de uma imagem. Os de 2ª geração possuíam de 30 ou mais detectores, porém, levava até 10 minutos para um exame de 40 cortes.
SCANNERS DE 3ª GERAÇÃO:
Possuíam um arranjo de até 852 detectores opostos ao tubo de raios-x com giro sincronizado ao tubo.
SCANNERS DE 4ª GERAÇÃO:
Possuem um anel de até 4.800 detectores, que circunda totalmente o paciente.
SCANNERS DE 5º GERAÇÃO:
São semelhantes aos de 4ª, porém apresentam uma característica diferente: o movimento contínuo da mesa de exames e rotação também contínua do tubo de raios-x, daí o termo “HELICOIDAL”. Utilizam detectores de 3ª e 4ª gerações. Ainda nesta geração, conhecemos tecnologias como os tomógrafos helicoidais multi-corte (mult-slice), caracterizados pela presença de 04 bancos de detectores, realizando 04 cortes simultaneamente em um único giro do tubo de raios-x (aquisição de 04 imagens). 
OBS: Além dos detectores sólidos comumente usados nos sistemas tomográficos, temos ainda os detectores a gás ou ionização a gás.
EXERCÍCIO
1) O que significa tomografia?
2) A partir de que ano a tomografia foi incorporada na prática médica para diagnóstico por imagem?
3) A TC se utiliza dos princípios físicos do(s):
a) Raios gama
b) Raios beta
c) Campos magnéticos
d) Raios-x
e) Ultra-som
4) Cite um exemplo de Estrutura:
a) hipoatenuante
b) hiperatenuante
5) O que é a escala de Hounsfield?
6) Qual é a unidade representativa dos valores de atenuação em TC?
7) Scanner com aproximadamente 4.800 detectores é classificado como?
8) O que significa cada uma das situações descritas na figura abaixo:
OUTROS FATORES TÉCNICOS.
 A escala de HOUNSFIELD é uma representação numérica em Tomografia computadorizada das densidades das estruturas ou materiais.
	MATERIAL / TECIDO
	UNIDADE HOUSFIELD “UH”
	ESCALA DE CORES
	OSSO DENSO
	300 A 1000
	BRANCO
	OSSO NORMAL
	100 A 200
	CINZA MUITO CLARO
	FÍGADO
	60
	CINZA CLARO
	PÂNCREAS
	50
	CINZA CLARO
	PARÊNQUIMA CEREBRAL
	35
	CINZA CLARO
	MÚSCULO
	20
	CINZA CLARO
	H20
	0
	CINZA ESCURO
	GORDURA
	-20 A -80
	CINZA ESCURO
	PULMÓES
	-500 A -800
	CINZA MUITO ESCURO
	AR
	-1000
	PRETO
OBS: A água é dada como referencial de calibração, assumindo um valor ZERO na escala de Hounsfield. Estas densidades são lidas em diversos pontos de uma matriz, sendo cada ponto denominado PIXEL, que é bidimensional.
A profundidade deste PIXEL é determinada pela espessura do corte, conhecida por VOXEL, que é o volume tridimensional da imagem.
O tubo de raios-x da Tomografia computadorizada é similar aos de equipamentos de raios-x convencionais, porém a diferença consiste na posição que assume, anulando o EFEITO ANÒDICO.
Os detectores são responsáveis pela captação dos raios-x que conseguem ultrapassar o corpo do paciente. Os detectores ou bancos de detectores são apresentados aqui com as seguintes características:
Câmaras de ionização: Formados por várias câmaras de gás XENÔNIO, que ao interagirem com o feixe de raios-x, sofrem ionização, gerando uma corrente elétrica (sinal elétrico) que ao ser captado pelo sistema e interpretado por cálculos matemáticos (Análise bidimensional de FOURIER – tempo e espaço) produzem a imagem. 
