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Aula mamiferos 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA – EMEVZ 
MEDICINA VETERINÁRIA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS – MEV A05 
 
MAMÍFEROS 
 
 PRIMATE MARSUPIALIA XENARTHRA 
Apresentação: Mv. Ianei Carneiro 
Mestranda em Saúde Animal e Epidemiologia 
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos 
EMEVZ - UFBA 
 
MAMÍFEROS 
Ordem: Primate 
Cacajao melanocephalus (Uacarí preto). 
Arquivo pessoal 
INTRODUÇÃO 
Primatas do Novo Mundo 
Platyrrhini = narinas para os lados 
Primatas do Velho Mundo 
Catarrhini = narinas para baixo 
Fig. 1. Exemplar de Cebus sp. (macaco prego). 
Arquivo pessoal. 
Fig. 2. Idi Amin. Exemplar de 
Gorilla gorilla (gorila ocidental). 
Arquivo pessoal. 
 
Mamíferos placentários arborícolas (o que determinou a forma de movimentação e 
comportamento) 
 
Visão estereoscópica binocular (noção de distância e percepção de cores) 
 
Pouco dimorfismo sexual 
 
Vivem em grupos que podem variar de 2 a 30 indivíduos 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Características 
Fig. 3. Grupo de Alouatta 
guariba (bugio ruivo). Observe 
que a fêmea é mais escura. 
Arquivo pessoal. 
Fêmea dominante (poliândricas, poligâmicas e 
monogâmicas) 
 
Hábito alimentar insetívoro/ gumívoro (pequenos), 
onívoro (médios) e herbívoro (maior porte) 
 
Importantes dispersores de sementes 
INTRODUÇÃO 
Características 
As 133 espécies e subespécies de primatas neotropicais encontradas na fauna 
brasileira representam cerca de 21% do grupo existente no planeta. Desse total 
26 estão ameaçadas de extinção, o que representa cerca de um terço das 
espécies de primatas brasileiros (CHIARELLO et al, 2008). 
Fig. 4. Brachyteles hypoxanthus (muriqui-
do-norte). Endêmico da Mata Atlântica e 
um dos mais ameaçados. Arquivo pessoal 
IUCN 
Leontopithecus chrysopygus 
(mico-leão preto) 
Leontopithecus chrysomelas 
(mico-leão de cara dourada) 
Cebuella pygmaea 
(sagui leãozinho) 
Brachyteles hypoxanthus 
(muriqui do norte) 
Saguinus bicolor 
(soim-de-coleira) 
Saguinus imperator 
(sagui imperador) 
Callicebus moloch 
(guigó) 
Imagens: Arquivo pessoal 
CONTENÇÃO 
FÍSICA 
Puçá 
Luva raspa de couro 
Fig. 6. Callicebus nigrifrons (guigó) contido para 
manejo veterinário. Arquivo pessoal. 
Fig. 5. Puçá usado para 
contenção de primatas. 
Arquivo pessoal. 
+ 
CONTENÇÃO 
QUÍMICA 
Cetamina + Diazepam (procedimentos rápidos, com dor leve ou indolores) 
Cetamina + Midazolam 
Cetamina + Xilazina (anestésico) 
Tiletamina + Zolazepam (anestésico/ analgésico) 
Isofluorano 
 
Fig. 7. Mandrillus sphinx (mandril) sendo 
mantido com Isofluorano. Arquivo pessoal. 
Fig. 8. Callithrix penicillata (mico-estrela) 
anestesiado com cetamina mais midazolam. 
Arquivo pessoal. 
PATOLOGIA CLÍNICA 
VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA 
 
