Buscar

Resenha Ordem do Discurso de Michel Foucault

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

From the SelectedWorks of Wagner Amodeo
January 2011
Resenha Ordem do Discurso de Michel Foucault
Contact
Author
Start Your Own
SelectedWorks
Notify Me
of New Work
Available at: http://works.bepress.com/amodeo/3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICHEL FOUCAULT: 
A ORDEM DO DISCURSO 
Resenha por 
Wagner Amodeo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
Novembro 2010 
2 
 
 
A ORDEM DO DISCURSO 
Resenha por 
Wagner Amodeo 
 
A presente resenha foi elaborada a partir da obra ―A ordem do discurso‖ de 
Michel Foucault, referente à aula inaugural proferida pelo autor no College de France 
em 02 de dezembro de 1970. Outras fontes de referência contribuíram para a 
compreensão dos conceitos abordados na obra em foco indicadas ao final deste 
trabalho. 
INTRODUÇÃO 
O livro em foco é um opúsculo, redigido em tom de conferência, onde M. 
Foucault relata suas principais reflexões e pesquisas sobre como os diversos 
discursos encontrados em uma dada sociedade, ou em um grupo social específico, 
exercem funções de controle, limitação e validação das regras de poder desta mesma 
sociedade. 
Um discurso, para o autor, é conceituado como uma rede de signos que se 
conecta a outras tantas redes de outros discursos, em um sistema aberto, e que 
registra, estabelece e reproduz não significados esperados no interior do próprio 
discurso, mas sim valores desta sociedade que devem ser perpetuados. O discurso 
não é um encadeamento lógico de palavras e frases que pretendem um significado em 
si mesmo, ainda que essa estratégia seja empregada, ele será uma importante 
organização (ordem) funcional onde se estrutura um imaginário social. O discurso 
deixa de ser a representação de sentidos pelo que se debate ou se luta e passa a ser, 
ele mesmo, o objeto de desejo que se busca, dando-lhe, assim, o seu poder intrínseco 
de reprodução e dominação. 
[...] O discurso nada mais é do que um jogo, de escritura, no 
primeiro caso, de leitura, no segundo, de troca, no terceiro, e essa 
troca, essa leitura e essa escritura jamais põem em jogo senão os 
signos. O discurso se anula assim, em sua realidade, 
inscrevendo-se na ordem do significante.1 
 
1
 “A ordem do discurso” Pág. 49. (FOUCAULT, 2010) 
3 
 
Foucault, nessa conferência, sintetiza as noções, princípios e táticas da 
organização do discurso e, em decorrência, as possibilidades de analisá-lo. 
RESENHA 
O autor inicia seu pronunciamento com um paradoxo: Como falar sobre o 
discurso tendo-se de empregar o próprio discurso para desvendá-lo? 
“Existe em muita gente, penso eu, um desejo semelhante de não 
ter de começar, um desejo de se encontrar, logo de entrada, do 
outro lado do discurso” 
2
 
Com tal exposição já denota a dificuldade de desvencilhar-se das estratégias 
empregadas pelo discurso seja o forma seja o corriqueiro. 
Menciona também de início a busca por “uma voz sem nome” a orientá-lo. 
Além de fazer um jogo de palavras para dizer que as palavras são isso mesmo, um 
jogo, ao final da obra irá acrescentar e revelar que essa frase também homenageia um 
predecessor seu, que muito contribuiu às suas pesquisas: Jean Hyppolite. 
A essência de sua crítica à ordem do discurso refere-se aos procedimentos que 
visam o controle do que é produzido, por quem é produzido, e de como se distribuem 
os discursos, como podem ser vistos no quadro sinótico. (Tabela 1). Com a concepção 
crítica estabelecida o autor proporá posturas e procedimentos metodológicos de 
análise do discurso. 
Podem ser destacados quatro conceitos entrelaçados e essenciais nesta obra: 
1. Existem diferenças fundamentais entre o que pode ser verdade, uma 
“possibilidade de verdade”, e o que Foucault designa “no verdadeiro”, 
aquela “verdade” aceita por determinada sociedade, aquela que 
interessa a um grupo social A “verdade” oficial, “verdade” que não 
perturba o status quo e é validada através de operações específicas, 
denominada “no verdadeiro”. Exemplifica com Mendel, quando suas 
pesquisas demonstraram ser verdadeiras não foram aceitas, pois não 
estavam “no verdadeiro”.3 
2. Não há simetria entre o que o discurso diz representar e os possíveis 
objetos e conceitos externos que efetivamente possam existir ou que 
têm a “possibilidade de verdade”. O discurso se insere nos 
 
