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aula 6 fontes 2017

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DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
1 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6 
Direito Constitucional 
Continuação Direitos e Deveres Individuais 
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
 
Pandora
carimbo
DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
2 
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Olá Pessoal, tudo certo? Gostando do curso? 
Hoje vamos fechar os direitos e deveres individuais e coletivos, 
vamos nessa que ainda temos muito o que estudar... 
 
Direito de informação em órgãos públicos: 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
Essas informações são de relevância para a pessoa ou para a 
coletividade. Se negado este direito, poderá ser impetrado: 
� habeas data, no caso de ser uma informação pessoal do 
impetrante, ou; 
� mandado de segurança, no caso de uma informação, que 
embora seja de seu interesse, não seja estritamente ligada 
à sua pessoa. 
 
1. (VUNESP/ Oficial Avaliador-TJ-PA/ 2014) todos têm direito 
a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de responsabilidade. 
Comentários: 
O erro está em afirmar que o prazo é de 30 dias, uma vez que a 
Constituição diz que as informações serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade 
Gabarito: Errado. 
 
2. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber 
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Comentários: 
Aula 6 
DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
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É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5°, 
XXXIII, da CF/88. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) 
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado. 
Comentários: 
A banca usou a disposição literal encontrada no art. 5.º, XXXIII. O 
direito de informação permite que todas as pessoas, que assim 
necessitarem, possam se dirigir a órgãos públicos e pedir informações 
que sejam de seu interesse particular ou de interesse da coletividade. 
Importante notar que a autoridade pública deve prestar estas 
informações no prazo legal, sob pena de ser responsabilizada. A 
autoridade não está obrigada a prestar aquelas informações cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Gabarito: Correto. 
 
Direito de petição e direito de obter certidões 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou 
jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e 
"pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus 
direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. 
Não se deve confundir o direito de petição, que é o direito de pedir 
que o Poder Público (seja o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou 
ainda o Ministério Público) tome certas providências, com o direito de 
ingressar com uma ação judicial ou de postular em juízo. Muitas 
bancas tentam confundir o candidato associando erroneamente estes 
institutos. 
DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
Aula 06- Direitos e Aula Deveres Fundamentais 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
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Embora a literalidade da Constituição pareça conceder uma 
imunidade ao pagamento de taxas, essa imunidade parece ser 
defendida com força apenas pela doutrina tributarista, boa parte da 
doutrina de direito constitucional entende que o legislador 
constituinte pretendia dar gratuidade geral de quaisquer custas 
referentes a esses institutos e não apenas dispensar o pagamento de 
taxas (que é apenas uma das espécies de tributos). Em provas de 
concursos, as bancas não têm entrado nesse mérito, limitando-se a 
cobrar os seguintes pontos sobre o direito de petição e certidão: 
1. Não precisa de lei regulamentadora; 
2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui 
caráter restritivo, ou seja, TODOS são isentos, e não apenas os 
pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas 
jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade. 
3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos 
em nome próprio ou da coletividade. 
4. É um direito fundamental perfeitamente extensível aos 
estrangeiros que estejam sob a tutela das leis brasileiras. 
5. Estes direitos, se negados, também poderão dar motivo à 
impetração de Mandado de Segurança. 
 
4. (CESPE/ Notários- TJBA/ 2014) É a todos assegurada, desde 
que mediante o pagamento de taxa de serviço, a obtenção de 
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
Comentários: 
O exercício de tais direitos INDEPENDE do pagamento de taxas... 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE/Analista Administrativo- PREVIC/2011) 
Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, 
para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de 
terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas. 
Comentários: 
A Constituição não assegura o direito de certidão para esclarecer 
situações de interesse de terceiros, apenas as de interesse pessoal 
(CF, art. 5º, XXXIV, "b"). 
Gabarito: Errado. 
 
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6. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) o direito de 
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder independe do pagamento de taxas. 
Comentários: 
Conforme preceitua o art. 5º, XXXIV são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição 
aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em 
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. 
Gabarito: Correto. 
 
7. (ESAF/Procurador PGFN/2012) São a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas, a obtençãode certidões 
em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de 
situações de interesse pessoal. 
Comentários: 
Isso aí... é o teor do art. 5º,XXXIV, “a” e “b”. 
Gabarito: Correto. 
 
8. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) São 
a todos assegurados, condicionado ao pagamento de taxas, o direito 
de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em 
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. 
Comentários: 
Esses direitos são idependentes do pagamento de taxas. 
Gabarito: Errado. 
 
9. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) O direito 
de petição assegurado na Constituição Federal: 
a) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado. 
b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros. 
c) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para 
tomada de providências. 
d) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a 
atividade necessária ao seu atendimento. 
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e) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as 
suas instâncias e esferas federativas. 
Comentários: 
O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou 
jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e 
"pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus 
direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. 
Letra A - Errado. Ele é auto-aplicável, não precisa de uma lei 
regulamentadora para ser exercível. 
Letra B - Correto. O Direito de Petição é também assegurado àqueles 
estrangeiros em território nacional, sob as leis brasileiras. 
Letra C - Errado. Endereçamento é aquela formalidade que existe nas 
peças judiciais, onde o advogado endereça a petição ao 
"Excelentíssimo Senhor Juiz blá blá blá" ... O direito de petição não 
tem nenhuma formalidade rígida, é um pedido mais simples de 
tomada de providências. 
Letra D - Errado. Segundo a Constituição, art. 5º, XXXIV, o direito de 
petição é assegurado a todos, independentemente do pagamento de 
taxas. 
Letra E - Errado. A autoridade pública, destinatária da petição, não 
precisa ser do Poder Executivo. Pode ser qualquer Poder. 
Gabarito: Letra B. 
 
10. (CESGRANRIO/Técnico - BACEN/2010) Juan, cidadão 
argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de 
encaminhar uma petição dirigida a determinada autoridade, 
reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, 
a Constituição: 
(A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa 
correspondente ao serviço. 
(B) permite a Juan exercer tal direito. 
(C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou 
naturalizados). 
(D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos 
políticos. 
(E) não assegura tal direito. 
Comentários: 
Estamos novamente tratando do Direito de Petição. 
O direito de petição é isento de taxas - Letra A está errada. 
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A letra B está correta, já que tal direito também é concedido aos 
estangeiros que estejam sob leis brasileiras, e por consequência, as 
letras C, D e E estão erradas. 
Gabarito: Letra B. 
 
