APS 8 SEMESTRE

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 	2
DESCRIÇÃO 	3
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E DETALHAMENTO, DAEP	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – BACIA HIDROGRÁFICA LAJEADO	3
FIGURA 2 E 3 – LOCAL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA NO RIBEIRÃO	4
FIGURA 4 – VISTA LATERAL DAS ADUTORAS UTILIZADAS	5
FIGURA 5 – CAIXAS DE AREIA	5
FIGURA 6 – DOSADOR DA SOLUÇÃO DE POLICLORETO DE ALUMÍNIO	6
FIGURA 7 – CALHA PARSHALL	6
FIGURA 8 – TANQUES DE FLOCULAÇÃO	7
FIGURA 9 – TANQUES DE DECANTAÇÃO	7
FIGURA 10 – DETALHE DAS COLMEIAS	8
FIGURA 11 – RESERVATÓRIOS APOIADO E ELEVADO	9
FIGURA 12 – CONJUNTO MOTO BOMBA	9
1.	INTRODUÇÃO
O homem, em hipótese alguma, consegue viver sem água, nem do resultado causado pelo uso dela, os esgotos, resíduos. Algumas civilizações antigas, como os Incas na América, Peru, e os egípcios nas redondezas do rio Nilo usavam a água para outros fins que além da bebida, por exemplo, na irrigação. Os povos do Egito já dominavam algumas técnicas sofisticadas de irrigação. Eles coletavam as águas das chuvas sobre o Nilo, e estocavam para ser utilizadas, a posteriori, na agricultura. 
De forma inversa, as técnicas para tratamento dos resíduos não acompanhavam o aumento exponencial da água utilizada, isso fazia com que esses resíduos fossem lançados nas mesmas fontes onde eram captadas as águas que se consumia. Obviamente, contaminações e epidemias eram recorrentes, por exemplo, a febre tifoide na Europa Média, que fez vítimas milhares de pessoas.
Diante desses fatos e consequências, começou a especulação de onde viriam as doenças que assolava a população, em primeira instância, o ar era culpado pela disseminação das patologias, visto que o volume de ar aspirado é muito maior que a quantidade de água ingerida, só mais tarde descobriu-se que tais moléstias eram transmitidas pela água, surgindo assim estudos para filtração da água coletada. 
Infelizmente, não sanava todos os problemas, visto que com maior contaminação das águas havia a necessidade de ter filtros cada vez mais eficientes. A primeira estação de tratamento de água surgiu na Europa, mais precisamente em Londres, Inglaterra, e data de 1829, onde eram utilizados filtros de areia na depuração.
Atualmente, a purificação das águas coletadas passam por processos, por vezes, rigorosos que contam com várias etapas até a chegada às nossas casas, são eles: captação, adução, mistura rápida, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e bombeamento.
2.	DESCRIÇÃO 
A proposição feita aos alunos do oitavo semestre do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paulista, campus de Araçatuba é que fosse realizada uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Água. A estação escolhida pelo grupo, formados pelos alunos Flatis Cajuela, Juliender Amarães, Mateus Carlos e Vagner Leal foi a de Penápolis - SP gerenciada pela autarquia municipal DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis), criada em 1978, que com certificação ISO 9001 oferece o serviço de captação, tratamento e distribuição de água à população com excelência. Fomos atendidos pelo senhor Fabrício Damazo, funcionário há 30 anos da autarquia, e pela bióloga Rosane Dantas.
A Estação é servida pelas águas do Ribeirão Lajeado, que nasce na divisa de Penápolis e Alto Alegre. Com extensão de 38,5km (5% Alto Alegre, 15% Barbosa e 80% Penápolis) ele desagua na barragem da usina hidroelétrica de Nova Avanhandava, no rio Tietê, entre Penápolis e Barbosa. 
 