2
 Op. cit. pág. 6. Existem os discursos formais, porém, uma vez que os valores sociais 
estejam incorporados torna-se possível perceber o discurso em quaisquer circunstâncias. 
3
 Op.cit. pág. 35 
4 
 
encadeamentos sígnicos de outros discursos dando-nos a impressão de 
continuidade ou até mesmo de evolução, aprofundamento progressivo 
desses discursos. O exemplo que Foucault fornece a respeito de 
Mendel é ilustrativo (item anterior), entretanto poderá induzir que as 
proposições mendelianas não foram aceitas apenas por uma questão 
contextual e que, assim que possível, tornaram a verdade em verdade 
oficial, validada. O autor, ao longo da obra, insiste que tal 
acontecimento não é uma decorrência natural, nem regular. 
3. O discurso é o encadeamento de significantes em si mesmo e de outros 
discursos externos. Não possui foco no significado e sim no significante 
e, portanto, no imaginário dos receptores. Reproduz “de” e “para” esse 
imaginário consolidando a função de perpetuar as leis, regras, normas, 
valores implícitos “no verdadeiro” socialmente aceito. 
“[...] O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou 
os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta, o 
poder do qual nos queremos apoderar”.4 
4. A estrutura social de manutenção desses valores dispõe de rituais 
específicos de validação e disseminação dos discursos que torna um 
pronunciamento aceito oficialmente. Seja pela qualificação de autores, 
seja pelas solenidades que envolvem os discursos, para citar dois 
exemplos. 
O discurso não é a representação simbólica do mundo ou de uma realidade 
exterior e universal. Por isso o autor disponibiliza outras noções que irão iludir nossa 
percepção da realidade discursiva e referem-se a temas que são tratados 
filosoficamente (Tabela 2). Dada a decorrência temporal e a falsa noção de 
continuidade, tornam-se noções dificilmente corrompidas. 
Essas noções apóiam-se em um anseio de logofilia, ou seja, um sentimento 
gerado pela educação familiar e social (em especial pelas estruturas de ensino), de 
que sempre é possível encontrar uma mensagem plena de sentidos e verdade no 
interior dos discursos. Sentimento que nos faz, mesmo inconscientemente, crer em um 
maniqueísmo entre o verdadeiro e o falso. Se há um núcleo validado, por diversos 
procedimentos, será possível encontrar uma verdade, caso contrário haverá o falso, o 
erro. Como, pelas próprias funções dos discursos, estes excluem os que lhe afrontam, 
parecerá que sempre há uma verdade intrínseca a ser encontrada. 
 
4
 Op.cit. pág. 10 
5 
 
Tabela 1 Quadro sinótico sobre a exclusão e ordenação dos discursos 
Procedimentos para a hegemonia na ordem dos discursos 
CONTROLE – SELEÇÃO – ORGANIZAÇÃO – REDISTRIBUIÇÃO 
1
º 
P
ro
c
e
d
im
e
n
to
: 
E
x
te
ri
o
r 
L
IM
IT
A
Ç
Ã
O
 
E
X
C
L
U
S
Ã
O
 O
 D
O
 D
IS
C
U
R
S
O
 
Interdição 
Palavra proibida. Ritual de 
Circunstância 
Tabu do Objeto. 
Direito privilegiado. 
Rejeição 
Dualística Razão X Loucura. 
Segregação da loucura. 
Vontade de verdade 
Validação “no verdadeiro” 
Verdadeiro X Falso 
2
º 
P
roc
e
d
im
e
n
to
: 
In
te
ri
o
r 
R
A
R
E
F
A
Ç
Ã
O
 
