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época dc sua vida cm que sabia, por experiência própria, que Cristo havia assumido a total responsabilidade por seus pecados, na cruz, e que agora possui a a perfeita justiça dEle, pela t'é. Bunvan escreveu a respeito de sua conversão. “Senti em minha alma uma convicção interior de que a jusliça do Senhor está 110 céu, juntamente com o esplendor e o brilho do Espirito da graça em minha alma, que me té: ver claramente que a justiça por meio da qual eu seria justificado (de tudo que me poderia condenar) era 0 Filho de Deus, que, em sua própria Pessoa, agora sentado á destra de seu Pai, me representava completamente diante do trono de misericórdia”. Bunvan foi batizado e uniu-se ao que é provavelmente mais bem descrito como membresia de uma igreja batista calvinista, em Bedtord, pastoreada por um ex-oficial monarquista, chamado Jolm Oillord (morto em 1655). Logo Bunvan era chamado a talar a pequenos grupos, para compartilhar seu testemunho e pregar as Escrituras. No final dos anos 1650, Bunyan descobriu que o Espirito de Deus lhe concedera o dom de evangelismo. Veja como ele descreveu sua motivaçao para pregar: “Meu maior desejo em reali:ar o ministério era o de ir às áreas do pais onde houvesse as maiores trevas espirituais, ou seja, àquelas pessoas que estivessem mais distantes de qualquer profissão de té. Não ta:ia isso por que eu não conseguia suportar a lu : — eu não tinha medo de proclamar o evangelho a qualquer pessoa — e sim por que percebi meu espirito mais inclinado em direção ao trabalho de despertar e converter almas. Também, a mensagem que eu levava apontava mais para esta direção. ‘Estorçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, nao onde Cristo já tora anunciado, para nao edificar sobre fundamento alheio’ (Rm 15.20). Em minha pregação, tenho me esforçado e trabalhado com afinco, para trazer filhos a Deus; lambem não ficaria satisfeito, se meu trabalho nao produzisse algum fruto Se eu tosse infnititero, não me importava com elogios; e, se tosse frutífero, não me importava com quem me censurasse. Eu pensava na passagem: ‘Herança do Sü N IlO S . sáo os tilhos; o farto do ventre, seu galardão. Como flechas na mao do guerreiro, assim os tilhos da mocidade. Peli: o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando plcilcar com os inimigos à poria’ (SI 127. 3-5). Não me dava prarer ver as pessoas aceitarem minhas opiniões, se pareciam ignorantes a respeito de lesus Cristo e do valor de serem salvas por Ele. Verdadeira convicção do pecado, especialmente do pecado de incredulidade, e um coração ardentemente desejoso de ser salvo por Cristo, com um torte anelo por uma alma verdadeiramente santificada — isso era o que me deleitava, essas eram as almas que eu considerava abençoadas”. Por volta de 1660, o fervor de Runyan para ganhar os perdidos o levou a um ministério itinerante de pregação em pequenas vilas ao redor de Bcdlord. Naquele mesmo ano, porém, ele cnírentaria novas provações 10 ) { $ C . k a « , : a \ i u n u a n i i a o P k i n c i i - a i u o . n P i c a i i o k i n I n I H o i ) i ( , À ( t J o h n B u n y a n ( 1 6 2 8 1 6 8 8 ) )j i£ 11 A p r i s i o n a m e n t o p o r a m o r d o e v a n g e l h o üliver Cronwell morreu em 1658 E, por não surgir um líder se melhante a ele, pareceu a alguns dos principais líderes do exército que a Inglaterra estava ficando dividida e encammhandcvse à anarquia. Por isso, tomou-se a decisão de chamar de volta à Inglateua o homem que se toma ria Charles II (cujo reinado durou de 1Ó60 a 1685), para que assumisse o trono. Dos filhos qne restavam a Charles I, ele era o mais velho e estivera exilado 110 conlincnle desde 1651. Anles de retornar, Charles II prometeu que seu governo setia caracterizado poi tolerância teligiosa, mas logo após sua ascensão ao poder, congregações independentes