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CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR.
PROFESSOR: RICARDO SOUZA.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO MAGNETISMO.
Eletromagnetismo
Introdução: As primeiras observações de fenômenos magnéticos são muito antigas. Acredita-se que estas observações foram realizadas pelos gregos, em uma cidade denominada Magnésia. Eles verificaram que existia certo tipo de pedra que era capaz de atrair pedaços de ferro.
Sabe-se atualmente que essas pedras, denominadas ímãs naturais, são constituídas por um certo óxido de ferro.
O termo “magnetismo” foi, então, usado para designar o estudo das propriedades destes ímãs, em virtude do nome da cidade onde foram descobertos.
Observou-se que um pedaço de ferro, colocado nas proximidades de um ímã natural, adquiria as mesmas propriedades de um ímã (imantação), obtendo assim ímãs não-naturais (ímãs artificiais).
Fenômenos Magnéticos
Verificou-se que os pedaços de ferro eram atraídos com maior intensidade por certas partes do ímã, as quais foram denominadas pólos do ímã.
Um ímã sempre possui dois pólos com comportamentos opostos. O pólo norte e o pólo sul magnéticos.
Fenômenos Magnéticos – A Bússola: 
A bússola foi à primeira aplicação prática dos fenômenos magnéticos.
É constituída por um pequeno ímã em forma de losango, chamado agulha magnética, que pode movimentar-se livremente.
O pólo norte do ímã aponta aproximadamente para o pólo norte geográfico.
O pólo sul do ímã aponta aproximadamente para o pólo sul geográfico.
“O Ímã Terra”
A Terra se comporta como um grande ímã cujo pólo magnético norte é próximo ao pólo sul geográfico e vice-versa.
Os pólos geográficos e magnéticos da Terra não coincidem.
Propriedade de inseparabilidade dos pólos
Cortemos um ímã em duas partes iguais, que por sua vez podem ser redivididas em outras tantas.
Cada uma dessas partes constitui um novo ímã que, embora menor, tem sempre dois pólos.
Esse processo de divisão pode continuar até que se obtenham átomos, que tem a propriedade de um ímã.
Campo Magnético.
Defini-se como campo magnético toda região do espaço em torno de um condutor percorrido por corrente elétrica ou em torno de um ímã.
A cada ponto P do campo magnético, associaremos um vetor B , denominado vetor indução magnética ou vetor campo magnético.
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de intensidade do vetor B denomina-se tesla (símbolo T).
Direção e sentido do vetor B.
Uma agulha magnética, colocada em um ponto dessa região, orienta-se na direção do vetor B .
O pólo norte da agulha aponta no sentido do vetor B .
A agulha magnética serve como elemento de prova da existência do campo magnético num ponto.
Linhas de Campo Magnético.
Em um campo magnético, chama-se linha de campo magnético toda linha que, em cada ponto, é tangente ao vetor B e orientada no seu sentido.
As linhas de campo magnético ou linhas de indução são obtidas experimentalmente.
As linhas de indução saem do pólo norte e chegam ao pólo sul, externamente ao ímã.
As linhas de indução são uma simples representação gráfica da variação do vetor B.
Linhas de Indução: Ímã em forma de barra:
Linhas de Indução – Campo Magnético Uniforme: Ímã em ferradura ou em U:
Campo magnético uniforme é aquele no qual, em todos os pontos, o vetor B tem a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma intensidade.
Classificação das Substâncias Magnéticas:
Substâncias Ferromagnéticas: são aquelas que apresentam facilidade de imantação quando em presença de um campo magnético. Ex: ferro, cobalto, níquel, etc.
Substâncias Paramagnéticas: são aquelas que a imantação é difícil quando em presença de um campo magnético. Ex: madeira, couro, óleo, etc.
Substâncias Diamagnéticas: são aquelas que se imantam em sentido contrário ao vetor campo magnético a que são submetidas. Corpos formados por essas substâncias são repelidos pelo ímã que criou o campo magnético. Ex: cobre, prata, chumbo, bismuto, ouro, etc.
Imantação Transitória e Permanente.
Ímãs permanentes são aqueles que, uma vez imantados, conservam suas características magnéticas.
Ímãs transitórios são aqueles que, quando submetidos a um campo magnético, passam a funcionar como ímãs; assim que cessa a ação do campo, ele volta às características anteriores.
A Experiência de Oersted:
 Em 1820, o físico dinamarquês H. C. Oersted notou que uma corrente elétrica fluindo através de um condutor desviava uma agulha magnética colocada em sua proximidade.
Quando a corrente elétrica “ i ” se estabelece no condutor, a agulha magnética assume uma posição perpendicular ao plano definido pelo fio e pelo centro da agulha.
Campo Magnético Gerado em um Condutor Reto.
Em cada ponto do campo o vetor B é perpendicular ao plano definido pelo ponto e o fio.
As linhas de indução magnética são circunferências concêntricas com o fio.
Sentido das Linhas de Campo Magnético.
O sentido das linhas de campo magnético gerado por corrente elétrica foi estudado por Ampère, que estabeleceu regra para determiná-lo, conhecida como regra da mão direita.
Segure o condutor com a mão direita e aponte o polegar no sentido da corrente. Os demais dedos dobrados fornecem o sentido do vetor B.
Linhas de Indução – Condutor Retilíneo:
Intensidade do Vetor B – Condutor Retilíneo.
A intensidade do vetor B, produzido por um condutor retilíneo pode ser determinada pela Lei de Biot-Savart:
Exemplo:
Um condutor reto e extenso no vácuo é percorrido por uma corrente de 5A. Calcule o valor da intensidade do vetor indução magnética em um ponto P que dista 20cm do condutor. Indique o sentido do vetor. 
Campo Magnético em uma Espira Circular:
Considere uma espira circular (condutor dobrado segundo uma circunferência) de centro O e raio R.
As linhas de campo entram por um lado da espira e saem pelo outro, podendo este sentido ser determinado pela regra da mão direita. 
Campo Magnético em uma Espira Circular.
A intensidade do vetor B no centro O da espira vale: 
Pólos de uma espira.
Note que a espira tem dois pólos. O lado onde B “entra” é o pólo sul; o outro, o norte.
Para o observador 2, as linhas de indução da espira entram pela face que está voltada para ele. Portanto, essa face da espira se caracteriza como um pólo sul.
Campo Magnético em uma Bobina Chata.
Uma bobina chata é constituída de várias espiras justapostas.
A intensidade do vetor B no centro da bobina vale:
N ( Número de espiras
Pólos de uma Bobina Chata.
Aproximando-se um ímã de uma bobina, verifica-se que o pólo norte daquele atrai o sul da bobina, repelindo o norte da mesma.
Exemplo:
Dada uma espira circular no vácuo com raio de 4((cm, sendo percorrida por uma corrente elétrica de 2,0A no sentido indicado na figura, determine as características do vetor B no centro da espira. 
Campo Magnético em um Solenóide.
O solenóide é um dispositivo em que um fio condutor é enrolado em forma de espiras não justapostas.
O campo magnético produzido próximo ao centro do solenóide (ou bobina longa) ao ser percorrido por uma corrente elétrica i , é praticamente uniforme (intensidade, direção e sentido constantes). 
Linhas de Indução em um Solenóide.
O solenóide se comporta como um ímã, no qual o pólo sul é o lado por onde “entram” as linhas de indução e o lado norte, o lado por onde “saem” as linhas de indução.
Direção e sentido do vetor B no interior do solenóide.
Para determinar o sentido das linhas de indução no interior do solenóide, podemos usar novamente a regra da mão direita.
Intensidade do vetor B no interior do solenóide.
A intensidade do vetor indução magnética uniforme no interior do solenóide é dada por:
N ( Número de espirasExemplo:
Um solenóide de 1000 espiras por metro está no vácuo e é percorrido por uma corrente de 5,0A. Qual a intensidade do vetor indução magnética no interior do solenóide?
O Eletroíma.
Uma bobina com núcleo de ferro constitui um eletroímã.
Em virtude da imantação do pedaço de ferro, o campo magnético resultante assim obtido é muito maior do que o campo criado apenas pela corrente que passa pela bobina.
CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR.
PROFESSOR: RICARDO SOUZA.
TEXTO ANEXO: Eletroímã.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 O eletroímã ou eletroímã é um dispositivo que utiliza corrente elétrica para gerar um campo magnético, semelhantes àqueles encontrados nos ímãs naturais. É geralmente construído aplicando-se um fio elétrico espiralado ao redor de um núcleo de ferro, aço, níquel ou cobalto ou algum material ferromagnético.
 Quando o fio é submetido a uma tensão, o mesmo é percorrido por uma corrente elétrica, o que gerará um campo magnético na área circunvizinha a essa espira (a intensidade do campo e a distância que ele atingirá a partir do eletroímã dependerão da intensidade da corrente aplicada e do número de voltas da espira) através da Lei de Biot-Savart.
 A passagem de corrente elétrica por um condutor produz campos magnéticos nas imediações do condutor e estabelece-se um fluxo magnético no material ferromagnético envolto pelas espiras do condutor, a razão entre a intensidade do fluxo magnético concatenado pelas espiras e a corrente que produziu esse fluxo é a indutância, a intensidade do campo magnético produzido dependerá das características do meio no qual se estabelecerá o fluxo, o que afetará a relutância do caminho magnético.
 O pedaço de ferro apresenta as características de um ímã permanente, enquanto a corrente for mantida circulando, e o campo magnético pode ser constante ou variável no tempo dependendo da corrente utilizada (contínua ou alternada). Ao se interromper a passagem da corrente o envolto pelas espiras pode tanto manter as características magnéticas ou não, dependendo das propriedades do mesmo ferromagnetismo.
