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APOSTILA 1 BEM VINDOS AO CURSO DE ESTRADAS II Ao longo do curso iremos compreender os sistemas de transportes e dimensionar o pavimento de rodovias, ruas e ferrovias.Serão abordadas disciplinas de Estudos de Tráfego e Projeto de Pavimentação. Objetivos Gerais: Fornecer ferramentas para desenvolvimento de projeto rodoviário. Visão Geral da Disciplina Serão apresentados conteúdos teóricos referentes a estudos de tráfego, materiais para pavimentação, técnicas de construção de pavimentos e projeto de pavimentação englobando os diversos tipos de pavimentos empregados. Bibliografia Básica e Complementar [1] PINTO, S.; PREUSSLER, E.S. (2010) Pavimentação Rodoviária – Conceitos fundamentais sobre pavimentos flexíveis, Editora Synergia, IBP, Rio de Janeiro-RJ; [2] AIPCR-PIARC (2006) A rodovia de concreto. Editora ABCP, Rio de Janeiro-RJ. [3] PITTA, M.R. (1998) Dimensionamento de Pavimentos pelo Método do PCA, Editora ABCP, Rio de Janeiro-RJ. [4] BERNUCCI, L.B.; MOTTA, L.M.G.; CERATTI, J.A.P.; SOARES, J.B. (2008) Programa Pro-Asfalto. Petrobras - ADEBA Rio de Janeiro Histórico O Império Romano foi responsável pelo planejamento e construção viária, com objetivos militares de manutenção da ordem no vasto território do Império (Otaviano Augusto no ano 27a.C.) com a finalidade do deslocamento de tropas dos centros estratégicos para as localidades mais longínquas. A primeira estrada construída de maneira científica foi a Via Ápia, com espessuras superiores a 1m (pavimento maciço), com 3 a 4 camadas de pedras assentadas manualmente. Pós-Renascença: MacAdam (1756-1836) e Telford (1754-1834) - Importância da compactação - Estabilização granulométrica - Revestimentos mais confortáveis (cascalhos, paralelepípedos) Séc. XX: evolução tecnológica do automóvel Asfalto - Ford (linhas de produção) - Fundamentos Mec. Solos e Pavimentação - Esforços de guerra - Pistas Experimentais - Manuais da AASHTO - Estudos de desempenho de pavimentos, etc. No Brasil - Breve Histórico: 1560 – Caminho do Mar Ligação São Vicente – ada em 1661 como Estrada do Mar; e em 1790 vira Calçada de Lorena; 1792 – Estrada Santos - São Paulo: lajes de pedra; 1726 – Caminho do Ouro: Minas ao RJ Resquícios em Parati e várias outras cidades. Também chamada Estrada Real (Estrada Velha de Parati e Nova que vai para o RJ); 1854 – Primeira ferrovia no Brasil – Mauá a Raiz da Serra (RJ) 1865 – Estrada de rodagem União e Indústria ligando Petrópolis a Juiz de Fora (144km) Primeira estrada a usar macadame como base/revestimento no Brasil. Até aqui era usual o calçamento de ruas com pedras importadas de Portugal; INTRODUÇÃO NBR 7207/82 - Terminologia e classificação de pavimentação VIAS RURAIS - Rodovias classe 0, 1, 2 e 3 (DNIT) - Estradas Vicinais - Ausência de pedestres - Menor número de VP - Presença de veículos pesados - Grandes distâncias VIAS URBANAS - Local - Coletora - Arterial - Trânsito Rápido - Deslocamentos de pedestres - Grande número de veículos de passeio (VP) Pavimento no ponto de vista Estrutural e Funcional O revestimento (asfáltico ou de concreto) é a camada superior destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e transmiti-las de forma atenuada às camadas inferiores, impermeabilizar o pavimento, além de melhorar as condições de rolamento (conforto e segurança). As camadas de base, sub-base e reforço do subleito são de grande importância estrutural. Resumidamente, tem a finalidade de limitar as tensões e deformações na estrutura do pavimento, por meio da combinação de materiais e espessuras das camadas constituintes. MECÂNICA DOS PAVIMENTOS PAVIMENTO COMO ESTRUTURA Distribuição da Pressão Vertical TENSÕES NO SUBLEITO OUTROS MODAIS FATORES CLIMÁTICOS CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS Mais recentemente há uma tendência de usar-se a nomenclatura pavimentos de concreto de cimento Portland (ou simplesmente concreto-cimento) e pavimentos