Inafastabilidade do Judiciário 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio 
importantíssimo para o Estado democrático de direito. Pois ao 
garantir que toda lesão ou ameaça a direito estará sujeita a 
apreciação do Poder Judiciário, a Constituição impede os usos 
arbitrários de poder que ameaçam a democracia. 
Vamos tecer algumas considerações sobre o princípio: 
O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio expresso 
na Constituição? 
Sim, está no art. 5º, XXXV: "a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito". 
O entendimento deste artigo é que, por este princípio, alguém poderá 
acessar o Poder Judiciário sem necessariamente esgotar as esferas 
administrativas e será apenas o Poder Judiciário que fará a “coisa 
julgada” em definitivo, típico do direito inglês, diferentemente do 
franCês, onde há o “Contencioso administrativo”. (no contencioso 
administrativo, a esfera administrativa é capaz de proferir decisões 
definitivas, sem que sejam apreciadas pelo Poder Judiciário). 
2- Existem exceções a este princípio? 
Sim: 
A) CF, art. 217 §1º → O Poder Judiciário só admitirá ações 
relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se 
as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
B) Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a 
propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade 
administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e 
STJ - Súmula nº2) 
C) Lei no 11.417/06 → Contra omissão ou ato da administração 
pública (contrário ao teor de súmula vinculante do STF), o uso da 
reclamação (impugnação ao Supremo de descumprimento da 
decisão) só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 
 
3- Por que este princípio existe? 
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O Brasil é um Estado Democrático de Direito. Assim, para que esta 
característica se concretize, precisa-se de um Poder Judiciário efetivo, 
que realmente tome conhecimento das demandas, e assim sirva de 
"balança" nas relações internas. Assim, o Poder Judiciário é peça 
importantíssima para efetivação do sistema de "freios e contrapesos", 
pois, impede que haja abusos e autoritarismos por parte dos Poderes 
Executivo e Legislativo. 
 
11. (CESPE/ Procurador- Salvador/ 2015) O princípio da 
inafastabilidade da jurisdição impede o estabelecimento, no 
ordenamento jurídico brasileiro, de cláusulas compromissórias de 
arbitragem em contratos, ainda que estes sejam relativos a direito 
disponível. 
Comentários: 
Errado, o estabelecimento de cláusulas compromissórias de 
arbitragem em contratos é uma opção das partes, que preferiram não 
buscarem a solução para seus impasses para o poder judiciário. 
Gabarito: Errado. 
 
12. (FCC/ Analista- TRE-RR/ 2015) São consideradas garantias 
fundamentais, dentre outras, 
(a) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa humana. 
(b) vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade. 
(c) os direitos à vida, à saúde e à segurança. 
(d) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o 
mandado de segurança. 
(e) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso 
Comentários: 
Correto, aqui precisamos lembrar a diferenciação entre direitos e 
garantias fundamentais, relembrando que... 
 
13. (FCC/ Analista- PGE-BA/ 2013) O princípio segundo o qual a 
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito, denomina-se 
(a) da proteção à coisa julgada e ao ato jurídico perfeito. 
(b) da exclusiva proteção de bens jurídicos. 
(c) da legalidade. 
(d) da inafastabilidade do controle jurisdicional. 
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(e) da legitimidade popular. 
Comentários: 
Trata-se do princípo da inafastabilidade do controle judicial. 
Gabarito: Letra D. 
 
14. (FCC/ TJAA- TRT 1ª/ 2013) Dentre os direitos assegurados 
na Constituição Federal que regem os processos judiciais está o 
direito 
(A) à produção de quaisquer provas, em qualquer tempo e 
procedimento, ainda que obtidas por meios ilícitos, em decorrência do 
princípio constitucional da ampla defesa. 
(B) de deduzir pedido e apresentar defesa, por via oral, 
independentemente do tipo de procedimento aplicado ao caso. 
(C) a juízo ou tribunal de exceção. 
(D) à inafastabilidade do controle jurisdicional de lesão ou ameaça a 
direito. 
(E) de a parte formular pedido e deduzir defesa independentemente 
de constituir advogado. 
Comentários: 
A resposta correta é o princípo da inafastabilidade do controle 
judicial, que tanto pode ser preventivo como repressivo. 
Gabarito: Letra D. 
 
15. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não poderá 
excluir da aprecição do Judiciário lesão ou ameça de direito, mas a 
própria Constituição pode fazê-lo. 
Comentários: 
Item correto, veja que o dispositivo constitucional veda que a lei 
possa afastar a apreciação de um conflito pelo judiciário, mas a 
Constituição pode fazer. 
Gabarito: Correto. 
 
16. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não excluirá 
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, mas 
pode condicionar tal acesso ao prévio esgotamento das instâncias 
administrativas. 
Comentários: 
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Isso também seria um obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário, sendo 
que somente a própria Constituição pode fazê-lo, a lei não tem esse 
Poder. 
Gabarito: Errado. 
 
Limitação a retroatividade da lei 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 
Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito 
Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): 
a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada e define os conceitos: 
• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o 
seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. 
O caso do ato jurídico perfeito (aquela coisa que já está consumada 
nos termos da lei, logo não pode ser alterada, pois "já se foi", já se 
consumou) e o caso da coisa julgada são de fácil entendimento. A 
grande discussão se dá no caso do direito adquirido. Vamos ver 
algumas discussões: 
 
Direito adquirido X nova constituição: 
 Observe que a Constituição fala no 
termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à 
entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que 
o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras 
intransponíveis. 
Já em se tratando de Emendas Constitucionais, a questão é 
controversa, pois esta não é ilimitada como a Constituição originária 
e deve respeitar limitações constitucionais, como os direitos 
individuais. Sendo assim, a posição majoritária é que as emendas 
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constitucionais devem respeitar o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. 
 