Safena lateral 
Cefálica 
Arterial femoral 
Jugular 
Periférico 
 
 
Fig.10. Colheita de sangue periférico (A) e pela 
veia safena lateral (B) em Cebus sp. Arquivo pessoal 
Fig.9. Punção do ramo da veia cefálica em Alouatta 
caraya fêmea. Arquivo pessoal. 
A 
B 
Observe o limite de 
volume colheitado para 
cada animal. 
PATOLOGIA CLÍNICA 
PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS
Referência: Santos, 1999
He 10⁶/mm³ Leuc 10³/mm³ VG % Hb g/dL VCM fL HCM pg CHCM g/dLBast % Segm % Eosin % Basof % Linf % Monoc %
Bugio (M) 3,72-4,90
7,2-14,7
30-44 10-13,9 72-102 25-31 27-36
0-1 51-80 0-5 0-1 13-42 0-3
Bugio (F) 3,47-4,57 32-41 9,0-12,4 81-98 23-29 27-32
Prego (M) 4,34-5,98
4,5-10,8
39-47 12,2-16,7 73-97 23-32 30-36
0-1 29-68 0-7 0-1 22-61 0-3
Prego (F) 3,47-5,33 35-45 11,2-15,7 83-116 26-38 27-37
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa viral 
 
Importante zoonose. Todos os símios são susceptíveis, especialmente o Callithrix. 
A vacina para humanos não protege outros primatas. Transmitida por inoculação 
direta (vacina viva) ou mordedura de animal infectado. 
Sinais: paralisia, hidrofobia, agressividade, hipotermia, automutiliação, vômito, 
morte súbita. 
 
Terapêutica: sem registro. 
RAIVA 
Deve-se isolar o animal, observa-lo e encaminha-lo para diagnóstico histopatológico 
em caso de morte (LACEN/ Fiocruz-BA). 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa viral 
HERPESVIROSE 
HERPES B (Herpesvirus simiae) 
 
Comum em PVM. Ocasiona morte em Callithrix jaccus e Cebus apella. Fatal para 
humanos. Não tem tratamento. Transmitido por contato sexual, brigas e fômites. Para 
humanos, é transmitido por arranhões, mordidas ou por tecidos contaminados. 
Sinal clínico 
 
Em humano: mielite, encefalite, náusea, dor na garganta e tosse 
 
Em não humano: assintomático, úlceras na língua, lábios e face, descarga nasal, 
conjuntivite 
Hospedeiros: espécies do gênero Macaca. Identificados em babuínos (Papio spp.) e 
chimpanzés (Pan troglodytes). 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa viral 
HERPESVIROSE 
HERPES T (Herpesvirus platyrrhinae) 
 
Sinais clínicos: anorexia, fraqueza, depressão, rinite, conjuntivite, espirros, 
congestão nasal, pneumonia, vesículas e úlceras oral e labial, inflamação no baço, 
necrose renal, edema de pálpebra, dermatite ulcerativa. 
 
Terapêutica: sintomática 
 
Profilaxia: não misturar espécies 
Deve ser considerado como zoonose/ antropozoonose 
Afeta naturalmente micos-de-cheiro (Saimiri sciureus – hospedeiro natural) e, 
provavelmente, macacos-prego (Cebus albifrons) e macacos-aranha (Ateles spp.). 
Fatal para macacos-da-noite (Aotus trivirgatus) e saguis (Saguinus spp.). Transmitido 
pela saliva e fezes, contato direto ou fômites. 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa viral 
HERPESVIROSE 
HERPES (Herpesvirus hominis tipo 1 – HSV 1; Herpesvirus hominis tipo 2 – HSV 2) 
 
O HSV 1 provoca elevada morbidade e mortalidade em PNH, exceto em Saimiri 
sciureus, Macaca mulatta e Papio cynocephalus. O HSV 2 provoca infecções 
genitais em adultos e generalizada em infantes. 
Humanos com vesículas não devem ter contato com os animais para evitar 
transmissão! 
Sinais clínicos: iguais ao Herpes T. Em Aotus descreveu-se ainda ataxia e 
incoordenação seguida de morte (2 a 7 dias após os sinais) 
 
Terapêutica: sem tratamento específico. Tentar Aciclovir® 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa bacteriana 
Doença Animal Transmissão Clínica/ Diagnóstico 
Leptospirose 
Catarrinos 
Platirrinos 
Urina contaminada Aborto, natimortalidade, icterícia, 
convulsão, sangramento em 
mucosas/ Cultura, PCR, sorologia. 
Tétano Feridas infectadas 
por esporos 
Rigidez muscular, espasmo, 
ataxia, miose, opistótono/ Clínica, 
histologia, isolamento. 
Tuberculose Via respiratória ou 
oral 
Assintomático ou sinais discretos. 
Emagrecimento, pelo seco, 
diarreia, tosse, apneia, fadiga, 
depressão, anorexia, 
hepatoesplenomegalia, 
prostração/ Tuberculinização, RX, 
cultivo, isolamento, PCR 
Fonte: CLÍNICA E TERAPÊUTICA EM PRIMATAS NEOTROPICAIS. Kindlovits 
Amostragem: 44 Callithrixs do CETAS de Salvador 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa bacteriana 
TERAPÊUTICA DE SUPORTE PARA SUSPEITA DE TÉTANO 
 