O
R
D
E
N
A
Ç
Ã
O
 D
O
 D
IS
C
U
R
S
O
 
Classificação. 
Categorização. 
Permanência 
Impermanência 
Produção e Divulgação 
Autoria 
Disciplinas 
3
º 
P
ro
c
e
d
im
e
n
to
: 
E
x
te
ri
o
r 
S
U
J
E
IÇ
Ã
O
O
 D
O
 D
IS
C
U
R
S
O
 Limitam seus poderes 
Especializações. Trocas e 
comunicações. Rituais de 
qualificação. Sociedades de 
discurso 
Dominam aparições aleatórias 
Ritualizações do discurso. 
Circunstâncias. Lugares 
simbólicos. Posições (status) 
Selecionam os que falam 
Quem pode falar. Autorizações, 
outorgas, qualificações, 
licenciaturas. Posições (status) 
 
A logofilia desliza a outro sentimento denominado logofobia, quer seja, o receio 
e a angústia de não ter o discurso próprio, individualizado, validado e, portanto, 
inserido “no verdadeiro”. Não ser reconhecido. Com isso esses discursos corroboram 
6 
 
na reprodução e manutenção das verdades oficiais. Logofilia e logofobia formam um 
par de elementos indissociáveis para a ordem do discurso, um eixo que estrutura a 
produção e divulgação dos discursos.5 
Este par logofilia-logofobia parece ser a fonte de outras noções estabelecidas 
pelo autor, que são a do sujeito fundante, da experiência originária e da mediação 
universal. Referem-se no primeiro caso à possibilidade, ou à crença nessa 
probabilidade, a de que um sujeito possa, até isoladamente, através de uma espécie 
de intuição e de uma suspeita racionalidade, fundar horizontes de significação que a 
história não terá senão a tarefa de explicitar em seguida.6 O sujeito assim qualificado 
estará isento da instância do discurso.7 
Tabela 2 Decisões fundamentais para a análise do discurso 
 
EIXO: LOGOFILIA – LOGOFOBIA 
Modos de elisão da realidade Decisões para análise do discurso 
Tema do sujeito fundante. 
Produz o registro 
ESCRITURA 
Questionar a 
vontade de verdade nos discursos. 
Tema da experiência originária. 
Supõe uma verdade anterior e contínua 
LEITURA 
Restituir o caráter aleatório, de 
acontecimento do discurso. 
Tema da mediação universal. 
Crença na consciência imediata e racional 
sobre o mundo 
TROCA 
Suspender a soberania dos significantes, 
do imaginário. 
 
A experiência originária supõe uma espécie de conhecimento do mundo 
existente antes de nossa aparição neste planeta. Inclina-se a dizer que, já que certas 
“verdades” foram ditas antes, é possível uma captura de tais pensamentos 
 
5
 Este eixo é construído, no indivíduo, pela educação familiar e pela a cultura social. 
Internalizam-se valores que serão, em dadas circunstâncias, os licenciadores e validadores dos 
discursos. 
6
 Op.cit. pág.47 
7
 Inserido no sistema de coerção e oficialmente validado, parecerá que o autor não está 
sujeito às armadilhas discursivas. 
7 
 
anteriorizados e o discurso será simplesmente a representação legítima dessa 
experiência e, portanto uma verdade continuamente disponível. 
O tema da mediação universal induz à crença de uma possível racionalidade, 
constantemente disponível e capaz de produzir uma consciência imediata a partir das 
singularidades às categorias supostamente universais. 
O autor irá reclamar atenção para o questionamento dessas noções como 
decisões primárias para a análise do discurso. Deve-se questionar o eixo logofilia-
logofobia. Compreender que os discursos não são temporalmente contínuos 
restituindo seu caráter aleatório e, finalmente, entender que o imaginário, refletido nos 
significantes expressos nos discursos, não atinge categorias universais por ser 
exatamente isso: imaginário. O desdobramento dos questionamentos anteriormente 
descritos leva Foucault a organizar quatro princípios reguladores fundamentais para a 
análise dos discursos (Tabela 3). 
Tabela 3 Princípios reguladores da análise do discurso 
Princípios reguladores: Inverter as noções pré-estabelecidas 
Estabelecido Postura crítica 
Noção de acontecimento 
Não há criação baseada na idéia do sujeito 
fundante. O discurso se produz por eventos 
aleatórios ainda que contextualizados. 
Noção de série 
Não há continuidade, portanto não há uma 
série que supostamente gere uma linha 
evolutiva inquestionável ou rede de 
significados. 
Noção de regularidade 
Não há produção regular. Há 
impermanência. Cada acontecimento pode 
ser entendido como original sem que seja o 
sujeito fundante ou a continuidade de 
discursos anteriores. 
Noção de condição de possibilidade 
Não há núcleos de significados nos discursos. 
Há possibilidade de verdade no 
emaranhado das redes de significantes. 
 