Direito adquirido X lei de ordem pública: 
 
 STF – ADI 493 → O disposto no art. 5º, 
XXXVI, da Constituição Federal, se aplica a toda e qualquer lei 
infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público 
e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. 
O que se quer dizer com esse julgado é que "qualquer lei 
infraconstitucional deve respeitar o disposto no art. 5º, XXXVI da 
Constituição". Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito 
aplicam-se inclusive às leis de ordem pública. 
Desta forma, conforme salientado por José Afonso da Silva, o correto 
seria dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça 
sobre o interesse geral. Estando incorreto falar que não se pode 
invocar o direito adquirido face à lei de ordem pública ou lei de direito 
público. 
 
Para fins de elucidação dos termos: 
A lei pode ser classificada como direito público ou direito privado: 
Lei de direito privado - são leis que regulamentam relações estritas 
entre particulares, não envolvem interesses da sociedade como um 
todo nem os interesses do Estado. 
Leis de direito público - estabelecem relações envolvendo o Estado 
e defendendo o interesse público. 
Quanto à sua obrigatoriedade, as leis podem ser: 
Leis de ordem pública (ou imperativas) - são também chamadas 
de cogentes, são aquelas leis imperativas que organizam a 
sociedade, proibindo ou autorizando condutas. Sendo de 
observância obrigatória, a autonomia particular não pode se opor a 
elas. 
Leis dispositivas - são aquelas leis não imperativas, estabelecem 
direcionamentos, mas sem negar a autonomia privada. São as 
normas que irão vigorar em caso de silêncio das partes. 
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Mais uma vez ratificando: qualquer lei, independentemente do seu 
teor ou classificação deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 
Direito adquirido X regime jurídico: 
 A recorrente frase "não existe direito 
adquirido a regime jurídico" decorre de diversos julgados onde o STF 
reconheceu que a mudança das relações institucionais entre o Estado 
e seus servidores não podem ser impugnadas sob a alegação de que 
os servidores teriam direito adquirido àquelas relações vigentes no 
momento em que entraram em serviço. 
Por exemplo, se uma lei federal viesse a substituir ou modificar a lei 
8112/90 (regime jurídico dos servidores federais) alterando alguns 
direitos previstos nesta norma, não poderiam os servidores federais 
alegar que pelo fato de terem entrado em serviço sob a vigência 
daquela norma teriam adquirido o direito a fazer jus aos benefícios 
contidos naquele diploma. 
 
Irretroatividade da lei X ente público que editou a lei: 
 STF – Súmula nº 654 → A garantia da 
irretroatividade da lei, prevista no art. 5º XXXVI, da Constituição, não 
é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. 
Essa súmula, deriva de alguns julgados do STF, principalmente sobre 
a aposentadoria especial. Ela visa fazer com que o Estado cumpra 
compromissos criados por ele mesmo, não podendo se proteger com 
a garantia constitucional quando ele próprio editou a lei que cria o 
ônus. 
Vamos citar um exemplo: imagine o fato de que exista uma lei 
dizendo: é garantida a aposentadoria especial para as classes de 
trabalhadores X e Y, por realizarem atividades insalubres durante 25 
anos. 
Bom, posteriormentea entidade estatal edita uma lei declarando que 
a atividade dos trabalhadores da classe Z também é insalubre. 
O Estado é obrigado a reconhecer retroativamente os direitos da 
classe Z. Ele não pode dizer: "calma aê, a lei é irretroativa, antes 
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disso não vou mudar nada, só vale daqui pra frente". Não pode! 
Porque para o STF a garantia da irretroatividade da lei não é 
invocável pela entidade estatal que a tenha editado. 
 
17. (CESPE/ TJAA-STJ/2015) A superveniência de nova 
Constituição não afetará o direito adquirido na ordem constitucional 
anterior. 
Comentários: 
Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se 
poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de 
uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder 
Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. 
Então atenção aqui! 
Gabarito: Errado. 
 
18. (FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos, o direito adquirido 
a) é a expectativa de direito. 
b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na 
legislação. 
c) emana diretamente da lei em favor de um titular. 
d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. 
e) é o ato jurídico stricto sensu. 
Comentários: 
Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda 
não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa 
alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. 
Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito 
adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não 
pode ser alterado). 
Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu 
titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os 
requisitos previstos na lei. 
Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se 
incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá ideia 
de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou 
que se adquiriu o direito para exercer. 
Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito 
amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual 
decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito 
adquirido”. 
Gabarito: Letra C. 
 
19. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) A lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
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Comentários: 
Teor do art. 5º, XXXVI da Constituição: a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Gabarito: Correto. 
 
20. X’(FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido 
a) é a expectativa de direito. 
b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na 
legislação. 
c) emana diretamente da lei em favor de um titular. 
d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido. 
e) é o ato jurídico stricto sensu. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XXXVI da Constituição, a lei não prejudicará o 
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito 
Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): 
• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o 
seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. 
Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda 
não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa 
alcançar por haver alguma previsão normativa para tal. 
Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito 
adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não 
pode ser alterado). 
Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu 
titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os 
requisitos previstos na lei. 
Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se 
incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá idéia 
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de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou 
que se adquiriu o direito para exercer. 
Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito 
amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual 
decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito 
adquirido”. 
Gabarito: Letra C. 
 
21. (CESPE/ TJAA/ 2015) A superveniência de nova Constituição 
não afetará o direito adquirido na ordem constitucional anterior. 
Comentários: 
Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão 
invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova 
Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário 
é ilimitado, não há barreiras intransponíveis. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (ESAF/APO-MPOG/2010) É constitucional a redução de 
percentual de gratificação paga a servidor público, respeitada a 
irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a 
regime jurídico. 
Comentários: 
Percebemos que a assertiva trazida pela banca claramente se refere a 
um julgamento do STF, em 2009 (RE 563965), ocorrido pouco antes 
do concurso que caiu esta questão. Neste julgamento, o STF decidia 
sobre a constitucionalidade da redução de uma gratificação de uma 
servidora pública pela entrada em vigor de uma lei que modificava o 
regime jurídico vigente, alterando a fórmula de se calcular a 
gratificação. O STF decidiu que o direito adquirido pela servidora 
seria tão somente a irredutibilidade de vencimento, não 
havendo direito adquirido em relação à forma de calcular esse 
vencimento. O STF salientou, que no cálculo geral do vencimento, 
não se tinha ferido à irredutibilidade salarial e dessa forma, 
considerou legítima a mudança afirmando que é constitucional a 
redução de percentual da gratificação paga, desde que 
respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há 
direito adquirido a regime jurídico. 
Gabarito: Correto. 
 