Relaxante muscular (Diazepam, 24/24hrs, IM) 
 
Fluidoterapia (NaCl 0,9% ou Ringer com Lactato) 
 
Curativos 
 
Anticonvulsivante 
 
Antibioticoterapia (Metronidazol/ Sulfa-trimetoprim/Metronidazol + Enrofloxacina) 
 
Alimentação forçada ( 3 X ao dia) 
 
1º: alimento calórico (papa de verduras, de frutas mais ovo cozido/ iogurte 
natural/ petit suisse, insetos) 
2º: frutas 
3º: frutas 
 
 
Manter o animal em local longe de luz, estresse visual e auditivo. 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa parasitária 
Doença Agente etiológico Primatas neotropicais Sinal clínico patológico 
Toxoplasmose 
Toxoplasma gondiiInfecção natural: 
todas as espécies são 
susceptíveis, Alouatta 
sp. e Lagothrix sp. são 
mais sensíveis e Ateles 
sp., mais resistentes 
Febre, diarreia, vômito, 
pneumonia, hepatite, 
necrose em qualquer 
órgão (fígado, baço, 
pulmões, intestinos, etc.) 
Leishmaniose 
Leishmania sp 
Relato de infecção natural 
por L. chagasi em primatas 
do novo mundo cativos em 
Belo Horizonte (MG) 
Linfadenomegalia e 
esplenomegalia, bem como 
acometimento hepático. 
Doença de chagas 
Trypanosoma sp 
Primatas do novo mundo Semelhante a doença de 
chagas em humano. Perda 
de peso, anorexia, anemia, 
desidratação, alteração do 
ritmo cardíaco, 
hepatoesplenomegalia. 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
TRAUMA 
Lesões ortopédicas por fratura 
 
Imobilização 
Sedação/ tranquilização 
Analgésico, antiinflamatórios (Meloxicam, Cetoprofeno ou Tramal) 
Antibióticos 
Fluidoterapia 
 
 
 
Fig. 11. A redução vai depender do 
tipo de fratura. Fonte: google imagens 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
TRAUMA 
 
Eletrochoque 
 
Relaxante muscular (Diazepam, IM) 
Corticosteroide (Dexametasona, 48/48) 
Cinarizina (dosagem empírica) 
Complexo B 
Fluidoterapia 
Alimentação forçada 
 
Fig. 12. Callithrix sp. atendido no 
Ambulatório de Silvestres e 
Exóticos – AASE/ UFBA com 
suspeita de eletrochoque. Antes 
do tratamento. Arquivo pessoal. 
Ver vídeo de 1 semana do 
tratamento: 3294 
Fig. 13. Callithrix sp. atendido no 
Ambulatório de Silvestres e Exóticos – 
AASE/ UFBA com suspeita de 
eletrochoque. Alimentação forçada. 
Arquivo pessoal. 
PNEUMONIA ASPIRATIVA 
 
Falsa via de alimentos líquidos, fluidos 
 
Terapêutica 
 
Oxigenioterapia 
 
Fluidificante (Acetilcisteína, xarope de Guaco, 
Nebulização com NaCl 0,9%) 
 
Antibioticoterapia (Amoxicilina, Enrofloxacina, etc., 
geralmente por 10 dias) 
 
Antiinflamatório (em média 4 dias) 
 
Manter hidratação e nutrição 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
Fig. 14. Oxigenioterapia de 
emergência em Callithrix jacchus 
atendido no Ambulatório de 
Silvestres e Exóticos – AASE/ 
UFBA. Pneumonia aspirativa. 
Arquivo pessoal. 
DESCONFORTO ABDOMINAL 
 
Antigases (Simeticona, Dimeticona) 
Adequação da alimentação 
Fluidoterapia 
Analgésico 
Aquecimento (over night) 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
Fig. 15. Aquecimento em Callithrix 
penicillata atendido no Ambulatório de 
Silvestres e Exóticos – AASE/ UFBA. 
Fonte: Paulo Bahiano. 
NEONATOS 
Temperatura 
 
32,2°C nos dias iniciais e diminuir até 26,7°C na 1° semana de vida. 
 
