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21/02/2014 1 REVISÃO ANÁTOMO-FISIOLÓGICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Saúde do Adulto I Karla Luciana Magnani FUNÇÃO Trocas gasosas COMPONENTES: • Gradil costal • Mm respiratórios • Vias aéreas PORÇÃO CONDUTORA: Nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos terminais PORÇÃO RESPIRATÓRIA: Transição: Bronquíolos Respiratórios Ductos Alveolares Sacos Alveolares Pulmões Pleuras Sistema respiratório TÓRAX: COSTELAS: 12 PARES 1-7°= VERDADEIRAS 8-10°= FALSAS 2 últimos= FLUTUANTES VERDADEIRAS FALSAS FLUTUANTES Sistema respiratório 21/02/2014 2 Movimento das costelas 1 ELEVA/ABAIXA ESTERNO DIÂMETRO AP TORÁX AÇÃO SOMENTE RESPIRAÇÃO FORÇADA 2- 7 EXTREMIDADE ESTERNAL= ELEVA/ABAIXA ESTERNO DIÂMETRO AP TORÁX ALÇA DE BOMBA EIXO COSTOVERTEBRAL= COSTELA SE MOVE P/ CIMA E P/ BAIXO DIÂMETRO TRANSVERSO TORÁX ALÇA DE BALDE 8 -10 PORÇÃO MÉDIA= 2-7 11 -12 NÃO PARTICIPAM DA MODIFICAÇÃO CONTORNO TÓRAX ALÇA BOMBA ALÇA BALDE TÓRAX: Músculos Respiratórios: ◦ Inspiratórios: Principais ◦ Diafragma ◦ Intercostais Externos Acessórios ◦ Escalenos, trapézio, peitorais maior e menor, esternocleidomastóide, rombóides, entre outros. ◦ Expiratórios: ◦ Expiração forçada, já que a expiração normal é passiva! Abdominais (reto, oblíq. ext e intern, transverso) Intercostais internos Sistema respiratório DIAFRAGMA: ◦ Principal músculo da respiração Cúpulas dirigidas p/ baixo e p/ frente Hemicúpulas D (+ alta) e E Separa tórax do abdomen Centro tendinoso= centro frênico Inervação= n. frênico (C3,C4,C5) Inserção fibras= proc. xifóide, costelas, vértebras torácicas. Sistema respiratório 21/02/2014 3 DIAFRAGMA: ◦ COMPOSIÇÃO FIBRAS MUSCULARES: 55% FIBRAS TIPO I 20% TIPO IIa 25% TIPO IIb Sistema respiratório Trato respiratório superior NARIZ: Umidificação Filtração Aquecimento Olfato FARINGE: Canal comum sist. Digestório/respiratório LARINGE: Respiração Fonação Epiglote* Trato respiratório superior CONCHA NASAL SUP CONCHA MÉD CONCHA INF PALATO DURO LÍNGUA EPIGLOTE GLOTE FARINGE ESÔFAGO CORDAS VOCAIS LARINGE ÚVULA SEIO FRONTAL 21/02/2014 4 NASOFARINGE OROFARINGE LARINGOFARINGE Regiões da Faringe Anatomia da laringe CART CRICÓIDE TRAQUÉIA EPIGLOTE OSSO HIÓIDE CART TIREÓIDE PROEMINÊNCIA LARÍNGEA Trato respiratório inferior TRAQUÉIA BRÔNQUIOS BRONQUÍOLOS DUCTOS SACOS ALVEOLARES 21/02/2014 5 Trato respiratório inferior TRAQUÉIA: Tubo membranoso cercado Anéis cartilaginosos incompletos 10-11cm adulto (C6-T5) 2cm diâmetro homem, 1,5 mulher. TRAQUÉIA BRÔNQUIO FONTE D e E CARINA 20-30° 45-55° MÚSC TRAQUEAL ANEL CARTILAGEM HIALINA MUCOSA GLÂND. MUCOSA PERICÔNDRIO BRÔNQUIOS: Primários (principais ou fonte), Secundários (lobares) Terceários ou segmentares Possuem peças cartilaginosas BRÔNQUIO D 3 BRÔNQUIOS SECUNDÁRIOS 1 p/ cada lobo 10 TERCEÁRIOS 3 p/ lobo sup. 2 p/ lobo médio. 5 p/ lobo inferior. 