B) Cristais luminescentes: São pequenas câmaras fotomultiplicadoras que ao interagirem com os feixes de raios-x, amplificam o sinal, transformando-o em corrente elétrica que, também será interpretada pelos cálculos matemáticos no computador. 
OBS: Os cristais luminescentes são mais utilizados, devido a sua eficiência, estabilidade e velocidade.
 A TC convencional caracteriza-se pelo andamento da mesa de exames e um giro do tubo de raios-x ao redor da área de interesse no exame (giro de 360º), realizando cortes. Já no sistema HELICOIDAL, caracteriza-se pela movimentação contínua do tubo de raios-x e detectores e o andamento também contínuo da mesa de raios-x.
A TC HELICOIDAL reduziu o tempo de exames e garantiu a análise de estruturas com maior eficácia.
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES:
A) Fator “Pitch”: é a relação entre o deslocamento da mesa de exames (incremento) dividido pela espessura do corte (espessura do feixe de raios-x). 
Quanto maior for esta relação, mais rápida será a aquisição e uma maior área será estudada. Porém a qualidade das imagens será inferior
Quanto menor for esta relação, melhor será a qualidade e maior será o tempo
de exposição e uma área menor de aquisição.
OBS: A capacidade de dissipação de calor pelo equipamento influencia na realização do exame, assim como o PITCH;
Na TC MULTSLICE, o sistema helicoidal utiliza múltiplos conjuntos de anéis detectores (64 anéis), permitindo uma aquisição simultânea de vários cortes (imagens) menores que 1mm e um tempo de exame menor que 1 seg.
Um grande momento na evolução da TC é a possibilidade de se estudar o coração pelo sincronismo com seus movimentos de contração (Sístole & Diástole), eliminando a formação de ARTEFATOS DE MOVIMENTAÇÃO.
OBS: ARTEFATOS: Imagens não originárias das estruturas do corpo do paciente, caracterizadas por movimentação, meios de contrastes, processamento da TC ou falta de calibração do sistema (imagens circulares). 
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CALIBRAÇÃO: É o processo que pode mensurar o AR realizar testes com os FANTOMAS (phantons). Realiza variações da intensidade do feixe de raios-x ou da resposta dos detectores para obter homogeneidade no campo de visão e precisão no número de TC.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO.
1) Que nº (UH) representa o parênquima hepático e qual é a tonalidade expressada na escala de cores?
R=
2) Elemento pictórico que caracteriza a imagem bidimensional em TC?
a) AXEL
b) PIXEL
c) VÓXEL
d) MATRIZ
e) DETECTOR
3) O que caracteriza a anulação do EFEITO ANÒDICO em TC?
R=
4) Qual é o elemento característico dos bancos de detectores à gás?
a) RADÔNIO
b) CRIPTÔNIO
c) NEÔNIO
d) XENÔNIO
e) PLUTÔNIO
5) Por que a TC Helicoidal é considerada rápida?
R=
6) O que é o FATOR PITCH ?
R=
7) O que caracterizou um momento de grande evolução em TC Helicoidal Multilice do coração?
R=
8) O que são artefatos?
R=
9) Cite 02 causas de formação de artefatos
R=
10) O que é calibração do sistema?
R= 
CONHECENDO OS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS USADOS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
O TOMÓGRAFO constitui-se basicamente dos seguintes componentes: GANTRY, MESA DE EXAMES, WORK STATION (CONSOLE) e ACESSÒRIOS gerais.
O GANTRY, também chamado de PÒRTICO, é o componente onde encontramos o TUBO de RAIOS-X, BANCO de DETECTORES e toda a arquitetura responsável por seu funcionamento. 
 GANTRY			 DETECTORES A GÁS XENON	 DETECTORES SÓLIDOS
OBS: O Tubo de raios-x realiza um giro de 360º, sentido horário em torno da mesa de exames.
O GANTRY pode realizar angulações para a realização de determinados exames, com a finalidade de permitir que os raios-x tangenciem determinadas estruturas ou planos, como a LOM, LSOM, LIOM, PMC (plano médio coronal), ESPAÇO INTERVERTEBRAL e etc.