1 - O que é Ressonância Magnética Nuclear.
Ressonância Magnética Nuclear (RM) é um exame que permite aos médicos exagerarem as estruturas internas do corpo sem o uso de raios-x. Esta tecnologia possibilita aos médicos detectar doenças em desenvolvimento, ou anormalidades mais precocemente. Basicamente a RM utiliza um poderoso campo magnético e ondas de rádio freqüências parecidas com as que transmitem a sua música favorita em FM.A combinação de campo magnético e rádio freqüência produz imagens muita claras de estruturas do corpo humano como o cérebro, espinha, articulações, coração e outros órgãos vitais. 
2 - Que tipo de máquinas são utilizadas para realizar a RM?
O seu exame é realizado numa sala contendo grande máquina de RM que os eu médico chama de "Magneto". A unidade de RM parece um túnel aberto no meio de uma grande caixa. Muitos tipos diferentes podem ser utilizados, mas eles trabalham de forma semelhante.Você será atendido por técnico que solicitará que deite em uma confortável maca que irá suavemente deslocar-se para dentro do magneto onde o scan (exame) será realizado.Algumas vezes a "bobina", que é apenas um rádio receptor especial, será colocado em torno da porção do corpo a ser estudada (sua cabeça, joelho, fígado. Etc.).Os dados obtidos pelo scan são processados por um poderoso computador que os transforma em imagens muito nítidas que o médico especialista irá interpretar.
3 - O Exame dói?
A RM por si é um procedimento totalmente indolor, virtualmente sem efeitos colaterais. Atualmente milhões de pacientes tem feito esse tipo de exame comprovando ser extremamente seguro. Na realidade a RM utiliza apenas ondas de rádio e magnetização com as quais todos convivemos no dia a dia.
4 - A RM pode ser realizada em todos?
Enquanto a grande maioria das pessoas possa se submeter a este exame sem nenhum problema, algumas não poderão. O especialista ou os técnicos da clínica de RM irão provavelmente fazer algumas perguntas como estas: - Você pesa mais de .... Kg?- Você pode ficar deitado estendido por um determinado período de tempo?- Você sofre de claustrofobia (medo de ficar em lugares fechados)?- Você está em início de gravidez?Também, uma vez que a RM usa um poderoso campo magnético rotineiramente você deverá responder as seguintes questões:- Você tem algum dispositivo implantado no seu corpo como marcapasso cardíaco, clipe ferromagnético de aneurisma cerebral, neuroestimulador, aparelho de surdez?- Você tem algum fragmento ou prótese metálica em seu corpo ou em seus olhos?Lembre-se que o questionário é um processo de mão dupla. Após responde-lo sinta-se a vontade para fazer qualquer tipo de pergunta sobre o exame a ser realizado. Não receio em fazê-los. OS médicos e técnicos estão a disposição e é parte de seu trabalho respondê-las. 
5 - O que acontece no dia do exame?
Reserve em torno de 2 horas do seu dia para o exame embora na grande maioria dos casos não demore mais que meia hora. A menos que os eu médico diga o contrário você poderá comer normalmente no dia do exame. Não use maquiagem, uma vez que alguns produtos têm substâncias metálicas que poderão prejudicar a qualidade do exame. Quando chegar a clínica você será orientado a vestir um avental e remover todos os pertences como relógio, carteira, cartão de crédito chaves... etc, e guardá-los num armário chaveado.É importante não leva à sala de exame nada que possa ser afetado pelo campo magnético. Por exemplo, as informações do seu cartão de crédito poderão ser apagadas se você mantê-lo no seu bolso durante o exame.
6 - O que acontece durante o exame?
Você será conduzido pelo técnico para dentro de uma sala onde está o magneto e colocado numa maca, em seguida o técnico irá posicioná-lo dentro do magneto de tal forma que a parte do seu corpo a ser examinada fique pronta. Durante o exame, você poderá se comunicar com as pessoas que estão realizando o exame através de um intercomunicador, e eles estarão acompanhando-o através de uma janela de vidro.Você pode ouvir alguns ruídos ou sons de batidas feitas pelos técnicos para ajustar a rádio freqüência e outros controles. Se você preferir; o nosso equipamento está equipado com um sistema de som de CD especial, para ditraí-lo durante o exame. Algumas vezes, o técnico irá injetar um medicamento (agente contraste) através de uma injeção. Não se preocupe, caso isto ocorra, você será avisado antes. Este contraste as vezes é necessário para ajudar o médico a interpretar as imagens do seu corpo.Tudo que você terá que fazer durante o exame, será permanecer o mias imóvel possível. Crianças muito ativas poderão necessitar de medicação relaxante (sedação) antes do início do exame. 
7 - Quando eu terei o resultado do exame (laudo)?
As imagens obtidas do seu exame serão documentadas em um filme de impressão a laser e serão analisados pelo especialista. Em seguida será elaborado um relatório para que você encaminhe ao médico que solicitou o exame, a quem caberá as considerações finais.
Ressonância Nuclear Magnética – Conceito.
Os princípios da RNM são bastante complexos e envolvem conhecimentos em diversas áreas das ciências exatas.
A grande vantagem da RNM reside na sua segurança, já que não usa radiação ionizante, nas diversas capacidades em promover cortes tomográficos em muitos e diferentes planos, dando uma visão panorâmica da área do corpo de interesse e, finalmente, na capacidade de mostrar características dos diferentes tecidos do corpo. 
A estrutura do átomo.
 Da estrutura básica do átomo, é sabido que uma nuvem de elétrons (partículas negativamente carregadas) orbita em torno de uma massa nuclear, formada de prótons (positivamente carregados) e nêutrons (eletricamenteneutros). 
Diferentemente das imagens de Raios-X, relacionadas com elétrons orbitais, o sinal da RNM surge a partir do centro do átomo, ou núcleo. Embora as propriedades químicas de um átomo dependam da estrutura de seus elétrons, as propriedades físicas dependem largamente do seu núcleo, que é responsável por quase a totalidade da massa do átomo. Embora prótons nucleares e elétrons orbitais possuam cargas opostas e de mesma intensidade, a fim de manter neutralidade elétrica do átomo, o número de prótons e nêutrons é freqüentemente desigual. 
Esse principio de desigualdade no núcleo do átomo invoca uma definição em física, chamada de "momento angular" do núcleo. Se o núcleo contem desigual número de prótons e nêutrons, então, ele possui um momento angular ou uma resultante angular. Se não existe desigualdade entre o número de prótons e nêutrons, o momento é zero. Qualquer outra combinação, terá uma resultante diferente de zero. 
Somente aqueles átomos que possuem número impar de prótons e/ou nêutrons serão capazes de produzir um sinal em RNM. Embora uma variedade de mais de 300 diferentes tipos de núcleos possuam momento angular, apenas um seleto grupo tem utilidade em medicina. Dentre esses:  Hidrogênio, Carbono, Sódio, Fósforo, Flúor.
De todos os átomos, o Hidrogênio é o mais simples, pois ele possui apenas um próton. Ele é o mais importante átomo para a RNM, sobretudo porque em humanos, ele corresponde a mais de dois terços do número de átomos encontrados em nosso corpo. Além de sua abundância nos sistemas biológicos, o hidrogênio é altamente magnético, o que o torna extremamente sensível a RNM. Outros núcleos também podem gerar imagens em RM, mas, porém possuem imagens mais pobres comparadas às do Hidrogênio. 
Propriedades Magnéticas Do Átomo.
O núcleo do átomo de Hidrogênio é formado por um próton, que é uma pequena partícula positivamente carregada associada a um momento angular (ou "spin"). A situação representada leva a formação de uma estrutura imaginária semelhante a uma barra magnética com dois pólos orientados (norte e sul). Todos os núcleos tem essa propriedade. Pensemos nos átomos como setas apontando em uma direção. Na ausência de um campo magnético, as setas estarão apontando aleatoriamente no espaço. 
A fim de produzir uma imagem em RNM, o paciente é exposto a um poderoso e uniforme campo magnético. Os campos magnéticos são medidos em unidades de Tesla (T). Na maioria dos sistemas médicos em uso atualmente esses campos variam de 0,2 T a 2,0 T de intensidade. Para comparar, o campo magnético do planeta Terra é de aproximadamente 0,00005 T, com pequenas variações em torno da Linha do Equador e dos Pólos Glaciais. 
Quando submetidos a um campo magnético, esses prótons (setas) tendem a alinharem-se contra ou a favor desse campo. Na verdade, aproximadamente metade desses prótons alinham-se contra e metade a favor do campo magnético, com discreta predominância de prótons na mesma direção do campo. A diferença depende do campo magnético aplicado, mas é mínima em qualquer circunstância. Embora incrivelmente pequena, essa diferença é suficiente para produzir um sinal em RNM.
Deveremos sempre ter em mente o número de prótons existentes, que é da ordem de bilhões e bilhões, 10 elevado a 23ª potência em um cm3 de água, para ser mais exato. A somatória de todos esses momentos (setas) resultará em uma única seta, também chamada de vetor resultante. 
Como a discreta maioria da população de prótons submetidas a um campo magnético tende a seguir a direção do campo aplicado, o vetor resultante também estará com essa orientação. 
Ressonância Do Núcleo.
A ressonância é um fenômeno comum na natureza. Para entendê-la, é necessário discutir uma outra característica dos prótons. Além de terem um momento, também chamado de "spin", esses prótons transladam em torno do eixo do campo magnético, seja o do campo magnético da Terra no nosso dia a dia, seja o do campo magnético aplicado para produzir uma imagem, como ocorre com a lua em volta da Terra, como a Terra em volta do sol. A ressonância, na verdade, é a freqüência com que o próton gira em torno desse eixo, e foi matemáticamente definida por um físico britânico chamado Joseph Larmor. 
