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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA – EMEVZ MEDICINA VETERINÁRIA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS – MEV A05 MAMÍFEROS PRIMATE MARSUPIALIA XENARTHRA Apresentação: Mv. Ianei Carneiro Mestranda em Saúde Animal e Epidemiologia Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos EMEVZ - UFBA MAMÍFEROS Ordem: Primate Cacajao melanocephalus (Uacarí preto). Arquivo pessoal INTRODUÇÃO Primatas do Novo Mundo Platyrrhini = narinas para os lados Primatas do Velho Mundo Catarrhini = narinas para baixo Fig. 1. Exemplar de Cebus sp. (macaco prego). Arquivo pessoal. Fig. 2. Idi Amin. Exemplar de Gorilla gorilla (gorila ocidental). Arquivo pessoal. Mamíferos placentários arborícolas (o que determinou a forma de movimentação e comportamento) Visão estereoscópica binocular (noção de distância e percepção de cores) Pouco dimorfismo sexual Vivem em grupos que podem variar de 2 a 30 indivíduos INTRODUÇÃO Características Fig. 3. Grupo de Alouatta guariba (bugio ruivo). Observe que a fêmea é mais escura. Arquivo pessoal. Fêmea dominante (poliândricas, poligâmicas e monogâmicas) Hábito alimentar insetívoro/ gumívoro (pequenos), onívoro (médios) e herbívoro (maior porte) Importantes dispersores de sementes INTRODUÇÃO Características As 133 espécies e subespécies de primatas neotropicais encontradas na fauna brasileira representam cerca de 21% do grupo existente no planeta. Desse total 26 estão ameaçadas de extinção, o que representa cerca de um terço das espécies de primatas brasileiros (CHIARELLO et al, 2008). Fig. 4. Brachyteles hypoxanthus (muriqui- do-norte). Endêmico da Mata Atlântica e um dos mais ameaçados. Arquivo pessoal IUCN Leontopithecus chrysopygus (mico-leão preto) Leontopithecus chrysomelas (mico-leão de cara dourada) Cebuella pygmaea (sagui leãozinho) Brachyteles hypoxanthus (muriqui do norte) Saguinus bicolor (soim-de-coleira) Saguinus imperator (sagui imperador) Callicebus moloch (guigó) Imagens: Arquivo pessoal CONTENÇÃO FÍSICA Puçá Luva raspa de couro Fig. 6. Callicebus nigrifrons (guigó) contido para manejo veterinário. Arquivo pessoal. Fig. 5. Puçá usado para contenção de primatas. Arquivo pessoal. + CONTENÇÃO QUÍMICA Cetamina + Diazepam (procedimentos rápidos, com dor leve ou indolores) Cetamina + Midazolam Cetamina + Xilazina (anestésico) Tiletamina + Zolazepam (anestésico/ analgésico) Isofluorano Fig. 7. Mandrillus sphinx (mandril) sendo mantido com Isofluorano. Arquivo pessoal. Fig. 8. Callithrix penicillata (mico-estrela) anestesiado com cetamina mais midazolam. Arquivo pessoal. PATOLOGIA CLÍNICA VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA Safena lateral Cefálica Arterial femoral Jugular Periférico Fig.10. Colheita de sangue periférico (A) e pela veia safena lateral (B) em Cebus sp. Arquivo pessoal Fig.9. Punção do ramo da veia cefálica em Alouatta caraya fêmea. Arquivo pessoal. A B Observe o limite de volume colheitado para cada animal. PATOLOGIA CLÍNICA PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS Referência: Santos, 1999 He 10⁶/mm³ Leuc 10³/mm³ VG % Hb g/dL VCM fL HCM pg CHCM g/dLBast % Segm % Eosin % Basof % Linf % Monoc % Bugio (M) 3,72-4,90 7,2-14,7 30-44 10-13,9 72-102 25-31 27-36 0-1 51-80 0-5 0-1 13-42 0-3 Bugio (F) 3,47-4,57 32-41 9,0-12,4 81-98 23-29 27-32 Prego (M) 4,34-5,98 4,5-10,8 39-47 12,2-16,7 73-97 23-32 30-36 0-1 29-68 0-7 0-1 22-61 0-3 Prego (F) 3,47-5,33 35-45 11,2-15,7 83-116 26-38 27-37 DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa viral Importante zoonose. Todos os símios são susceptíveis, especialmente o Callithrix. A vacina para humanos não protege outros primatas. Transmitida por inoculação direta (vacina viva) ou mordedura de animal infectado. Sinais: paralisia, hidrofobia, agressividade, hipotermia, automutiliação, vômito, morte súbita. Terapêutica: sem registro. RAIVA Deve-se isolar o animal, observa-lo e encaminha-lo para diagnóstico histopatológico em caso de morte (LACEN/ Fiocruz-BA). DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa viral HERPESVIROSE HERPES B (Herpesvirus simiae) Comum em PVM. Ocasiona morte em Callithrix jaccus e Cebus apella. Fatal para humanos. Não tem tratamento. Transmitido por contato sexual, brigas e fômites. Para humanos, é transmitido por arranhões, mordidas ou por tecidos contaminados. Sinal clínico Em humano: mielite, encefalite, náusea, dor na garganta e tosse Em não humano: assintomático, úlceras na língua, lábios e face, descarga nasal, conjuntivite Hospedeiros: espécies do gênero Macaca. Identificados em babuínos (Papio spp.) e chimpanzés (Pan troglodytes). DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa viral HERPESVIROSE HERPES T (Herpesvirus platyrrhinae) Sinais clínicos: anorexia, fraqueza, depressão, rinite, conjuntivite, espirros, congestão nasal, pneumonia, vesículas e úlceras oral e labial, inflamação no baço, necrose renal, edema de pálpebra, dermatite ulcerativa. Terapêutica: sintomática Profilaxia: não misturar espécies Deve ser considerado como zoonose/ antropozoonose Afeta naturalmente micos-de-cheiro (Saimiri sciureus – hospedeiro natural) e, provavelmente, macacos-prego (Cebus albifrons) e macacos-aranha (Ateles spp.). Fatal para macacos-da-noite (Aotus trivirgatus) e saguis (Saguinus spp.). Transmitido pela saliva e fezes, contato direto ou fômites. DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa viral HERPESVIROSE HERPES (Herpesvirus hominis tipo 1 – HSV 1; Herpesvirus hominis tipo 2 – HSV 2) O HSV 1 provoca elevada morbidade e mortalidade em PNH, exceto em Saimiri sciureus, Macaca mulatta e Papio cynocephalus. O HSV 2 provoca infecções genitais em adultos e generalizada em infantes. Humanos com vesículas não devem ter contato com os animais para evitar transmissão! Sinais clínicos: iguais ao Herpes T. Em Aotus descreveu-se ainda ataxia e incoordenação seguida de morte (2 a 7 dias após os sinais) Terapêutica: sem tratamento específico. Tentar Aciclovir® DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa bacteriana Doença Animal Transmissão Clínica/ Diagnóstico Leptospirose Catarrinos Platirrinos Urina contaminada Aborto, natimortalidade, icterícia, convulsão, sangramento em mucosas/ Cultura, PCR, sorologia. Tétano Feridas infectadas por esporos Rigidez muscular, espasmo, ataxia, miose, opistótono/ Clínica, histologia, isolamento. Tuberculose Via respiratória ou oral Assintomático ou sinais discretos. Emagrecimento, pelo seco, diarreia, tosse, apneia, fadiga, depressão, anorexia, hepatoesplenomegalia, prostração/ Tuberculinização, RX, cultivo, isolamento, PCR Fonte: CLÍNICA E TERAPÊUTICA EM PRIMATAS NEOTROPICAIS. Kindlovits Amostragem: 44 Callithrixs do CETAS de Salvador DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa bacteriana TERAPÊUTICA DE SUPORTE PARA SUSPEITA DE TÉTANO Relaxante muscular (Diazepam, 24/24hrs, IM) Fluidoterapia (NaCl 0,9% ou Ringer com Lactato) Curativos Anticonvulsivante Antibioticoterapia (Metronidazol/ Sulfa-trimetoprim/Metronidazol + Enrofloxacina) Alimentação forçada ( 3 X ao dia) 1º: alimento calórico (papa de verduras, de frutas mais ovo cozido/ iogurte natural/ petit suisse, insetos) 2º: frutas 3º: frutas Manter o animal em local longe de luz, estresse visual e auditivo. DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa parasitária Doença Agente etiológico Primatas neotropicais Sinal clínico patológico Toxoplasmose