como a de Bunyan co meçaram a sofrer perseguição severa. E, por grande parte das três décadas seguintes, os puritanos seriam “a igreja sob a cru :”. Quando a perseguição começou, Bunyan toi um dos primeiros a ser preso por pregar as Escrituras Em 12 de novembro de 1660, ele deveria talar a um pequeno grupo numa fazenda cm Lower Samscll, uma vila pró xima a Harlington, 110 condado de Bedlord. Embora a ordem de sua prisão já houvesse sido emitida, Bunyan decidiu continuar pregando, pois estava convencido de que não era errado pregar. Contudo, o Estado pensava de modo contrário; e Bunyan toi preso logo que abriu a Palavra de Deus, para ler o texto sobre o qual pregaria. Levado a julgamento, ele toi acusado de haver quebrado o Ato do Conventiculo de 1593, promulgado pela rainha Elizabeth. Esse ato especi ficava: qualquer pessoa que Msc abstivesse, diabólica ou perniciosamente, de vir à igreja listo é, a Igreja da InglalerraJ, para ouvir o cullo divino”, e tosse culpada de ser “um detensor dos vários encontros religiosos e das reu niões ilegais”, poderia ser detida sem direito a fiança, até que se submetesse às autoridades da Igreja Anglicana/' Aos olhos das autoridades, Bunyan era um iucullo, desordeiro, um simples “funileiro”. Disseram-lhe com clareza que seria solto se prometesse desistir de pregar Entretanto, Bunyan possuía uma lealdade maior do que a obediência a um monarca terreno - a obediência ao Rei Jesus. Como a maioria de seus companheiros puritanos, Bunyan cria na obediência às leis do Estado I - 2** G h a (,:a A i u /n h a n l i a o P n i n c i i -a i m>s P i c a m o k i n e enfatizou que considerava seu dever o comportar-se bem sob o governo do rei, como convém a um homem e a um ciente. Mas Bunyan sabia que o tsp iiito de Deus havia lhe concedido o dom de pregar, um dom contir- mado pela congregação da qual era membro. Como ele mesmo disse: “O Espirito Sanlo nunca tcncionou que os homens providos de lais dons c habilidades devam enterrámos” Paia Bunyan, aqueles que tinham os dons do Espiiito Santo pata pregai não tinham outea alternativa, senão exercer os dons que Deus lhes havia concedido. Duraiüc seu julgamento, Bunyan defendeu seu dircilo de pregar ri- tando 1 Pedio 4-10-11. Os que julgavam o seu caso argumentavam que somente os ordenados pela Igreja da Inglaterra podiam piegar legalmente A discordância de Bunyan baseava*se no fato de que para ele a autoridade máxima cm assuntos religiosos não era a Iradiçáo humana ou as leis huiua- nas, e sim as Esciitutas e o seu autoi — Deus. Ele tinha de obedecei a seu Deus; do contrário, no Dia do Juizo, seiia considerado traidor de Cristo A excelente percepção das convicções de Bunyan pode ser encontrada no rclalo de um apelo de sua esposa — sua segunda esposa, Elizabelh Bunyan (morta em 1692), com quem ele se casou em 1659. Ela demonstrou extraor dinária coragem durante o aprisionamento de seu esposo e apresentou esse apelo em tàvor de seu esposo ao tribunal em agosto de lóól. Este é um relato que lambem nos di: muilo a respeito da maturidade cspirilual dela. Ha via pelo menos tiès juizes piesentes, os quais ouviram o apelo de Elizabeth: MarrhewHale, um cristão, que simpatizou abertamente com Elizabeth, mas discordou da obstinada determinação de seu marido em pregar, Thomas Twisden, um homem severo, c Hcnry Chesler. Eis o relalo: Jiii: Cf i « ter: Meu senhor, Bunyan é um homem importuno; não há outro como ele no país. ji ii; l ii i iden (diiigintfose a lilizabeth): Bem, o seu marido deixará de pregar? Se ele o fizer, mandarei soltá-lo. niiznbrrh: Meu senhor, ele não ousaria parar de pregar, enquanto pu der lalar. i N I K n i H t . Ã O J t H I N R l l N V A N ( l < V l 8 - 1 6 8 8 ) M Juiz Twisden: Vejam só! Por que devemos continuar talando sobre esse homem? Ele deve tei permissão para ta:ei o que quiser? Ele é um destruidor da paz. Elizabeth: Ele deseja