A freqüência, segundo Larmor, é proporcional ao campo aplicado e a cada núcleo usado. 
Cada aparelho de RM, terá, dessa forma, uma freqüência característica, baseada apenas na intensidade de seu campo magnético, já que praticamente usamos sempre o mesmo núcleo (Hidrogênio). 
No espectro eletromagnético temos radiações ionizantes de alta energia e alta freqüência, que incluem Raios-X e várias outras formas, usados para imagem médica, pois podem atravessar o organismo. A desvantagem desse tipo de radiação está no dano que pode causar as células do corpo por seus efeitos ionizantes. Segue-se no espectro, radiações de baixa freqüência e baixa energia, que incluem a luz visível, a luz infravermelha e a ultra violeta. São potencialmente mais seguras que as radiações ionizantes mas não tem muita utilidade em medicina, já que o corpo humano não é transparente a elas. Finalmente, mais baixa freqüência, mais baixa energia, na variação das ondas de rádio, por exemplo, o corpo humano uma vez mais se torna transparente e é essa janela no espectro eletromagnético que é usada em RNM. 
Para se produzir um sinal em RNM e então uma imagem, o vetor resultante, orientado de acordo com o campo magnético aplicado, deverá ser deslocado dessa posição e induzir a formação de uma corrente elétrica em uma bobina especialmente preparada para perceber a mudança de posição. Em outras palavras, seria como atingir uma bola de sinuca em movimento com uma outra bola e então registrar a mudança que ocorre na orientação da primeira. Para mudar a direção do vetor resultante de sua orientação básica usa-se uma onda de Radio Freqüência (RF) da janela do espectro eletromagnético. A RF deverá estar em sintonia com a freqüência de ressonância do sistema. 
A amplitude e a duração da RF poderá ser controlada para se produzir uma variedade de angulações e mudanças do vetor resultante. Para tradicionais imagens de RNM usa-se uma RF que varia o angulo de 90 a 180 graus. Existem muitas outras variações com ângulos menores e que são usados em condições especiais, como para diminuir o tempo de aquisição das imagens, por exemplo.
Após cada pulso de RF aplicado, o sistema representado pelo vetor resultante inicia o que se chama "relaxamento", retornando ao equilíbrio anterior a RF após um determinado lapso de tempo, chamado de "tempo de relaxamento". 
Em RNM, esse tempo de relaxamento depende de vários fatores, como a intensidade da RF e do campo magnético usados, da uniformidade desses campos magnéticos, do tipo de tecido orgânico, da interação entre prótons, entre outros. 
Primeiro, após a RF, o vetor resultante tende a perder a orientação no plano para o qual fora desviado. Isso resulta da falta de homogeneidade do campo magnético (supondo que apenas Deus seja perfeito, até mesmo um campo magnético pode ter pequenas variações em seu curso). Essa perda natural que ocorre com todos os aparelhos de RM é chamada de Tempo 2* de relaxamento ou T2* (leia-se tempo 2 asterisco ou tempo 2 estrela). Esse tipo de relaxamento é danoso e deve ser corrigido para que não interfira na produção da imagem. Para isso, a cada determinado intervalo de tempo, outro pulso de RF é aplicado e novamente os prótons tendem a alinharem-se no plano desviado. Esse tempo decorrente chama-se de "echo time" (do inglês echo=eco; time=tempo), ou ET. 
Cada próton tem seu próprio campo magnético, que começa a se desorganizar e a afetar núcleos vizinhos em uma reação simultânea, após cada pulso de RF, transferindo energia entre si e conseqüentemente saindo de fase. Essa relação próton-próton (ou spin-spin) é também chamada de Tempo 2 de relaxamento ou simplesmente T2. 
A Aplicação de pulsos de RF adiciona energia ao sistema e faz com que os prótons mudem para um estado de maior excitação oude maior energia. O processo de dissipação dessa energia, no ambiente magnético desses prótons, e o seu retorno ao estado de mais baixa energia, é chamado de Tempo 1 de relaxamento ou T1. Como para se formar uma imagem em RNM vários pulsos de RF são necessários, é imperativo que se aguarde um certo tempo de relaxamento para que o próximo pulso de RF seja eficiente, ou seja, deve-se aguardar um determinado T1. 
A Imagem Em Ressonância Magnética
O Contraste da imagem em RNM é baseado nas diferenças de sinal entre distintas áreas ou estruturas que comporão a imagem. A RNM tem um contraste superior a Tomografia Computadorizada (TC) na resolução de tecidos ou partes moles. Na TC, a atenuação de Raios-X pelo paciente é a maior fonte de contraste. Desta forma, a quantidade de atenuação reflete a densidade do elétron do paciente. Por outro lado, o contraste em RNM é o resultado da interação de diferentes fatores, incluindo a densidade dos prótons, T1, T2, a suceptibilidade magnética e o fluxo dos líquidos corporais. 
Se apenas a densidade dos prótons fosse a fonte de contraste em RNM, talvez, então, ela não fosse melhor que a TC em termos de resolução e contraste. A RNM tem vantagens em outras áreas, mas com respeito às partes moles, a relação entre a densidade de prótons e a densidade de elétrons varia da ordem de apenas 10%, o que não seria vantajoso. Felizmente, existem outras e melhores fontes de contraste em RNM. 
T1 e T2 oferecem contraste em RNM definitivamente superior à TC. Isso ocorre porque muitas substâncias com similar densidade de prótons e elétrons resultarão em diferentes sinais na RNM devido a diferentes tempos de relaxamento em T1 e T2. 
Uma outra forma de contraste em RNM baseia-se na susceptibilidade magnética de várias substâncias, ou seja, a maneira como elas respondem a um campo magnético. Essa susceptibilidade é o resultado de propriedades químicas e físicas de cada substância, e é largamente explorada na produção de materiais de contraste usados nos exames de RNM. Como exemplo temos substâncias ditas diamagnéticas (efeito oposto sobre o campo magnético), paramagnéticas (efeito positivo, potencializando os efeitos do campo e melhorando a eficiência de T1 e T2) e, finalmente, substâncias super paramagnéticas e ferromagnéticos (metais, por exemplo) que também possuem efeitos positivos no campo magnético aplicado. 
O programa de computador do equipamento realiza o armazenamento dos sinais emitidos pelos vários tecidos do corpo, sejam eles em T1, T2 ou qualquer outra seqüência e, através de uma operação algorítmica, os transforma em imagens digitais. 
Desvantagens Da Ressonância Magnética
O campo magnético de altíssima magnitude é potencialmente perigoso para aqueles pacientes que possuem implantes metálicos em seus organismos, sejam marcapassos, pinos ósseos de sustentação, clips vasculares e etc. Esses pacientes devem ser minuciosamente interrogados e advertidos dos riscos de aproximarem-se de um magneto e apenas alguns casos, com muita observação, podem ser permitidos. 
A RNM possui pouca definição na imagem de tecidos ósseos normais, se comparada à TC, pois esses emitem pouco sinal. Na verdade, essa é uma desvantagem relativa, já que a falta de sinal pode ser delineada em RNM como áreas negras, e assim sendo, seria possível observar todo o curso de partes ósseas. Além disso, alterações na densidade de prótons desses ossos, promovido por patologias como câncer seriam prontamente acusados pela RNM.
CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA / MODALIDADE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
PROFESSOR: RICARDO SOUZA.
 Núcleos ativos em RM
�
 Os núcleos ativos em RM se caracterizam por sua tendência a alinhar seu eixo de rota​ção a um campo magnético aplicado. Devido às leis da indução eletromagnética, núcle​os que têm uma carga efetiva e estão em rotação adquirem um momento magnético e são capazes de alinhar-se a um campo magnético externo. Isto ocorre quando o núme​ro de massa é ímpar, isto é, há um número par de nêutrons e um número ímpar de prótons ou vice-versa. O processo desta interação é o momento angular ou rotação (spin).
Estão relacionados a seguir exemplos importantes de núcleos ativos em RM, juntamente com seu número de massa:
hidrogênio	1
carbono	 13
nitrogênio 15
oxigênio	 17
flúor	 19
sódio	 23
fósforo	 31
 Embora os nêutrons não tenham carga efetiva, suas partículas subatômicas se dispõem de forma irregular sobre a superfície do nêutron e esta situação possibilita que o núcleo em que o nêutron está situado seja ativo em RM enquanto o número de massa for ímpar. O alinhamento pode ser medido como o total dos momentos magnéticos nucleares e é expres​so como um vetor somatório. A potência do momento magnético total é específica de todo núcleo e determina a sensibilidade à ressonância magnética*.
O núcleo de hidrogênio.
 O núcleo de hidrogênio é o núcleo ativo em RM usado nas imagens por RM clínica. O nú​cleo de hidrogênio contém apenas um próton (número atômico e de massa 1). Ele é usado por ser muito abundante no corpo humano e porque seu próton solitário lhe proporciona um momento magnético relativamente grande.
O núcleo de hidrogênio como um magneto.
 As leis do eletromagnetismo afirmam que um campo magnético é criado quando uma partí​cula carregada se move. O núcleo de hidrogênio contém um próton com carga positiva que efetua uma rotação, isto é, ele se move. Em conseqüência disto, o núcleo de hidrogênio tem um campo magnético induzido a sua volta e age como um pequeno magneto.
O magneto de cada núcleo de hidrogênio tem efetivamente um pólo norte e um pólo sul de potência igual. O eixo norte/sul de cada núcleo é representado por um momento magnético. O momento magnético de cada núcleo tem propriedades de um vetor, ou seja, tem tamanho e direção e é denotado por uma seta. A direção do vetor designa a direção do mo​mento magnético e o comprimento do vetor designa o tamanho deste.
