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Audiologia: Estudo da Audição e dos Sons

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AUDIOLOGIA
A Audiologia é considerada a área mais ampla dentro da Fonoaudiologia. É responsável pelo estudo da audição e dos sons. 
O Audiologista atua na recuperação de diversos distúrbios auditivos, proporcionando desde terapias até à adaptação de aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), os conhecidos aparelhos auditivos, para aqueles que perderam parcialmente a audição. Uma outra parte da área, reabilita pessoas com problemas relacionados à equilíbrio e zumbido. 
As áreas de atuação para os Audiologistas podem ser: Audiologia Clinica, Audiologia Educacional, Audiologia Industrial, Audiologia Infantil, Audiologia Neonatal.
O profissional de Audiologia pode atuar em: hospitais, empresas de aparelhos auditivos, consultórios, escolas, industrias, Centros de Reabilitação e Universidades.
HOSPITAIS:
Equipe multidisciplinar (otorrino, neurologistas, psicólogos, outros): todos os profissonais envolvidos trabalham juntos em prol de um mesmo paciente;
Diagnóstico audiológico (Ambulatório)
Triagem auditiva em berçários (teste da orelhinha)
Monitoramento audilógico em pacientes em UTI (uso de ototóxicos, ou cirurgias neurais).
EMPRESAS DE APARELHOS AUDITIVOS:
Processo de seleção e adaptação do AASI;
Treinamento de outros profissionais.
CONSULTÓRIOS:
diagnóstico audiológico em adultos e crianças;
seleção e adaptação de AASI;
parcerias com outros profissionais;
 reabilitação da audição e da fala.
ESCOLAS:
Triagem escolar;
 Assistência audiológica em crianças com PA em escolas de ouvintes (sistemas FM);
Orientação aos pais e professores.
INDÚSTRIAS:
Audiometria ocupacional;
 Programa de Conservação Auditiva;
Consultorias.
CENTROS DE REABILITAÇÃO:
 Realizando saúde auditiva.
UNIVERSIDADES:
pesquisa e ensino superior.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM AUDIOLOGIA:
Os equipamentos usados pelos profissionais da audiologia são: 
OTOSCÓPIO: é utilizado para realizar a meatoscopia nos pacientes. É um instrumento capaz de avaliar tanto a parte interna quanto a parte externa da orelha. Na fonoaudiologia, tem por função inspecionar o meato auditivo externo, para descobrir se a orelha em está apta para realizar o exame de Audiometria.
DIAPASÃO: os diapasões são “barras metálicas em formato de U que, quando vibradas executam movimentos de vaivém em direções opostas. A vibração destas hastes origina um tom puro. A partir da percepção do som pelo paciente podem-se ter informações sobre sua audição. Os diapasões emitem tons puros em várias frequências, mas os mais usados são os de: 128, 256, 512, 1024, 2048, 4046, 8192 Hz.
CABINA AUDIOMETRICA: é um instrumento auxiliar para a realização da audiometria tonal limiar e vocal. A cabina possibilita que se tenha um ambiente acusticamente tratado, sendo assim, consegue se obter um exame confiável, já que com a cabina é possível medir a menor resposta do paciente a um estimulo sonoro. Sua estrutura deve conter:
- na parede externa: material bem resistente, que gere reflexão sonora;
- miolo: material isolante acústico, com espessura mínima de 2cm;
- parede interna: revestimento com material isolante acústico;
- visor: com vidros duplos;
- porta: tipo frigorifico, sendo obrigatório possuir borracha.
- piso: suspenso e emborrachado.
AUDIÔMETRO: é o equipamento necessário para realização da avaliação auditiva, existem vários modelos e marcas, onde varia a qualidade e especificidade de acordo com a função do exame a ser realizado.
IMITÂNCIOMETRO: equipamento utilizado para realizar a imitanciometria, que tem por finalidade avaliar a orelha média.
AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA: Potencial Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE) é um exame eletrofisiológico que tem por objetivo avaliar a integridade funcional das vias auditivas nervosas, da orelha interna até o córtex cerebral. O exame é indolor, não é invasivo e pode ser realizado em crianças e adultos. Para realiza-lo são colocados fones para que o paciente receba os sons e pequenos eletrodos, que são responsáveis por registrar os impulsos elétricos gerados como reação aos estímulos sonoros recebidos. Para realizar tal exame, o paciente deve estar deitado e o mais relaxado possível, nas crianças realiza-se o exame durante o sono.
TESTE DA ORELHINHA – EOA: Emissões Otoacústicas, mais conhecido como teste da orelhinha são as respostas obtidas a partir de uma estimulação da cóclea. O exame é realizado com a colocação de uma pequena sonda no ouvido do paciente. Essa sonda é acoplada ao computador e são emitidos sons de fraca intensidade e as respostas que a orelha interna produz são analisadas.. É importante que a criança e ou o adulto fique o mais quieto e parado possível na hora da realização do exame.
ANAMNESE
	A anamnese é basicamente uma entrevista realizada com o paciente que permite que se tenha acesso à sua história audiológica. A anamnese deve ser realizada com todos os pacientes, independentemente da idade. Com crianças pequenas, adultos e idosos que apresentam problemas de compreensão ou expressão, é necessária a presença de um acompanhante. 
Após a identificação do paciente (nome, idade, data de nascimento, profissão, escolaridade), a primeira pergunta a ser feita ao paciente ou acompanhante é a respeito de sua queixa auditiva. A partir desta pergunta, podem ser selecionadas questões relacionadas à queixa principal. Muitas vezes o paciente não apresenta uma queixa específica de perda auditiva, mas isto não significa que os seus limiares auditivos estejam normais.
Dentre as perguntas a serem feitas ao paciente é importante questionar sobre:
Histórico audiológico (otalgia, cirurgias otológicas, zumbido, tontura);
Histórico de perda auditiva na família (considera-se parentes de primeiro grau que tem tido perda até os 50 anos);
Exames anteriores e resultado;
Uso de aparelhos de amplificação sonora individual (marca, modelo, uso uni ou bilateral, tempo de uso em anos e diário);
Doenças;
Uso de medicação;
Hospitalizações (motivo, tempo de internação).
Outro fator importante é que o fonoaudiólogo deve observar o comportamento auditivo do paciente, já durante a anamnese. Esta observação, aliada às respostas das perguntas permite que se elabore uma hipótese sobre a audição do paciente.
MEATOSCOPIA
A Meatoscopia é a avaliação do meato acústico externo. Essa avaliação é imprescindível para a realização da audiometria tonal limiar. Nela o Fonoaudiólogo deve observar se o paciente está apto para realizar o exame. Nesta avaliação observa-se a presença de corpos estranhos ou excesso de cera, que impeçam a visualização da membrana timpânica. Quando há um destes a avaliação não pode ser realizada, então o paciente deve ser encaminhado ao otorrinolaringologista para realizar uma limpeza otológica.
Para realizar a Meatoscopia é necessário o uso do otoscópio.
1º passo: deve-se observar o conduto auditivo do paciente, para que seja possível escolher o tamanho do espéculo, onde deve-se utilizar o maior tamanho que o ouvido do paciente possa acomodar. 
2º passo: examine o ouvido externo, sem usar o otoscópio, observe o ouvido externo do paciente e veja se há alguma vermelhidão, secreção ou inchaço. Manipule gentilmente e pergunte se o paciente sente alguma dor. Em casos de otite externa, geralmente há dor, inchaço, vermelhidão e secreções que podem ser observados antes mesmo de usar o instrumento.
3º passo: Insira o otoscópio lentamente no conduto auditivo, olhe o otoscópio e, em seguida, insira lentamente a ponta no conduto auditivo. 
4º passo: posicione o otoscópio no ângulo correto e movimente o otoscópio gentilmente em ângulos diferentes, isso permite a visão do tímpano e das paredes do canal.
Abaixo exemplos de meatoscopias, onde na figura da esquerda o paciente está apto para realizar o exame e na figura da direita não.
