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19-11-2014 1 Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Civil Curso de Agronomia Campus de Monte Carmelo DESENHO PROJETIVO 7.1. LINHAS CONVENCIONAIS • No desempenho do desenho técnico, utilizam-se apenas duas espessuras de linhas: largas e estreitas Tabela 1. Linhas convencionais 19-11-2014 2 7.1. LINHAS CONVENCIONAIS Continuação Tabela 1. Linhas convencionais (*) Aplicar só uma alternativa em um mesmo desenho. 7.1.1. Prioridades das Linhas • Se ocorrer coincidências de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos em ordem de prioridade: 1. arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A); 2. arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F); 3. superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H); 4. linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G); 5. linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K); 6. linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B). 19-11-2014 3 7.1.2. Considerações Gerais para o Traçado de Linhas 1. Os traços e os espaços de uma linha tracejada, tipo de linha F, devem ter uniformidade em toda a extensão da linha. Um traço de cerca de 3 mm, seguido por um espaço de 2 mm produzirão uma linha tracejada de boa proporção. 2. Os traços longos de linha do tipo G, para eixos de simetria e linhas de centro, devem variar entre 10 e 15 mm, com espaço de 3 mm para intercalar os pontos ou traços curtos (traçado a lápis). 3. O cruzamento de linhas tracejadas entre si e com outras linhas em um desenho, deve obedecer as seguintes indicações detalhadas na Figura 2: 7.1.2. Considerações Gerais para o Traçado de Linhas a) Se uma aresta visível for limite de outra não visível, esta deve tocá-la (Figura 3.8a); b) No caso de cruzamento, a linha tracejada não toca a cheia (Figura 3.8b); c) Se as linhas não visíveis têm um vértice comum, isto é, são concorrentes, devem-se ligar no ponto de concorrência (Figura 3.8c,d,e,f). d) Se as linhas invisíveis não têm ponto comum, devem ser interrompidas no cruzamento (Figura 3.8g). e) Na concordância de retas com arcos, não visíveis, os limites do arco tocam as linhas de centro e os limites das retas não as tocam (Figura 3.8h). Entretanto, quando o arco for muito pequeno, poderá ser representado apenas por um traço curvo (Figura 3.8i). f) O cruzamento de linhas de centro ou de simetria com linhas não visíveis deverá ocorrer nos seus traços (Figura 3.8j). g) Quando uma aresta visível passar a ser não visível a partir de um ponto, deve-se iniciar a linha tracejada por um espaço neste ponto (Figura 3.8k,l). 19-11-2014 4 7.1.2. Considerações Gerais para o Traçado de Linhas 4. Para definir os centros, as linhas de centro deverão cruzar-se em trechos contínuos dos traços longos e não nos espaços 5. As linhas de centro não devem estender-se para os espaços entre as vistas e não devem terminar em outra linha do desenho 7.2. DIMENSIONAMENTO • O Desenho Técnico deve conter informações sobre as dimensões do objeto representado • As dimensões irão definir as características geométricas do objeto: → valores de tamanho dos diâmetros → valores dos comprimentos → valores dos ângulos → valores a todos os outros detalhes que compõem forma espacial do objeto • De acordo com a NBR 10126/87: COTAGEM é a representação gráfica no desenho das características do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valores numéricos 19-11-2014 5 7.2.1. Elementos de Cotagem • Os elementos de cotagem são: linhas de chamada ou linhas auxiliares, linha de cota, limite da linha de cota e cota 7.2.1. Elementos de Cotagem 7.2.1.1. Linhas auxiliares ou linhas de chamada - linhas estreitas contínuas; - devem ser prolongadas ligeiramente além da linha de cota; - devem ser deixados pequenos espaços entre as linhas auxiliares e o elemento dimensionado; - devem ser perpendiculares à linha de contorno do elemento cotado; - devem ser paralelas entre si. 19-11-2014 6 7.2.1. Elementos de Cotagem 7.2.1.2. Linha de cota - linha estreita contínua; - devem ficar afastadas entre si e também de qualquer linha do desenho. 