Alinhamento.
 Na ausência de um campo magnético aplicado, os momentos magnéticos dos núcleos de hidrogênio têm uma orientação ao acaso. Quando os núcleos de hidrogênio são colocados num forte campo magnético estático externo, porém, seus momentos magnéticos se ali​nham a este campo magnético. Alguns dos núcleos de hidrogênio alinham-se em paralelo ao campo magnético (na mesma direção), enquanto uma proporção menor dos núcleos se alinha em direção antiparalela ao campo magnético (na direção oposta).
 A física quântica descreve as propriedades da radiação eletromagnética em termos de quantidades discretas de energia e não de ondas (teoria clássica). Aplicando-se a física quântica à IRM, os núcleos de hidrogênio possuem apenas dois estados de energia ou populações — alta e baixa. Os núcleos de baixa energia alinham seu momento magnético parale​lamente ao campo externo e são denominados núcleos spin up (de rotação positiva). Os núcleos de alta energia alinham seu momento magnético na direção antiparalela e são deno​minados núcleos spin down (de rotação negativa). Observar que são os momentos magné​ticos dos núcleos de hidrogênio que se alinham a B0 e que eles só podem alinhar-se em uma de duas direções — paralela ou antiparalela a B0. 
Os fatores que afetam quais núcleos de hidrogênio se alinham em direção paralela e quais deles se alinham em direção antiparalela são determinados pela potência do campo magné​tico externo e pelo nível de energia térmica dos núcleos. Núcleos de baixa energia térmica não têm energia suficiente para opor-se ao campo magnético na direção antiparalela. Núcleos de elevada energia térmica, porém, possuem energia bastante para se opor ao campo e à medida que aumenta a potência do campo magnético diminui o número de núcleos com energia suficiente para isso. A energia térmica de um núcleo é determinada pela temperatu​ra dopaciente. Esta não pode ser alterada significativamente nas aplicações clínicas e a ên​fase é pois em campos magnéticos mais e mais potentes.
Em equilíbrio térmico, há sempre menos núcleos de energia elevada que de baixa ener​gia, e por isso os momentos magnéticos dos núcleos alinhados paralelamente ao campo mag​nético cancelam o número menor de momentos magnéticos alinhados em direção antiparalela. Como há um número maior de momentos alinhados paralelamente, há sempre um pequeno excesso na direção que produz um momento magnético efetivo. Outros núcleos ativos em RM também se alinham ao campo magnético e produzem seus próprios pequenos momentos magnéticos efetivos. Esses momentos magnéticos não são usados na IRM clíni​ca, pois não existem no corpo em abundância suficiente para a aquisição de imagens ade​quadas, já que seus momentos magnéticos efetivos são muito pequenos. Entretanto, com bobinas de RF (de radiofreqüência) sintonizadas à freqüência apropriada e com uma homo​geneidade adequada de B0 é possível obterem-se imagens de outros núcleos ativos em RM. O momento magnético efetivo do hidrogênio, todavia, produz um vetor magnético significa​tivo, que é usado na IRM clínica. 
O momento magnético do hidrogênio é denominado vetor de magnetização efetiva (VME – Vetor de Magnetização Efetiva).
O campo magnético estático externo é designado como B0. A interação do VME com B0 é a base da IRM.
A unidade de B0 é tesla ou Gauss. l tesla (T) equivale a 10.000 Gauss (G). 
Quando um paciente é colocado no foco do magneto, os núcleos de hidrogênio em seu corpo se alinham paralela e antiparalelamente a B0. Um pequeno excesso de núcle​os de hidrogênio se alinha paralelamente a B0 e constitui o VME do paciente. A diferença de energia entre as duas populações aumenta à medida que B0 aumenta. Em conseqüência disso, em campos de potência elevada há menos núcleos com energia suficiente para passar à população de alta energia. Isto quer dizer que a magnitude do VME é maior em campos de alta potência que naqueles de baixa potência, ocasionando um sinal melhor.
Precessão.
 Cada núcleo de hidrogênio que constitui o VME está girando sobre seu eixo como na Fig. 1.8. A influência de B0 produz uma rotação adicional ou oscilação do VME em torno de B0. Esta rotação secundária é denominada precessão e faz com que os momentos magné​ticos descrevam uma trajetória circular em torno de B0. Esta trajetória é denominada tra​jetória de precessão e a velocidade com que o VME oscila em torno de B0 é designa​da como freqüência de precessão. A unidade da freqüência de precessão é o megahertz (MHz), em que l Hz equivale a 1 ciclo por segundo e l MHz a 1 milhão de ciclos por segundo.
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 É possível perceber que há duas populações de núcleos de hidrogênio — alguns núcleos spin down de alta ener​gia e um número maior de núcleos de hidrogênio spin up de baixa energia. Os momentos magnéticos de todos esses núcleos fazem precessão em torno de B0 numa trajetória precessional circular.
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A equação de Larmor.
 O valor da freqüência de precessão é ditado pela equação de Larmor. Esta equação afirma que:
a freqüência de precessão (w0) = B0 x y
onde B0 é a potência do campo magnético do magneto e
y é a razão giromagnética. Esta razão expressa a relação entre o momento angular e o momento magnético de cada núcleo ativo em RM. Ela é constante e é ex​pressa como a freqüência de precessão de um núcleo ativo em RM específico a 1,0 T. A unidade da razão giromagnética é pois MHz/T.
A razão giromagnética do hidrogênio é de 42,57 MHz/T. Outros núcleos ativos em RM têm razões giromagnéticas diferentes, tendo portanto freqüências de precessão diferentes à mesma potência de campo. Além disso, o hidrogênio tem uma freqüência de precessão di​ferente a diferentes potências de campo. Por exemplo:
a 1,5 T, a freqüência de precessão do hidrogênio é de 63,86 MHz (42,57 MHz x 1,5 T), a 1,0 T, a freqüência de precessão do hidrogênio é de 42,57 MHz (42,57 MHz X 1,0 T), a 0,5 T, a freqüência de precessão do hidrogênio é de 21,28 MHz (42,57 MHz x 0,5 T). A freqüência de precessão é freqüentemente denominada freqüência de Larmor, por ser determinada pela equação de Larmor. Como a razão giromagnética é uma constante de proporcionalidade, B0 é proporcional à freqüência de Larmor. Em conseqüência disso, a freqüência de Larmor aumenta quando B0 aumenta e vice-versa.
Ressonância.
 A ressonância é um fenômeno que ocorre quando um objeto é exposto a uma perturbação oscilatória que tem uma freqüência próxima de sua própria freqüência natural de oscilação. Um núcleo que é exposto a uma perturbação externa com oscilação semelhante a sua própria fre​qüência natural ganha energia da força externa. O núcleo ganha energia e entra em ressonância caso a energia seja aplicada a exatamente sua freqüência de precessão. A ressonância não ocor​re se a energia é aplicada a uma freqüência diferente da freqüência de Larmor do núcleo.
A energia à freqüência de precessão do hidrogênio a todas as potências de campo, na IRM clínica, corresponde à faixa de radiofreqüência (RF) do espectro eletromagnético. Para que ocorra a ressonância do hidrogênio, é necessário aplicar-se um pulso de energia RF exatamente à freqüência de Larmor do VME do hidrogênio. Outros núcleos ati​vos em RM alinhados com B0 não entram em ressonância porque sua freqüência de precessão difere daquela do hidrogênio. A aplicação de um pulso RF que faz com que ocorra a ressonância é denominada excitação. Esta absorção de energia causa um aumento no nú​mero de populações de núcleos de hidrogênio em rotação negativa (spin down), pois alguns dos núcleos em rotação positiva (spin up) ganham energia pela ressonância e tomam-se núcleos de alta energia. A diferença de energia entre as duas populações corresponde à energia necessária para produzir ressonância por excitação. Ao aumentar a potência do campo, a diferença de energia entre as duas populações também aumenta, de tal modo que é necessária mais energia (freqüências mais altas) para produzir ressonância. Para que ocorra a ressonância do hidrogênio, é necessário aplicar-se um pulso de energia RF exatamente à freqüência de Larmor do VME do hidrogênio. Outros núcleos ati​vos em RM alinhados com B0 não entram em ressonância porque sua freqüência de precessão difere daquela do hidrogênio. A aplicação de um pulso RF que faz com que ocorra a ressonância é denominada excitação. Esta absorção de energia causa um aumento no nú​mero de populações de núcleos de hidrogênio em rotação negativa (spin down), pois alguns dos núcleos em rotação positiva (spin up) ganham energia pela ressonância e tomam-se núcleos de alta energia. A diferença de energia entre as duas populações corresponde à energia necessária para produzir ressonância por excitação. Ao aumentar a potência do campo, a diferença de energia entre as duas populações também aumenta, de tal modo que é necessária mais energia (freqüências mais altas) para produzir ressonância.
As conseqüências da ressonância.
 A primeira conseqüência da ressonância é que o VME se afasta do alinhamento em relação a B0. O ângulo, segundo o qual o VME sai do alinhamento, é denominado ângulo de incli​nação (flip angle). A magnitude deste ângulo depende da amplitude e duração do pulso RF. O ângulo de inclinação é geralmente de 90°, isto é, o VME recebe energia suficiente do pulso RF para mover-se 90° em relação a B0. B0 é agora designado como eixo/plano longitudinal. O plano a 90° em relação a B0 é denominado plano transverso.
No caso de um ângulo de inclinação de 90°, os núcleos recebem energia suficiente para uma transferência integral do VME longitudinal para um VME transverso. Este VME trans​verso efetua uma rotação no plano transverso à freqüência de Larmor.