Alimentação 
 
Oferecer a cada 2hrs ou quando o filhote pedir. Diluir em 50% inicialmente. 
 
Leite de cabra 
Leite de vaca integral 
 
Manejo 
 
Mãe substituta de pelúcia 
 
Pouco contato humano 
 
Entre a 4° e a 6° semana o 
filhote inicia o desmame 
 
Estimular a micção e defecação com 
fricção de algodão úmido 
 
Encaminhá-lo ao Centro de Triagem 
 
 
Fig. 16. Filhote de Leontopithecus rosalia 
(mico-leão dourado) rejeitado pela mãe. Arquivo 
pessoal 
MAMÍFEROS 
Ordem: Didelphimorphia 
Marmosops sp. (Cuica). Arquivo pessoal. 
INTRODUÇÃO 
Google imagens 
Mesmo ancestral dos eutérios (placentários) 
 
Dos 260 mamíferos metatérios (marsupiais) existentes, 69 vivem nas Américas. 
(Malta e Luppi, 2006). 
MARSUPIAIS DA AMÉRICA DO SUL (Família Didelphidae e Caenolistidae) 
INTRODUÇÃO 
Características 
Placenta tipo saco vitelino não completa 
 
Presença de marsúpio (exceto nos gêneros 
Gracilinanos, Marmosa, Marmosops, Metachirus, 
Micoureus, Monodelphis, Thylamys) 
 
Os filhotes nascem em estágio imaturo 
 
A 
B 
A 
Fig. 17. Fêmea de Didelphis albiventris. 
Observar a presença do marsúpio. Arquivo 
pessoal. 
Fig. 18. Fêmea de Didelphis aurita. Observar a 
presença de filhotes no marsúpio (A) e como eles 
se prendem aos mamilos da mãe (B). Arquivo 
pessoal. 
INTRODUÇÃO 
Características 
Presença de cloaca (orifício comum para urogenital e digestório) 
 
Fêmea tem vagina e útero duplos 
 
Macho tem pênis bilobado 
Fig. 20. Observar a cloaca em Marmosops sp.. 
Animal fêmea (A) e macho (B). Arquivo pessoal. 
A 
B 
Fig. 19. Observar pênis bilobado de D. 
albiventris. Arquivo pessoal. 
INTRODUÇÃO 
Características 
Apresentam cauda preênsil, polegar opositor e garras 
 
São noturnos ou crepusculares 
 
Capacidade de escalar 
 
Têm mais dentes que os eutérios (entre 40 e 50) 
 
Menor taxa metabólica que os eutérios 
 
Hábito alimentar diversificado 
 
 
 
Fig. 21. Didelphis albiventris. Dedos 
especializados para a vida arborícola. 
Arquivo pessoal. 
CONTENÇÃO 
Puçá 
Luva raspa de couro 
FÍSICA 
Cetamina + Diazepam (40 mg/kg + 0,3 mg/kg) 
Cetamina + Xilazina (10-30 mg/kg + 2 mg/kg, IM) 
Tiletamina + Zolazepam (5-10 mg/kg, IM) 
Isofluorano a 5% 
 
QUÍMICA 
Fig. 22. Marmosops sp. atacando 
durante a contenção física. Arquivo 
pessoal. 
Fig. 23. Contenção física de D. albiventris. O 
ponto de maior firmeza deve ser na região 
da cabeça. Arquivo pessoal. 
PATOLOGIA CLÍNICA 
VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA 
 
Cefálica 
Arterial femural 
Jugular 
Periférico 
 
 
Observe o limite de 
volume colheitado para 
cada animal. 
Fig. 24. Colheita em veia 
arterial femoral em fêmea de 
Didelphis aurita. Arquivo pessoal. 
DOENÇAS COMUNS 
Os Didelphis são considerados sinantrópicos (ecologicamente associados aos humanos) 
 