Tal angulação pode ser do tipo POSITIVA (+) ou NEGATIVA (-), como mostrado na figura abaixo:
MESA DE EXAMES: É o componente usado para a acomodação e posicionamento do paciente para a realização de exames em TOMOGRAFIA. Apresenta-se nos tipos: fixa e móvel, podendo realizar movimentações do tipo: sobe e desce, movimentação no sentido de entrar e sair do gantry e em casos de pane ou outras situações, apresenta um dispositivo que a libera para saída rápida do paciente do gantry.
 
WORK STATION (console): É o local onde se visualiza a obtenção da imagem, gerenciamento do andamento do exame e manipulação do mesmo.
O console constitui-se de COMPUTADORES, MONITOR(ES), PERIFÉRICOS como MOUSE, TECLADO, SISTEMA DE INTERFONE, IMPRESSORA e etc. 
OBS: O CONSOLE NÃO DEVE FICAR NO MESMO AMBIENTE ONDE SE ENCONTRA O GANTRY (SALA DE EXAMES), DEVIDO A QUANTIDADE DE RAIOS-X EMITIDOS DURANTE O GIRO DO TUBO NA HORA DO EXAME.
ACESSÓRIOS GERAIS: São aqueles usados para melhorar a posição do paciente ou estrutura a ser estudada, como os suportes de cabeça e de braços, flexores de joelhos e faixas de contenção de crânio e membros e acolchoados.
O AMBIENTE DE UM SERVIÇO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
1) Cite os elementos básicos que constituem o sistema tomográfico
R=
2) O que podemos encontrar no GANTRY?
R=
3) Quais são os tipos de angulação apresentadas pelo gantry?
R=
4) Qual é a finalidade de se angular o gantry?
R=
5) Quais são os tipos de movimentações que a mesa de exames pode apresentar?
R=
6) Quais são os elementos componentes do console de TC?
R=
7) Por que o console deve estar em um local fora da sala de exames de TC?
R=
8) Cite alguns acessórios utilizados nos exames de TC?
R=
MEIOS DE CONTRASTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
Os meios de contraste são substâncias químicas que podem realçar estruturas que precisam de maior detalhamento ou definição da mesma.
Os meios de contraste mais utilizados em TC são:
OS POSITIVOS E OS NEGATIVOS.
Os Positivos, também chamados de Radiopacos, por possuírem elevada densidade, geram sinal positivo, ou seja, estão do lado POSITIVO da escala de HOUNSFIELD.
EX: IODO ( 53I127 ), BÀRIO ( 56Ba137).
(-)
Os negativos, também chamados de Radiotransparentes, por possuírem baixa densidade, geram sinal negativo, ou seja, estão do lado NEGATIVO da escala de HOUNSFIELD.
EX: OXIGÊNIO E DIÓXIDO DE CARBONO ( CO2 ).					 (+)
OBS: O meio de contraste (sulfato de Bário) em ENEMA BARITADO por TC tem sido contestado pelas autoridades da imagem, pois por possuir uma densidade maior que a do IODO, juntamente com os movimentos peristálticos do intestino grosso, gera imagens com artefatos de movimentação.
O meio de contraste Iodado pode ser do tipo IÔNICO ou NÃO IÔNICO. Portanto, devemos tomar todas as precauções quanto ao uso destas substâncias, pois algumas vezes, podem provocar reações, desde leves até mesmo mais graves, podendo levar o paciente ao óbito. 
O meio de contraste iodado do tipo IÔNICO, por sofrer dissociação (quebra na sua composição), torna-se um agente que pode promover mais reações adversas.
Um elemento químico característico das formulações iônicas é a presença de Sódio ( Na ) e a Meglumina.
O meio de contraste iodado do tipo NÃO IÔNICO, por não sofrer dissociação, permanece intacto, sendo considerado mais brando, seguro e bem tolerado.