APTO NÃO APTO
ACUMETRIA
A Acumetria é a realização de testes auditivos usando diapasão.Os diapasões são barras metálicas em formato de U que, quando vibradas executam movimentos de vaivém em direções opostas. A vibração destas hastes origina um tom puro. A partir da percepção do som pelo paciente podem-se ter informações sobre sua audição. Os diapasões emitem tons puros em várias frequências, mas os mais usados são os de: 128, 256, 512, 1024, 2048, 4046, 8192 Hz.
Dentre os vários testes que podem ser realizados, os mais conhecidos e utilizados são os testes de Weber e Rinne. Foram criados em 1834 (Weber) e 1855 (Rinne), mas até os dias atuais são conhecidos e utilizados por sua praticidade e por permitirem que se tenha informações sobre a situação auditiva do paciente.
TESTE DE WEBER: permite a comparação das vias ósseas. Para realizar este teste o fonoaudiólogo deve vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou joelho) e colocar na linha média do crânio. Após isto, deve perguntar ao paciente se ele percebe o som igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em uma delas. Se o paciente perceber o som as mesma forma nas duas orelhas, isto quer dizer que sua audição é simétrica, ou seja, o paciente tem seus limiares auditivos normais em ambas as orelhas ou que ele apresenta perdas auditivas simétricas, com mesmo tipo e grau.
Quando o som é percebido mais forte em uma das orelhas, indica que existe assimetria entre os limiares auditivos, podendo indicar os seguintes casos:
perda auditiva condutiva unilateral – percepção do som no lado pior (afetado)
perda auditiva neurossensorial unilateral – percepção do som no lado melhor (não afetado)
perda auditiva condutiva bilateral assimétrica – percepção do som no lado com maior gap aéreo-ósseo
perda auditiva neurossensorial bilateral assimétrica – percepção do som no lado melhor
O resultado do Weber lateralizado deve ser marcado da seguinte forma: uma seta indicando o lado para o qual o paciente indicou ouvir mais forte.
TESTE DE RINNE: permite que se compare a percepção do som por via aérea e via óssea. Após a vibração do diapasão, apresenta-se alternadamente o som por via óssea e aérea, colocando-se o cabo na mastoide e depois próximo ao trágus. Pergunta-se ao paciente onde ele percebe o som mais forte. Deve se observar a posição do diapasão. A percepção do som mais forte por via aérea indica que não há presença de componente condutivo, ou seja, o paciente apresenta limiares auditivos normais ou perda auditiva neurossensorial, o resultado é Rinne positivo. Quando a percepção do som for mais forte por via óssea indica que existe componente condutivo, ou seja, perda auditiva condutiva ou neurossensorial, o resultado é Rinne negativo. Também pode ocorrer também a presença do falso Rinne negativo, quando o paciente apresenta perda auditiva severa ou profunda ou anacusia unilateral.
AUDIOMETRIA TONAL LIMIAR
Audiometria é o exame subjetivo que permite determinar os limiares auditivos dos indivíduos, avaliando a audição periférica (orelha externa, orelha média e orelha interna). Deve ser realizada em cabina acusticamente tratada. Além da cabina tratada acusticamente, o fonoaudiólogo deve possuir um audiômetro, onde estarão acoplados transdutores (fones), para a pesquisa de limiares tonais por via aérea e um vibrador ósseo, para a pesquisa de limiares tonais por via óssea.
Para realizar uma boa avaliação audiologia, deve-se utilizar uma bateria básica: anamnese, meatoscopia, acumetria, audiometria tonal limiar, audiometria vocal e imitânciometria.
PESQUISA DOS LIMIARES TONAIS POR VIA AÉREA
Equipamentos necessários: Audiometro, fones, cabina.
Os fones normalmente utilizados são os modelos TDH39:
Para a realização da audiometria tonal liminar o paciente deve estar sentado dentro da cabina. Ele deve ser orientado a levantar a mão ou apertar um botão a cada vez que ouvir um som (apito), mesmo que fraco. Se ouvir o som no lado direito deverá levantar a mão direita. Se ouvir do lado esquerdo, deverá levantar a mão esquerda.
Após ligar o equipamento e selecionar o tipo de estímulo, o mais usado é o intermitente (~ ~ ), deve se respeitar a seguinte orientação : 
Pacientes com Zumbido: usa-se o Wearble (tom modulado). 