Toxoplasma gondiiInfecção natural: todas as espécies são susceptíveis, Alouatta sp. e Lagothrix sp. são mais sensíveis e Ateles sp., mais resistentes Febre, diarreia, vômito, pneumonia, hepatite, necrose em qualquer órgão (fígado, baço, pulmões, intestinos, etc.) Leishmaniose Leishmania sp Relato de infecção natural por L. chagasi em primatas do novo mundo cativos em Belo Horizonte (MG) Linfadenomegalia e esplenomegalia, bem como acometimento hepático. Doença de chagas Trypanosoma sp Primatas do novo mundo Semelhante a doença de chagas em humano. Perda de peso, anorexia, anemia, desidratação, alteração do ritmo cardíaco, hepatoesplenomegalia. DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa TRAUMA Lesões ortopédicas por fratura Imobilização Sedação/ tranquilização Analgésico, antiinflamatórios (Meloxicam, Cetoprofeno ou Tramal) Antibióticos Fluidoterapia Fig. 11. A redução vai depender do tipo de fratura. Fonte: google imagens DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa TRAUMA Eletrochoque Relaxante muscular (Diazepam, IM) Corticosteroide (Dexametasona, 48/48) Cinarizina (dosagem empírica) Complexo B Fluidoterapia Alimentação forçada Fig. 12. Callithrix sp. atendido no Ambulatório de Silvestres e Exóticos – AASE/ UFBA com suspeita de eletrochoque. Antes do tratamento. Arquivo pessoal. Ver vídeo de 1 semana do tratamento: 3294 Fig. 13. Callithrix sp. atendido no Ambulatório de Silvestres e Exóticos – AASE/ UFBA com suspeita de eletrochoque. Alimentação forçada. Arquivo pessoal. PNEUMONIA ASPIRATIVA Falsa via de alimentos líquidos, fluidos Terapêutica Oxigenioterapia Fluidificante (Acetilcisteína, xarope de Guaco, Nebulização com NaCl 0,9%) Antibioticoterapia (Amoxicilina, Enrofloxacina, etc., geralmente por 10 dias) Antiinflamatório (em média 4 dias) Manter hidratação e nutrição DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa Fig. 14. Oxigenioterapia de emergência em Callithrix jacchus atendido no Ambulatório de Silvestres e Exóticos – AASE/ UFBA. Pneumonia aspirativa. Arquivo pessoal. DESCONFORTO ABDOMINAL Antigases (Simeticona, Dimeticona) Adequação da alimentação Fluidoterapia Analgésico Aquecimento (over night) DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa Fig. 15. Aquecimento em Callithrix penicillata atendido no Ambulatório de Silvestres e Exóticos – AASE/ UFBA. Fonte: Paulo Bahiano. NEONATOS Temperatura 32,2°C nos dias iniciais e diminuir até 26,7°C na 1° semana de vida. Alimentação Oferecer a cada 2hrs ou quando o filhote pedir. Diluir em 50% inicialmente. Leite de cabra Leite de vaca integral Manejo Mãe substituta de pelúcia Pouco contato humano Entre a 4° e a 6° semana o filhote inicia o desmame Estimular a micção e defecação com fricção de algodão úmido Encaminhá-lo ao Centro de Triagem Fig. 16. Filhote de Leontopithecus rosalia (mico-leão dourado) rejeitado pela mãe. Arquivo pessoal MAMÍFEROS Ordem: Didelphimorphia Marmosops sp. (Cuica). Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Google imagens Mesmo ancestral dos eutérios (placentários) Dos 260 mamíferos metatérios (marsupiais) existentes, 69 vivem nas Américas. (Malta e Luppi, 2006). MARSUPIAIS DA AMÉRICA DO SUL (Família Didelphidae e Caenolistidae) INTRODUÇÃO Características Placenta tipo saco vitelino não completa Presença de marsúpio (exceto nos gêneros Gracilinanos, Marmosa, Marmosops, Metachirus, Micoureus, Monodelphis, Thylamys) Os filhotes nascem em estágio imaturo A B A Fig. 17. Fêmea de Didelphis albiventris. Observar a presença do marsúpio. Arquivo pessoal. Fig. 18. Fêmea de Didelphis aurita. Observar a presença de filhotes no marsúpio (A) e como eles se prendem aos mamilos da mãe (B). Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Características Presença de cloaca (orifício comum para urogenital e digestório) Fêmea tem vagina e útero duplos Macho tem pênis bilobado Fig. 20. Observar a cloaca em Marmosops sp.. Animal fêmea (A) e macho (B). Arquivo pessoal. A B Fig. 19. Observar pênis bilobado de D. albiventris. Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Características Apresentam cauda preênsil, polegar opositor e garras São noturnos ou crepusculares Capacidade de escalar Têm mais dentes que os eutérios (entre 40 e 50) Menor taxa metabólica que os eutérios Hábito alimentar diversificado Fig. 21. Didelphis albiventris. Dedos especializados para a vida arborícola. Arquivo pessoal. CONTENÇÃO Puçá Luva raspa de couro FÍSICA Cetamina + Diazepam (40 mg/kg + 0,3 mg/kg) Cetamina + Xilazina (10-30 mg/kg + 2 mg/kg, IM) Tiletamina + Zolazepam (5-10 mg/kg, IM) Isofluorano a 5% QUÍMICA Fig. 22. Marmosops sp. atacando durante a contenção física. Arquivo pessoal. Fig. 23. Contenção física de D. albiventris. O ponto de maior firmeza deve ser na região da cabeça. Arquivo pessoal. PATOLOGIA CLÍNICA VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA Cefálica Arterial femural Jugular Periférico Observe o limite de volume colheitado para cada animal. Fig. 24. Colheita em veia arterial femoral em fêmea de Didelphis aurita. Arquivo pessoal. DOENÇAS COMUNS Os Didelphis são considerados sinantrópicos (ecologicamente associados aos humanos) Adaptação aos ambientes degradados Hospedeiro de diversas zoonoses Fig. 25. Jovem de D. albiventris em cativeiro. Arquivo pessoal. DOENÇAS COMUNS Fig. 26. Tripanossomatídeos observados em Didelphis de vida livre capturado em Salvador. Lâmina a fresco, 100x. Arquivo pessoal. Os gambás são considerados importantes hospedeiros de Chagas e de Leishmanioses. Fig. 27. Marmosops sp. de vida livre sendo parasitado por larvas de mosca. Arquivo pessoal. A presença de organismos/ microrganismos nos animais não significa necessariamente doença DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa TRAUMA Ortopédico e oftálmico são os mais comuns devido à agressão humana. Anti inflamatórios (Flunixina meglumina – 0,1 a 1 mg/kg, IM, 12-24) Antibióticos (Enrofloxacina – 5 mg/kg, VO, SC, IM, q12h/ Ciprofloxacina – 10 mg/kg, VO, q12h) Dexametasona (0,5 mg/kg, SC, IM) Curativos Os Didelphis podem desenvolver distúrbios de coagulação (Coagulação Intravascular Disseminada - CID) durante o manejo cirúrgico. NEONATOS Fig. 28. Filhotes de Didelphis aurita. Arquivo pessoal. Didelphis Desmame: 3-4 meses Alimentação: O leite deve ser rico em proteína, gordura e isento de lactose (Leite de cabra ou Nestogeno®) Após o desmame observar a dieta do animal (onívoro? Insetívoro?) Manejo: Mantê-los aquecidos e iluminados (12hr) Pode usar meias de algodão para simular o marsúpio. Estimular a micção e defecação com fricção de algodão úmido da cloaca Encaminhá-lo ao Centro de Triagem. MAMÍFEROS Superordem Xenarthra Ordem: Pilosa e Cingulata Mymercophaga tridactyla (Tamanduá-bandeira). Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Bradypodidae e Megalonychidae (preguiças) Myrmecophagidae (tamanduás) Dasypodidae (tatus) ORDEM PILOSA ORDEM CINGULATA F A M Í L I A F A M Í L I A SUPERORDEM XENARTHRA Foto: Camila Luba Tamandua tetradactyla Bradypus tridactylus Dasypus novemcinctus INTRODUÇÃO Características Presença de articulação adicional entre as vértebras lombares Xenarthra = xenon (estranho) + arthros(articulação) Seis a nove vértebras cervicais Ducto comum para trato urinário e genital nas fêmeas Testículo interno SUPERORDEM XENARTHRA INTRODUÇÃO Características ORDEM PILOSA Myrmecophagidae (tamanduás) Densa cobertura de pelo no corpo Metabolismo e temperatura corporal baixa Olfato aguçado