Um elemento químico característico das formulações não iônicas é, por exemplo a GLICOSE.
XY						x+ , y-
XY			 			XY
 
A maioria dos exames de TC podem ser realizados em duas fases:
1ª fase sem contraste, uma TC simples antes da 2ª fase;
2ª fase com uso de agente de contraste, para realçar as imagens.
Tais substâncias podem ser administradas por via:
ORAL, para estudo do abdome superior, inferior e pelve;
ENDOVENOSA, para estudo do corpo inteiro;
INTRATECAL, para mielotomografia.
OBS: Nunca injetar sulfato de Bário por via endovenosa!
OBS: Devido aos riscos causados pelo uso de meios de contraste venoso (iodado), a equipe deve ter um plano de atendimento, desde acompanhamento constante do paciente no pós-injeção, até um planejamento de ressuscitação ou remoção em casos graves.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
1) O que são MEIOS de CONTRASTE?
R=
2) Para que servem os meios de contraste em Tomografia Computadorizada?
R=
3) O que é um meio de contraste POSITIVO?
R=
4) O que é um meio de contraste NEGATIVO?
R=
5) Cite um exemplo de meio de contraste:
A) POSITIVO _______________________________________________________
B) NEGATIVO ______________________________________________________
6) Que elemento químico é característico das formulações iônicas?
R=
7) Que componente químico é característico das formulações não iônicas?
R=
8) Quais são as principais vias de administração de meios de contraste usados em TC?
R=
TEXTO ANEXO 01:
Física básica da tomografia computadorizada.
Dra. Claudia da Costa Leite, Dr. Edson Amaro Júnior, Dra. Maria Garcia Otaduy.
Principios da Formação de Imagem em Tomografia Computadorizada.
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Godfrey Hounsfield é que desenvolveu esta técnica de obtenção de imagens em 1972. Na verdade os princípios físicos da tomografia computadorizada são os mesmos da radiografia convencional. Para a obtenção de imagens são utilizados os raios-x. Enquanto na radiografia convencional ou simples o feixe de raio-x é piramidal e a imagem obtida é uma imagem de projeção, na tomografia computadorizada o feixe é emitido por uma pequena fenda e tem a forma de leque. 
Na tomografia computadorizada o tubo de raio-x gira 360o em torno da região do corpo a ser estudada e a imagem obtida é tomográfica ou seja “fatias” da região do corpo estudada são obtidas. Em oposição ao feixe de raios-x emitidos temos um detector de fótons que gira concomitantemente ao feixe de raios-x. Como na radiografia convencional as características das imagens vão depender dos fótons absorvidos pelo objeto em estudo. 
Dessa forma, os fótons emitidos dependem da espessura do objeto e da capacidade deste de absorver os raios-x. Os detectores de fótons da tomografia computadorizada transformam os fótons emitidos em sinal analógico (quanto mais Rx chega, maior é a diferença de potencial, ou voltagem que cada detector fornece ao computador) e depois digital (o computador converte os valores de voltagem, contínuos, em unidades digitais, vistas abaixo).
Como dito anteriormente, para a formação da imagem de tomografia computadorizada a emissão do feixe de raio-x é feita em diversas posições, posteriormente as informações obtidas são processadas utilizando uma técnica matemática chamada de projeção retrógrada, ou outras, como a transformada de Fourier.
Um tomógrafo é formado por um tubo no interior do qual há um anel no qual estão localizados em posições opostas o emissor do feixe de raio-x e os detectores, sendo que este conjunto gira 360 graus para a obtenção da imagem. 
Atualmente há vários tipos de tomógrafo: convencional ou simplesmente tomografia computadorizada, tomografia computadorizada helicoidal, tomografia computadorizada “multi-slice” e tomógrafos mais sofisticados, como “ultra-fast” e “cone-beam”. Na tomografia helicoidal além do tubo de raio-x e os detectores girarem, a mesa também é deslocada e a trajetória do feixe de Rx ao redor do corpo é uma hélice (ou espiral, senso lato).