asfálticos, respectivamente, para indicar o tipo de revestimento do pavimento. CAMADAS CONSTITUINTES Subleito é o terreno de fundação do pavimento Sub-base é a camada corretiva do subleito, ou complementar à base Base é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais devido ao tráfego Revestimento é a camada, tanto quanto possível impermeável, destinada a: - melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança - resistir aos esforços horizontais Exemplos: 1 - Classificação Flexíveis: 1.1 - Estabilização Granulométrica: solo estabilizado granulometricamente, brita graduada simples (BGS), Brita corrida (BC), solo-brita (agregados - brita, seixos rolados, escória, areias, etc. com solo) e solo arenoso fino laterítico; 1.2 - Estabilização com asfalto: Solo-betume e macadame betuminoso (solo com adição de ligante asfáltico); 1.3 -Tipo Macadame: Macadame hidráulico (agregado graúdo, agregado miúdo e água) e Macadame seco. 2 - Classificação rígidos: 2.1 - Estabilização com cimento: Brita graduada tratada com cimento - até 4% (BGTC), solo- cimento e concreto compactado com rolo (CCR); 2.2 - Estabilização com cal: solo cal REVESTIMENTO – TIPO TRATAMENTO USINAS ASFÁLTICAS O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão Misturas a Frio: Pré-misturado a frio • Ligantes: emulsão asfáltica. • Agregados: vários tamanhos, frios. Areia-asfalto a frio • Agregado miúdo + emulsão. Misturas a Quente: Concreto asfáltico (CA ou CAUQ) e Misturas Asfálticas Especiais SMA, BBTM, CPA, Gap- graded • agregado mineral graduado, • material de enchimento • cimento asfáltico são aquecidos a altas temperaturas ~180ºC Pré-misturado a quente • Ligante: cimento asfáltico. • Agregados: vários tamanhos, aquecidos. Areia-asfalto a quente • Espessura não deve ser > 5cm. • Agregados miúdos aquecidos + cimento asfáltico EXECUÇÃO DE CONCRETO ASFÁLTICO USINAS ASFÁLTICAS Organograma de uma Usina de Reciclagem TECNOLOGIA DE PAVIMENTOS UTILIZAÇÃO DE BORRACHA MOÍDA DE PNEU A N E X O - FOTOS EXECUÇÃO DE BASES E SUBBASES. Brita Graduada Simples Solo-Agregado Materiais podem ser misturados em usinas, ou em pista com pá carregadeira, e homogeneizados com arados ou grade de discos. Compactados por rolo liso ou pé-de-carneiro, dependendo do tipo de solo e de sua porcentagem na mistura. 1 - MISTURADO NA PISTA. 1 - MISTURADO NA USINA. Solo Arenoso Fino Laterítico Outros Materiais Granulares Escória são resíduos da fabricação do ferro (escória de alto-forno) ou do aço (escória de aciaria). Podem ser empregados como agregados, sendo que as de aciaria podem ser expansivas, dependendo do tempo de estocagem deste materiais. Macadame Hidráulico Macadame Seco Materiais similares ao macadame hidráulico, porém sem o uso da água. Solo -asfalto Base de pavimento de solo- emulsão após mais de 20 anos de uso, revestido de TS estrada estadual RJ.Brita Graduada Tratada com Cimento Materiais componentes: brita graduada simples (faixa especificada), cimento: 3 a 4% em relação ao peso seco e água. - Dosados e homogeneizados em usina. - A distribuição do material é feita preferencialmente por vibroacabadora. - A compactação é feita por rolos liso, com vibração ou não, seguida de pneus; deve ser realizada logo após espalhamento. - Cura com pintura de asfalto diluído tipo CM30 (tem-se preferencialmente substituído por emulsão RR). - Módulo de Resiliência entre 6.000 a 12.000 MPa. Solo-Cimento Solo Arenoso Fino com Cal Materiais componentes: solo areno-argiloso ou silto-argiloso, de preferência cal hidratada: em geral superior a 4% em relação ao peso seco e água - Solos argilosos são tratados com cal para melhorar sua trabalhabilidade. - Dosados e homogeneizados em usina, preferencialmente, ou em pista; - A distribuição do material é feita por distribuidor de agregados (espessura e largura adequadas); - A compactação é feita por rolos lisos e deve ser realizada após espalhamento.
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