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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO – PONTO 09

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO – PONTO 09
Imposto de renda. Regimes Jurídicos. Imposto de Renda pessoas jurídicas. Imposto de Renda pessoas físicas.
Atualizado/adaptado por Wilson Medeiros Pereira – outubro/2010
Atualizado por Jucelio Fleury Neto em agosto de 2012.
Competência. União.
Função. Predominantemente fiscal. Extrafiscal, também: redistribuição de riquezas.
Hipótese de incidência. Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda (produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos) ou proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais decorrentes de atividades que já cessaram).
A disponibilidade de que trata o art. 43 do CTN há de ser atual, e não futura. A disponibilidade econômica é, portanto, a possibilidade efetiva e atual de dispor da renda, representada por moeda ou por seu equivalente. E por disponibilidade jurídica há de se entender a possibilidade, decorrente de adequada instrumentação jurídica, de colocar a renda à efetiva e atual disposição econômica.
Disponibilidade “financeira” não é sinônimo de disponibilidade “econômica”. Entretanto, nada obsta que a lei agregue o “elemento financeiro” ao fato gerador, desde que tenha havido prévia disponibilidade econômica ou jurídica.
	
A incidência do IR independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
• Acréscimo patrimonial é o elemento comum e nuclear dos conceitos de renda e de proventos. O que não representar acréscimo patrimonial, não pode ser tributado pelo IR, como no caso de indenização (recomposição de prévio desfalque patrimonial).
O fato gerador do imposto de renda e a correspondente grandeza econômica tributada é o acréscimo patrimonial havido em determinado período. Portanto, não alcança a mera expectativa de ganho futuro ou em potencial.
• Não configura disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos a simples posse de numerário alheio.
Antecipação do IR: Viabilidade. Como a disponibilidade é adquirida ao longo do exercício financeiro, pode o fisco exigir o pagamento antecipado, a exemplo do que ocorre com as retenções na fonte.
LC 104/01. Alterou o art. 43 do CTN, estabelecendo, no § 1º, que a incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. No § 2º, estabeleceu que, na hipótese de receita ou de rendimentos oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará a disponibilidade para fins de incidência do IR.
Nem todo ingresso financeiro implicará acréscimo patrimonial a ensejar a incidência do IR. Tem-se que analisar a natureza de cada ingresso para verificar se realmente se trata de renda ou proventos novos, que configurem acréscimo patrimonial.
Produto do capital. Incidência: Rendimentos de aplicações financeiras, rendimentos de depósito judicial, ganho de capital na venda de imóvel, doações etc.
Produto do trabalho. Incidência: Salários pagos por força de reintegração, abono salarial, adicional de insalubridade etc.
Indenizações. As verbas efetivamente indenizatórias, que apenas reparam uma perda, não constituem acréscimo patrimonial e não configuram fato gerador do IR. Não incidência: Conversão em pecúnia de férias, abonos, folgas e licença-prêmio; indenização por perdas e danos (inclusive dano moral); aposentadoria especial de anistiado; indenização na desapropriação (inclusive juros compensatórios e moratórios); verbas indenizatórias na rescisão do contrato de trabalho; férias não-gozadas por necessidade do serviço (súmula 125 do STJ); ajuda de custo pela utilização de veículo próprio do empregado; auxílio-creche e bolsas de estudo; plano de demissão e de aposentadoria incentivada etc.
Cooperativas. Súmula 262 do STJ: Incide o IR sobre aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas.
A incidência do IR é anual, mas há incidências específicas, na fonte, a título de antecipação ou autônomas.
Fato gerador. Complexivo ou periódico ou continuado: somente considera-se ocorrido após um determinado período de tempo, em que se levam em consideração todas as receitas e despesas. O seu fato gerador considera-se ocorrido no final do ano, em 31 de dezembro. Sendo assim, para o STF (em que pese pesada crítica da doutrina, especialmente Luciano Amaro), não contraria o princípio da irretroatividade a exigência de tributo calculado com base na lei editada no curso do ano-base. Quer dizer, a lei não seria retroativa porque ela precederia o término do período. Com relação ao princípio da anterioridade, para o STF, o IR não demandaria a necessidade de lei precedente ao ano em que ocorreram os fatos ensejadores do imposto, porque ela estaria em vigor antes do exercício financeiro em que a declaração deva ser apresentada, que é no ano seguinte. Dessa forma, não obstante as críticas doutrinárias, quanto ao IR, o STF tem aplicado a Súmula 548, a qual dispõe que: ao IR calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
Base de Cálculo: corresponde à soma de fatores algébricos positivos e negativos que se agregam ao patrimônio. É montante real, arbitrado ou presumido, de renda e do provento de qualquer natureza. A propósito, não existe “renda presumida”, o que se presume ou se arbitra é o montante da renda.