 A segunda conseqüência da ressonância é que os momentos magnéticos dos núcleos de hidrogênio no VME transverso se movem em fase uns em relação aos outros. Faseé a po​sição de cada momento magnético na trajetória precessional em torno de B0. Os momentos magnéticos que estão em fase encontram-se no mesmo ponto da trajetória precessional em torno de B0 num dado momento, enquanto os momentos magnéticos que estão fora de fase não estão no mesmo ponto na trajetória precessional. Quando ocorre a ressonância, todos os momentos magnéticos passam para a mesma posição na trajetória precessional e ficam então em fase. Para que ocorra a ressonância do hidrogênio, é necessário aplicar-se a RF exatamente à freqüência de Larmor do hidrogênio. A conseqüência da ressonância é um VME no plano transverso que está em fase. Este VME faz precessão no plano transverso à freqüência de Larmor
O sinal RM.
 Em conseqüência da ressonância, o VME fica em precessão em fase no plano transverso. As leis de indução de Faraday afirmam que se colocar uma bobina receptora ou qualquer fio condutor na área de um campo magnético em movimento, isto é, o VME em precessão no plano transverso, é induzida uma voltagem nesta bobina receptora. O sinal é produzido quando uma magnetização coerente (em fase) passa pela bobina. O VME em movimento produz portanto flutuações do campo magnético no interior da bobina. Quando o VME entra em precessão à freqüência de Larmor no plano transverso, é induzida uma voltagem na bobina. Esta voltagem constitui o sinal RM. Ã freqüência do sinal é a mesma que a freqüência de Larmor — a magnitude do sinal depende do grau de magnetização presente no plano trans​verso. 
O sinal do declínio de indução livre (free induction decay — DIL).
 Ao desligar-se o pulso RF, o VME passa novamente a sofrer a influência de B0 e tenta realinhar-se com este. Para que isto ocorra, o VME tem de perder a energia que lhe foi dada pelo pulso RF. O processo pelo qual o VME perde esta energia é denominado relaxamento. Ao ocorrer o relaxamento, o VME volta a realinhar-se com B0.
•	O grau de magnetização no plano longitudinal aumenta gradualmente — isto é denomi​nado recuperação.
e de modo simultâneo porém independente
•	O grau de magnetização no plano transverso diminui gradualmente — isto é denominado declínio. Quando diminui o grau de magnetização transversa, o mesmo se dá com a magnitude da voltagem induzida no fio receptor. A indução no sinal reduzido é denominada sinal de declí​nio da indução livre (DIL).
Relaxamento.
 Durante o relaxamento, o VME libera a energia RF absorvida e retorna a B0. De maneira simultânea porém independente, os momentos magnéticos do VME perdem magnetização transversa devido à defasagem. O relaxamento leva à recuperação da magnetização no plano longitudinal e ao declínio da magnetização no plano transverso.
A recuperação da magnetização longitudinal é causada por um processo designado como recuperação T1.
O declínio da magnetização transversa é causado por um processo designado como de​clínio T2.
Recuperação T1.
 A recuperação T1 é causada pelos núcleos liberando sua energia no ambiente ou retículo circundante e é freqüentemente designada como relaxamento do retículo de spin. A ener​gia liberada no retículo circundante faz com que os núcleos recuperem sua magnetização longitudinal (magnetização no plano longitudinal). A razão de recuperação é um processo exponencial, com tempo de recuperação constante denominado T1. Este é o tempo neces​sário para a recuperação de 63% da magnetização longitudinal no tecido.
Declínio T2.
 O declínio T2 é causado pela troca de energia entre núcleos vizinhos. A troca de energia é causada pela interação dos campos magnéticos de cada núcleo com seu vizinho. É freqüen​temente denominada relaxamento spin e acarreta o declínio ou perda da magnetização transversa (magnetização no plano transverso). A razão de declínio também é um processo exponencial, de modo que o tempo de relaxamento T2 de um tecido é sua constante tempo​ral de declínio. Este é o tempo necessário para a perda de 63% da magnetização transversa.
•	O relaxamento T1 leva à recuperação da magnetização longitudinal, devido à dissipação de energia para o retículo circundante. O relaxamento T2 leva à perda da magnetização transversa devido a interações entre os campos magnéticos de núcleos adjacentes. Um sinal ou voltagem só é induzido no fio receptor se houver magnetização no plano transverso, que esteja em fase.
 O VME é um vetor de quantidade. Ele é criado por dois componentes a 90° um em relação ao outro. Esses dois componentes são a magnetização no plano longitudinal e a magnetização no plano transverso. An​tes da ressonância, há uma magnetização longitudinal integral paralela a B0. Após a aplicação do pulso RF o VME passa inteiramente para o plano transverso (supondo-se que seja aplicada uma energia suficiente). Passa a haver então magnetização transversa integral e magnetização longitudinal zero.
O VME se recupera após ser removido o pulso RF. Quando isto ocorre, o componente longitudinal da magnetização cresce novamente, enquanto diminui o componente transverso. Como a amplitude do sinal rece​bido está relacionada à magnitude do componente transverso, o sinal no fio declina à medida que se dá o rela​xamento.
A magnitude e a escala temporal dos pulsos RF constituem a base da IR-M e vão ser agora discutidas de modo mais detalhado.
Parâmetros da escala temporal dos pulsos.
 Uma seqüência de pulsos muito simplificada é uma combinação de pulsos RF, sinais e perí​odos de recuperação intervenientes. É importante observar-se que, como mostra esquematicamente a, uma seqüência de pulsos não existe efetivamente. Ela apenas mostra em termos simples os diversos parâmetros de escala temporal usados em seqüên​cias mais complicadas, isto é, TR e TE.
 Uma seqüência de pulsos consiste em vários componentes, sendo os principais descritos a seguir. O tempo de repetição (TR) é o tempo que vai da aplicação de um pulso RF à aplicação do pulso RF seguinte e é medido em milissegundos (ms). O TR determina o grau de rela​xamento que pode ocorrer entre o término de um pulso RF e a aplicação do pulso seguin​te. O TR determina, pois o grau de relaxamento T1 que ocorreu. O tempo de eco (TE) é o tempo que vai da aplicação do pulso RF ao pico máximo do sinal induzido no fio e também é medido em ms. O TE determina o grau de declínio da magnetização transversa que pode ocorrer antes de ler-se o sinal. O TE controla pois o grau de relaxamento T2 que ocorreu. Os princípios básicos da criação de sinais já foram descritos. A aplicação de pulsos RF a certas freqüências de repetição e a recepção de sinais a tempos de eco predeterminados produzem o contraste nas imagens IRM. 
Introdução.
 Uma das principais vantagens da IRM em comparação a outras modalidades de aquisição de imagens é a excelente discriminação dos tecidos moles proporcionada por suas imagens. As características de contraste de cada imagem dependem de muitas variáveis, sendo importan​te conhecerem-se bem os mecanismos que afetam o contraste de imagens na IRM.
Contraste na imagem.
Uma imagem tem contraste quando tem tanto áreas de sinal intenso (branco na imagem) como áreas de sinal fraco (escuro na imagem). Algumas áreas têm um sinal intermediário (tons de cinza intermediários entre branco e preto). O VME pode ser separado aos vetores individuais dos tecidos presentes no paciente, como tecido adiposo, líquor cefalorraquiano (LCR) e músculo.
Um tecido tem um sinal intenso caso tenha um grande componente transverso de magnetização. A amplitude do sinal recebido pela bobina é grande quando há um grande com​ponente de magnetização transversa, ocasionando um sinal intenso na imagem. Um tecido envia um sinal de retorno fraco quando tem um componente transverso de magnetização de pequena magnitude. A amplitude do sinal recebido pela bobina é pequena quando há um pequeno componente de magnetização transversa, ocasionando uma área escura na ima​gem. Em geral, os dois extremos de contraste na IRM são tecido adiposo e água (Fig.).Tecido adiposo e água.
O tecido adiposo é composto de hidrogênio ligado a carbono e consiste de grandes molécu​las denominadas lípides. A água é hidrogênio ligado a oxigênio, que tende a roubar os elé​trons que ficam em torno do núcleo do hidrogênio. Isto o torna mais acessível aos efeitos do campo magnético principal. No tecido adiposo, o carbono não retira os elétrons em volta do núcleo do hidrogênio. Eles permanecem numa nuvem de elétrons, protegendo o núcleo dos efeitos do campo principal. Por esta razão, a freqüência de Larmor do hidrogênio na água é maior que a do hidrogênio no tecido adiposo. O hidrogênio no tecido adiposo se recupera mais rapidamente ao longo do eixo longitudinal que a água e perde magnetização transversa mais rápido que a água. Por isso, o tecido adiposo e a água aparecem de maneira diferente às imagens RM.
Mecanismos de contraste.
As imagens obtêm contraste principalmente pelos mecanismos de recuperação T1, declínio T2 e densidade de prótons ou de spin. A densidade de prótons de um tecido é o número de prótons por unidade de volume deste tecido.
Recuperação T1 no tecido adiposo.
A recuperação T1 ocorre devido à liberação de energia pelos núcleos ao ambiente circunvizinho. O lento balanço molecular no tecido adiposo possibilita que o processo de recuperação seja relativamente rápido. Isto significa que os momentos magnéticos dos nú​cleos lipídicos são capazes de relaxar e recuperar rapidamente sua magnetização longitudi​nal. O VME do tecido adiposo realinha-se rapidamente a B0 e o tempo T1 do tecido adiposo é portanto curto (Fig.).
Recuperação T1 na água.
 Como já sabemos, a recuperação T1 se dá em conseqüência da liberação pelos núcleos da energia que adquiriram do pulso de excitação RF ao retículo circundante. Na água, a mo​bilidade molecular é elevada, ocasionando uma recuperação T1 menos eficiente. Os mo​mentos magnéticos da água demoram mais para relaxar e recuperar a magnetização trans​versa. O VME da água demora mais a realinhar-se a B0 e por isso o tempo T1 da água é longo (Fig.).