Juiz Natural 
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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 JUIZ NATURAL é o abstratamente 
constituído antes da ocorrência do fato, requisito imprescindível para a 
independência e imparcialidade do órgão julgador. Importante 
destacar que o conceito não abrange somente os julgamentos do 
Judiciário, pois, veremos que o Senado Federal é o juízo natural para o 
julgamento do Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade. 
TRIBUNAL DE EXCEÇÃO → Aquele que é criado especificamente para 
julgar um crime,sem que existisse previamente. Também chamado de 
tribunal “ad hoc”, expressão latina que significa “específico”, “para 
isto” etc. 
Importante ainda ressaltar que este conceito não abrange somente os 
julgamentos do Judiciário, como por exemplo, o Senado Federal é o 
juízo natural para o julgamento do Presidente da República nos crimes 
de responsabilidade. 
 
23. (FCC/ AJTInformação- TRT 9ª/ 2013) Magda, professora de 
introdução ao estudo do Direito da Faculdade Águas Raras, está 
ensinando para sua filha Claudete quais são os direitos e deveres 
individuais e coletivos previstos na Constituição Federal brasileira. 
Magda deverá ensinar a Claudete que para determinadas penas 
privativas de liberdade apenadas com reclusão haverá juízo ou 
tribunal de exceção. 
Comentários: 
Errado, em nenhuma hipótese haverá Tribunal de exceção. 
Gabarito: Errado. 
 
24. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Não haverá juízo ou tribunal de 
exceção. 
Comentários: 
Vimos que pelo art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de 
exceção. E vimos também que Tribunal de exceção é aquele que é 
criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse 
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Correto. 
 
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25. (CESPE/TJAA-STM/2011) A imparcialidade do Poder 
Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são 
garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e 
qualquer indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, 
pessoas jurídicas. 
Comentários: 
Isso aí. Quando alguém está sendo acusado de algo, já deve existir 
um foro pré-determinado para seu julgamento, não se poder criar um 
órgão julgador "de exceção", apenas para julgar o referido caso, isso 
seria parcial e arbitrário. 
Esse direito abrange também pessoas jurídicas e estrangeiros, já que 
ambos são destinatários de direitos fundamentais (sempre que a eles 
não seja vedada a aplicação por decorrência lógica ou expressa). 
Gabarito: Correto. 
 
26. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho - MTE/ 2010) O princípio 
do juiz natural deve ser interpretado buscando não só evitar a criação 
de tribunais de exceção, mas também de respeito absoluto às regras 
objetivas de determinação de competência, para que não sejam 
afetadas a independência e imparcialidade do órgão julgador. 
Comentários: 
Perfeita a assertiva, estes realmente são os escopos de tal princípio. 
Gabarito: Correto. 
 
Promotor natural: 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
 
É entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao 
processo, e não à sentença. 
PROMOTOR NATURAL assim como ocorre com os magistrados, a 
intervenção dos membros do Ministério Público também deveria ser 
predeterminada, a partir de critérios abstratos estabelecidos por lei, 
anteriormente à ocorrência do fato. 
1. Para sentenciar ou processar alguém, só autoridade 
competente. 
2. Para dar respaldo a isso, a CF também garantiu: 
a) é privativa do Ministério Público a ação penal pública (art. 
129 da CF); 
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b) os membros do MP gozarão de inamovibilidade, salvo por 
interesse público (art. 128, § 5º da CF) 
Tudo isso para garantir que não haja processo de exceção na justiça 
brasileira. Os cargos do Ministério Público são previstos em lei, fixos, 
não se admite cargos genéricos. 
Uadi Lammêgo Bulos ensina que o fundamento deste princípio é que 
o acusado possa ter o seu processo analisado de forma livre e 
independente, de acordo com a legalidade. 
 
27. CESPE/ TJAA-STJ/ 2015) assim como ocorre com os 
magistrados, a intervenção dos membros do Ministério Público 
também deveria ser predeterminada, a partir de critérios abstratos 
estabelecidos por lei, anteriormente à ocorrência do fato. 
Comentários: 
Isso aí... você ainda tem dúvidas de que existe o princípio do 
promotor natural? 
Gabarito: Correto. 
 
28. (CESPE/ Procurador- TCE-PB/ 2014) Apesar do direito de 
não ser processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente, não se admite a figura do promotor natural, tendo em 
vista a unidade do MP. 
Comentários: 
Como não existe??? Está inclusive previsto constitucionalmente... 
Gabarito: Errado. 
 
29. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O princípio do promotor 
natural decorre da independência funcional e da garantia da 
inamovibilidade dos membros da instituição. 
Comentários: 
O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do 
Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São 
todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção 
na justiça brasileira. 
Gabarito: Correto. 
 
30. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre 
explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade. 
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Comentários: 
O promotor natural é um princípio implícito que decorre do princípio 
do Juiz Natural e da Inamovibilidade dos membros do MP, impedindo 
que haja processo de exceção. 
Gabarito: Errado. 
 
Tribunal do Júri 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida; 
A ideia do instituto do juri é um importante ponto do Estado 
Democrático de Direito, dando oportunidade à própria sociedade de 
julgr seus membros que cometerem garaves crimes. 
Aqui importante destacar que a “plenitude da defesa” tem uma 
abrangência maior que a ampla defesa e o contraditório, 
considerando que o acusado e o seu defensor podem utilizar de 
argumentos não jurídicos para a obtenção de sua absolvição, como 
por exemplo evocar questões de ordem sentimental, sociológica ou 
de política criminal. 
Importante destacar que tal soberania se refere aos fatos criminosos, 
haja vista que as questões relacionadas à aplicação da pena quem 
julga é o juiz presidente do tribunal do juri, desta forma, a pena 
imposta no tribunal do juri pode ser aumentada em grau de recurso 
pelo tribunal respectivo para julgar o recurso, o que este tribunal não 
pode fazer é condenar/ absolver o réu contrariando a decisão dos 
jurados.Assim, está errado falar que as decisões do juri são 
irrecorríveis ou imutáveis (essa pegadinha cai muito em concursos). 
 Cabe recurso da decisão do Júri, quando 
(art. 593, III, do Código de Processo Penal): 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
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c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos 
autos. 
 