10 segmentos bronco-pulmonares. Trato respiratório inferior BRÔNQUIOS: BRÔNQUIO E 2 BRÔNQUIOS SECUNDÁRIOS 1 p/ cada lobo 8 TERCEÁRIOS 4 p/ lobo sup. 4 p/ lobo inferior. 8 segmentos bronco-pulmonares. Trato respiratório inferior 21/02/2014 6 BRONQUÍOLOS: Possuem fibras musculares Não possuem peças cartilaginosas (possuem fibras elásticas e reticulares), Também não possuem glândulas mucosas Bronquíolos Bronquíolos terminais, Bronquíolos respiratórios. Trato respiratório inferior Trato respiratório inferior Ductos e sacos alveolares * Ductos e sacos alveolares PRINCIPAL LOCAL DE TROCA GASOSA Adulto: 300 milhões Área troca gasosa: 70 m² Pneumócitos I Pneumócitos II 21/02/2014 7 Ductos e sacos alveolares Trato respiratório inferior DUCTOS E SACOS ALVEOLARES: SURFACTANTE MEMBRANA ALVÉOLO-CAPILAR CAPILAR PNEUMÓCITO II LINFÓCITO PNEUMÓCITO I MACRÓFAGO ALVEOLAR MEMBRANA ALVÉOLO-CAPILAR BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO DUCTO ALVEOLAR PORO KOHN ALVÉOLO CAPILARES ALVÉOLO ALVÉOLO ALVÉOLO ALVÉOLO ENDOTÉLIO CAPILAR GLÓBULO VERMELHO GLÓBULO VERMELHO INTERSTÍCIO PNEUMÓCITO II MEMBRANA BASAL PLASMA SANGUÍNEO 21/02/2014 8 ÁCINO 2 BRONQ. TERMINAIS COMUNICAÇÃO INTERBRONQUIOLAR CANAIS DE MARTIN CANAIS DE LAMBERT COMUNICAÇÃO BRONCOALVEOLAR POROS DE KOHN COMUNICAÇÃO INTERALVEOLAR Ventilação colateral Epitélio Trato Respiratório 21/02/2014 9 BRÔNQUIO BRONQUÍOLO ALVÉOLO CÉL CALICIFORME CÉL CILIAR GL MUCOSA Epitélio trato respiratório Muco brônquico Material polissacarídeo Recobre árvore brônquica FUNÇÕES: Proteger,hidratar,lubrificar epitélio brônquico e facilitar aderência partículas inaladas. 2 CAMADAS: • SOL:PROFUNDA(onde batem os cílios) • GEL:SUPERFICIAL(onde as partículas ficam aderidas) PRODUÇÃO DIÁRIA: 100ml Célula ciliar São prolongamentos citoplasmáticos delimitados pela membrana celular; cada célula possue 200 cílios 1 –2 bilhões cílios/cm² 6-7 m comprimento Sentido movimento ciliar: 1. narizfaringe 2. bronquíolosfaringe 21/02/2014 10 Movimento ciliar SOL GEL 1 0 5-16 17-19 20-22 23 TRAQUÉIA BRÔNQUIO BRONQUÍOLO BRONQUÍOLO TERMINAL BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO DUCTO ALVEOLAR SACO ALVEOLAR Anatomia pulmões Vista anterior TRAQUÉIA BRÔNQUIO FONTE LOBO SUPERIOR LOBO MÉDIO CISSURAS LOBO INFERIOR MEDIASTINO LARINGE ÁPICE LOBO SUPERIOR IMPRESSÃO CARDÍACA BASE LOBO INFERIOR 21/02/2014 11 Inervação pulmonar SNA SIMP: broncodilatação (norepinefrina e epinefrina). As fibras são escassas. PARASSIMP: broncoconstrição (n. vago) acetilcolina. As fibras são abundantes. IMPORTANTE: OS PULMÕES NÃO TÊM INERVAÇÃO DOLOROSA! 