Pacientes sem Zumbido: usa-se o Pulsátil com tom intermitente. 
Geralmente se inicia o exame pela melhor orelha ou pela orelha direita na frequência de 1000 Hz e com intensidade de 30 db, utiliza- se o método descendente, ou seja, a intensidade é diminuída de 10 dB em 10dB até que não seja mais audível. Neste momento deve-se aumentar 10dB e diminuir-se de 5dB em 5dB, identificando-se a menor intensidade que o paciente é capaz de perceber e antes de passar para a outra orelha retestar. Após a determinação dos limiares auditivos deve-se avaliar as outras frequências, na seguinte ordem: 2000Hz, 3000Hz, 4000Hz, 6000Hz, 8000Hz, 1000Hz, 500Hz e 250Hz.
	Os limiares auditivos por via aérea permitem que se verifique se o paciente apresenta limiares auditivos normais ou perda auditiva e calcular o grau da perda.
IMPORTANTE LEMBRAR:
Colocação correta dos fones, por via aérea sendo o fone de cor azul na orelha esquerda e o fone de cor vermelha na orelha direita.
Apertar no botão certo para cada orelha sendo o de cor azul para a orelha esquerda e o de cor vermelha para orelha direita.
Verificar se os botões Tone Worble e Pulse estão ligados.
Limiar considerado normal: maior ou igual a 25 dB.
A marcação dos limiares auditivos deve ser feita em um gráfico, chamado de audiograma. Existe uma simbologia internacional que deve ser obedecida:
PESQUISA DOS LIMIARES TONAIS POR VIA OSSEA:
Equipamentos necessários: Audiômetro, vibrador ósseo e cabina acústica.
Para a pesquisa dos limiares tonais por via óssea é utilizado um vibrador ósseo acoplado a um arco, que deve ser posicionado na mastoide do paciente, cuidando para que o mesmo fique bem firme e não encoste no pavilhão auditivo ou em algum objeto.
São testadas as frequências de 1000Hz, 2000Hz, 3000Hz, 4000Hz e 500Hz. Assim como na via aérea, inicia-se pela melhor orelha ou a direita, na frequência de 1000Hz, com a intensidade igual ao limiar aéreo da frequência de 1000hz e sucessivamente nas outras frequências. Também se utiliza o método descendente, onde a intensidade é diminuída de 10 dB em 10dB até que não seja mais audível. Neste momento deve-se aumentar 10dB e diminuir-se de 5dB em 5dB, identificando-se a menor intensidade que o paciente é capaz de perceber. Os limiares da Via Óssea devem estar igual ou melhor (até 10dB) em relação a Via Aérea.
A comparação dos limiares auditivos por via aérea e via óssea permitem que seja definido o tipo de perda auditiva.
IMPORTANTE LEMBRAR:
Ligar a tecla bone e escolher a orelha correta, onde L é azul – orelha esquerda e R é vermelho – orelha direita; 
Verificar se os botões Tone Worble e Pulse estão ligados.
Limiar considerado normal: Até 15dB.
A marcação dos limiares auditivos deve ser feita em um gráfico, chamado de audiograma. Existe uma simbologia internacional que deve ser obedecida:
PERDAS AUDITIVAS TIPOS E GRAU
Ao comparar os limiares de Via Aérea e Via Óssea é possível determinar o tipo de grau da perda, para isto, soma-se a média das frequências de 500, 1000 e 2000Hz.
Perda Auditiva Condutiva: 
Sinais e sintomas: Pode haver história de infecção de ouvido com posterior presença de secreção, sensação de líquido no ouvido ou de perda auditiva, que piorou depois da gravidez, presença ou não de zumbido, houve melhor em ambientes ruidosos, resposta do paciente indeciso próximo aos limiares, não houve quando está mastigando. 
VA: Alterada
VO: Normal 
GAP: ≥ 15 d B 
Perda Auditiva Sensorioneural: 
Sinais e sintomas: Histórico de perda auditiva súbita ou progressiva por causa desconhecida ou de ter minada, pode haver zumbido ou vertigem, paciente tem dificuldade de entender a mensagem, mesmo quando está suficientemente alta para queescute, as respostas do paciente são precisas quando próximo do limiar, dificuldade de ouvir em ambientes ruidosos. 
