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A SAE E A OBTENÇÃO DE INDICADORES DE SAÚDE Profª Renata Almeida de Matos QUALIDADE ASSISTÊNCIA PRESTADA À POPULAÇÃO QUALIDADE: consequência de uma ação gerencial integrada, sistêmica e coerente que cria condições para que a ação assistencial se dê em toda a instituição de saúde e não apenas em algumas de suas unidades. ENFERMAGEM: indicadores está intimamente relacionado com o resultado da assistência prestada sendo uma forma de quantificar a qualidade da assistência de enfermagem. A meta para obtenção e análise de indicadores são a segurança do paciente e a satisfação dos clientes internos e externos. HISTÓRIA DA PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Começou em 1955 durante a Guerra da Criméia, quando Florence Nightingale desenvolve métodos de coleta de dados visando melhorar a qualidade do atendimento prestado nos feridos da guerra. A avaliação da qualidade em saúde iniciou no século XX quando o Colégio Americano de Cirurgiões estabeleceu o Programa de Padronizações Hospitalar onde foi definido um conjunto de padrões para garantir a qualidade da assistência aos pacientes. Esses padrões consideravam as condições dos procedimentos médicos e seus processos de trabalho, não considerando outras necessidades como dimensionamento da equipe de enfermagem, necessidade da assistência de enfermagem durante 24 horas e elementos de infraestrutura física. HISTÓRIA DA PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Em 1950 foi criada a Comissão Conjunta de Acreditação dos Hospitais que estruturou oficialmente o programa de acreditação. Em 1970 foi publicado o Manual de Acreditação Hospitalar que continha os padrões ótimos de qualidade considerando processos e resultados da assistência. Em 1989 a OMS passou a utilizar a acreditação como elemento estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina. Em 1990 o Brasil formaliza a Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma organização privada sem fins lucrativos e de interesse coletivo que tem como objetivo a implantação de um processo permanente de melhora da qualidade da assistência à saúde, estimulando o alcance de padrões elevados de qualidade dentro do processo de acreditação. HISTÓRIA DA PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE A ONA tem por objetivo geral promover a implementação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, possibilitando o aprimoramento contínuo da atenção garantindo a qualidade da assistência aos brasileiros. As instituições acreditadoras são empresas de direito privado, credenciadas pela ONA que têm responsabilidade de avaliar à certificação da qualidade dos serviços da saúde em âmbito nacional usando como referência as Normas do Sistema Brasileiro de Acreditação e o Manual Brasileiro de Acreditação específico da ONA. HISTÓRIA DA PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE A avaliação é fundamentada no estado de saúde do paciente, observando-se a qualidade da assistência prestada, a satisfação do paciente, a qualidade técnico-científica dos profissionais, o tipo de atendimento, o acesso e a organização dos serviços, confirmando-se o conceito de qualidade com base no equilíbrio da tríade estrutura, processo e resultado caracterizando 3 níveis de acreditação. Nível 1: avalia os recurso básicos quanto à segurança da assistência prestada ao paciente, verificando recursos humanos X complexidade da assistência, qualificação adequada dos profissionais e o responsável técnico em sua área de atuação. Nível 2: avalia a organização da assistência por meio da padronização de procedimentos, documentos, capacitações e índices que serão avaliados para a tomada de decisão e em auditorias internas. HISTÓRIA DA PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Nível 3: avalia as políticas institucionais de melhoria contínua da gestão pela novas tecnologias de informação e a busca de rotinas que visam à excelência no atendimento. PORQUE E COMO MEDIR A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA Indicadores são medidas que contém informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema. Para se coletar os indicadores de saúde é preciso levar em conta a validade, confiabilidade, representatividade ou cobertura deles. Validade – periodicidade da coleta desses dados Confiabilidade – os dados devem ser verdadeiros Representatividade – as amostras coletadas tem que ser representativas EX: Extubações acidentais ocorridas em uma UTI INDICADORES QUE MEDEM RESULTADOS DOS PROCESSOS Podem ser classificados como assistenciais e administrativos. Os indicadores assistenciais medem a eficiência e a eficácia das ações diretamente ligadas ao cuidado; EX: Assistencial – Notificação, mediante protocolos diagnósticos, de todos os casos de recém-nascidos sob suspeito de conjuntivite neonatal em unidades de alojamento conjunto. Os administrativos medem as condições para que esse cuidado seja efetuado. Ex: Administrativo – Glosas por setor ou por convênio RELAÇÃO DA SAE COM A OBTENÇÃO DOS INDICADORES DE SAÚDE Nos requisitos a serem avaliados nos 3 níveis de acreditação a SAE pode ser vista dentro dos 3 padrões e respondendo aos requisitos de cada nível. Nível 1: atuar com ações de enfermagem baseadas no cumprimento de legislações específicas. Lei 7498 ( Lei do exercício profissional de enfermagem); Resolução COFEN 293⁄00 (adequação do quadro de profissionais); Resolução COFEN 358/09 (dispões sobre a sistematização da assistência de enfermagem). Nível 2: cumprimento de ações padronizadas, protocolos de atendimento, cumprimento de todas as fases do processo de enfermagem e análise dos indicadores; Nível 3: incorporação dos planos de ação de enfermagem como realidade na instituição de saúde. RELAÇÃO DA SAE COM A OBTENÇÃO DOS INDICADORES DE SAÚDE Todas as etapas da SAE devem ser devem ser registradas no prontuário do paciente, desses documentos devem ser extraídos indicadores para que seja mensurada a qualidade da assistência prestada à população. Os indicadores deverão ser acompanhados e revistos, a fim de que sejam continuamente propostos novos ciclos de melhoria. BIBLIOGRAFIA: TANNURE. Meire, Chucre. PINHEIRO, Ana Maria. SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem – Guia Prático. 2ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2011.
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