Uma vez estabelecidas as decisões fundamentais para a análise do discurso, 
os princípios reguladores e suas inversões, é possível compreender os quatro 
princípios propostos pelo autor como método para a análise do discurso (Tabela 4). 
8 
 
Tabela 4 Método da análise do discurso 
PRINCÍPIOS E REGRAS DE ANÁLISE DO DISCURSO 
INVERSÃO 
P
o
s
tu
ra
 c
rí
ti
c
a
 a
o
 
d
is
c
u
rs
o
 
Recorta-se estrategicamente o texto e inverte-se o 
significado proposto, negando-o e colocando em evidência 
os significantes. Percebem-se, igualmente, as estratégias de 
rarefação, especialmente a dos comentários e as falsas 
universalizações. “[...] é preciso reconhecer, ao contrário, o 
jogo negativo de um recorte e de uma rarefação do discurso” 
(pág. 52) 
DESCONTINUIDADE 
C
o
n
h
e
c
im
e
n
to
 g
e
n
e
a
ló
g
ic
o
 d
o
 d
is
c
u
rs
o
 
Com a leitura atenta dos discursos pelas noções expostas e 
uma vez evidenciada a rarefação, percebe-se que não há, 
como a ser subjacente, um contínuo de verdade evolutiva 
nos discursos. “Os discursos devem ser tratados como 
práticas descontínuas, que se cruzam por vezes, mas 
também se ignoram ou se excluem.” (pág. 52) 
ESPECIFICIDADE 
A especificidade de um discurso pronunciado por autores 
outorgados não torna os significados propostos verdades 
absolutas e universais. Não aceitar prontamente o “no 
verdadeiro” como cúmplice de nossos conhecimentos, por 
nossa vontade de verdade, e que foram dispostos em nós, 
igualmente, por discursos prévios inspiradores do eixo 
logofilia-logofobia. “Deve-se conceber o discurso como uma 
violência que fazemos às coisas. [...] e é nesta prática que 
os acontecimentos do discurso encontram o princípio de sua 
regularidade.” (pág. 53) 
EXTERIORIDADE 
Fixar as fronteiras do discurso, primeiramente nele mesmo, 
restringindo a busca de um núcleo de verdades 
significativas. Em segundo lugar buscar a compreensão da 
rede de significantes, e não dos significados, estabelecida 
exteriormente e imbricadas no discurso analisado. “[...] não 
passar do discurso para seu núcleo interior e escondido [...] 
mas, a partir do próprio discurso, de sua aparição e de sua 
regularidade, passar às condições externas de 
possibilidade...” (pág. 53) 
Foucault irá ainda apontar, nesta obra, dois conjuntos de conhecimento 
necessários para uma análise do discurso (posturas a serem adotadas): um crítico e 
outro genealógico. O primeiro contempla a inversão, as formas de exclusão e de 
limitação. O segundo conjunto é o „genealógico‟ que se propõem entender como os 
9 
 
discursos foram formados através, ou apesar, dos sistemas de coerção. Quais foram 
as regras de produção e divulgação desses discursos e suas variações. 
A crítica contempla o primeiro princípio dainversão. A genealogia do discurso 
contempla os três princípios restantes, da descontinuidade, especificidade e 
exterioridade. 
 
Referências 
FOUCAULT, Michel. 2005. A Arqueologia do saber. Rio de Janeiro : Forense 
Universitária, 2005. 
—. 2010. A ordem do discurso. São Paulo : Ed Loyola, 2010. 
—. 1981. As palavras e as coisas. São Paulo : Martins fontes, 1981. 
RICOEUR, Paul. 1990. Interpretação e ideologias. Rio de Janeiro : F. Alves, 
1990. 
 
 
	From the SelectedWorks of Wagner Amodeo
	January 2011
	Resenha Ordem do Discurso de Michel Foucault

Outros materiais

Perguntas Recentes