21/02/2014 12 Vascularização pulmonar ARTÉRIA PULMONAR: Divide-se ramos que acompanham a divisão das vvaa até bronquíolos terminais Terminam rede capilares sacos alveolares Vênulas VV maiores até VV pulmonares AE VE sangue oxigenado corpo ARTÉRIAS BRÔNQUICAS Sangue p/ nutrição do próprio tecido pulmonar Origem: aorta descendente torácica ou intercostais sup posteriores Irrigam parede e glândulas dos tubos brônquicos (até bronquíolos respiratórios) Maioria desembocam nas vv pulmonares Vascularização pulmonar BRONQUÍOLO TERMINAL BRONQUÍOLO RESPIRAT’RIO BRONQUÍOLO A PULMONAR V PULMONAR ALVÉOLO SACO ALVEOLAR REDE CAPILAR AO REDOR ALVÉOLOS 21/02/2014 13 Pleuras Membrana serosa em forma de saco invaginado que envolve cada pulmão. PLEURA VISCERAL: Recobre superfíciedo pulmão e reveste as cissuras pulmonares. PLEURA PARIETAL: Mais externa, contato com diafragma, mediastino e caixa torácica. Cavidade pleural: espaço virtual entre as mesmas, contém 1- 20ml líquido. 0,1-0,2 ml/kg peso corporal Sacos pleurais D e E Mecânica da ventilação • Pressão Bucal= 0 (1ATM)= 760mmHg • Pressão Intrapulmonar (alveolar) P REPOUSO= 0 mmHg • Pressão intrapleural • P REPOUSO= -5 mmHg • Pressão transpulmonar • P ALVEOLAR – P INTRAPLEURAL o Fluxo de ar • Depende de um gradiente pressórico • Sentido do fluxo: – Ponto de > pressão para ponto de < pressão Mecânica da ventilação MUDANÇA VOLUMÉTRICA MUDANÇA PRESSÓRICA VOL= PRESSÃO VOL= PRESSÃO 21/02/2014 14 INSPIRAÇÃO CONTRAÇÃO DIAFRAGMA INTERCOSTAIS EXTERNOS P TRANSPULMONAR FORÇAS DE OPOSIÇÃO À INSUFLAÇÃO PULMONAR FORÇAS ELÁSTICAS: TECIDOS PULMONARES TENSÃO SUPERFICIAL ALVÉOLOS* FORÇAS DE ATRITO: RESISTÊNCIA VISCOSA TECIDUAL RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS* FORÇAS QUE AUXILIAM A INSUFLAÇÃO PULMONAR MM RESPIRATÓRIOS CAIXA TORÁCICA Insuflação pulmonar Forças de oposição à insuflação pulmonar FORÇAS ELÁSTICAS: Força de tensão superficial Os alvéolos são revestidos por uma fina película de líquido interface gás-líquido formação de tensão superficial(forte atração entre moléculas água) PNEUMÓCITOS II SURFACTANTE 21/02/2014 15 Surfactante Conjunto de fosfolipídeos, proteínas e íons; • Início produção: 25° sem gestação • 32 ° sem= níveis adequados p/ nascimento o dipalmitoilfosfatidilcolina • Uma porção de cada fosfolipídeo é hidrofílica e se dissolve na água, enquanto a porção lipídica é hidrofóbica, e portanto se orienta em direção ao ar. Funções do Surfactante Redução da força de atração entre as moléculas da água; reduzindo desta forma, a tensão superficial dos alvéolos Prevenção do colapso alveolar em pequenos volumes (exp) E da hiperinsuflação em altos volumes (insp) Surfactante x Tensão superficial LEI DE LAPLACE: • É UMA EXPRESSÃO DA FORÇA, OU PRESSÃO, CRIADA POR UM FLÚIDO ESFÉRICO OU EM FORMA DE BOLHA. • P= 2 X T/ r • P= pressão dentro do alvéolo • T= tensão superficial • r= raio 21/02/2014 16 Surfactante x Tensão superficial sem surfactante P= 2 X T/ r R P R P P P FLUXO DE AR Surfactante x Tensão superficial COM SURFACTANTE: APESAR DOS ALVÉOLOS TEREM DIFERENTES TAMANHOS A PRESSÃO É A MESMA EVITANDO COLAPSO ALVÉOLOS MENORES P= 2 X T/ r Complacência pulmonar QUAL DOS 2 OBJETOS REQUER MENOS ESFORÇO (PRESSÃO) PARA ENCHER (INSUFLAR) UM MESMO