Por favor, não quero ninguém decorando essas coisas do 
Códigode Processo Penal, eu coloquei apenas de forma a 
exemplificar a possibilidade de recurso da decisão do Júri. 
Beleza?? Ninguém vai ficar me perguntando: "Professor, não 
entendi o art. 593, III do CPP...", não é pra entender mesmo 
não, é só pra saber que existe. Valeu?! 
Só para fins de exemplificação novamente, no caso de recurso, 
poderá se convocar um novo Júri para fazer novo julgamento. Se for 
somente retificar algum erro na aplicação da pena, o tribunal faz, 
mas para julgar novamente, só se for outro Júri, justamente pela 
soberania dos veredictos. 
Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o fato de a 
competência do tribunal do Júri não prevalecer sobre as 
“prerrogativas de foro” conferidas pela própria Constituição Federal. 
Assim, ainda que nesses crimes dolosos contra a vida, o Presidente 
da República, por exemplo, será julgado pelo STF, devido à sua 
prerrogativa e não pelo Júri. 
 
 Apenas a Constituição Federal poderá 
estabelecer “prerrogativas de foro” que prevalecerão sobre o Júri. 
Consoante a isso, dispõe a Súmula nº 721: 
Súmula Vinculante nº 45: A competência constitucional do Tribunal 
do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição Estadual. 
STF – Súmula nº 603 → A competência para o processo e 
julgamento de latrocínio* é do juiz singular e não do júri. 
*Latrocínio, (roubo seguido de morte) é considerado crime contra o 
patrimônio e não crime doloso contra a vida. 
 
31. (CESPE/ Escrivão- SDS-PE/ 2016) O tribunal do júri tem 
competência para o julgamento dos crimes culposos e dolosos contra 
a vida. 
Comentários: 
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Pegadinha de concurso, lembre que o tribunal do júri tem 
competência para crimes DOLOSOS. 
Gabarito: Errado. 
 
32. (FCC/ AJ Contador- TRE-AM 2012) É reconhecida a 
instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a 
plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos 
e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 
Comentários: 
Correto, é o que diz o art. 5°, XXXVIII. 
Gabarito: Correto. 
 
33. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) é reconhecida 
a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados 
a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos 
veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida. 
Comentários: 
Teor do art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida;" 
Gabarito: Correto. 
 
34. (CESPE/ Escrivão- PC-PE/ 2016) O tribunal do júri tem 
competência para o julgamento dos crimes culposos e dolosos contra 
a vida. 
Comentários: 
O tribunal do júri somente julga crimes DOLOSOS contra a vida (art. 
5ºXXXVIII). 
Gabarito: Errado. 
 
35. (CESPE/ Notários- TJDF/ 2014) A competência do júri para o 
julgamento de crimes dolosos contra a vida não é absoluta e pode ser 
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excepcionada por regra da própria CF, como, por exemplo, o 
julgamento de prefeitos pelo TJ. 
Comentários: 
Exatamente... a regra comporta exceções, no entanto, as 
constituições estaduais não excepcionam se houver previsão na 
Constituição Federal, conforme a SV n° 45, que diz: “A competência 
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição 
Estadual”. 
Gabarito: Correto. 
 
36. (CESPE/ Promotor- MPE-AC/ 2014) Autoridade detentora 
de foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente na 
constituição estadual que praticar crime doloso contra vida deverá ser 
julgada pelo tribunal do júri. 
Comentários: 
Correto, é o teor da SV n° 45: “A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”. 
Gabarito: Correto. 
 
37. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) é assegurado 
à instituição do júri o sigilo de suas votações e a soberania de seus 
vereditos. 
Comentários: 
Correto. A questão trouxe com correção prerrogativas do júri contidas 
no art. 5º, XXXVIII da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
38. (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A Constituição 
Federal reconhece expressamente a instituição do júri popular, com a 
organização que lhe der a lei, não assegurando 
a) a plenitude de defesa. 
b) o sigilo das votações. 
c) a soberania dos veredictos. 
d) a irrecorribilidade de suas decisões. 
e) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida. 
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Comentários: 
Não podemos falar em irrecorribilidade nem imutabilidade das 
decisões do júri, já que elas são recorríveis. 
Gabarito: Letra D. 
 
Legalidade penal e Irretroatividade da lei penal: 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
O art. 5.º, XXXIX, consagra a regra do nullum crimen nulla poena 
sine praevia lege, consagrando, a um só tempo, dois princípios 
basilares do Direito Penal: 
� o princípio da legalidade (ou reserva legal), na medida em 
que não há crime sem lei que o defina, nem pena sem 
cominação legal, bem como 
� o princípio da anterioridade, visto que não há crime sem lei 
anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
Por sua vez, a regra do inciso XL do art. 5.º, consagra, outros dois 
princípios: 
� retroatividade da lei penal mais benéfica.; 
� irretroatividade da lei penal in pejus. 
STF – Súmula nº 711 → A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, caso ela entre em vigor 
anteriormente à cessação da continuidade ou da permanência. 
O crime continuado é aquele crime que perdura por um espaço de 
tempo, ele não é instantâneo. Exemplo típico é o tráfico de drogas. 
Não se pode falar que alguém "cometeu tráfico de drogas às 14:00 
de ontem", mas sim que a pessoa "está traficando" ou "estava 
traficando" durante um certo período de tempo, que pode ser de, 
horas, dias, meses, anos (se bem que falar em anos já é difícil, 
geralmente traficante tem vida curta!). Assim, se uma lei penal é 
publicada durante este espaço de tempo em que o crime está 
ocorrendo, ela será aplicável ainda que prejudicial ao infrator. 
A lei penal mais grave só não será aplicável ao crime continuado 
quando este crime cessar antes da publicação da lei. 
 