Declínio T2 no tecido adiposo.
O declínio T2 ocorre em conseqüência da interação dos campos magnéticos dos núcleos entre si, trocando assim sua energia com seus vizinhos. Como a troca de energia é mais eficiente no hidrogênio no tecido adiposo, o tempo T2 é curto. O tempo T2 do tecido adi​poso é de aproximadamente 80 ms (Fig.).
Declínio T2 na água.
Como a troca de energia na água é menos eficiente que no tecido adiposo, o tempo T2 do hidrogênio na água é longo. O tempo T2 da água é de aproximadamente 200 ms (Fig.).
Contraste T1
Como o tempo TI do tecido adiposo é mais curto que o da água, o vetor do tecido adiposo realinha-se a B0 mais rápido que aquele da água. O componente longitudinal de magnetização do tecido adiposo é portanto maior que o da água. Após um dado TR, aplica-se o pulso de excitação RF subseqüente. O pulso de excitação RF faz os componentes longitudinais de magnetização tanto do tecido adiposo como da água passarem para o plano transverso (su​pondo-se que seja aplicado um pulso de 90°), como na (Fig.).
Por ser maior a magnetização longitudinal do tecido adiposo antes do pulso RF, a magne​tização transversa neste tecido após o pulso RF é maior. O tecido adiposo tem pois um sinal intenso e aparece vivamente às imagens com contraste T1. Como a magnetização longitu​dinal na água antes do pulso RF é menor, a magnetização transversa após o pulso RF vai ser menor. A água tem pois um sinal fraco e aparece escura às imagens com contraste T1. Es​sas imagens são designadas como imagens ponderadas em T1.
Contraste T2.
O tempo T2 do tecido adiposo é mais curto que o da água e o componente transverso de magnetização do tecido adiposo tem portanto um declínio mais rápido. É grande a magnitude da magnetização transversa na água. A água tem um sinal intenso e aparece vivamente às imagens com contraste T2. A magnitude da magnetização transversa do tecido adiposo é porém pequena. O tecido adiposo tem pois um sinal fraco e aparece escuro às imagens com contraste T2. Essas imagens são designadas como imagens ponderadas em T2.
Contraste por densidade de prótons.
O contraste por densidade de prótons designa as diferenças entre tecidos na intensidade do sinal que são decorrentes de seu número relativo de prótons por unidade de volume. Para produzir um contraste devido às diferenças entre os tecidos quanto à densidade de prótons, o componente transverso de magnetização deve refletir essas diferenças. Tecidos com uma elevada densidade de prótons (p. ex., tecido cerebral) têm um grande componente transverso de magnetização (e portanto um sinal intenso) e aparecem vivamente às imagens com contraste por densidade de prótons. Tecidos com baixa densidade de prótons (osso cortical, por exemplo) têm um pequeno componente transverso de magnetização (e portan​to um sinal fraco) e aparecem escuros às imagens com contraste por densidade de prótons. O contraste por densidade de prótons está sempre presente e depende do paciente e da área que está sendo examinada. Este é o contraste básico da IRM.
O tecido adiposo tem tempos T1 e T2 curtos.
A água tem tempos T1 e T2 longos.
Para produzir um sinal intenso, tem de haver um grande componente de magnetização no plano transverso para induzir um sinal intenso na bobina.
Para produzir um sinal fraco, tem de haver um pequeno componente de magnetização no plano transverso para induzir um sinal fraco na bobina.
As imagens ponderadas em T1 se caracterizam por tecido adiposo brilhante e água escura.
As imagens ponderadas em T2 se caracterizam por água brilhante e tecido adiposo escuro.
As imagens ponderadas por densidade de prótons se caracterizam por:
áreas com elevada densidade de prótons brilhantes,
áreas com baixa densidade de prótons escuras.
Ponderação.
Para demonstrar um contraste T1 por densidade de prótons ou T2 são selecionados valores específicos de TR e TE para uma dada seqüência de pulsos. A seleção do TR e TE apropri​ados pondera uma imagem, de modo que um mecanismo de contraste predomina em rela​ção aos outros dois.
Ponderação T1.
Uma imagem ponderada em TI é aquela em que o contraste depende predominante​mente das diferenças entre os tempos T1 do tecido adiposo e da água (e portanto tam​bém de todos os tecidos de sinal intermediário). Como o TR controla o grau em que cada vetor pode recuperar-se antes de ser excitado pelo pulso RF subseqüente, para obter-se uma ponderação T1 o TR tem de ser suficientemente curto para que nem o tecido adi​poso nem a água tenham tempo bastante para retornar integralmente a B0. Se o TR for demasiado longo, tanto o tecido adiposo como a água retornam a B0 e recuperam inte​gralmente sua magnetização longitudinal. Quando isso ocorre, o relaxamento T1 é com​pleto em ambos os tecidos e as diferenças em seus tempos T1 não são demonstradas na imagem.
O TR controla o grau de ponderação T1.
Para a ponderação TI o TR tem de ser curto.
Ponderação T2.
Uma imagem ponderada em T2 é aquela em que o contraste depende predominante​mente das diferenças entre os tempos T2 do tecido adiposo e da água (e portanto tam​bém de todos os tecidos com sinal intermediário). O TE controla o grau de declínio T2 que pode ocorrer antes que seja recebido um sinal. Para obter-se uma ponderação T2, o TE tem de ser suficientemente longo para dar tempo para o declínio tanto do tecido adiposo como da água. Se o TE for curto demais, nem o tecido adiposo nem a água têm tempo para o declínio e as diferenças em seus tempos T2 não são portanto demonstra​das na imagem.
O TE controla o grau de ponderação T2.
Para a ponderação T2 o TE tem de ser longo.
Ponderação por densidade de prótons.
Uma imagem por densidade de prótons é aquela em que a diferença no número de pró​tons por unidade de volume no paciente é o principal fator determinante da formação do contraste de imagens. A ponderaçãopor densidade de prótons está sempre presente em alguma escala. Para obter-se a ponderação por densidade de prótons tem-se de diminuir os efeitos dos contrastes T1 e T2 de modo que a ponderação por densidade de prótons possa dominar. Um TR longo possibilita a recuperação da magnetização longitudinal tan​to por parte do tecido adiposo como da água, diminuindo pois a ponderação T1. Um TE curto não dá ao tecido adiposo ou à água tempo para o declínio, diminuindo pois a pon​deração T2.
Em qualquer imagem, o contraste devido à densidade de prótons intrínseca e os mecanis​mos T1 e T2 ocorrem simultaneamente e contribuem para o contraste de imagens. Para ponderar-se uma imagem de tal modo que um processo predomine, tem-se de diminuir os outros processos.
•	Para a ponderação T1:
para exagerar-se T1	O TR é CURTO,
para diminuir-se T2	O TE é CURTO.
•	Para a ponderação T2:
para exagerar-se T2	O TE é LONGO,
para diminuir-se T1	O TR é LONGO.
•	Para a ponderação por densidade de prótons:
para diminuir-se T2	O TE é CURTO,
para diminuir-se T1	O TR é LONGO.
BOBINAS DE RADIOFREQUÊNCIA.
Introdução.
Vários processos têm de ser completados para produzirem-se imagens por ressonância magnética. Esses processos incluem alinhamento nuclear, excitação por radiofreqüência, codificação espacial e formação de imagens. Os equipamentos necessários para completar esses processos incluem:
um magneto,
uma fonte de radiofreqüência,
um processador de imagens.
um sistema de computadores.
O magneto alinha os núcleos em estados de baixa energia (paralelo) e alta energia (antiparalelo). Para manter a uniformidade magnética ou homogeneidade é necessário um sistema de reforço. Uma fonte de radiofreqüência (RF) perturba ou excita os núcleos. O sis​tema de RF necessita de um transmissor e um receptor. Os gradientes do campo magnético determinam a localização espacial dos sinais de RF. O sinal de RM é passado para um for​mato compreensível, de um DIL para um espectro, por meio de uma série de equações matemáticas denominadas transformados de Fourier. Este processo ocorre por meio do pro​cessador. O computador hospedeiro supervisiona o processo e possibilita um meio de inter​face do operador com o sistema (Fig. 9.1). Este capítulo discute comi maiores detalhes os aparelhos e instrumentos de ressonância magnética. Vamos porém descrever primeiro o magnetismo e as propriedades magnéticas em geral, pois isso ajuda a compreenderem-se os diferentes tipos de magneto.
Magnetismo.
Assim como a massa e a carga elétrica de uma substância específica, o magnetismo é uma propriedade fundamental da matéria. Todas as substâncias possuem alguma forma de mag​netismo. O grau de magnetismo apresentado por qualquer substância em particular depen​de da suscetibilidade magnética dos átomos que a constituem. A suscetibilidade magnética de uma substância é a capacidade dos campos magnéticos externos de afetarem o núcleo de um átomo específico e está relacionada à configuração dos elétrons deste átomo. O núcleo de um átomo que está circundado por elétrons pareados ou por uma nuvem de elétrons, por exemplo, está mais protegido do campo magnético externo e não é afetado pelo mesmo. O núcleo de um átomo com elétrons não pareados, porém, está mais exposto aos efeitos do campo magnético. Dependendo da natureza de sua resposta a um campo magnético, a subs​tância pode ser classificada como paramagnética, diamagnética ou ferromagnética.
Paramagnetismo.