VA: Alterada 
VO: Alterada 
GAP: ≤ 10 Db
Perda Auditiva Mista: 
Sinais e sintomas: geralmente o problema neurossensorial aparece depois de um problema condutivo crônico ou ao mesmo tempo, ou vice-versa, o reconhecimento de fala pode não estar comprometido (se maior condutivo). 
VA: Alterada 
VO: Alterada 
GAP: ≥ 15 d B
A partir disto consegue-se obter o laudo completo da perda auditiva que fica assim:
Perda auditiva SENSORIONEURAL / MISTA ou CONDUTIVA (Silman e Silverman, 1997) de grau: LEVE/ MODERADO/ MODERADAMENTE SEVERO / SEVERO ou PROFUNDO (Lloyd e Kaplan,1978), nas frequência de .... Hz na orelha D ou E ou bilateralmente.
TÉCNICAS DE AUDIOMETRIA VOCAL ou LOGOAUDIOMATRIA
A audiometria vocal permite analisar como o paciente está percebendo e reconhecendo os sons da fala. Os testes utilizados são: Limiar de Reconhecimento de Fala (LRF ou SRT) e o Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF) e Limiar de Detectabilidade da Fala (LDF ou SDT)
LIMIAR DE RECONHCECIMENTO DE FALA (LRF):
Tem por objetivo verificar o nível de intensidade onde o paciente compreende 50% da mensagem. 
Para realizar o exame, inicialmente deverá calcular a média dos limiares auditivos de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz e somar 40dB a esta média (esta será a intensidade que se deve iniciar o exame. 
É necessário ter em mãos a lista de palavras trissílabas, importante lembrar-se de colocar a lista em frente ao rosto, para que o paciente não consiga fazer leitura labial. Em seguida deve se ler uma palavra desta lista e orientar ao paciente que repita a palavra que ouviu. A cada acerto são diminuídos 5dB. Quando houver o primeiro erro, deve se aumentar 5dB e ler quatro palavras, o valor do LRF é obtido quando o paciente acertar 50% das palavras apresentadas.
O valor obtido na pesquisa do LRF deve ser compatível com a audiometria tonal liminar, ou seja, seu resultado deverá obrigatoriamente estar em concordância com a média dos limiares auditivos de Via Aérea (Média tritonal das frequências de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz), ou seja, igual no máximo 10dB pior que esta média.
Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF):
O IRF tem por objetivo verificar o percentual de reconhecimento de fala e também auxilia na avaliação das estruturas centrais da audição.
Assim como no IRF, para realizar o exame, inicialmente deverá calcular a média dos limiares auditivos de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz e somar 40dB a esta média (esta será a intensidade que se deve ser utilizada para realizar o exame. Esta intensidade permanece fixa até o final). 
 A seguir, deve se orientar ao paciente a repetir a as palavras que ouvir. Neste exame utiliza-se uma lista de palavras monossílabas, onde se faz a leitura de 25 palavras para cada orelha. 
A cada acerto do paciente são pontuados 4%. Assim, ao final das 25 palavras o paciente pode obter um índice de 100% de acertos. Se o número do acerto for inferior a 88% (quatro palavras ou mais repetida incorretamente), deve-se ler a lista 25 palavras dissílabas. 
Habilidade para o Reconhecimento de Fala. (Classificação Jerger, Speaks e Trammell, 1968): 
Limiar de Detectabilidade da Fala (LDF ou SDT)
Este teste é utilizado em casos onde não é possível realizar o LRF, ou em casos de perdas auditivas severas e profundas ou em casos em que o paciente não apresenta linguagem oral. Seu objetivo é investigar em que nível de intensidade o paciente apresenta resposta a detecção da voz.
Para realizar o exame deve se iniciar com intensidade de 20 a 30dB abaixo da média e falar o monossílabo - pápápá. Orienta-se ao paciente que levante a mão no momento em escutar a voz do examinador. Investiga-se aumentando de 5 em 5dB.