VOLUME? QUAL DOS 2 OBJETOS TEM MAIOR COMPLACÊNCIA? É A CAPACIDADE DO PULMÃO PARA SE DISTENDER. C= VARIAÇÃO VOL(vol insp)/VARIAÇÃO P(Palveolar - Pintrapleural) C NL PULMÃO= 200ml/cmH2O 21/02/2014 17 Forças de oposição à insuflação pulmonar FORÇAS DE ATRITO: RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS. VALOR NL ADULTO= 0,5 - 2,5cmH2O/l/seg FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA DAS VVAA: TAMANHO DO SISTEMA VISCOSIDADE DA SUBSTÂNCIA QUE ATRAVESSA O SISTEMA OS RAIOS DOS TUBOS DO SISTEMA R=8L / r R= RESISTÊNCIA L= COMPRIMENTO = VISCOSIDADE r= RAIO 4 DE ACORDO COM A LEI DE POISEUILLE, QUAL O PRINCIPAL FATOR DETERMINANTE DA RESISTÊNCIA DA VIA AÉREA? Forças de oposição à insuflação pulmonar FORÇAS DE ATRITO: DISTRIBUIÇÃO DA RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS: 80% RESISTÊNCIA VVAA: nariz, boca traquéia brônquios pequena área transversal 20% resistência vvaa < 2mm Área transversa Velocidade gasosa baixa, fluxo laminar Disposição vias aéreas em paralelo E A INFLUÊNCIA DO RAIO/DIÂMETRO DA VIA AÉREA? Fatores que reduzem a R vvaa peq calibre Distribuição da ventilação V= ventilação Q= perfusão VOL ALVEOLAR MÁXIMO Á P I C E B A S E 21/02/2014 18 Distribuição da ventilação VOL ALVEOLAR MÁXIMO Á P I C E B A S E A BASE VENTILA MAIS: •DIFERENÇA P INTRAPLEURAL •FORÇA DA GRAVIDADE (PESO DO PULMÃO) EMBORA OS ALVÉOLOS DO ÁPICE ESTEJAM + EXPANDIDOS (VOL DE REPOUSO >) Distribuição da ventilação DE CABEÇA PARA BAIXO ◦ Ápice ventila + DECÚBITO LATERAL ◦ Pulmão infralateral ventila + DECÚBITO DORSAL ◦ Região Dorsal Ventila + DECÚBITO VENTRAL ◦ Região anterior tórax ventila + Distribuição da perfusão CAPILARES PULMONARES ◦ São mantidos abertos pela presença de sangue em seu interior; ◦ Podem se colapsar se: P alveolar > P capilar 21/02/2014 19 Distribuição da perfusão PRESSÕES SANGUÍNEAS NA PEQUENA CIRCULAÇÃO - ARTÉRIA PULMONAR: Pressão média na artéria pulmonar: 15mmHg Pressão sistólica: 25mmHg Pressão diastólica: 8mmHg • O pulmão aceita o total do débito cardíaco o tempo todo, não tendo a necessidade de direcionar o sangue de uma região para outra. Exceto quando ocorre hipóxia alveolar. • Reflexo de vasoconstrição hipóxica Circulação pulmonar RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR: - É um décimo da resistência da circulação sistêmica. - Pressão da artéria pulmonar = 10mmHg para manter a circulação pulmonar. - Pressão da artéria aorta é 100mmHg para manter a circulação sistêmica. Distribuição da perfusão ZONA 1 ◦ AUSÊNCIA DE FLUXO SANGUÍNEO DURANTE TODO O CICLO CARDÍACO (SÍSTOLE E DIÁSTOLE) OCORRE SOMENTE EM CONDIÇÕES ANORMAIS ◦ EX: HEMORRAGIAS; P ALVEOLAR MUITO ELEVADA. ZONA 2 ◦ FLUXO SANGUÍNEO INTERMITENTE PRESENTE SOMENTE PERÍODO DE SÍSTOLE ◦ 10 CM ACIMA CORAÇÃO ATÉ ÁPICES PULMONARES ZONA 3 ◦ FLUXO SANGUÍNEO CONTÍNUO P CAPILAR > P ALVEOLAR DURANTE TODO O CICLO CARDÍACO ◦ FINAL ZONA 2 ATÉ BASES PULMONARES ZONAS