Em conseqüência dos elétrons não pareados no átomo, as substâncias paramagnéticas in​duzem um pequeno campo magnético em torno de si mesmas, designado como momento magnético. Na ausência de um campo magnético externo, esses momentos magnéticos ocorrem num padrão ao acaso e, portanto cancelam-se mutuamente. Na presença de um campo magnético externo, porém, as substâncias paramagnéticas alinham-se na direção do campo e assim os momentos magnéticos se somam. As substâncias paramagnéticas afetam pois os campos magnéticos externos de maneira positiva, por atração ao campo oca​sionando um aumento local no campo magnético. Um exemplo de uma substância paramagnética é o oxigênio. Outra são os quelatos de gadolínio usados como meios de contraste à RM.
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Diamagnetismo.
Na ausência de um campo magnético externo, as substâncias diamagnéticas, como prata e cobre não apresentam nenhum momento magnético efetivo. Isto se deve ao fato de que o somatório das correntes de elétrons causadas por seu movimento equivale a zero. Ao ser aplicado um campo magnético externo, porém, as substâncias diamagnéticas apresentam um pequeno momento magnético, que se opõe ao campo aplicado. As substâncias desse tipo não são portanto atraídas pelo campo magnético e sim repelidas por ele. Em conse​qüência disso, as substâncias diamagnéticas têm suscetibilidade magnética negativa e evidenciam uma pequena diminuição da potência do campo magnético na amostra. Os exemplos de substâncias diamagnéticas incluem os gases inertes, cobre, cloreto de sódio e o enxofre.
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Efeitos diamagnéticos aparecem em todas as substâncias. Em materiais que possuem tan​to propriedades diamagnéticas como paramagnéticas, porém, o efeito paramagnético posi​tivo é maior que o efeito diamagnético negativo e por isso a substância aparece paramagnética. O magnetismo aparente de um átomo pode ser mostrado pela equação a seguir:
B = H0 (l + x)
onde B é o campo magnético e H0 a intensidade magnética.
Uma substância é diamagnética quando x < 0. Uma substância é paramagnética quando x> 0.
Ferromagnetismo: As substâncias ferromagnéticas diferem muito das diamagnéticas e paramagnéticas. Quan​do uma substância ferromagnética. como o ferro, entra em contato com um campo magné​tico as conseqüências são uma forte atração e alinhamento. Os objetos constituídos de subs​tâncias deste tipo podem tornar-se projéteis perigosos quando trazidos inadvertidamente próximo a um campo magnético forte. Eles conservam seu magnetismo mesmo após remo​ver-se o campo magnético externo. As substâncias ferromagnéticas, portanto, permanecem magnéticas, ficam magnetizadas permanentemente e acabam por tornar-se magnetos per​manentes. O campo magnético nos magnetos permanentes pode ser centenas ou até mi​lhares de vezes mais forte que o campo magnético externo aplicado.
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Os magnetos permanentes são bipolares por ter dois pólos, norte e sul. O campo magné​tico exercido por um magneto permanente produz linhas de campo magnético ou linhas de força originando-se do pólo magnético sul para o pólo norte do magneto. O campo magné​tico da Terra também ilustra este fenômeno, que pode ser demonstrado com o uso de uma bússola. A agulha magnética da bússola alinha-se às linhas de força da Terra e aponta para o pólo norte. Se o magneto em barra for então torcido na metade, produzindo um magneto em ferradura, as linhas de força ainda se dirigem do pólo sul para o pólo norte do magneto.
A potência do campo magnético, expressa pela notação (B), (ou, no caso de mais de um campo, o campo primário (B0) e o campo secundário (B^), pode ser medida em uma de três unidades; gauss (G), kilogauss (kG) e tesla (T). Gauss é uma medida de campos magnéticos de baixa potência. A potência do campo magnético da Terra, por exemplo, é de aproximada​mente 0,6 G. Tesla, -por outro lado, é a unidade usada para medirem-se campos magnéticos de potência mais alta. As três unidades de medida podem ser comparadas com o uso da equação:
l T = 10 (kG) = 10.000 G
Muitos sistemas RM operam de um nível mínimo de 0,3 T até um máximo de 2 T. Sistemas com um campo magnético de potência mais alta são usados para fins de pesquisa. Entretan​to, a potência do campo magnético não é perfeitamente igual em todo o campo. A unifor​midade no campo magnético é denominada homogeneidade. A não-homogeneidade num campo magnético específico é expressa numa unidade arbitrária designada como partes por milhão (ppm). Uma não-homogeneidade de ppm num magneto de l T produzuma variação na potência do campo de 10.000,00 para 10.000,01 G.
As bobinas de RF são utilizadas para excitar os spins e/ou captar os sinais de ressonância. Essas bobinas precisam produzir um campo de RF homogêneo e bem delimitado, através da região de interesse. Bobinas avulsas podem ser usadas para excitação e captação dos sinais ou para ambas as funções. Em qualquer caso existe uma alta sensibilidade. Essas bobinas necessitam estar sintonizadas e casadas com a freqüência do núcleo de interesse.
Quando um paciente ou objeto de estudo é introduzido numa bobina de RF, uma carga é adicionada à bobina. Nos tradicionais campos de RM (0,5T e 1,5T), o ruído introduzido pelo paciente se sobrepõe ao ruído inerente do sistema de RF.
As bobinas de RF flexíveis circulares e de superfície permitem uma maior liberdade de posicionamento e maior conforto para a realização do exame. Existem outros tipos de bobinas que recebem e emitem sinais chamados de quadratura. É um desenvolvimento que melhora a relação S/N e diminui a potência de RF transmitida ao paciente. Atualmente existem novas bobinas que são conhecidas por sinergia, estas são compostas por um conjunto de pequenas bobinas de quadratura que atuam simultaneamente, aumentando a relação S/N e o campo de visão (FOV).
As bobinas podem ser divididas em quatro grandes grupos:
As de superfície, que são bobinas que só recebem radiofreqüência, são subdivididas em dois subgrupos: a lineares flexíveis, conhecidas como R1 e E1; e as lineares rígidas, conhecidas como T-L Spine, Anterior Neck e Sinergias (contêm multicanais para realizar os exames) e depois as circulares flexíveis, também conhecidas como C1, C2, C3 e C4.
Um outro grupo é o das quadraturas, que recebem e emitem RF e são utilizadas para se obter sinal por toda a volta do órgão em questão: são as Head CoiL Neck Quad, Body Coil e Knee.
Existem também as de Phase Array ou arranjo de fase, que permitem simular uma de quadratura. São elas: Torso e Body Upper Around.
E por fim a Endocavitária, utilizada para pequenas regiões e que só recebe aF. É utilizada para exames de próstata. Para prolongamento ou extensão, utilizamos fitros: e para marcar posição ou localização de estruturas, colocamos marcadores.
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CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR.
PROFESSOR: RICARDO SOUZA.
CUIDADOS E SEGURANÇA DO PACIENTE.
Introdução
 Qualquer movimento do paciente, devido a temor ou des​conforto, tende a degradar a imagem, independentemente de suas características de RSR (Relação Sinal Ruído) e resolução. Quando o paciente entra em um centro de RM, a equipe da unidade passa a ser responsável por ele. Essa responsabilidade inclui a segurança magnética e da condição clínica do paciente, e a garantia de um ambiente relaxante e com um funcionamento tranqüilo. É importante que toda a equipe, inclusive radiologistas, radiografistas, tecnólogos, enfermagem e pessoal administrativo de apoio, tenham ciência de seu papel no oferecimento de uma atenção ideal ao paci​ente.
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Segurança do paciente.
 O principal aspecto da segurança do paciente em qualquer centro de RM é a segu​rança magnética. É fundamental que todo paciente, parente ou outro membro da equipe médica e não-médica não entre em contato com o campo magnético até ter sido adequadamente rastreado. Barreiras físicas, como portas e grandes sinais de alerta, são meios comumente usados com esse intuito. A equipe administrativa (que, em geral, fica sediada na entrada da unidade) deve ter ciência das pessoas presentes na instituição e de sua situação em relação ao rastreamento para segurança magné​tica. O rastreamento minucioso de qualquer paciente e de todos os que entrem em contato com o campo é de crucial importância. O fato de não realizá-lo pode provo​car danos, que incluem o óbito. Todos os centros devem dispor de um protocolo adequado de rastreamento, incluindo a verificação dos seguintes itens:
Marca-passos
Clipes de aneurisma
Corpos estranhos intra-oculares
Dispositivos ou próteses metálicas
Implantes cocleares
Possibilidade de uma gravidez em fase inicial
Retirada de todas as jóias, cartões de crédito, dinheiro, relógios etc.
 A maioria das instituições dispõe de um formulário de rastreamento, que paci​entes, parentes e outros devem preencher antes de entrar no campo magnético. Isso visa a assegurar que todas as perguntas importantes foram realizadas, e do​cumenta a realização do rastreamento, sendo muito importante no caso da posterior ocorrência de um acidente. Qualquer item adicional, como jóias ou talas, que não possa ser retirado, deve ser minuciosamente verificado quanto a sua segurança antes de paciente e parentes poderem ingressar no campo magnético. Pode ser necessário, inclusive, isolá-lo, colocando crepom entre ele e a pele do paciente. Se o paciente ou parente for portador de próteses ou implantes incomuns, como uma válvula cardíaca, é preciso definir sua segurança magnética antes de seu ingresso no recinto.
 A segurança de clipes de aneurismas intracranianos é controvertida e motivo de debate há alguns anos. Clipes ferromagnéticos não devem ser escaneados. Até recentemente, considerava-se seguro escanear clipes não-ferromagnéticos. Entre​tanto, estudos demonstraram que alguns deles podem ser deslocados por campos magnéticos. Os motivos para tanto não foram totalmente esclarecidos, mas é pos​sível que estejam ligados às técnicas de "autoclavagem" ou à exposição repetida a campos magnéticos. As últimas diretrizes estabelecem que todos os clipes devem ser testados quanto à segurança magnética antes de ser introduzidos no campo. Se isso não for possível, clipes de aneurismas não-ferromagnéticos devem ser conside​rados contra-indicados em RM.