Adaptação aos ambientes degradados 
 
Hospedeiro de diversas zoonoses 
Fig. 25. Jovem de D. albiventris em cativeiro. Arquivo pessoal. 
DOENÇAS COMUNS 
Fig. 26. Tripanossomatídeos observados em Didelphis 
de vida livre capturado em Salvador. Lâmina a fresco, 
100x. Arquivo pessoal. 
Os gambás são considerados 
importantes hospedeiros de 
Chagas e de Leishmanioses. 
Fig. 27. Marmosops sp. de vida livre sendo parasitado por larvas de mosca. Arquivo pessoal. 
A presença de organismos/ microrganismos nos animais não significa 
necessariamente doença 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
TRAUMA 
 
Ortopédico e oftálmico são os mais comuns devido à agressão humana. 
 
 
Anti inflamatórios (Flunixina meglumina – 0,1 a 1 mg/kg, IM, 12-24) 
 
Antibióticos (Enrofloxacina – 5 mg/kg, VO, SC, IM, q12h/ Ciprofloxacina – 10 mg/kg, VO, 
q12h) 
 
Dexametasona (0,5 mg/kg, SC, IM) 
 
Curativos 
 
 
 
 
 
 Os Didelphis podem desenvolver distúrbios de coagulação (Coagulação Intravascular 
Disseminada - CID) durante o manejo cirúrgico. 
NEONATOS 
Fig. 28. Filhotes de Didelphis aurita. 
Arquivo pessoal. 
Didelphis 
 
Desmame: 3-4 meses 
 
Alimentação: 
 
O leite deve ser rico em proteína, gordura e isento 
de lactose (Leite de cabra ou Nestogeno®) 
 
Após o desmame observar a dieta do animal 
(onívoro? Insetívoro?) 
 
Manejo: 
 
Mantê-los aquecidos e iluminados (12hr) 
Pode usar meias de algodão para simular o 
marsúpio. 
 
Estimular a micção e defecação com fricção de 
algodão úmido da cloaca 
 
Encaminhá-lo ao Centro de Triagem. 
MAMÍFEROS 
Superordem Xenarthra 
Ordem: Pilosa e Cingulata 
Mymercophaga tridactyla (Tamanduá-bandeira). Arquivo 
pessoal. 
INTRODUÇÃO 
Bradypodidae e 
Megalonychidae 
(preguiças) 
Myrmecophagidae 
(tamanduás) 
Dasypodidae 
(tatus) 
ORDEM PILOSA ORDEM CINGULATA 
F
A
M
Í
L
I
A 
F
A
M
Í
L
I
A 
SUPERORDEM XENARTHRA 
Foto: Camila Luba 
Tamandua tetradactyla Bradypus tridactylus Dasypus novemcinctus 
INTRODUÇÃO 
Características 
Presença de articulação adicional entre as vértebras lombares 
 Xenarthra = xenon (estranho) + arthros(articulação) 
 
Seis a nove vértebras cervicais 
 
Ducto comum para trato urinário e genital nas fêmeas 
 
Testículo interno 
SUPERORDEM XENARTHRA 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM PILOSA 
Myrmecophagidae 
(tamanduás) 
Densa cobertura de pelo no corpo 
Metabolismo e temperatura corporal baixa 
Olfato aguçado 
Bradypodidae e 
Megalonychidae 
(preguiças) 
Dentes molar e pré-molar simples, 
sem esmalte e com crescimento 
continuo 
 
Bradypodidae= preguiça-de-três-
dedos 
 
Megalonychidae= preguiça-de-dois-
dedos 
 
 
Desprovidos de dentes 
 
Focinho alongado e tubular, língua 
longa e extensível, ausência de dentes 
e saliva pegajosa comer cupim e 
insetos 
 
Visão e audição pouco 
desenvolvidos 
 
Cuidado parental intenso 
Fonte: google imagens Fonte: google imagens 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM PILOSA 
Família: Myrmecophagidae 
(tamanduás) 
Gênero: Myrmecophaga 
 
