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DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 6 Direito Constitucional Continuação Direitos e Deveres Individuais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Pandora carimbo DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Olá Pessoal, tudo certo? Gostando do curso? Hoje vamos fechar os direitos e deveres individuais e coletivos, vamos nessa que ainda temos muito o que estudar... Direito de informação em órgãos públicos: XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Essas informações são de relevância para a pessoa ou para a coletividade. Se negado este direito, poderá ser impetrado: � habeas data, no caso de ser uma informação pessoal do impetrante, ou; � mandado de segurança, no caso de uma informação, que embora seja de seu interesse, não seja estritamente ligada à sua pessoa. 1. (VUNESP/ Oficial Avaliador-TJ-PA/ 2014) todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de responsabilidade. Comentários: O erro está em afirmar que o prazo é de 30 dias, uma vez que a Constituição diz que as informações serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade Gabarito: Errado. 2. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Comentários: Aula 6 DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5°, XXXIII, da CF/88. Gabarito: Correto. 3. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Comentários: A banca usou a disposição literal encontrada no art. 5.º, XXXIII. O direito de informação permite que todas as pessoas, que assim necessitarem, possam se dirigir a órgãos públicos e pedir informações que sejam de seu interesse particular ou de interesse da coletividade. Importante notar que a autoridade pública deve prestar estas informações no prazo legal, sob pena de ser responsabilizada. A autoridade não está obrigada a prestar aquelas informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Gabarito: Correto. Direito de petição e direito de obter certidões XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e "pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. Não se deve confundir o direito de petição, que é o direito de pedir que o Poder Público (seja o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou ainda o Ministério Público) tome certas providências, com o direito de ingressar com uma ação judicial ou de postular em juízo. Muitas bancas tentam confundir o candidato associando erroneamente estes institutos. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Embora a literalidade da Constituição pareça conceder uma imunidade ao pagamento de taxas, essa imunidade parece ser defendida com força apenas pela doutrina tributarista, boa parte da doutrina de direito constitucional entende que o legislador constituinte pretendia dar gratuidade geral de quaisquer custas referentes a esses institutos e não apenas dispensar o pagamento de taxas (que é apenas uma das espécies de tributos). Em provas de concursos, as bancas não têm entrado nesse mérito, limitando-se a cobrar os seguintes pontos sobre o direito de petição e certidão: 1. Não precisa de lei regulamentadora; 2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui caráter restritivo, ou seja, TODOS são isentos, e não apenas os pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade. 3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos em nome próprio ou da coletividade. 4. É um direito fundamental perfeitamente extensível aos estrangeiros que estejam sob a tutela das leis brasileiras. 5. Estes direitos, se negados, também poderão dar motivo à impetração de Mandado de Segurança. 4. (CESPE/ Notários- TJBA/ 2014) É a todos assegurada, desde que mediante o pagamento de taxa de serviço, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Comentários: O exercício de tais direitos INDEPENDE do pagamento de taxas... Gabarito: Errado. 5. (CESPE/Analista Administrativo- PREVIC/2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas. Comentários: A Constituição não assegura o direito de certidão para esclarecer situações de interesse de terceiros, apenas as de interesse pessoal (CF, art. 5º, XXXIV, "b"). Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 6. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder independe do pagamento de taxas. Comentários: Conforme preceitua o art. 5º, XXXIV são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Gabarito: Correto. 7. (ESAF/Procurador PGFN/2012) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtençãode certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. Comentários: Isso aí... é o teor do art. 5º,XXXIV, “a” e “b”. Gabarito: Correto. 8. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) São a todos assegurados, condicionado ao pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Comentários: Esses direitos são idependentes do pagamento de taxas. Gabarito: Errado. 9. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) O direito de petição assegurado na Constituição Federal: a) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado. b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros. c) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para tomada de providências. d) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a atividade necessária ao seu atendimento. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR e) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as suas instâncias e esferas federativas. Comentários: O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e "pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. Letra A - Errado. Ele é auto-aplicável, não precisa de uma lei regulamentadora para ser exercível. Letra B - Correto. O Direito de Petição é também assegurado àqueles estrangeiros em território nacional, sob as leis brasileiras. Letra C - Errado. Endereçamento é aquela formalidade que existe nas peças judiciais, onde o advogado endereça a petição ao "Excelentíssimo Senhor Juiz blá blá blá" ... O direito de petição não tem nenhuma formalidade rígida, é um pedido mais simples de tomada de providências. Letra D - Errado. Segundo a Constituição, art. 5º, XXXIV, o direito de petição é assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas. Letra E - Errado. A autoridade pública, destinatária da petição, não precisa ser do Poder Executivo. Pode ser qualquer Poder. Gabarito: Letra B. 10. (CESGRANRIO/Técnico - BACEN/2010) Juan, cidadão argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de encaminhar uma petição dirigida a determinada autoridade, reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, a Constituição: (A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa correspondente ao serviço. (B) permite a Juan exercer tal direito. (C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou naturalizados). (D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos políticos. (E) não assegura tal direito. Comentários: Estamos novamente tratando do Direito de Petição. O direito de petição é isento de taxas - Letra A está errada. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A letra B está correta, já que tal direito também é concedido aos estangeiros que estejam sob leis brasileiras, e por consequência, as letras C, D e E estão erradas. Gabarito: Letra B. Inafastabilidade do Judiciário XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio importantíssimo para o Estado democrático de direito. Pois ao garantir que toda lesão ou ameaça a direito estará sujeita a apreciação do Poder Judiciário, a Constituição impede os usos arbitrários de poder que ameaçam a democracia. Vamos tecer algumas considerações sobre o princípio: O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio expresso na Constituição? Sim, está no art. 5º, XXXV: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". O entendimento deste artigo é que, por este princípio, alguém poderá acessar o Poder Judiciário sem necessariamente esgotar as esferas administrativas e será apenas o Poder Judiciário que fará a “coisa julgada” em definitivo, típico do direito inglês, diferentemente do franCês, onde há o “Contencioso administrativo”. (no contencioso administrativo, a esfera administrativa é capaz de proferir decisões definitivas, sem que sejam apreciadas pelo Poder Judiciário). 2- Existem exceções a este princípio? Sim: A) CF, art. 217 §1º → O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. B) Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2) C) Lei no 11.417/06 → Contra omissão ou ato da administração pública (contrário ao teor de súmula vinculante do STF), o uso da reclamação (impugnação ao Supremo de descumprimento da decisão) só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 3- Por que este princípio existe? DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR O Brasil é um Estado Democrático de Direito. Assim, para que esta característica se concretize, precisa-se de um Poder Judiciário efetivo, que realmente tome conhecimento das demandas, e assim sirva de "balança" nas relações internas. Assim, o Poder Judiciário é peça importantíssima para efetivação do sistema de "freios e contrapesos", pois, impede que haja abusos e autoritarismos por parte dos Poderes Executivo e Legislativo. 11. (CESPE/ Procurador- Salvador/ 2015) O princípio da inafastabilidade da jurisdição impede o estabelecimento, no ordenamento jurídico brasileiro, de cláusulas compromissórias de arbitragem em contratos, ainda que estes sejam relativos a direito disponível. Comentários: Errado, o estabelecimento de cláusulas compromissórias de arbitragem em contratos é uma opção das partes, que preferiram não buscarem a solução para seus impasses para o poder judiciário. Gabarito: Errado. 12. (FCC/ Analista- TRE-RR/ 2015) São consideradas garantias fundamentais, dentre outras, (a) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa humana. (b) vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade. (c) os direitos à vida, à saúde e à segurança. (d) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança. (e) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso Comentários: Correto, aqui precisamos lembrar a diferenciação entre direitos e garantias fundamentais, relembrando que... 13. (FCC/ Analista- PGE-BA/ 2013) O princípio segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, denomina-se (a) da proteção à coisa julgada e ao ato jurídico perfeito. (b) da exclusiva proteção de bens jurídicos. (c) da legalidade. (d) da inafastabilidade do controle jurisdicional. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruze Rodrigo Duarte 9 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR (e) da legitimidade popular. Comentários: Trata-se do princípo da inafastabilidade do controle judicial. Gabarito: Letra D. 14. (FCC/ TJAA- TRT 1ª/ 2013) Dentre os direitos assegurados na Constituição Federal que regem os processos judiciais está o direito (A) à produção de quaisquer provas, em qualquer tempo e procedimento, ainda que obtidas por meios ilícitos, em decorrência do princípio constitucional da ampla defesa. (B) de deduzir pedido e apresentar defesa, por via oral, independentemente do tipo de procedimento aplicado ao caso. (C) a juízo ou tribunal de exceção. (D) à inafastabilidade do controle jurisdicional de lesão ou ameaça a direito. (E) de a parte formular pedido e deduzir defesa independentemente de constituir advogado. Comentários: A resposta correta é o princípo da inafastabilidade do controle judicial, que tanto pode ser preventivo como repressivo. Gabarito: Letra D. 15. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não poderá excluir da aprecição do Judiciário lesão ou ameça de direito, mas a própria Constituição pode fazê-lo. Comentários: Item correto, veja que o dispositivo constitucional veda que a lei possa afastar a apreciação de um conflito pelo judiciário, mas a Constituição pode fazer. Gabarito: Correto. 16. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, mas pode condicionar tal acesso ao prévio esgotamento das instâncias administrativas. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Isso também seria um obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário, sendo que somente a própria Constituição pode fazê-lo, a lei não tem esse Poder. Gabarito: Errado. Limitação a retroatividade da lei XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada e define os conceitos: • (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. • (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. • (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso. O caso do ato jurídico perfeito (aquela coisa que já está consumada nos termos da lei, logo não pode ser alterada, pois "já se foi", já se consumou) e o caso da coisa julgada são de fácil entendimento. A grande discussão se dá no caso do direito adquirido. Vamos ver algumas discussões: Direito adquirido X nova constituição: Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. Já em se tratando de Emendas Constitucionais, a questão é controversa, pois esta não é ilimitada como a Constituição originária e deve respeitar limitações constitucionais, como os direitos individuais. Sendo assim, a posição majoritária é que as emendas DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR constitucionais devem respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Direito adquirido X lei de ordem pública: STF – ADI 493 → O disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. O que se quer dizer com esse julgado é que "qualquer lei infraconstitucional deve respeitar o disposto no art. 5º, XXXVI da Constituição". Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito aplicam-se inclusive às leis de ordem pública. Desta forma, conforme salientado por José Afonso da Silva, o correto seria dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça sobre o interesse geral. Estando incorreto falar que não se pode invocar o direito adquirido face à lei de ordem pública ou lei de direito público. Para fins de elucidação dos termos: A lei pode ser classificada como direito público ou direito privado: Lei de direito privado - são leis que regulamentam relações estritas entre particulares, não envolvem interesses da sociedade como um todo nem os interesses do Estado. Leis de direito público - estabelecem relações envolvendo o Estado e defendendo o interesse público. Quanto à sua obrigatoriedade, as leis podem ser: Leis de ordem pública (ou imperativas) - são também chamadas de cogentes, são aquelas leis imperativas que organizam a sociedade, proibindo ou autorizando condutas. Sendo de observância obrigatória, a autonomia particular não pode se opor a elas. Leis dispositivas - são aquelas leis não imperativas, estabelecem direcionamentos, mas sem negar a autonomia privada. São as normas que irão vigorar em caso de silêncio das partes. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Mais uma vez ratificando: qualquer lei, independentemente do seu teor ou classificação deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Direito adquirido X regime jurídico: A recorrente frase "não existe direito adquirido a regime jurídico" decorre de diversos julgados onde o STF reconheceu que a mudança das relações institucionais entre o Estado e seus servidores não podem ser impugnadas sob a alegação de que os servidores teriam direito adquirido àquelas relações vigentes no momento em que entraram em serviço. Por exemplo, se uma lei federal viesse a substituir ou modificar a lei 8112/90 (regime jurídico dos servidores federais) alterando alguns direitos previstos nesta norma, não poderiam os servidores federais alegar que pelo fato de terem entrado em serviço sob a vigência daquela norma teriam adquirido o direito a fazer jus aos benefícios contidos naquele diploma. Irretroatividade da lei X ente público que editou a lei: STF – Súmula nº 654 → A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º XXXVI, da Constituição, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. Essa súmula, deriva de alguns julgados do STF, principalmente sobre a aposentadoria especial. Ela visa fazer com que o Estado cumpra compromissos criados por ele mesmo, não podendo se proteger com a garantia constitucional quando ele próprio editou a lei que cria o ônus. Vamos citar um exemplo: imagine o fato de que exista uma lei dizendo: é garantida a aposentadoria especial para as classes de trabalhadores X e Y, por realizarem atividades insalubres durante 25 anos. Bom, posteriormentea entidade estatal edita uma lei declarando que a atividade dos trabalhadores da classe Z também é insalubre. O Estado é obrigado a reconhecer retroativamente os direitos da classe Z. Ele não pode dizer: "calma aê, a lei é irretroativa, antes DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR disso não vou mudar nada, só vale daqui pra frente". Não pode! Porque para o STF a garantia da irretroatividade da lei não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. 17. (CESPE/ TJAA-STJ/2015) A superveniência de nova Constituição não afetará o direito adquirido na ordem constitucional anterior. Comentários: Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. Então atenção aqui! Gabarito: Errado. 18. (FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido a) é a expectativa de direito. b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação. c) emana diretamente da lei em favor de um titular. d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. e) é o ato jurídico stricto sensu. Comentários: Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não pode ser alterado). Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os requisitos previstos na lei. Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá ideia de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou que se adquiriu o direito para exercer. Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito adquirido”. Gabarito: Letra C. 19. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Teor do art. 5º, XXXVI da Constituição: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Gabarito: Correto. 20. X’(FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido a) é a expectativa de direito. b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação. c) emana diretamente da lei em favor de um titular. d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. e) é o ato jurídico stricto sensu. Comentários: Segundo o art. 5º, XXXVI da Constituição, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): • (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. • (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. • (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso. Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não pode ser alterado). Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os requisitos previstos na lei. Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá idéia DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou que se adquiriu o direito para exercer. Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito adquirido”. Gabarito: Letra C. 21. (CESPE/ TJAA/ 2015) A superveniência de nova Constituição não afetará o direito adquirido na ordem constitucional anterior. Comentários: Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. Gabarito: Errado. 