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Figura 1: esquema da fonte e detectores de um tomógrafo.
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Características das Imagens Tomográficas:
Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixels, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas. O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por inúmeros pixels. O conjunto de pixels está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixels numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas.
O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixels em colunas e 512 pixels em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de 4 vezes maior, ou próximo de 1 mm).
Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de Rx. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais Rx o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos.
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A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:
-zero unidades Housfield (0 HU) é a água,
-ar -1000 (HU),
-osso de 300 a 350 HU;
-gordura de –120 a -80 HU;
-músculo de 50 a 55 HU.
Janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivessemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.
Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor númerico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela.
O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.
As imagens tomográficas podem ser obtidas em 2 planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tridimensionais.
Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.
Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomeclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão
e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).
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TEXTO ANEXO 02:
Regras fundamentais de segurança para garantir a segurança das pessoas e do 
equipamento.
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QUALIFICAÇÃO E COMPETÊNCIA:
Profissionais com formação específica (Técnico em radiologia médica);
Treinamento no uso do Equipamento de Tomografia Computadorizada (T.C.);
Conhecimento Detalhado dos manuais do operador.
REGRAS DE CONDIÇÕES DE USO:
Seguir as informações do Manual do Proprietário do Sistema (System Owner Manual) durante a instalação, operação e manutenção do equipamento.
Procedimento geral do Operador de TC:
Registro do Paciente: 
Associação errada de registro e imagens pode causar erro no diagnóstico.
 Tenha certeza que digitou corretamente os dados pessoais do paciente, principalmente sobre o posicionamento, sexo e data de nascimento.
Cuidado para não ocorrer duplicidade do registro do paciente, verifique antes se já existe o registro.
Posicionamento do Paciente: 
O paciente deve sempre estar posicionado na mesa, nunca posicione o paciente direto no gantry.
Informação: 
Informe ao paciente todos os detalhes sobre como ele deve se comportar durante o exame, isso facilitará o entendimento e a conduta correta do paciente durante o procedimento. 
Higiene: 
Sempre mantenha o equipamento limpo, principalmente a mesa e os acessórios de apoio, com o objetivo de minimizar o risco de infecção.
Sangue e contraste médio: 
Tenha sérias precauções na hora de remover o sangue ou resíduo de contraste médio, pois pode causar riscos a saúde.
Infusões: 
Os tubos de infusão não podem ser tencionados ou pressionados. Verifique se os tubos de infusão são longos o bastante para que não fiquem presos ou esmagados com o movimento da mesa.
Cuidado Especial: 
Tenha um cuidado especial quando o exame é realizado com crianças, bebês, obesos, pacientes que não consegue se locomover ou que sofreram acidentes com contusão ou ferimentos.
Movimentos incontroláveis do paciente: Paciente instável na hora do exame pode se machucar, mobilize-o caso seja necessário.
Faixa de imobilização: 
A faixa não é presa à mesa, portanto não pode prevenir o paciente de uma possível queda, tenha muito cuidado principalmente com pacientes inconscientes.
Sistema de Movimentos: 
Tenha certeza de que o paciente ou outra pessoa próxima ao equipamento não esteja em perigo ao executar movimentos ou varredura no sistema. Certifique-se de que nenhum objeto esteja obstruindo o movimento.
Parando o sistema de movimentos e a radiação: 
Todos os sistemas podem ser interrompidos em caso de emergência, tenha certeza de que você sabe onde o botão de STOP está localizado. Você irá encontrar o botão de STOP no gantry e na caixa de controle.
Liberando o paciente: 
Depois de apertar o botão de STOP ou EMERGÊNCIA ou se ocorreu uma falha de energia, não é possível nenhum tipo de movimentação do sistema, contudo você pode liberar o paciente manualmente da abertura do gantry.