QUE OCORREM EM CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS A PERFUSÃO É > NAS BASES 21/02/2014 20 REGIÃO PULMONAR VENTILAÇÃO: V (l/min) PERFUSÃO:Q (l/min) RELAÇÃO V/Q Ápice 0,24 0,07 3,3 (0,24/0,07) Base 0,82 1,29 0,63* (0,82/1,29) A TROCA GASOSA DEPENDE DE UMA VENTILAÇÃO ADEQUADA ASSOCIADO A UMA PERFUSÃO TAMBÉM ADEQUADA. RELAÇÃO V/Q IDEAL= 1,0 RELAÇÕES SUPERIORES A 0,5 SÃO ADEQUADAS PARA SUPRIR AS DEMANDAS DE TROCA GASOSA NO REPOUSO Relação ventilação-perfusão BASES Q>V MAS HÁ > PROPORCIONALIDADE ÁPICES V>Q E HÁ > DESPROPORCIONALIDADE REGIÃO PULMONAR VENTILAÇÃO: V (l/min) PERFUSÃO:Q (l/min) RELAÇÃO V/Q Ápice 0,24 0,07 3,3 (0,24/0,07) Base 0,82 1,29 0,63* (0,82/1,29) Relação ventilação-perfusão RELAÇÃO V/Q É MAIOR NOS ÁPICES, APESAR DAS BASES VENTILAREM E PERFUNDIREM MELHOR! LEMBRAR QUE O TERMO RELAÇÃO SIGNIFICA DIVISÃO. Difusão dos gases CONCEITO DE PRESSÃO PARCIAL ◦ Lei de Dalton: A pressão total de uma mistura gasosa é igual a soma das pressões que cada gás exerce independentemente . A pressão parcial de uma gás é calculada pelo produto entre a fração inspirada do gás X P absoluta (P barométrica) ◦ P barométrica= a força exercida pelo próprio peso do gás contido na atmosfera. ◦ EX: PO2= 0,2094 X 760= 159 mmHg 21/02/2014 21 AR AMBIENTE: ◦ Exerce uma pressão total de 760mHg ao nível do mar; ◦ Composto por: O2, CO2e N2 O2 CO2 N2 Fração inspirada 20,94% 0,04% 79% Pressão parcial 159 mmHg 0,3mmHg 600mmHg Difusão dos gases A pressão exercida pelos gases que estão nos pulmões seria igual a pressão barométrica ambiente. Mas quando o ar inspirado penetra nos pulmões, porém, ele é diluído, e saturado pelo vapor de água, que evapora a partir da superfície da árvore traqueobrônquica. A uma temperatura corporal normal (37○C) a pressão parcial do vapor de água é de 47mmHg. Por causa do vapor de água, a pressão total dos gases alveolares secos é 47mmHg menor do que a pressão barométrica. DIFUSÃO DOS GASES A pressão parcial do O2 e do CO2 nos alvéolos é = as pressões parciais destes gases no ar ambiente? PO2= 0,2094 X (760 – 47)= 149,30 mmHg O gás inspirado ainda é posteriormente diluído nos pulmões pelo CO2, que passou do sangue pulmonar capilar para os alvéolos. Consequentemente, o gás nos alvéolos é formado por aproximadamente: 15%O2 PparcialO2: 105mmHg 6%CO2 Pparcial CO2: 40mmHg 79%N2 Pparcial N2: 570mmHg Difusão dos gases O2 CO2 N2 Fração inspirada 20,94% 0,04% 79% Pressão parcial 159 mmHg 0,3mmHg 600mmHg Ar ambiente 21/02/2014 22 Por causa da distribuição não uniforme de ar e de sangue, as concentrações dos gases não são as mesmas nas diferentes partes do pulmão. A composição gasosa de cada alvéolo individual é realmente o equilíbrio entre o ar fresco que entra nos alvéolos, que aumenta a PO2 e diminui a PCO2, e o gás que penetra nos alvéolos a partir do sangue pulmonar capilar, que diminui a PO2 e aumenta a PCO2. Então, qualquer valor determinado