22. (ESAF/APO-MPOG/2010) É constitucional a redução de percentual de gratificação paga a servidor público, respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a regime jurídico. Comentários: Percebemos que a assertiva trazida pela banca claramente se refere a um julgamento do STF, em 2009 (RE 563965), ocorrido pouco antes do concurso que caiu esta questão. Neste julgamento, o STF decidia sobre a constitucionalidade da redução de uma gratificação de uma servidora pública pela entrada em vigor de uma lei que modificava o regime jurídico vigente, alterando a fórmula de se calcular a gratificação. O STF decidiu que o direito adquirido pela servidora seria tão somente a irredutibilidade de vencimento, não havendo direito adquirido em relação à forma de calcular esse vencimento. O STF salientou, que no cálculo geral do vencimento, não se tinha ferido à irredutibilidade salarial e dessa forma, considerou legítima a mudança afirmando que é constitucional a redução de percentual da gratificação paga, desde que respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a regime jurídico. Gabarito: Correto. Juiz Natural DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; JUIZ NATURAL é o abstratamente constituído antes da ocorrência do fato, requisito imprescindível para a independência e imparcialidade do órgão julgador. Importante destacar que o conceito não abrange somente os julgamentos do Judiciário, pois, veremos que o Senado Federal é o juízo natural para o julgamento do Presidente da República nos crimes de responsabilidade. TRIBUNAL DE EXCEÇÃO → Aquele que é criado especificamente para julgar um crime,sem que existisse previamente. Também chamado de tribunal “ad hoc”, expressão latina que significa “específico”, “para isto” etc. Importante ainda ressaltar que este conceito não abrange somente os julgamentos do Judiciário, como por exemplo, o Senado Federal é o juízo natural para o julgamento do Presidente da República nos crimes de responsabilidade. 23. (FCC/ AJTInformação- TRT 9ª/ 2013) Magda, professora de introdução ao estudo do Direito da Faculdade Águas Raras, está ensinando para sua filha Claudete quais são os direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal brasileira. Magda deverá ensinar a Claudete que para determinadas penas privativas de liberdade apenadas com reclusão haverá juízo ou tribunal de exceção. Comentários: Errado, em nenhuma hipótese haverá Tribunal de exceção. Gabarito: Errado. 24. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Não haverá juízo ou tribunal de exceção. Comentários: Vimos que pelo art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. E vimos também que Tribunal de exceção é aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 25. (CESPE/TJAA-STM/2011) A imparcialidade do Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas. Comentários: Isso aí. Quando alguém está sendo acusado de algo, já deve existir um foro pré-determinado para seu julgamento, não se poder criar um órgão julgador "de exceção", apenas para julgar o referido caso, isso seria parcial e arbitrário. Esse direito abrange também pessoas jurídicas e estrangeiros, já que ambos são destinatários de direitos fundamentais (sempre que a eles não seja vedada a aplicação por decorrência lógica ou expressa). Gabarito: Correto. 26. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho - MTE/ 2010) O princípio do juiz natural deve ser interpretado buscando não só evitar a criação de tribunais de exceção, mas também de respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não sejam afetadas a independência e imparcialidade do órgão julgador. Comentários: Perfeita a assertiva, estes realmente são os escopos de tal princípio. Gabarito: Correto. Promotor natural: LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; É entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. PROMOTOR NATURAL assim como ocorre com os magistrados, a intervenção dos membros do Ministério Público também deveria ser predeterminada, a partir de critérios abstratos estabelecidos por lei, anteriormente à ocorrência do fato. 1. Para sentenciar ou processar alguém, só autoridade competente. 2. Para dar respaldo a isso, a CF também garantiu: a) é privativa do Ministério Público a ação penal pública (art. 129 da CF); DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR b) os membros do MP gozarão de inamovibilidade, salvo por interesse público (art. 128, § 5º da CF) Tudo isso para garantir que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Os cargos do Ministério Público são previstos em lei, fixos, não se admite cargos genéricos. Uadi Lammêgo Bulos ensina que o fundamento deste princípio é que o acusado possa ter o seu processo analisado de forma livre e independente, de acordo com a legalidade. 27. CESPE/ TJAA-STJ/ 2015) assim como ocorre com os magistrados, a intervenção dos membros do Ministério Público também deveria ser predeterminada, a partir de critérios abstratos estabelecidos por lei, anteriormente à ocorrência do fato. Comentários: Isso aí... você ainda tem dúvidas de que existe o princípio do promotor natural? Gabarito: Correto. 28. (CESPE/ Procurador- TCE-PB/ 2014) Apesar do direito de não ser processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, não se admite a figura do promotor natural, tendo em vista a unidade do MP. Comentários: Como não existe??? Está inclusive previsto constitucionalmente... Gabarito: Errado. 29. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição. Comentários: O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Gabarito: Correto. 30. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: O promotor natural é um princípio implícito que decorre do princípio do Juiz Natural e da Inamovibilidade dos membros do MP, impedindo que haja processo de exceção. Gabarito: Errado. Tribunal do Júri XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; A ideia do instituto do juri é um importante ponto do Estado Democrático de Direito, dando oportunidade à própria sociedade de julgr seus membros que cometerem garaves crimes. Aqui importante destacar que a “plenitude da defesa” tem uma abrangência maior que a ampla defesa e o contraditório, considerando que o acusado e o seu defensor podem utilizar de argumentos não jurídicos para a obtenção de sua absolvição, como por exemplo evocar questões de ordem sentimental, sociológica ou de política criminal. Importante destacar que tal soberania se refere aos fatos criminosos, haja vista que as questões relacionadas à aplicação da pena quem julga é o juiz presidente do tribunal do juri, desta forma, a pena imposta no tribunal do juri pode ser aumentada em grau de recurso pelo tribunal respectivo para julgar o recurso, o que este tribunal não pode fazer é condenar/ absolver o réu contrariando a decisão dos jurados.Assim, está errado falar que as decisões do juri são irrecorríveis ou imutáveis (essa pegadinha cai muito em concursos). Cabe recurso da decisão do Júri, quando (art. 593, III, do Código de Processo Penal): a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Por favor, não quero ninguém decorando essas coisas do Códigode Processo Penal, eu coloquei apenas de forma a exemplificar a possibilidade de recurso da decisão do Júri. Beleza?? Ninguém vai ficar me perguntando: "Professor, não entendi o art. 593, III do CPP...", não é pra entender mesmo não, é só pra saber que existe. Valeu?! Só para fins de exemplificação novamente, no caso de recurso, poderá se convocar um novo Júri para fazer novo julgamento. Se for somente retificar algum erro na aplicação da pena, o tribunal faz, mas para julgar novamente, só se for outro Júri, justamente pela soberania dos veredictos. Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o fato de a competência do tribunal do Júri não prevalecer sobre as “prerrogativas de foro” conferidas pela própria Constituição Federal. Assim, ainda que nesses crimes dolosos contra a vida, o Presidente da República, por exemplo, será julgado pelo STF, devido à sua prerrogativa e não pelo Júri. Apenas a Constituição Federal poderá estabelecer “prerrogativas de foro” que prevalecerão sobre o Júri. Consoante a isso, dispõe a Súmula nº 721: Súmula Vinculante nº 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. STF – Súmula nº 603 → A competência para o processo e julgamento de latrocínio* é do juiz singular e não do júri. *Latrocínio, (roubo seguido de morte) é considerado crime contra o patrimônio e não crime doloso contra a vida. 31. (CESPE/ Escrivão- SDS-PE/ 2016) O tribunal do júri tem competência para o julgamento dos crimes culposos e dolosos contra a vida. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Pegadinha de concurso, lembre que o tribunal do júri tem competência para crimes DOLOSOS. Gabarito: Errado. 32. (FCC/ AJ Contador- TRE-AM 2012) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Comentários: Correto, é o que diz o art. 5°, XXXVIII. Gabarito: Correto. 33. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Comentários: Teor do art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;" Gabarito: Correto. 34. (CESPE/ Escrivão- PC-PE/ 2016) O tribunal do júri tem competência para o julgamento dos crimes culposos e dolosos contra a vida. Comentários: O tribunal do júri somente julga crimes DOLOSOS contra a vida (art. 5ºXXXVIII). Gabarito: Errado. 35. (CESPE/ Notários- TJDF/ 2014) A competência do júri para o julgamento de crimes dolosos contra a vida não é absoluta e pode ser DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR excepcionada por regra da própria CF, como, por exemplo, o julgamento de prefeitos pelo TJ. Comentários: Exatamente... a regra comporta exceções, no entanto, as constituições estaduais não excepcionam se houver previsão na Constituição Federal, conforme a SV n° 45, que diz: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”. Gabarito: Correto. 36. (CESPE/ Promotor- MPE-AC/ 2014) Autoridade detentora de foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente na constituição estadual que praticar crime doloso contra vida deverá ser julgada pelo tribunal do júri. Comentários: Correto, é o teor da SV n° 45: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”. Gabarito: Correto. 37. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) é assegurado à instituição do júri o sigilo de suas votações e a soberania de seus vereditos. Comentários: Correto. A questão trouxe com correção prerrogativas do júri contidas no art. 5º, XXXVIII da Constituição. Gabarito: Correto. 38. (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A Constituição Federal reconhece expressamente a instituição do júri popular, com a organização que lhe der a lei, não assegurando a) a plenitude de defesa. b) o sigilo das votações. c) a soberania dos veredictos. d) a irrecorribilidade de suas decisões. e) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Não podemos falar em irrecorribilidade nem imutabilidade das decisões do júri, já que elas são recorríveis. Gabarito: Letra D. Legalidade penal e Irretroatividade da lei penal: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; O art. 5.º, XXXIX, consagra a regra do nullum crimen nulla poena sine praevia lege, consagrando, a um só tempo, dois princípios basilares do Direito Penal: � o princípio da legalidade (ou reserva legal), na medida em que não há crime sem lei que o defina, nem pena sem cominação legal, bem como � o princípio da anterioridade, visto que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Por sua vez, a regra do inciso XL do art. 5.º, consagra, outros dois princípios: � retroatividade da lei penal mais benéfica.; � irretroatividade da lei penal in pejus. STF – Súmula nº 711 → A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, caso ela entre em vigor anteriormente à cessação da continuidade ou da permanência. O crime continuado é aquele crime que perdura por um espaço de tempo, ele não é instantâneo. Exemplo típico é o tráfico de drogas. Não se pode falar que alguém "cometeu tráfico de drogas às 14:00 de ontem", mas sim que a pessoa "está traficando" ou "estava traficando" durante um certo período de tempo, que pode ser de, horas, dias, meses, anos (se bem que falar em anos já é difícil, geralmente traficante tem vida curta!). Assim, se uma lei penal é publicada durante este espaço de tempo em que o crime está ocorrendo, ela será aplicável ainda que prejudicial ao infrator. A lei penal mais grave só não será aplicável ao crime continuado quando este crime cessar antes da publicação da lei. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 39. (FCC/ TMAA- MPE-PB/ 2015) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, sendo que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Comentário: Trata-se doprincípio da legalidade penal, previsto no inciso XXXIX do art. 5º da Constituição Gabarito: Correto. 