Durante a varredura: 
Sempre supervisione o equipamento durante o exame. Fique de olho no paciente e pare a varredura caso a mesa esteja posicionada de forma errada.
Comunicação: 
O paciente pode se comunicar durante o exame através do sistema de intercomunicação. Deixe o Sistema de Intercomunicação ligado durante o exame, olhe para o paciente enquanto estiver ouvindo ou falando com ele.
Artefatos: 
Vários fatores podem causar distorções na imagem. Se não tiver certeza quanto a veracidade da imagem, repita o processo de aquisição.
Documentação: 
Falhas no sistema de computação pode ocasionar perda de informações (dados). Salve os arquivos dos pacientes o mais rápido possível.
Vírus no computador: 
Apesar das precauções, o software de sistema de computação não é totalmente isento de um vírus de computador. Verifique os discos de armazenamento de dados (CDR,CDRW,Pen drive, etc...) antes de usá-los.
Compatibilidade eletromagnética: 
O sistema é amplamente insensitivo a descarga eletrostática. Alguns equipamentos como rádio e celulares podem causar interferência.
Cuidado com líquidos e comida: tenha cuidado ao manusear líquidos e comida próximo ao equipamento (teclado, caixa de controle) eles podem cair dentro do equipamento e causar mal funcionamento.
Compartimento de ventilação: 
Bloquear a passagem de ventilação do equipamento pode causar perda de dados (computador).
Fogo: 
Em caso de incêndio, você deve saber a localização dos extintores e também deve saber usa-los corretamente. Você e o paciente devem saber a exata localização da saída de segurança. Desligue o sistema de aquisição imediatamente caso haja incidente com fogo.
Ligando e desligando: 
Desligar o equipamento de forma incorreta pode causar danos ao aparelho e perdas de dados no computador.
Verificar as funções e intervalos de manutenção: 
Execute os teste de funções prescritos no manual e realize a manutenção de acordo com os intervalos adequados.
Acessórios: 
Use somente acessórios aprovados pelo fabricante do equipamento, substitua acessórios com defeito por acessórios novos e originais.
Danos e defeitos: 
Se ocorrer algum dano ou defeito ao a mesa do paciente, gantry, dispositivos de extensão e acessórios, não haverá mais segurança na realização do exame. Conserte ou reponha essas peças imediatamente. 
Cabos: 
Há um risco de tropeço quando os acessórios são conectados via cabo, tenha certeza de que estejam instalados de forma que ninguém vai tropeçar sobre eles.
Falha no monitor: 
Se nenhuma imagem aparece no monitor apesar do sistema estar ligado, o monitor pode estar com defeito. Pare a realização do exame imediatamente, aperte o botão de STOP ou EMERGÊNCIA e ligue para o serviço de atendimento ao cliente do fornecedor do equipamento. 
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TÉCNICA E PRÁTICA NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CLÍNICA.
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KENNETH L. BONTRAGER.
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Face: Ricardo Souza.
You tube: Aula de radiologia
BELÉM-PARÁ. 
0 UH
+1000 UH
-1000 UH
H2O
Materiais de maior densidade:
OSSOS, Ba, I e METAIS.
Materiais de menor densidade:
AR, CO2 e outros gases.
BRANCO
PRETO
Ar
Osso
Tecidos moles
Feixe de raios-x
Detectores
Tubo de raios-x
Mesa de exames
1
1 = 
2 = 
3 = 
2
3
2-D
3-D
Raios-x
CÂMARAS DE GÁS XENÔNIO
SINAL ELÉTRICO
COMPUTADOR
RAIOS-X
CRISTAIS LUMINESCENTES
LUZ
COMPUTADOR
-
+
-
LSOM
SALA DE EXAMES
SALA DO CONSOLE
(+) = MEIOS DE CONTRASTE / DENSIDADE ELEVADA.
(-) = AR / GASES EM GERAL DENSIDADE BAIXA.
a) Área de um tumor, delimitada por meio de contraste.
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