7.2.1.3. Limite da linha de cota - pode ser feito através de setas abertas ou fechadas (Figura 2); - pode ser feito por meio de traço oblíquo de linha curta formando um ângulo de 45˚(Figura 3). 7.2.1.4. Cota - valor numérico dimensionado; - apresentada em caligrafia técnica com tamanho legível. Figura 2Figura 3 7.2.1. Elementos de Cotagem • As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas desnecessárias. • Cada cota deve ser colocada uma única vez em qualquer uma das vistas que compõem o desenho, localizadas no local que representa mais claramente o elemento que está sendo cotado. 19-11-2014 7 7.2.1. Elementos de Cotagem • Todas as cotas de um mesmo objeto devem ter os valores expressos em uma mesma unidade de medida, sem indicação do símbolo da unidade utilizada • Quando houver necessidade de utilizar outras unidades além da unidade predominante, o símbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor numérico da cota • Quando utilizar unidade diferente da unidade padrão, indicar esta na legenda do desenho 7.2.2. Sistemas de Cotagem 7.2.2.1. Cotagem em cadeia ou Cotagem em série - as cotas são distribuídas uma após a outra; - deve ser utilizada quando o acúmulo de erros não compromete a execução do projeto (soma sucessiva dos erros cometidos na execução de cada elemento cotado). 19-11-2014 8 7.2.2. Sistemas de Cotagem 7.2.2.2. Cotagem por elemento de referência - as cotas são indicadas a partir de uma parte do objeto tomado como referência; - este elemento de referência pode ser uma face da peça ou uma linha básica (linha tomada como base para a cotagem); ▪ Cotagem por face de referência ▪ Cotagem por linha básica - este sistema de cotagem deve ser escolhido sempre que for necessário evitar o acúmulo de erros construtivos na execução do objeto. 7.2.2. Sistemas de Cotagem 1. Cotagem por face de referência - a extremidade do corpo do pino foi escolhida como face de referência; - a partir da face de referência foi prolongada uma linha auxiliar como base para a indicação das cotas de comprimento. 19-11-2014 9 7.2.2. Sistemas de Cotagem 2. Cotagem por linha básica - as dimensões são indicadas a partir de linhas (verticais ou horizontais); - estas linhas podem ser: linhas de simetria, linhas de centro ou qualquer outra linha; - deve-se deduzir qual foi a linha do desenho tomada como referência analisando a disposição das cotas. 7.2.2. Sistemas de Cotagem • Exemplo de Desenho Técnico cotado por mais de uma linha básica: • Neste desenho há duas linhas básicas: uma vertical e uma horizontal • As linhas básicas deste desenho são aquelas que cruzam o centro do furo A • Quando a cotagem da peça é feita por elementos de referência, as cotas podem ser indicadas de duas maneiras: por cotagem em paralelo ou por cotagem aditiva. 19-11-2014 10 7.2.2. Sistemas de Cotagem 7.2.2.3. Cotagem em paralelo - as cotas da mesma direção possuem uma mesma origem como referência e são distribuídas paralelas umas às outras com espaço suficiente para escrever a cota. - não ocorrerá soma dos erros cometidos na execução de cada cota. 7.2.2. Sistemas de Cotagem 7.2.2.4. Cotagem combinada - a cotagem é feita combinando em um mesmo projetoas cotagens em cadeia e paralelo 19-11-2014 11 7.2.2. Sistemas de Cotagem 7.2.2.5. Cotagem aditiva - pode ser usada quando houver limitação de espaço e desde que não cause dificuldades na interpretação do desenho; - a partir da face tomada como referência deve ser determinado um ponto de origem 0 (zero); - as cotas devem ser indicadas na extremidade da linha auxiliar; - a interpretação das cotas é semelhante à da cotagem paralela. 