40. (FCC/Técnico - informática - TRF 5ª/2008) A lei penal somente retroagirá em prejuízo do réu. Comentário: Justamente o contrário. A lei penal não poderá retroagir, a não ser que seja para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL). Gabarito: Errado. 41. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal pode retroagir para beneficiar ou prejudicar o réu. Comentários: A lei penal não retroagirá, salvo para "beneficiar" o réu. Para prejudicar o réu nunca poderá (CF, art. 5°, XL). Gabarito: Errado. 42. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Comentários: Mais uma questão de súmula, o que mostra a importância de saber a literalidade destes pensamentos fixados pelo tribunal. Trata-se da súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. ” Gabarito: Correto. 43. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A Constituição Federal assegura que a lei penal não retroagirá, ainda que para beneficiar o réu. Comentários: Errado... retroagirá somente se for para beneficiar o réu. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 44. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) a lei penal não retroagirá, salvo para punição do réu que tiver cometido crime hediondo. Comentários: Errado... retroagirá somente se for para beneficiar o réu, sendo irrelevante a natureza do crime praticado. Gabarito: Errado. 45. (VUNESP/ AJOJ- TJ-AM/ 2015) Acerca dos direitos e garantias individuais e coletivos, previstos no Art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa incorreta. (B) A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. (C) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Comentários: Tais regras estão assim redigidas na CF... Gabarito: Ambas estão corretas. Práticas discriminatórias, crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia e crimes inafiançáveis e imprescritíveis (art. 5.º, XLI a XLIV) XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; • Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena imposta em sentença judicial transitada em julgado. • Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e não individual. • Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, XVII) sempre através de lei federal com deliberação no CN (art. 48, VIII). • Competência para conceder indulto (e graça): é de discricionariedade do Presidente da República (art. 84, XII) podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU (art. 84, § único). Pulo do Gato: Em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos", eu proponho um método para facilitar a memorização destes crimes previstos na CF/88. Perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora, existe uma diferença nos outros tratamentos. Deste modo os crimes se dividiriam em 3 grupos: racismo, ação de grupos armados, e o que chamaria de 3TH (tortura, tráfico, terrorismo e hediondos). A Constituição estabeleceu para eles o seguinte tratamento: • ação de grupos armados contra o Estado – imprescritível; • racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – racismo X R – reclusão); • 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ). 46. (FCC/ TM-MPE-PB/ 2015) De acordo com a Constituição Federal, dentre os direitos e garantias individuais e coletivos, considera-se crime inafiançável e imprescritível a prática do racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Comentários: Correto, estas são as ÚNICAS hipóteses de crimes imprescritíveis. Gabarito: Correto. 47. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Segundo a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a prática de: a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR b) tortura. c) racismo. d) latrocínio. e) terrorismo. Comentários: As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela Constituição. A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável, imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão. Gabarito: Letra C. 48. (CESPE/ TJASegurança- MPU/ 2015) A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível. Comentários: Questão de literalidade, correta! Gabarito: Correto. 49. (CESPE/ Agente PF/ 2014) O terrorismo, o racismo, a tortura e o tráfico ilícito de entorpecentes são crimes hediondos, inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia. Comentários: O racismo não é considerado crime hediondo. Os demais crimes citados são equiparados a hediondos. Gabarito: Errado. 50. (CESPE/ANAC/2009) É imprescritível a ação tendente a reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais da pessoa humana. Comentários: Decorrente do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, e pelo fato da ausência de disposição constitucional, temos que as violações aos direitos humanos podem ser punidas a qualquer tempo, não podendo se falar em prescrição do direito do Estado de puni-las. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 51. (CESPE/MEC/2009) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Comentários: Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte: • Ação de grupos armados contra o Estado - Imprescritível; • Racismo - Imprescritívele sujeito a Reclusão (R - Racismo X R - Reclusão); • 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do "H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça"). Gabarito: Correto. 52. (ESAF/ATRFB/2012) A prática do racismo não constitui conduta ilícita, pois está garantida pelo direito constitucional de liberdade de expressão. Comentários: Errado. Racismo é crime expressamente previsto na Constituição Federal, que sujeita o infrator à pena de reclusão, além de ser inafiançável e imprescritível. Gabarito: Errado. 53. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a lei considerará os crimes hediondos inafiançáveis e imprescritíveis. Comentários: Errado. Não há correlação entre inafiançabilidade e imprescritibilidade... Gabarito: Errado. 