O seu resultado deverá estar igual a média dos limiares de Via Aérea ou então igual ao melhor limiar auditivo nas frequências de 500 a 4000Hz.
MASCARAMENTO
Mascaramento é o fenômeno em que o som deixa de ser percebido quando outro som é apresentado ao mesmo tempo com intensidade superior. Utilizamos o mascaramento para eliminar a participação da Orelha Não Testada na avaliação da Orelha Testada, ou seja, para verificar se o limiar de uma orelha é verídico e não possui ajuda de outra orelha.
A Orelha Não Testada pode ajudar a Orelha testada, mesmo que sem querer devido à capacidade do crânio de vibrar diante da estimulação do som, audição cruzada. 
Porém existe uma quantidade mínima de energia necessária para iniciar a vibração do crânio, que varia de acordo com a frequência. Então, a intensidade que atinge a cóclea da orelha não testada, é sempre inferior a intensidade apresentada pela via aérea da orelha testada.
Essa redução de energia se chama ATENUAÇÃO INTERAURAL. Com os valores de AI, é possível decidir qual será o mascaramento necessário.
 
MASCARAMENTO DE VIA AÉREA
Quando mascarar?
Quando os limiares da Via Óssea da orelha testada e da orelha não testada apresentarem valores iguais ou maiores que a Atenuação Interaural de determinada frequência.
Quando os limiares da Via Aérea da orelha testada e da Via Óssea da orelha não testada apresentarem valores iguais ou maiores que Atenuação Interaural de determinada frequência.
Após verificar se é preciso o uso de mascaramento, deve-se encontrar o Nível de Sensação e utilizar a formula abaixo para descobrir o mascaramento necessário:
NS + 10dB + LVONT= MASCARAMENTO
Para iniciar o exame deve- se colocar os fones no paciente, conforme faria de estivesse fazendo Via Aérea normal.
Na intensidade coloca-se o primeiro limiar de VA do paciente, a frequência que deseja mascarar e o resultado do mascaramento para esta frequência.
Assim como na VA normal, diminui-se a intensidade para descobrir o limiar do paciente, porém deve lembrar que ao diminuir a intensidade diminui também o mascaramento.
	
MASCARAMENTO DE VIA ÓSSEA
Quando mascarar?
Quando o limiar de VA e VO da orelha testada apresentarem GAP maior que 10 dB em determinada frequência.
Para determinar o mascaramento necessário utiliza-se a formula:
VOOT + AI – 5dB= MASCARAMENTO
Para iniciar o exame deve- se colocar o vibrador ósseo em uma orelha e o fone de VA na outra orelha (onde entrará o mascaramento).
Na intensidade coloca-se o primeiro limiar de VO do paciente, a frequência que deseja mascarar e o resultado do mascaramento para esta frequência.
Assim como na VO normal, diminui-se a intensidade para descobrir o limiar do paciente, porém deve lembrar que ao diminuir a intensidade diminui também o mascaramento.
MASCARAMENTO DE SRT:
Quando mascarar?
Quando o SRT da orelha testada ou a média dos tons puros da via óssea apresentarem a diferença igual ou maior que AI de 45dB.
Quando o SRT da orelha testada e uma só frequência da VO da orelha não testada apresentar a diferença igual ou maior que a AI de 45dB.
Para determinar o mascaramento necessário, deve-se fazer a média de frequências de 500, 1000 e 2000 Hz da OT e somar 10dB. Depois, a partir deste resultado subtrai-se 45 db. Com este resultado, observa-se o quanto o som chega na orelha não testada. Se tiver VO acima deste som é preciso mascarar.
Então deve ser selecionado o maior nível de sensação e aplicar na formula:
NS + 10dB + LVONT= MASCARAMENTO
	Depois inicia-se o IRF normalmente. É necessário ter em mãos a lista de palavras trissílabas, importante lembrar de colocar a lista em frente ao rosto, para que o paciente não consiga fazer leitura labial. Em seguida deve se ler uma palavra desta lista e orientar ao paciente que repita a palavra que ouviu. A cada acerto são diminuídos 5dB. Quando houver o primeiro erro, deve se aumentar 5dB e ler quatro palavras, o valor do LRF é obtido quando o paciente acertar 50% das palavras apresentadas.