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39. (FCC/ TMAA- MPE-PB/ 2015) Não há crime sem lei anterior 
que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, sendo que a lei 
penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Comentário: Trata-se doprincípio da legalidade penal, previsto no 
inciso XXXIX do art. 5º da Constituição 
Gabarito: Correto. 
 
40. (FCC/Técnico - informática - TRF 5ª/2008) A lei penal 
somente retroagirá em prejuízo do réu. 
Comentário: 
Justamente o contrário. A lei penal não poderá retroagir, a não ser 
que seja para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL). 
Gabarito: Errado. 
 
41. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal pode retroagir para beneficiar 
ou prejudicar o réu. 
Comentários: 
A lei penal não retroagirá, salvo para "beneficiar" o réu. Para 
prejudicar o réu nunca poderá (CF, art. 5°, XL). 
Gabarito: Errado. 
 
42. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. 
Comentários: 
Mais uma questão de súmula, o que mostra a importância de saber a 
literalidade destes pensamentos fixados pelo tribunal. Trata-se da 
súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. ” 
Gabarito: Correto. 
 
43. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A Constituição Federal 
assegura que a lei penal não retroagirá, ainda que para beneficiar o 
réu. 
Comentários: 
Errado... retroagirá somente se for para beneficiar o réu. 
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Gabarito: Errado. 
 
44. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) a lei penal não retroagirá, 
salvo para punição do réu que tiver cometido crime hediondo. 
Comentários: 
Errado... retroagirá somente se for para beneficiar o réu, sendo 
irrelevante a natureza do crime praticado. 
Gabarito: Errado. 
 
45. (VUNESP/ AJOJ- TJ-AM/ 2015) Acerca dos direitos e 
garantias individuais e coletivos, previstos no Art. 5º da Constituição 
da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa incorreta. 
(B) A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
(C) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal. 
Comentários: 
Tais regras estão assim redigidas na CF... 
Gabarito: Ambas estão corretas. 
 
Práticas discriminatórias, crimes inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia e crimes inafiançáveis e imprescritíveis 
(art. 5.º, XLI a XLIV) 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos 
direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, 
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de 
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
• Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados 
fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos. 
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• Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena 
imposta em sentença judicial transitada em julgado. 
• Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e 
não individual. 
• Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, 
XVII) sempre através de lei federal com deliberação no CN (art. 
48, VIII). 
• Competência para conceder indulto (e graça): é de 
discricionariedade do Presidente da República (art. 84, XII) 
podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU 
(art. 84, § único). 
 
Pulo do Gato: 
Em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos", eu proponho 
um método para facilitar a memorização destes crimes previstos na CF/88. 
Perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora, existe uma diferença nos 
outros tratamentos. Deste modo os crimes se dividiriam em 3 grupos: 
racismo, ação de grupos armados, e o que chamaria de 3TH (tortura, 
tráfico, terrorismo e hediondos). A Constituição estabeleceu para eles o 
seguinte tratamento: 
• ação de grupos armados contra o Estado – imprescritível; 
• racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – racismo X 
R – reclusão); 
• 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a 
fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ). 
 
 
46. (FCC/ TM-MPE-PB/ 2015) De acordo com a Constituição 
Federal, dentre os direitos e garantias individuais e coletivos, 
considera-se crime inafiançável e imprescritível a prática do racismo e 
a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático. 
Comentários: 
Correto, estas são as ÚNICAS hipóteses de crimes imprescritíveis. 
Gabarito: Correto. 
 
47. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Segundo a Constituição 
Federal, constitui crime imprescritível a prática de: 
a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
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b) tortura. 
c) racismo. 
d) latrocínio. 
e) terrorismo. 
Comentários: 
As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de 
graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. 
O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela 
Constituição. 
A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável, 
imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão. 
Gabarito: Letra C. 
 
48. (CESPE/ TJASegurança- MPU/ 2015) A prática de racismo 
constitui crime inafiançável e imprescritível. 
Comentários: 
Questão de literalidade, correta! 
Gabarito: Correto. 
 
49. (CESPE/ Agente PF/ 2014) O terrorismo, o racismo, a 
tortura e o tráfico ilícito de entorpecentes são crimes hediondos, 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia. 
Comentários: 
O racismo não é considerado crime hediondo. Os demais crimes 
citados são equiparados a hediondos. 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE/ANAC/2009) É imprescritível a ação tendente a 
reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais 
da pessoa humana. 
Comentários: 
Decorrente do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, 
e pelo fato da ausência de disposição constitucional, temos que as 
violações aos direitos humanos podem ser punidas a qualquer tempo, 
não podendo se falar em prescrição do direito do Estado de puni-las. 
Gabarito: Correto. 
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51. (CESPE/MEC/2009) A prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei. 
Comentários: 
Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição 
são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. 
A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte: 
• Ação de grupos armados contra o Estado - 
Imprescritível; 
• Racismo - Imprescritívele sujeito a Reclusão (R - 
Racismo X R - Reclusão); 
• 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - 
Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do 
"H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça"). 
Gabarito: Correto. 
 
52. (ESAF/ATRFB/2012) A prática do racismo não constitui 
conduta ilícita, pois está garantida pelo direito constitucional de 
liberdade de expressão. 
Comentários: 
Errado. Racismo é crime expressamente previsto na Constituição 
Federal, que sujeita o infrator à pena de reclusão, além de ser 
inafiançável e imprescritível. 
Gabarito: Errado. 
 
53. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a lei considerará os 
crimes hediondos inafiançáveis e imprescritíveis. 
Comentários: 
Errado. Não há correlação entre inafiançabilidade e 
imprescritibilidade... 
Gabarito: Errado. 
 
54. (VUNESP/ Procurador Unicamp/ 2014) a lei considerará 
crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
Comentários: 
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Correto, é o teor do art. 5°, XLIII. 
Gabarito: Correto. 
 