54. (VUNESP/ Procurador Unicamp/ 2014) a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Correto, é o teor do art. 5°, XLIII. Gabarito: Correto. Atualmente defende-se que não existem divisões de "raça", só existiria uma raça: a raça humana. Desta forma, para definirmos a noção de racismo não há nenhum critério objetivo e científico que nos permita fazer uma separação entre diferentes raças. Assim, o conceito de racismo deve ser considerado amplo, não no sentido de apenas "cor de pele" ou outras características físicas, mas também devido a traços culturais e etnia. Veja o que diz o art. 1º da Lei nº 7.716/89: “Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Assim é possível perceber a vedação à discriminação resultante várias origens, e não somente pela cor da pele. Por fim, importante ainda não confundir o crime de racismo com o crime de injúria classificada por racismo ("injúria racial"). A mencionada lei pune com reclusão de até 5 anos os crimes resultantes de discriminação quando empregados como uma ofensa geral e não só a um indivíduo isoladamente. Já o crime de injúria qualificada por racismo está prevista no Código Penal, art. 140, §3º, é um crime contra a honra, em que o agente ofende uma pessoa isoladamente, como ocorreu no famoso caso do jogador Grafite que foi xingado pelo zagueiro argentino de macaco e por isso foi preso em São Paulo há uns anos atrás. Intranscendência da Pena XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Baseado neste dispositivo, vemos que a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). 55. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Pitágoras foi condenado a reparar os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal cobrança em face de Tibério é a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens. c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente. d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens. e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados pelo falecido à titulo de herança. Comentário: A questão tentava extrair do candidato o conhecimento sobre o teor do art. 5º, XLV da Constituição: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Assim, a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). Gabarito: Letra A. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 56. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de reparar danos e a decretação do perdimento de bens. Comentários: A Constituição diz em seu art. 5º, XLV que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas, poderá a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. Gabarito: Errado. 57. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Consoante o princípio da responsabilidade pessoal, nenhuma pena pode passar da pessoa do condenado, no entanto a obrigação de reparar o dano pode ser estendida a seus sucessores, até o limite do valor do patrimônio transferido. Comentários: Trata-se da cobrança do art. 5º, XLV da Constituição Federal, segundo o qual nenhuma pena passará da pessoa do condenado (já que é pessoal e intransferível) podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mas sempre limitada ao valor do patrimônio transferido. Gabarito: Correto 58. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimôniotransferido. Comentários: A pena é pessoal e intransferível por sucessão, a única coisa que se pode transferir é a obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens, sempre no limite do patrimônio transferido. O enunciado traz a literalidade do disposto na Constituição, art. 5º XLV. Gabarito: Correto 59. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, estando, porém, os seus sucessores obrigados a reparar o dano do DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR crime, sendo-lhes aplicada a decretação do perdimento de bens até o limite do patrimônio do criminoso que tiver sido transferido àqueles. Comentários: A assertiva busca o seu fundamento na Constituição, art. 5.º, XLV. Neste artigo, percebemos a personalização da pena, que não deve ser transferida para nenhuma outra pessoa, senão aquela que cometeu o ilícito. Porém, no caso do patrimônio transferido por sucessão, este patrimônio poderá ser usado para reparar o dano, mas deve-se notar que a execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite do patrimônio transferido, nunca além deste. Gabarito: Correto. 60. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) Constituição da República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. O dispositivo constitucional ora transcrito refere-se a um dos princípios denominado (A) Princípio da intranscendência. (B) Princípio do privilégio contra a autoincriminação. (C) Princípio do devido processo legal. (D) Princípio da correlação. (E) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. Comentários: Trata-se do princípio da Intranscendência das penas. Gabarito: Letra A. Individualização da pena XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Por exemplo, uma pessoa condenada por crime de improbidade administrativa terá seus direitos políticos suspensos por força do art. 37, § 4º, e pelo art. 15 da CF. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; (CF, art. 84, XIX) → Compete privativamente ao Presidente da República declarar guerra e a mobilização nacional (total ou parcialmente), no caso de agressão estrangeira: • autorizado pelo CN; ou • referendado pelo CN, quando ocorrer no intervalo das sessões legislativas; 61. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, (A) privação de liberdade e o trabalho forçado em colônia agrícola ou industrial. (B) perda de bens e a suspensão ou interdição de direitos. (C) multa e o trabalho forçado em colônia agrícola ou industrial. (D) prestação social alternativa e o banimento. (E) perda de bens e o trabalho forçado em colônia agrícola ou industrial. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Gabarito: Letra B. 62. (CESPE/Jornalista- FUB-DF/ 2015) Em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados e de banimento. Pode haver, excepcionalmente, pena de morte. Já em hipótese alguma haverá pena perpétua, trabalho forçado, cruel ou banimento. Comentários: Gabarito: Errado. 63. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) Em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados e de banimento. Comentários: Pode haver, excepcionalmente, pena de morte. Já em hipótese alguma haverá pena perpétua, trabalho forçado, cruel ou banimento. Gabarito: Errado. 64. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que: a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia a prática da tortura. d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. Comentários: Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos. Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de detenção, já que o correto seria reclusão. Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH - Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é "suscetível" de graça ou anistia. Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos termos do art. 5º, XLIV. Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV). Gabarito: Letra A. 65. (CESPE/Jornalista- FUB-DF/ 2015) Em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados e de banimento. Comentários: Pode haver, excepcionalmente, no caso de guerra declarada, pena de morte. Gabarito: Errado. 66. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É proibida a instituição de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional. Comentários: A questão é confusa, pois a regra é ser proibida a instituição de pena de morte no Brasil. Porém, a banca entendeu que a questão estaria incorreta, pois existe o caso de pena de morte em tempo de guerra externa declarada. O CESPE costuma usar esta assertiva como incorreta, sempre olhando para a exceção, por isso, já se pode adotar esta postura em relação à banca. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. VítorCruz e Rodrigo Duarte 36 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 67. (ESAF/ATRFB/2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação de pena de trabalhos forçados. Comentários: Tal pena é expressamente vedada pela Constituição (CF, Art. 5º, XLVII, c). Gabarito: Errado. 68. (ESAF/AFRFB/2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento. Comentários: Tal modalidade é expressamente vedada pelo art. 5º, XLVII, d. Gabarito: Errado. 69. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Para a Constituição, a sobrevivência da nacionalidade é valor mais importante que a vida individual de quem porventura venha a trair a pátria em momentos cruciais. Comentários: Isso mesmo, o único caso de pena de morte no Brasil é a deserção em presença do inimigo, previsto no art. 392 do Código Penal Militar, com o respaldo do art. 5º da Constituição quando prevê que não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. Desta forma, a Constituição coloca a vida do desertor em um patamar de importância abaixo da preservação da nação. Gabarito: Correto. 70. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a prestação social alternativa, a suspensão ou interdição de direitos e o banimento. Comentários: Errada. A questão mistura dispositivos constitucionais previstos no art. 5.º, XLVI e XLVII. Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de banimento, trabalho forçado ou, ainda, perpétuas. Porém, no caso de pena de morte, é admitida se estivermos em guerra externa declarada. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A questão erroneamente incluiu o banimento entre as hipóteses possíveis de pena. Desta forma, está incorreta. Gabarito: Errado. 71. (FCC/ AMAJ- CNMP/ 2015) ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, desde que mediante pagamento de fiança. Comentários: O erro está em dizer que somente poderá ser concedida a liberdade provisória mediante o pagamento de fiança, o que não é verdade. Gabarito: Correto. 72. (FCC/ Defensor- DPE-AM/ 2013) às presidiárias serão asseguradas as condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. Comentários: Gabarito: Correto. 73. (CESPE/ Agente- DPEN/ 2013) Entre os direitos constitucionais garantidos às presidiárias incluem-se o respeito à integridade física e moral; as condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; e o cumprimento da pena em estabelecimento distinto ao dos apenados do sexo masculino. Comentários: Correto, segundo o art. 5°, L, às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; obviamente, além de outros direitos assegurados aos demais presos. Gabarito: Correto. 74. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) Assinale a alternativa que contempla hipótese de exceção à regra de que a Constituição Federal não admite a prisão civil por dívidas. (A) Devedor de obrigação monetária por dívida de jogo. (B) Inadimplemento de dívida de fiador de contrato de locação. (C) Descumprimento de obrigação pecuniária de contrato de financiamento bancário. (D) Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 38 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR (E) Responsável civil por obrigação derivada de acidente automobilístico. Comentários: No ordenamento atual, somente será permitida a prisão nas hipóteses de Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. Gabarito: Letra D. 75. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. Comentários: Exatamente, conforme estabelece o art. 5°, LXI. Gabarito: Correto. 76. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, imediatamente, ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Comentários: Exatamente, conforme estabelece o art. 5°, LXII. Gabarito: Correto. Direitos assegurados aos presos XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; Demais direitos dos presos: � LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; � LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 39 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR � LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial; � LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; � LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; � LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença; 77. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade policial. Comentários: A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade JUDICIAL. Gabarito: Errado. Extradição LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; Extradição: É um pedido que um país faz a outro, quando alguém que está no território deste foi condenado ou está sendo processado por alguma infração penal no país que pediu a extradição, para que, assim, possa ser processado ou cumpra pena em seu território. Geralmente ocorre nos termos de tratados internacionais bilaterais de extradição. Para países sem tratados com o Brasil, deverá ser observado o “Estatuto do Estrangeiro” (Lei nº 6.815/80). A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral: 1- Não ser crime político nem crime de opinião; 2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil); 3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos). A extradição pode ser classificada como ativa ou passiva: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 40 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte
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