 MASCARAMENTO DE IRF
Quando mascarar?
Quando o IRF da orelha testada ou a média de tons puros da VA ou da VO apresentarem diferença igual ou maior queAI de 45 dB;
Quando o IRF da orelha testada e uma só frquencia da VO da orelha não testada apresentarem diferença igual ou maior que AI de 45dB.
Para determinar o mascaramento necessário, deve-se fazer a média de frequências de 500, 1000 e 2000 Hz da OT. Somar + 40dB – 45dB. Com este resultado, observa-se o quanto o som chega na orelha não testada. Se tiver VO acima deste som é preciso mascarar.
Então deve ser selecionado o maior nível de sensação e aplicar na formula:
NS + 10dB + LVONT= MASCARAMENTO
	Depois inicia-se o IRF normalmente, deve se orientar ao paciente a repetir a as palavras que ouvir. Neste exame utiliza-se uma lista de palavras monossílabas, onde se faz a leitura de 25 palavras para cada orelha. 
A cada acerto do paciente são pontuados 4%. Assim, ao final das 25 palavras o paciente pode obter um índice de 100% de acertos. Se o número do acerto for inferior a 88% (quatro palavras ou mais repetida incorretamente), deve-se ler a lista 25 palavras dissílabas. 
IMITANCIOMETRIA:
É uma forma de medida objetiva de avaliar a integridade e função dos mecanismos periféricos da audição. 
A técnica baseia-se no principio de que o nível de pressão sonora (NPS) é uma função de volume da cavidade fechada. 
 Um sinal de intensidade fixa introduzido em uma cavidade grande terá um nível de pressão sonora mais baixo, do que o sinal introduzido em uma cavidade pequena. 
A imitanciometria informa com certa precisão sobre a integridade funcional do conjunto tímpano-ossicular e permite a pesquisa objetiva do fenômeno de recrutamento. 
 O equipamento utilizado para realizar o exame é o imitanciômetro que possui em um dos fones uma sonda três orifícios no qual inclui 1 microfone que capta o som refletido, 1 plug que envia um som de 226 Hz a 90 dB NS, 1 manômetro que altera a pressão (mm H20) dentro do CAE.
Então, a Imitanciometria serve para saber como está a Orelha Média, seu resultado confirmará a audiometria. Estes testes cruzados com s VA.
Após realizar a Meatoscopia, coloca-se a pressão no ouvido e os gráficos no aparelho apresentam o resultado. 
TIMPANOMETRIA
A timpanometria é usada para diferenciar as patologias condutivas entre si e também permite inferir sobre o funcionamento da tuba auditiva.
CURVAS TIMPANOMÉTRICAS
Tipo A: é encontrada em orelha média com função normal ou individuo com otosclerose.
Complacência: 0,3 á 1,6 mL
Pressão: + 50 á -1 00 daPa 
Tipo As ou Ar: é encontrada em indivíduos portadores de otosclerose, tim panosclerose, membranas timpânicas engrossadas ou muito cicatrizadas. Complacência: inferior a 0,3 m L
Pressão: + 50 á -1 00 daPa 
Tipo Ad: é encontrada em indivíduos onde na orelha média ocorreu descontinuidade da cadeia ossicular. Pode significar membrana timpânica m uito flácida ou monomérica. 
Complacência: maior que 1,6 m L 
Pressão: + 50 á -1 00 daPa 
Tipo B: é encontrada em pacientes com otite média serosa e adesiva; mal formações congênitas do OM, perfurações de tímpano com canais totalmente oclusos por cerume ou com tubo de ventilação patente. 
Complacência: não apresentam o pico de máxima complacência em nenhuma pressão de ar.
Pressão: ausência de mobilidade, logo não há.
Tipo C: é encontrada em indivíduos portadores de mau funcionamento da tuba auditiva, e pode ser um precursor de otite media secretora. 
Complacência: 0,3 à 1,6 mL 
Pressão: além de -100 daP a

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