Bradypodidae e Megalonychidae (preguiças) Dentes molar e pré-molar simples, sem esmalte e com crescimento continuo Bradypodidae= preguiça-de-três- dedos Megalonychidae= preguiça-de-dois- dedos Desprovidos de dentes Focinho alongado e tubular, língua longa e extensível, ausência de dentes e saliva pegajosa comer cupim e insetos Visão e audição pouco desenvolvidos Cuidado parental intenso Fonte: google imagens Fonte: google imagens INTRODUÇÃO Características ORDEM PILOSA Família: Myrmecophagidae (tamanduás) Gênero: Myrmecophaga M. tridactyla (tamanduá-bandeira) Maior representante do gênero, tem hábito terrestre, garras longas nos membros dianteiros. Principais ameaças são redução de habitat, caça e atropelamento. Vulnerável a extinção temmaistudo.com Foto: Camila Luba http://www.itsnature.org Cyclopes didactylus Mymercophaga tridactyla Tamandua tetradactyla INTRODUÇÃO Características Fig. 29. O tamanduá usa a cauda para criar um microclima e manter a temperatura corpórea. Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Características ORDEM PILOSA Família: Myrmecophagidae (tamanduás) Gênero: Tamandua T. tetradactyla (tamanduá mirim ou tamanduá de colete) Tem cauda preênsil, atividade noturna, alimenta-se de cupins, formigas, mel e abelhas. Principais ameaças são redução de habitat, caça e atropelamento. Categoria de “menor preocupação” na IUCN. PRINCIPAIS AMEÇAS Atropelamentos wagneroliveiragoias.blogspot.com http://www.novaimprensa.inf.br INTRODUÇÃO Características CONTENÇÃO ORDEM PILOSA Família: Myrmecophagidae (tamanduás) Fig. 30. Animal recebe o dardo com cetamina + xilazina (A). Após a indução deve-se imobilizar as garras (B). Arquivo pessoal. A B CONTENÇÃO T. tetradactyla (tamanduá mirim ou tamanduá de colete) em posição de ataque. Muito cuidado na contenção física. PATOLOGIA CLÍNICA VIA DE COLHEITA SANGUÍNEA Cefálica Jugular Caudal Fig. 31. Colheita em veia cefálica de Mymercophaga tridactyla. Arquivo pessoal. INTRODUÇÃO Características ORDEM PILOSA Família: Bradypodidae e Megalonychidae (preguiças) Corpo com massa muscular reduzida e cauda bastante curta Membros posteriores curtos e os membros anteriores são longos providos de longas garras. Animais capazes de girar o pescoço 270° Animais silenciosos, dotados de uma má visão, porém possuem bons olfato e audição Hábito de vida noturno Animais arborícolas, lentas no solo e nadam bem Folívoros (Bradypodidae) ou onívoros (Megalonichidae) de baixa taxa metabólica Os machos possuem testículos internos e o trato urogenital desemboca numa pseudocloaca planetadobem.blogspot.com iwokrama.org flickr.com Bradypus tridactylus B. variegatus Chloepus didactylus B. torquatus incansaveis.blogspot.com C. hoffmanni cafe1000.com.br INTRODUÇÃO Características CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES: As preguiças-de-três-dedos (B. Tridactylus), quando ameaçadas, ficam paralisadas sendo facilmente contidas. CONTENÇÃO Fonte: google imagens CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES: As preguiças-de-dois-dedos (C. Didactylus) são ágeis e agressivas, suas mordidas podem causar sérias lesões. imaracaja.blogspot.com CONTENÇÃO INTRODUÇÃO Características ORDEM CINGULATA Dasypodidae (tatus) Tolypeutes tricinctus Tatu-bola Chlamyphorus truncatus Tatu-fada-rosa Zaedyus pichiy Piqui Euphractus sexcintus Tatu-peba Cabassous tatouay Tatu-de-cauda-pelada-grande Priodontes maximus Tatu-gigante http://animais.culturamix.com/curiosidades/tatu-peba Euphractus sexcintus Tatu-peba Cabassous tatouay Tatu-de-cauda-pelada-grande Priodontes maximus Tatu-gigante Tolypeutes tricinctus Tatu-bola Chlamyphorus truncatus Tatu-fada-rosa Zaedyus pichiy Piqui O grupo mais primitivo dos xenartros Possui neocórtex