 
M. tridactyla (tamanduá-bandeira) 
 
 
Maior representante do gênero, tem 
hábito terrestre, garras longas nos 
membros dianteiros. Principais 
ameaças são redução de habitat, caça 
e atropelamento. Vulnerável a extinção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
temmaistudo.com Foto: Camila Luba 
http://www.itsnature.org 
Cyclopes didactylus 
Mymercophaga tridactyla Tamandua tetradactyla 
INTRODUÇÃO 
Características 
Fig. 29. O tamanduá usa a cauda para 
criar um microclima e manter a 
temperatura corpórea. Arquivo pessoal. 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM PILOSA 
Família: Myrmecophagidae 
(tamanduás) 
Gênero: Tamandua 
 
T. tetradactyla (tamanduá mirim ou tamanduá de 
colete) 
 
Tem cauda preênsil, atividade noturna, alimenta-se 
de cupins, formigas, mel e abelhas. Principais 
ameaças são redução de habitat, caça e 
atropelamento. Categoria de “menor preocupação” 
na IUCN. 
 PRINCIPAIS AMEÇAS 
 
 
Atropelamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
wagneroliveiragoias.blogspot.com 
http://www.novaimprensa.inf.br 
INTRODUÇÃO 
Características 
CONTENÇÃO 
ORDEM PILOSA 
Família: Myrmecophagidae 
(tamanduás) 
Fig. 30. Animal recebe o dardo com cetamina + 
xilazina (A). Após a indução deve-se imobilizar as 
garras (B). Arquivo pessoal. 
A 
B 
CONTENÇÃO 
T. tetradactyla (tamanduá mirim ou tamanduá de colete) em posição de ataque. 
Muito cuidado na contenção física. 
PATOLOGIA CLÍNICA 
VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA 
 
Cefálica 
Jugular 
Caudal 
 
 
 
Fig. 31. Colheita em veia cefálica de Mymercophaga 
tridactyla. Arquivo pessoal. 
 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM PILOSA 
Família: Bradypodidae e Megalonychidae 
(preguiças) 
 Corpo com massa muscular reduzida e cauda bastante curta 
 Membros posteriores curtos e os membros anteriores são longos providos de longas garras. 
 Animais capazes de girar o pescoço 270° 
 Animais silenciosos, dotados de uma má visão, porém possuem bons olfato e audição 
 Hábito de vida noturno 
 Animais arborícolas, lentas no solo e nadam bem 
 Folívoros (Bradypodidae) ou onívoros (Megalonichidae) de baixa taxa metabólica 
 Os machos possuem testículos internos e o trato urogenital desemboca numa pseudocloaca 
planetadobem.blogspot.com iwokrama.org 
flickr.com 
Bradypus tridactylus 
B. variegatus 
Chloepus didactylus 
B. torquatus 
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C. hoffmanni 
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INTRODUÇÃO 
Características 
 CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E 
FISIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES: 
 
 As preguiças-de-três-dedos (B. Tridactylus), quando ameaçadas, 
ficam paralisadas sendo facilmente contidas. 
 
CONTENÇÃO 
Fonte: google imagens 
 CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E 
FISIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES: 
 
As preguiças-de-dois-dedos (C. Didactylus) são ágeis e agressivas, 
suas mordidas podem causar sérias lesões. 
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CONTENÇÃO 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM CINGULATA 
Dasypodidae 
(tatus) 
Tolypeutes tricinctus 
Tatu-bola 
Chlamyphorus truncatus 
Tatu-fada-rosa 
Zaedyus pichiy 
Piqui 
Euphractus sexcintus 
Tatu-peba 
Cabassous tatouay 
Tatu-de-cauda-pelada-grande 
Priodontes maximus 
Tatu-gigante 
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Euphractus sexcintus 
Tatu-peba 
Cabassous tatouay 
Tatu-de-cauda-pelada-grande 
Priodontes maximus 
Tatu-gigante 
Tolypeutes tricinctus 
Tatu-bola 
Chlamyphorus truncatus 
Tatu-fada-rosa 
Zaedyus pichiy 
Piqui 
 O grupo mais primitivo dos xenartros 
 
 Possui neocórtex bastante pequeno, porém o cérebro olfativo é bem desenvolvido. 
 
 Não possuem incisivos e nem caninos, porém são encontrados sete a nove dentes na 
mandíbula ou mais de 40 no caso dos Priodontes 
 
 Todos são dotados de fortes garras, de três a cinco dedos nos membros anteriores e 
cinco nos posteriores. 
 