Figura 1 – Bacia Hidrográfica Lajeado
3.	Estação de Tratamento de Água e Detalhamento, DAEP
Como já informado são captados em média, diariamente, 19 milhões de litros de água/dia, que são levados a ETA e todo esse volume tratados de forma convencional, que é aquele composto por elementos como as adutoras, os floculadores, decantadores, filtros e por fim os reservatórios.
Figura 2 e 3 – Local da captação de água no Ribeirão
Com um desnível de 59 metros entre a captação e a chegada da água bruta na estação, são utilizadas 3 adutoras sendo 1 de 16” pol. ( aproximadamente 40 cm de diâmetro) e duas com 12” pol. (aproximadamente 30 cm).
Figura 4 – Vista lateral das adutoras utilizadas
A água antes de ser levada por essas adutoras até a ETA (Estação de Tratamento de Água) passa por uma caixa de areia. As caixas de areia de um modo geral são dispositivos que asseguram a baixa velocidade do líquido fazendo com que os sólidos em suspensão decantem-se ao fundo.
Figura 5 – Caixa de Areia
A água, então, é levada pelas adutoras, já mostradas, até a ETA, um tanque ao lado da Calha Parshall. As Calhas Parshall foram criadas como forma de calcular a vazão em condutos livres, problema extremamente importante nos trabalhos de hidraulica. Nas estações de tratamento de água foram vistas como bom elemento para a mistura de coagulantes, isso devido ao seu estreitamento e posterior alargamento.
Na ETA visitada, o coagulante utilizado é o policloreto de alumínio. A quantidade de policloreto a ser usada varia, logicamente, com a vazão e a cor da água bruta que chega a estação. 
Figura 6 – Dosador da solução de policloreto de alumínio
Figura 7 – Calha Parshall
Após o lançamento do coagulante na água, a calha conduz a água até o tanque de floculação. Os tanques de floculação tem a função de aglutinar os resíduos da água em flocos que flutuam, esses tanques têm um determinado tempo de detenção para que tenha efeito o coagulante. O policloreto então trabalha na formação dos coágulos que serão decantados nos tanques de decantação. Cuidado especial é tomado com a velocidade da água que chega aos tanques pois se existir uma velocidade muito grande as partículas podem apenas se chocar se não se chocar e ajuntar, o efeito esperado então, não é alcançado. 
Figura 8 – Tanques de Floculação
Como já dito, os tanques de floculação antecedem aos tanques de decantação. Esses por sua vez fará com que as partículas formadas na etapa anterior seja decantada. Nas imagens, as partículas formadas são bem visíveis, e de igual modo a água vai se tornando límpida.
Figura 9 – Tanques de Decantação
Após a água passar pelo tanque de decantação, ela entra em um outro recheado de colmeias que reterão as partículas sólidas que ainda restaram da decantação.
Figura 10 – Detalhe das colmeias
As colmeias são limpas mensalmente, já os filtros que são usados após a passagem pelas colmeias são lavados diariamente. 
Passada pela floculação, decantação, filtração a água segue para a etapa da desinfecção. É adicionado cloro para eliminação de microorganismos e por fim vem a fluoretação, onde é inserido fluor ao líquido em uma margem que varia entre 0.6 e 0.8, para a prevenção de cáries dentárias seguindo para os reservatórios e posteriormente para as casas. 
A água passa também por análises laboratoriais: análise de turbidez, cor, Ph, fluor e temperatura. Na cidade, 60 casas são visitadas por bairro, 2 vezes por semana.
Figura 11 – Reservatórios Apoiado e Elevado
Na ETA existem 5 reservatórios, sendo 2 enterrados sob os escritórios da estação, 1 reservatório elevado, 1 reservatório apoiado e 1 semi-enterrado, que juntos aos reservatórios dos bairros somam uma capacidade de reserva de 16.250 m³.
A água dos reservatórios contidos na Estação é bombeada por 4 moto-bombas até as centrais de distribuição.
Figura 12 – Conjunto Moto Bomba
4.	Considerações finais
Tendo em vista, que o conjunto prático-teórico proporciona-nos uma visão mais ampla daquilo aprendido no profundo mundo acadêmico, podemos concluir que a experiência agregou-nos um saber prático admirável. As instalações dos prédios do DAEP são muito bem conservados, laboratórios novos e funcionários excelentes que com todo os esforços aos quais lhes são cabíveis, fornecem um atendimento de excelência a população, isso no que tange ao fornecimento de água e ao atendimento ao público, em si, fazendo jus a certificação ISO 9001. 
A autarquia, nesses últimos anos, tem reutilizado a água do lodo formado nostanques, ou após as lavagens dos filtros, é reinserido no processo de tratamento, priorizando assim às condições ambientais a qual nos é imposta pela natureza, as vezes de forma indesejada, por vezes sofrer interferência humana.
 
AUTORES
Da esquerda: Vagner Leal, Flatis Cajuela, Fabrício Damazo (instrutor), Mateus Carlos e Juliender Amarães