7.2.2. Sistemas de Cotagem • A partir do mesmo ponto de origem 0 podemos ter cotagem aditiva em duas direções. A localização de cada furo é determinada por um par de cotas Cotagem por Coordenadas (Ex.: mapas) 19-11-2014 12 7.2.2. Sistemas de Cotagem 1. Cotagem por coordenadas - outra maneira de representação da cotagem aditiva; - quando o uso dos sistemas anteriores torna o projeto confuso, substitui-se as cotas por uma tabela; - as cotas são indicadas numa tabela, próxima ao desenho; - os elementos do objeto são identificados por números; - a interpretação das cotas relacionadas a estes números na tabela permite deduzir a localização, o tamanho e a forma dos elementos. 7.2.2. Sistemas de Cotagem • Na cotagem por coordenadas, imagina-se a peça associada a dois eixos perpendiculares entre si • O ponto onde estes dois eixos se cruzam é o ponto 0 (zero) ou ponto de origem (que não deve aparecer no Desenho Técnico) 19-11-2014 13 7.2.3. Regras colocação de cotas 1. Colocar sempre as cotas de menor valor por dentro das cotas de maior valor → Evitar o cruzamento de linha da cota com qualquer outra linha 7.2.3. Regras colocação de cotas 2. Quando for fornecida uma dimensão total deve-se omitir uma das parciais. 3. Não deve-se repetir dimensões, fornecendo apenas as necessárias para execução do projeto. 4. Os números que indicam os valores das cotas devem ter um tamanho que garanta a legibilidade 5. Existem duas formas de se escrever as cotas em um desenho, mas somente uma deve ser utilizada em um mesmo projeto ▪ A norma NBR 10126 fixa dois métodos para posicionamento dos valores numéricos das cotas: 19-11-2014 14 7.2.3. Regras colocação de cotas 5.1. O primeiro método, que é o mais utilizado, determina que: - linhas de cota horizontais→ número acima da linha de cota; - linhas de cota verticais → número à esquerda da linha de cota; - linhas de cota inclinadas → deve-se buscar a posição de leitura; 7.2.3. Regras colocação de cotas 5.2. Pelo segundo método: - as linhas de cota são interrompidas; - o número é intercalado no meio da linha de cota; - em qualquer posição da linha de cota, mantém a posição de leitura com referência à base da folha de papel. ▪ As linhas de cota devem ser interrompidas preferencialmente no meio para escrever a cota 19-11-2014 15 7.2.3. Regras colocação de cotas 6. Não traçar linhas de cota a partir dos vértices. 7. Se houver espaço suficiente, a cota deve ser apresentada entre os limites da linha. Se o espaço for limitado a cota pode ser apresentada externamente na extensão da linha de cota CERTO ERRADO 7.2.3. Regras colocação de cotas 8. As cotas em elementos simétricos não devem ir até o eixo de simetria 9. Na cotagem de raios, o limite da cota é definido por somente uma seta que pode estar situada por dentro ou por fora da linha de contorno da curva. CERTO ERRADO ERRADO CERTO 19-11-2014 16 7.2.3. Regras colocação de cotas 10. Em um mesmo projeto, todas as cotas devem possuir a mesma unidade, sem o uso de símbolo. 11. Em elementos curvilíneos irregulares, a cotagem deve ser feita conforme figura abaixo: 7.2.3. Regras colocação de cotas 12. As linhas auxiliares e as linhas de cota são linhas contínuas e finas. 13. As linhas auxiliares devem ultrapassar levemente as linhas de cota. 14. Deve haver um pequeno espaço entre a linha do elemento dimensionado e a linha de chamada (linha auxiliar). 19-11-2014 17 7.2.3. Regras colocação de cotas 15. As linhas de chamada devem ser, preferencialmente, perpendiculares ao ponto cotado. 16. As linhas de chamada podem ser oblíquas em relação ao elemento dimensionado, porém mantendo o paralelismo entre si. 17. O limite da linha de cota pode ser indicado por setas, que podem ser preenchidas ou não, ou por traços inclinados 7.2.3. Regras colocação de cotas 18. Deve-se evitar colocar cotas dentro dos desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outras linhas do desenho. 19. Cotagem de ângulos normalizados pela ABNT: 19-11-2014 18 7.2.3. Regras colocação de cotas 20. São utilizados símbolos para mostrar a identificação das formas cotadas: - ϕ : Indicativo de diâmetro; - R : Indicativo de raio; - □ : Indicativo de quadrado. Observação: Os símbolos devem preceder o valor numérico da cota. EXERCÍCIOS 19-11-2014 19 FIM
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