A legislação estabelece o montante a ser deduzido para a apuração da base de cálculo, conforme o patamar dos rendimentos auferidos, sem prejuízo das demais deduções autorizadas, como as relativas à educação, observado o limite individual por dependente, e as despesas médicas, que não se sujeitam a limite de valor.
Sujeito ativo: União Federal.
Sujeito passivo: titular da disponibilidade de renda ou proventos
A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
Pessoa física: rendimento bruto mensal, com algumas deduções (despesas médicas, com educação etc.).
Pessoa jurídica: a base é o lucro real, presumido ou arbitrado. 
Lucro real: é calculado a partir do lucro líquido apurado na escrituração contábil, fazendo-se as adequações necessárias (adições, exclusões e compensações).
Não se deve confundir o lucro líquido (contábil) com o lucro real. As deduções e compensações admissíveis para apuração do lucro líquido não correspondem exatamente àquelas admitidas para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ, ou seja, do lucro real. Obtido o lucro líquido, fazem-se as adequações necessárias (adições, exclusões e compensações) para apuração do lucro real. As adições são representadas por despesas contabilizadas e não dedutíveis para apuração do lucro real; as exclusões são representadas pelas receitas não tributáveis, contabilizadas; excluem-se também os valores cuja tributação pode ser diferida; a compensação refere-se ao prejuízo fiscal, que diminui a base de cálculo do IR – lucro real em períodos futuros até se esgotar.
A apuração do lucro real é obrigatória para as empresas indicadas na Lei 9.718/98, e opcional às demais.
Lucro presumido: empresas com receita até determinado patamar, e que atendam a outras condições e optem pelo lucro presumido, ficam dispensadas de escrituração e o IR é calculado sobre um percentual da receita bruta mensal.
Lucro arbitrado: o IR é apurado sobre o lucro arbitrado em caráter excepcional, quando a pessoa jurídica tributada com base no lucro real não cumprir corretamente as respectivas obrigações acessórias (manter escrituração na forma da lei, elaborar e apresentar as demonstrações exigidas etc.); houver fraude ou vícios comprometedores da idoneidade da apuração realizada; tiver ocorrido opção indevida pelo lucro presumido; enfim, quando não for possível apurar adequadamenteo imposto com base no lucro real ou presumido.
Entretanto, após a Lei 8.981/1995, pode a pessoa jurídica comunicar ao Fisco a impossibilidade de apuração do imposto de renda pelo lucro real ou presumido, de forma espontânea, optando por sujeitar-se à tributação do lucro arbitrado no período.
O lucro arbitrado será uma percentagem da receita bruta, se conhecida, ou de outros elementos conhecidos, se não. A jurisprudência ressalva, porém, a possibilidade de o contribuinte oferecer a demonstração contábil do lucro real, quando ainda não efetuado o lançamento definitivamente.
Compensação de prejuízos passados depende de autorização legal expressa, conforme já decidiu o STF. O STF entendeu válida a limitação da compensação a 30% estabelecida pela lei 8981/95.
Critério temporal: É imposto cujo fato gerador é complexivo, o que exige a definição legal do momento em que se deva considerar ocorrido o fato gerador, ou seja, a definição legal do aspecto temporal da hipótese de incidência tributária.
No IRPF, considera-se ocorrido o fato gerador no dia 31/12 do ano-calendário. Até 30 de abril do subseqüente, verifica-se o imposto sobre a renda e proventos efetivamente devido, compensando-se o montante que já foi objeto de adiantamentos mensais (carnê – leão ou retenção), apurando-se, então, o saldo a restituir ou a pagar, efetuando-se o recolhimento, à vista ou parceladamente. O prazo para pagamento é o mesmo daquele para o cumprimento da obrigação acessória consistente na apresentação da declaração de ajuste e de bens.
No IRPJ, tem-se período de apuração trimestral, podendo, a pessoa que pagar com base no lucro real, optar pelo período anual, com antecipações mensais. No imposto trimestral, considera-se ocorrido o fato gerador ao final de cada trimestre civil; no anual, em 31/12 do ano-calendário. As pessoas jurídicas estão obrigadas à apresentação da Declaração de IRPJ até o último dia do mês de março do ano subseqüente.
Critério espacial: Caracteriza-se o IR pela extraterritorialidade, ou seja, por alcançar fatos geradores ocorridos não apenas no território nacional. É o que se chama de tributação em bases universais ou tributação em base global. 