 Atualmente defende-se que não existem 
divisões de "raça", só existiria uma raça: a raça humana. Desta 
forma, para definirmos a noção de racismo não há nenhum critério 
objetivo e científico que nos permita fazer uma separação entre 
diferentes raças. Assim, o conceito de racismo deve ser considerado 
amplo, não no sentido de apenas "cor de pele" ou outras 
características físicas, mas também devido a traços culturais e etnia. 
Veja o que diz o art. 1º da Lei nº 7.716/89: “Serão punidos, na forma 
desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. 
Assim é possível perceber a vedação à discriminação resultante várias 
origens, e não somente pela cor da pele. 
Por fim, importante ainda não confundir o crime de racismo com o 
crime de injúria classificada por racismo ("injúria racial"). A 
mencionada lei pune com reclusão de até 5 anos os crimes 
resultantes de discriminação quando empregados como uma ofensa 
geral e não só a um indivíduo isoladamente. 
Já o crime de injúria qualificada por racismo está prevista no Código 
Penal, art. 140, §3º, é um crime contra a honra, em que o agente 
ofende uma pessoa isoladamente, como ocorreu no famoso caso do 
jogador Grafite que foi xingado pelo zagueiro argentino de macaco e 
por isso foi preso em São Paulo há uns anos atrás. 
 
Intranscendência da Pena 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor 
do patrimônio transferido; 
Baseado neste dispositivo, vemos que a pena é intransferível, deve 
ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo 
ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite 
que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, 
herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no 
perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela 
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sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais 
(multas, indenizações e etc.). 
 
55. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Pitágoras foi condenado a reparar 
os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras 
faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de 
Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal 
cobrança em face de Tibério é 
a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que 
a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens. 
c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente. 
d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não 
tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de 
reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo 
irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens. 
e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à 
reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como 
responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados 
pelo falecido à titulo de herança. 
Comentário: 
A questão tentava extrair do candidato o conhecimento sobre o teor 
do art. 5º, XLV da Constituição: 
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
Assim, a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que 
cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A 
Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” 
a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na 
obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado 
ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas 
com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.). 
Gabarito: Letra A. 
 
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56. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de 
reparar danos e a decretação do perdimento de bens. 
Comentários: 
A Constituição diz em seu art. 5º, XLV que nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, mas, poderá a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. 
Gabarito: Errado. 
 
57. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Consoante o 
princípio da responsabilidade pessoal, nenhuma pena pode passar da 
pessoa do condenado, no entanto a obrigação de reparar o dano pode 
ser estendida a seus sucessores, até o limite do valor do patrimônio 
transferido. 
Comentários: 
Trata-se da cobrança do art. 5º, XLV da Constituição Federal, 
segundo o qual nenhuma pena passará da pessoa do condenado (já 
que é pessoal e intransferível) podendo a obrigação de reparar o 
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mas sempre 
limitada ao valor do patrimônio transferido. 
Gabarito: Correto 
 
58. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores 
e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimôniotransferido. 
Comentários: 
A pena é pessoal e intransferível por sucessão, a única coisa que se 
pode transferir é a obrigação de reparar o dano e o perdimento de 
bens, sempre no limite do patrimônio transferido. O enunciado traz a 
literalidade do disposto na Constituição, art. 5º XLV. 
Gabarito: Correto 
 
59. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
estando, porém, os seus sucessores obrigados a reparar o dano do 
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crime, sendo-lhes aplicada a decretação do perdimento de bens até o 
limite do patrimônio do criminoso que tiver sido transferido àqueles. 
Comentários: 
A assertiva busca o seu fundamento na Constituição, art. 5.º, XLV. 
Neste artigo, percebemos a personalização da pena, que não deve ser 
transferida para nenhuma outra pessoa, senão aquela que cometeu o 
ilícito. Porém, no caso do patrimônio transferido por sucessão, este 
patrimônio poderá ser usado para reparar o dano, mas deve-se notar 
que a execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite 
do patrimônio transferido, nunca além deste. 
Gabarito: Correto. 
 
60. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) Constituição da 
República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido”. O dispositivo constitucional ora transcrito 
refere-se a um dos princípios denominado 
(A) Princípio da intranscendência. 
(B) Princípio do privilégio contra a autoincriminação. 
(C) Princípio do devido processo legal. 
(D) Princípio da correlação. 
(E) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da Intranscendência das penas. 
Gabarito: Letra A. 
 
Individualização da pena 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
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Por exemplo, uma pessoa condenada por crime de improbidade 
administrativa terá seus direitos políticos suspensos por força do art. 
37, § 4º, e pelo art. 15 da CF. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
(CF, art. 84, XIX) → Compete privativamente ao Presidente da 
República declarar guerra e a mobilização nacional (total ou 
parcialmente), no caso de agressão estrangeira: 
• autorizado pelo CN; ou 
• referendado pelo CN, quando ocorrer no intervalo das sessões 
legislativas; 
 
 
 
61. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) A lei regulará a 
individualização da pena e adotará, entre outras, (A) privação de 
liberdade e o trabalho forçado em colônia agrícola ou industrial. 
(B) perda de bens e a suspensão ou interdição de direitos. 
(C) multa e o trabalho forçado em colônia agrícola ou industrial. 
(D) prestação social alternativa e o banimento. 
(E) perda de bens e o trabalho forçado em colônia agrícola ou 
industrial. 
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Comentários: 
Gabarito: Letra B. 
 
62. (CESPE/Jornalista- FUB-DF/ 2015) Em nenhuma 
circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, 
de trabalhos forçados e de banimento. 
Pode haver, excepcionalmente, pena de morte. Já em hipótese 
alguma haverá pena perpétua, trabalho forçado, cruel ou banimento. 
Comentários: 
Gabarito: Errado. 
 
63. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) Em nenhuma 
circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, 
de trabalhos forçados e de banimento. 
Comentários: 
Pode haver, excepcionalmente, pena de morte. Já em hipótese 
alguma haverá pena perpétua, trabalho forçado, cruel ou banimento. 
Gabarito: Errado. 
 
64. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e 
Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que: 
a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, 
as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, 
prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. 
b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. 
c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia 
a prática da tortura. 
d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático. 
e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. 
Comentários: 
Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a 
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
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a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de 
reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de 
detenção, já que o correto seria reclusão. 
Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH - 
Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é 
"suscetível" de graça ou anistia. 
Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos 
termos do art. 5º, XLIV. 
Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá 
somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV). 
Gabarito: Letra A. 
 
65. (CESPE/Jornalista- FUB-DF/ 2015) Em nenhuma 
circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, 
de trabalhos forçados e de banimento. 
Comentários: 
Pode haver, excepcionalmente, no caso de guerra declarada, pena de 
morte. 
Gabarito: Errado. 
 
66. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É proibida a instituição de 
pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional. 
Comentários: 
A questão é confusa, pois a regra é ser proibida a instituição de pena 
de morte no Brasil. Porém, a banca entendeu que a questão estaria 
incorreta, pois existe o caso de pena de morte em tempo de guerra 
externa declarada. O CESPE costuma usar esta assertiva como 
incorreta, sempre olhando para a exceção, por isso, já se pode adotar 
esta postura em relação à banca. 
Gabarito: Errado. 
 
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67. (ESAF/ATRFB/2012) A Constituição Federal de 1988 admite 
a aplicação de pena de trabalhos forçados. 
Comentários: 
Tal pena é expressamente vedada pela Constituição (CF, Art. 5º, 
XLVII, c). 
Gabarito: Errado. 
 
68. (ESAF/AFRFB/2012) A Constituição Federal de 1988 admite 
a aplicação da pena de banimento. 
Comentários: 
Tal modalidade é expressamente vedada pelo art. 5º, XLVII, d. 
Gabarito: Errado. 
 
69. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Para a Constituição, a 
sobrevivência da nacionalidade é valor mais importante que a vida 
individual de quem porventura venha a trair a pátria em momentos 
cruciais. 
Comentários: 
Isso mesmo, o único caso de pena de morte no Brasil é a deserção 
em presença do inimigo, previsto no art. 392 do Código Penal Militar, 
com o respaldo do art. 5º da Constituição quando prevê que não 
haverá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. 
Desta forma, a Constituição coloca a vida do desertor em um 
patamar de importância abaixo da preservação da nação. 
Gabarito: Correto. 
 
70. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – 
PE/2009) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a 
prestação social alternativa, a suspensão ou interdição de direitos e o 
banimento. 
Comentários: 
Errada. A questão mistura dispositivos constitucionais previstos no 
art. 5.º, XLVI e XLVII. 
Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de 
banimento, trabalho forçado ou, ainda, perpétuas. Porém, no caso de 
pena de morte, é admitida se estivermos em guerra externa 
declarada. 
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A questão erroneamente incluiu o banimento entre as hipóteses 
possíveis de pena. Desta forma, está incorreta. 
Gabarito: Errado. 
 
71. (FCC/ AMAJ- CNMP/ 2015) ninguém será levado à prisão ou 
nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, desde que 
mediante pagamento de fiança. 
Comentários: 
O erro está em dizer que somente poderá ser concedida a liberdade 
provisória mediante o pagamento de fiança, o que não é verdade. 
Gabarito: Correto. 
 
72. (FCC/ Defensor- DPE-AM/ 2013) às presidiárias serão 
asseguradas as condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação. 
Comentários: 
Gabarito: Correto. 
 
73. (CESPE/ Agente- DPEN/ 2013) Entre os direitos 
constitucionais garantidos às presidiárias incluem-se o respeito à 
integridade física e moral; as condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; e o 
cumprimento da pena em estabelecimento distinto ao dos apenados 
do sexo masculino. 
Comentários: 
Correto, segundo o art. 5°, L, às presidiárias serão asseguradas 
condições para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; obviamente, além de outros direitos 
assegurados aos demais presos. 
Gabarito: Correto. 
 
74. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) Assinale a alternativa 
que contempla hipótese de exceção à regra de que a Constituição 
Federal não admite a prisão civil por dívidas. 
(A) Devedor de obrigação monetária por dívida de jogo. 
(B) Inadimplemento de dívida de fiador de contrato de locação. 
(C) Descumprimento de obrigação pecuniária de contrato de 
financiamento bancário. 
(D) Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia. 
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(E) Responsável civil por obrigação derivada de acidente 
automobilístico. 
Comentários: 
No ordenamento atual, somente será permitida a prisão nas 
hipóteses de Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia. 
Gabarito: Letra D. 
 
75. (VUNESP/ Escrivão- PC-CE/ 2015) ninguém será levado à 
prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, 
com ou sem fiança. 
Comentários: 
Exatamente, conforme estabelece o art. 5°, LXI. 
Gabarito: Correto. 
 
76. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, 
imediatamente, ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada. 
Comentários: 
Exatamente, conforme estabelece o art. 5°, LXII. 
Gabarito: Correto. 
 
Direitos assegurados aos presos 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade 
física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que 
possam permanecer com seus filhos durante o período de 
amamentação; 
Demais direitos dos presos: 
� LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
� LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado; 
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� LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
interrogatório policial; 
� LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal; 
� LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a 
lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança; 
� LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso 
além do tempo fixado na sentença; 
 
77. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) a prisão ilegal será 
imediatamente relaxada pela autoridade policial. 
Comentários: 
A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
JUDICIAL. 
Gabarito: Errado. 
Extradição 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião; 
Extradição: É um pedido que um país faz a outro, quando alguém que 
está no território deste foi condenado ou está sendo processado por 
alguma infração penal no país que pediu a extradição, para que, 
assim, possa ser processado ou cumpra pena em seu território. 
Geralmente ocorre nos termos de tratados internacionais bilaterais de 
extradição. Para países sem tratados com o Brasil, deverá ser 
observado o “Estatuto do Estrangeiro” (Lei nº 6.815/80). 
A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, 
mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de 
ordem geral: 
1- Não ser crime político nem crime de opinião; 
2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem 
que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a 
extradição quanto no Brasil); 
3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo 
da lei brasileira (30 anos). 
A extradição pode ser classificada como ativa ou passiva: 
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