 Caracterizados por um corpo coberto de escudos e uma armadura óssea, constituída 
de cintas móveis com superfície córnea (16% de seu peso vivo). 
 
INTRODUÇÃO 
Características 
ORDEM CINGULATA 
Dasypodidae 
(tatus) 
INTRODUÇÃO 
Características 
 São animais diurno ou crepusculares ou noturnos – depende da espécie 
 
 Todos tatus cavam tocas com diferentes características, com exceção do gênero 
Tolypeutes sp.(Tatu-bola). 
 
 As espécies adaptadas à vida fossorial (Priodontes sp. e Cabassous sp.) possuem o 
metabolismo lento e a temperatura corporal baixa. 
 
 Insetívoros ou onívoros – algumas espécies ainda se alimentam de material em 
decomposição. 
ORDEM CINGULATA 
Dasypodidae 
(tatus) 
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Observe as garras em 
membros anterior e 
posterior de tatu-galinha. 
Arquivo pessoal. 
Priodontes maximus (Tatu-canastra) é o maior existente. Pode atingir até 80kg. 
Vulnerável a extinção. 
 Foto: Leonardo Maffei. 
Destruição e alteração do hábitat 
 
Caça – Tatu-bola é a espécie mais 
sensível 
INTRODUÇÃO 
Características 
Fonte: google imagens 
Exemplar de tatu-galinha. Arquivo pessoal 
SUPERORDEM XENARTHRA 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa 
Bactérias: 
 
Mycobacterium leprae – Pode causar Hanseníase ou lepra nos humanos 
 
Nocardia brasiliensis – Detectado em Dasypus novemcinctus (tatu-galinha). 
Causa doenças respiratórias em paciente humanos imunodeprimidos. 
 
Protozoário: 
 
Trypanossoma cruzi. – detectado em tatus, tamanduás e preguiças. 
 
Trypanossoma rangeli – detectado em preguiças 
 
Babesia Choloepi – detectado em preguiças 
 
SUPERORDEM XENARTHRA 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa parasitárias 
As endoparasitoses têm grande importância clínica no 
xenarthros 
 
Coccidiose, giardíase e amebíase merecem destaque. 
 
Cestódeos, trematódeos e nematódeos (Trichuris, 
Strongyloides, Ascaris e Schistosoma) 
 
Obs: Em casos clínicos graves, com pesada carga 
parasitária, deve-se entrar com o tratamento antiparasitário 
(febendazol, ivermectina, pirantel, praziquantel). 
 
SUPERORDEM XENARTHRA 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Infecciosa parasitárias 
ECTOPARASITOSES 
 
 Sarcoptes sp.(tatú e tamanduá) e Psoroptes sp. (tamanduá) – causam sarna 
semelhante aos sinais clínicos descritos em animais domésticos. 
 
 Amblyomma calcaratum (tamanduá), A. cajennense (tamanduá), A. hoffmanii 
(Preguiça-de-coleira) e A. varium (preguiças), 
 
 Malacopsylla, Ornithonyssus e Dasyponissus em tatus 
 
Estresse – predispõe os animais às infecções secundárias,principalmente às 
doenças oftálmicas em tamanduás-mirins 
 
Traumas – Atropelamento, predadores, arames, brigas e manipulações 
inadequadas 
 
Constipação – Ingestão de feno e areia 
 
Prolapso retal – em consequência à constipação. 
 
Crescimento dentário – Acarreta lesões na cavidade oral (falta de oferta de 
alimentos duros) 
 
Traumas de língua – grave por impedir o animal de se alimentar 
SUPERORDEM XENARTHRA 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
SUPERORDEM XENARTHRA 
DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA 
Não infecciosa 
Deficiência de Vit. K 
 
Sinais clínicos: hemorragia nos membros, focinho e ao redor dos olhos. 
 
A suplementação com vitamina K ou probiótico são utilizados como prevenção. 
 
 
Deficiência de taurina 
 
Sinais clínicos: intolerância ao exercício, ascite, cardiomegalia e dificuldade 
respiratória. 
 
A suplementação da dieta com taurina para os tamanduás com baixo níveis sanguíneos 
é indicada.

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