Rendimento. A partir de 1989, o imposto passou a ser devido mensalmente, calculado sobre o rendimento bruto, do qual apenas algumas parcelas podem ser abatidas, entre as quais as pensões alimentícias, os encargos de família e as contribuições para a Previdência Social. Crítica: com isso, praticamente ficou eliminado o caráter pessoal do imposto de renda.
Atualização da tabela e limites de dedução do IR. Não tem sido acolhida pela jurisprudência, pois: não há fundamento constitucional para a indexação generalizada da economia, bem como para as tabelas do IR; a irredutibilidade de vencimentos não vai além da manutenção do valor nominal; sem lei que determine, não há como alterar a base de cálculo do IR (em resumo: “nem tudo o que incomoda é inconstitucional”).
Contribuinte e responsável tributário. Fonte pagadora. Retenção do IR. a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caiba (CTN, 45, parágrafo único). A fonte é responsável tributário. Há dois sujeitos passivos obrigados ao pagamento: o substituto e o contribuinte. Ainda se discute acerca de quem deverá suportar a cobrança do IR que deveria ter sido retido e não o foi. PALSEN alerta que há precedentes em todos os sentidos, mas afirma que o Fisco pode exigir o pagamento do tributo de qualquer um deles, eis que a legislação não afasta expressamente a possibilidade de cobrança do contribuinte por ocasião do ajuste anual.
Eduardo Sabbag afirma que no caso de omissão de retenção do IRRF, a fonte pagadora irá arcar com a multa pelo não-cumprimento da obrigação, enquanto deve ser cobrado o imposto não recolhido da pessoa física, contribuinte do tributo.
- Entendimento do STJ: “Cabe à fonte pagadora o recolhimento, na fonte, do imposto de renda sobre a ajuda de custo e a verba de gabinete, pagas a deputado estadual, porém o não-recolhimento não exclui a responsabilidade do contribuinte do pagamento do imposto, que fica obrigado a declarar o valor recebido na sua declaração de ajuste anual. Precedentes: RESP nº 373.284/SC, de minha relatoria, DJ de 01/07/05; RESP nº 439.142/SC, Rel. Min. Franciulli netto, DJ de 25/04/05 e RESP nº 573.052/SC, Rel. Min. Eliana calmon, DJ de 18/04/05.” (STJ – AARESP 200401527132 – (698260 AL) – 1ª T. – Rel. Min. Francisco Falcão – DJU 28.11.2005 – p. 00210)
Desconsideração da pessoa jurídica para fins tributários. Hugo de Brito Machado entende inadmissível, pois “no direito positivo brasileiro vigente, mesmo em matéria de imposto de renda, ainda tem relevância a personalidade jurídica das empresas, sendo induvidoso que estas ainda são distintas das pessoas de seus sócios”. Contudo, não se deve perder de vista o disposto no parágrafo único do art. 116 do CTN, que poderá levar à desconsideração de pretensa pessoa jurídica criada para dissimular a ocorrência do fato gerador (por exemplo, uma empresa de “fachada”, optante pelo SIMPLES). Isto é chamado de anti-elisão.
Lançamento. É feito por homologação; antigamente, era feito por declaração. Porém, pode ser feito de ofício, como em todos os demais tributos, se a declaração de rendimentos não for entregue ou for feita de forma incorreta.
O IR é informado pelos seguintes critérios:
Generalidade. O tributo deve abranger todos os contribuintes que pratiquem o ato ou estejam em igual relação com o fato descrito na hipótese de incidência. (princípio da isonomia) – diz respeito ao sujeito passivo.
Universalidade. Deve incidir sobre todos os fatos descritos na hipótese de incidência (deve incidir indistintamente sobre as diversas espécies de rendimentos). Diz respeito à base de cálculo.
Progressividade (obrigatória). Como imposto de natureza pessoal, o IR deve, necessariamente, ser graduado segundo a capacidade econômica do contribuinte também por força do art. 145, § 1º da CF. (princípio da capacidade contributiva).
Repartição de receitas: Pertencem aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer tipo, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem. 
STF, 585 - Não incide o Imposto de Renda sobre a remessa de divisas para pagamento de serviços prestados no exterior, por empresa que não opera no Brasil.
STF, 586 - Incide Imposto de Renda sobre os juros remetidos para o exterior, com base em contrato de mútuo.
STF, 587 - Incide Imposto de Renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exterior prestados no Brasil.
Classificação:
- Legal:
de acordo com a categoria econômica - CTN: Imposto sobre o patrimônio e a renda
de acordo com a competência - Constituição Federal : competência da União
- Doutrinária
Pessoal
Direto
Progressivo
Cumulativo
Natureza fiscal

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