 Em geral, é aconselhável pedir ao paciente que vista um avental, medida que evita que itens ferromagnéticos dentro de bolsos inadvertidamente entrem no campo magnético. O procedimento de rastreamento magnético costuma ser realizado pela equipe administrativa, de enfermagem ou da radiologia. Entretanto, é importante lembrar que, independentemente de quem rastreie o paciente, a responsabilidade, em última instância, recai sobre quem conduz o paciente até o campo. Também é necessário ter em mente que, em algumas unidades sem proteção, o campo magné​tico pode se estender para além dos limites da sala de exames.
 Existem muitos outros aspectos relacionados à segurança do paciente dentro da unidade. Deve-se ter cuidado ao transferir pacientes em maças ou para a sala de exames. Isso vale especialmente quando o paciente apresentar incapacidade física, trauma ou dor. Pisos antiderrapantes e maças de transporte com alturas reguláveis e freio não só garantem que o paciente será transportado em segurança, como pre​vinem lesões na equipe da unidade. Além disso, qualquer equipamento que entre em contato com o paciente durante o exame deve ser cuidadosa e regularmente verificado. Entre esses incluímos cabos de gating, equipamento de monitorização e outros dispositivos, como os retentores da bobina.
 A segurança das bobinas e dos cabos também é importante, pois não é raro seu aqueci​mento durante o exame. Assegura-se de que o isolamento entre as bobinas e seus cabos, e a pele do paciente é adequado. Pequenos acolchoamentos de espuma, folhas de papel ou o avental do paciente em geral são suficientes. Além disso, se o paci​ente for portador de alguma prótese metálica, pode sentir algum grau de descon​forto ou aquecimento durante o exame. É importante alertá-lo sobre essa possível ocorrência e fornecer a eleuma campainha de alarme para chamar durante o exame, se surgir algum problema. O intenso ruído de gradiente também tem im​plicações na segurança, principalmente se o paciente tiver uma audição muito sensível. Portanto, é essencial disponibilizar tampões de ouvido, para evitar déficits auditivos. Isso é especialmente necessário nos estudos ultra-rápidos, pois o ruído de gradiente associado a essas seqüências com freqüência ultrapassa os níveis recomen​dados.
 Finalmente, quando são usadas seqüências EPI, alguns pacientes descrevem sen​sações cutâneas discretas, abalos musculares e luzes piscantes nos olhos. Isso se deve à rápida mudança do campo magnético. Para reduzir a probabilidade de estimulação de nervos periféricos em seqüências EPI. a freqüência que codifica a direção deve ser de D para E para todas as seqüências EPI axiais de cérebro. Além disso, os pacientes podem ser orientados a colocar os braços ao lado do corpo e a não cruzar os pés com um tornozelo sobre o outro, para evitar a formação de uma alça que precipite uma indução excessiva de corrente. Vale a pena alertar o paciente de que essas sensações podem ocorrer quando são utilizadas seqüências rápidas. Também é necessário fornecer ao paciente uma campainha de alarme durante o exame, para ser usada se ocorrerem efeitos indesejáveis.
Aconselhamento do paciente.
 O bem-estar emocional de um paciente é tão importante quanto sua condição físi​ca. Muitos pacientes não só ficam ansiosos com o exame, mas também têm consci​ência de que o resultado deste pode afetar o tratamento subseqüente e/ou o prog​nóstico. Assegurar-se de que o paciente estará tranqüilo e relaxado durante o proce​dimento é responsabilidade de toda a equipe da unidade. O pessoal administrativo em geral é o primeiro a entrar em contato com o paciente e, portanto, é muito importante que seja acolhedor e compreensivo em relação às suas necessidades emocionais. Um ambiente agradável na recepção aumenta a confiança do pacien​te. Além disso, um serviço com um funcionamento eficiente, em que os pacientes são examinados no horário agendado, quase sempre o tranqüiliza. Se a programa​ção estiver atrasada, ou for encaixada alguma emergência, não se esqueça de veri​ficar se os pacientes foram informados das circunstâncias e do horário aproximado de seus exames.
 Pacientes bem informados em geral sentem-se melhor no exame do que os que têm medo do desconhecido. Enviar um folheto informativo por ocasião da marca​ção do exame é uma forma muito eficaz de preparar o paciente para a consulta na Unidade. Na chegada do paciente, é necessária uma explicação cuidadosa do pro​cedimento, que inclua posicionamento, ruído de gradiente, injeções de contraste e duração aproximada do exame. Se for necessário equipamento com derivações de gating ou dispositivos de compensação respiratória, a explicação é ampliada de forma a incluir os motivos para o uso dos acessórios e a forma como eles podem afetar o paciente. Qualquer solicitação especial em relação ao paciente, como prender a respiração, abrir a boca ou manter os olhos abertos, deve ser minuciosamente ex​plicada antes do exame. Se o paciente não compreender esses comandos, todo o exame pode ser inutilizado. Em geral, o ideal é que o radiólogo/tecnólogo dê essa explicação, pois isso não só estabelece uma relação com o paciente, mas também alerta o técnico em relação a ansiedades específicas.
 Quando o paciente é transferido para a sala de exames, a visão do magneto e o ambiente desconhecido comumente aumentam sua ansiedade. O tecnólogo deve estar preparado para repetir a explicação do procedimento, se necessário, e abor​dar quaisquer preocupações que o paciente possa ter. A claustrofobia é um proble​ma comum em exames de RM. A natureza coibidora do magneto e de equipamen​tos como a bobina de cabeça invariavelmente exageram qualquer tendência claustrofóbica de fundo nervoso. A seguir, estão listadas algumas dicas sobre como evitar a claustrofobia:
Se a bobina tiver um espelho, use-o e assegure-se de que ele está ajustado para o paciente conseguir enxergar o lado de fora do magneto.
 
Se possível, faça o exame com o paciente em decúbito dorsal, pois freqüente​mente isso significa que ele conseguirá enxergar do lado de fora do magneto. 
 Essa estratégia é benéfica, principalmente, nas imagens de pelve, abdome, tórax e regiões das extremidades superiores e inferiores, como fêmures e punhos. 
Retire o travesseiro do paciente, pois, com isso, aumenta a distância do rosto até a parte superior do centro do magneto.
 
Peça ao paciente para fechar os olhos ou colocar um pedaço de papel sobre o rosto. Alguns pacientes não gostam disso, mas outros ficam mais tranqüilos se abrem os olhos por acidente e não se deparam com o centro do magneto.
 
Use a luz e o ventilador do interior do magneto, que aumentam a luminosidade e a circulação de ar. Explique que o centro é aberto nas duas extremidades. 
Com freqüência, bastam essas poucas palavras para tranqüilizar o paciente. 
Informe o paciente de que ele pode sair do magneto a qualquer momento e de que não querer fazer o exame não é problema, para a instituição. Isso faz com que ele se sinta com mais controle da situação.
 
Estimule amigos ou familiares a acompanhar o paciente durante o exame.
 
Mantenha o paciente informado pelo sistema de intercomunicação sobre a dura​ção das seqüências e o progresso do exame.
Lembre-se de fornecer ao paciente uma campainha de alarme que ele possa apertar para alertar o radiólogo / tecnólogo durante o exame.
 
 Se essas medidas falharem, em geral é possível realizar um exame com sucesso após sedação.
Com o uso de um sistema de intercomunicação, o radiólogo / tecnólogo mantém o paciente informado sobre o andamento do exame e a duração de cada seqüência, e sobre a necessidade de ficar parado. É extremamente tranqüilizador para o paci​ente ouvir uma voz familiar e ser informado sobre o prosseguimento do exame. Trata-se, também, de uma oportunidade para verificar se o paciente está bem. Existem diversas situações clínicas que podem afetar a forma como o paciente é tratado na unidade.
 
 Exemplos disso são cegueira, surdez, epilepsia, falta de ar e incapacitação física ou mental. As técnicas de imagens têm de ser adaptadas de acordo com cada uma das situações descritas. Algumas bobinas são dotadas de espelhos, para permitir que o paciente veja o lado de fora do centro do magneto. Vale a pena lembrar que eles também conseguem observar a janela da sala de exames e a equipe técnica trabalhando. 
 Portanto, toda a equipe da unidade deve saber que o paciente pode estar observando todos os seus movimentos e ex​pressões faciais!
Imobilização do paciente.
 Uma imobilização cuidadosa do paciente é sempre necessária, para garantir um exame ideal. A imobilização é especialmente importante durante exames demora​dos, como aquisições de volume ou exames de ARM, ou quando a área investigada for muito pequena e exigir uma resolução espacial ideal. A chave para uma boa imobilização é posicionar corretamente o paciente e mantê-lo o mais confortável possível.
 
 A maioria das posições adotadas pelo paciente durante um exame de RM envolve posturas naturais e relaxadas, ou seja, decúbito dorsal com os braços ao lado do corpo. Entretanto, o exame da extremidade superior e da mama freqüentemente implica o posicionamento em decúbito ventral, com os braços acima da cabeça. 
 Além disso, algumas situações clínicas podem impedir o uso das posi​ções padrão. Dor intensa e falta de ar são motivos comuns para se modificar a posição do paciente. Entretanto, é importante lembrar que até as posições mais confortáveis tornam-se desconfortáveis se o paciente tiver de mantê-las por um tempo longo.
 Uma vez que o paciente tenha sido posicionado corretamente na mesa de exa​mes, e as bobinas tiverem sido posicionadas, é preciso que fique imóvel. Todos os fabricantes fornecem acolchoamentos

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