bastante pequeno, porém o cérebro olfativo é bem desenvolvido. Não possuem incisivos e nem caninos, porém são encontrados sete a nove dentes na mandíbula ou mais de 40 no caso dos Priodontes Todos são dotados de fortes garras, de três a cinco dedos nos membros anteriores e cinco nos posteriores. Caracterizados por um corpo coberto de escudos e uma armadura óssea, constituída de cintas móveis com superfície córnea (16% de seu peso vivo). INTRODUÇÃO Características ORDEM CINGULATA Dasypodidae (tatus) INTRODUÇÃO Características São animais diurno ou crepusculares ou noturnos – depende da espécie Todos tatus cavam tocas com diferentes características, com exceção do gênero Tolypeutes sp.(Tatu-bola). As espécies adaptadas à vida fossorial (Priodontes sp. e Cabassous sp.) possuem o metabolismo lento e a temperatura corporal baixa. Insetívoros ou onívoros – algumas espécies ainda se alimentam de material em decomposição. ORDEM CINGULATA Dasypodidae (tatus) F o n te : g o o g le i m a g e n s Observe as garras em membros anterior e posterior de tatu-galinha. Arquivo pessoal. Priodontes maximus (Tatu-canastra) é o maior existente. Pode atingir até 80kg. Vulnerável a extinção. Foto: Leonardo Maffei. Destruição e alteração do hábitat Caça – Tatu-bola é a espécie mais sensível INTRODUÇÃO Características Fonte: google imagens Exemplar de tatu-galinha. Arquivo pessoal SUPERORDEM XENARTHRA DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa Bactérias: Mycobacterium leprae – Pode causar Hanseníase ou lepra nos humanos Nocardia brasiliensis – Detectado em Dasypus novemcinctus (tatu-galinha). Causa doenças respiratórias em paciente humanos imunodeprimidos. Protozoário: Trypanossoma cruzi. – detectado em tatus, tamanduás e preguiças. Trypanossoma rangeli – detectado em preguiças Babesia Choloepi – detectado em preguiças SUPERORDEM XENARTHRA DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa parasitárias As endoparasitoses têm grande importância clínica no xenarthros Coccidiose, giardíase e amebíase merecem destaque. Cestódeos, trematódeos e nematódeos (Trichuris, Strongyloides, Ascaris e Schistosoma) Obs: Em casos clínicos graves, com pesada carga parasitária, deve-se entrar com o tratamento antiparasitário (febendazol, ivermectina, pirantel, praziquantel). SUPERORDEM XENARTHRA DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Infecciosa parasitárias ECTOPARASITOSES Sarcoptes sp.(tatú e tamanduá) e Psoroptes sp. (tamanduá) – causam sarna semelhante aos sinais clínicos descritos em animais domésticos. Amblyomma calcaratum (tamanduá), A. cajennense (tamanduá), A. hoffmanii (Preguiça-de-coleira) e A. varium (preguiças), Malacopsylla, Ornithonyssus e Dasyponissus em tatus Estresse – predispõe os animais às infecções secundárias,principalmente às doenças oftálmicas em tamanduás-mirins Traumas – Atropelamento, predadores, arames, brigas e manipulações inadequadas Constipação – Ingestão de feno e areia Prolapso retal – em consequência à constipação. Crescimento dentário – Acarreta lesões na cavidade oral (falta de oferta de alimentos duros) Traumas de língua – grave por impedir o animal de se alimentar SUPERORDEM XENARTHRA DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa SUPERORDEM XENARTHRA DOENÇAS COMUNS NA CLÍNICA Não infecciosa Deficiência de Vit. K Sinais clínicos: hemorragia nos membros, focinho e ao redor dos olhos. A suplementação com vitamina K ou probiótico são utilizados como prevenção. Deficiência de taurina Sinais clínicos: intolerância ao exercício, ascite, cardiomegalia e dificuldade respiratória. A suplementação da dieta com taurina para os tamanduás com baixo níveis sanguíneos é indicada.
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