para uma concentração de ar alveolar ou de pressão parcial é realmente uma figura média que não descreve a situação atual para todas as partes do pulmão. LEI DE FICK ◦ VELOCIDADE TRANSFERÊNCIA DE UM GÁS É: DIRETAMENTE PROPORCIONAL: ◦ À ÁREA DE TRANSECÇÃO TRANSVERSA, ◦ AO GRADIENTE PRESSÓRICO, ◦ E A UMA CONSTANTE DE DIFUSÃO (SOLUBILIDADE E PESO MOLECULAR DO GÁS). ◦ EX: O CO2 SE DIFUNDE 20X + RÁPIDO NOS TECIDOS QUE O2 PORQUE, EMBORA SEU PESO SEJA UM POUCO >, ELE POSSUI UMA ENORME SOLUBILIDADE. INVERSAMENTE PROPORCIONAL: ◦ ESPESSURA DO TECIDO (MEMBRANA) Velocidade da difusão dos gases O TECIDO PULMONAR É ÓTIMO PARA FACILITAR A DIFUSÃO DOS GASES, JÁ QUE POSSUE AMPLA ÁREA TRANSVERSAL E SUA MEMBRANA ALVÉOLO- CAPILAR É EXTREMEMENTE FINA (0,3µm) Ventilação minuto VM= FR X VC ◦ VM= VENTILAÇÃO-MINUTO ◦ FR= FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ◦ VC= VOLUME CORRENTE VC= QUANTIDADE DE AR QUE ENTRA OU SAI DOS PULMÕES A CADA RESPIRAÇÃO EX: ◦ FR=12 ◦ VC=500ml (0,5l) ◦ VM= 12 x 0,5= 6l/m 21/02/2014 23 Ventilação alveolar Nem todo ar que entra nas vias aéreas participará efetivamente das trocas gasosas ◦ Volume de ar que permanece nas vias áreas de condução= volume do espaço morto (VEM). ◦ Considerando um VC= 500ml, cerca de 150ml permanecem nas vias aéreas de condução. ◦ VA= FR X (VC – VEM) EX: ◦ FR=12 ◦ VC=500ml (0,5l) ◦ VEM=150ml ◦ VA= 12 x (0,5 – 0,15)= 4,2l/m VA= ventilação alveolar FR= frequência respiratória VC= volume corrente VEM= volume de espaço morto Espaço morto da ventilação ESPAÇO MORTO ANATÔMICO ◦ VIAS AÉREAS DE CONDUÇÃO ESPAÇO MORTO ALVEOLAR ◦ OU EFEITO ESPAÇO MORTO ◦ ALVÉOLOS QUE SÃO VENTILADOS, PORÉM NÃO SÃO PERFUNDIDOS, OU SÃO HIPOPERFUNDIDOS. EX: TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EFEITO ESPAÇO MORTO ◦ ALVÉOLOS QUE SÃO VENTILADOS, PORÉM NÃO SÃO PERFUNDIDOS, OU SÃO HIPOPERFUNDIDOS. EX: TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Obstrução arterial 21/02/2014 24 Espaço morto fisiológico É A SOMA DO: ◦ ESPAÇO MORTO ANATÔMICO VIAS AÉREAS DE CONDUÇÃO ◦ ESPAÇO MORTO ALVEOLAR ALVÉOLOS QUE SÃO VENTILADOS, PORÉM NÃO SÃO PERFUNDIDOS, OU SÃO HIPOPERFUNDIDOS. + EM CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS: ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO = ESPAÇO MORTO ANATÔMICO Efeito shunt ◦ CAPILARES QUE SÃO PERFUNDIDOS, PORÉM OS ALVÉOLOS NÃO SÃO VENTILADOS, OU SÃO HIPOVENTILADOS. EX: ATELECTASIA CONCEITO DO PONTO DE IGUAL PRESSÃO: -É o ponto das vias aéreas intratorácicas, em que, as pressões dentro e fora delas, se tornam iguais. Não há gradiente pressórico transmural. Na expiração forçada as vias aéreas tem uma tendência a colapsarem-se. A pressão intrapleural torna-se positiva (+30cmH2O). Na expiração a pressão dentro das vias aéreas vai diminuindo, porque o volume pulmonar diminui e a retração elástica aumenta. Fisiologicamente, em condições normais (não-patológicas) o colapso aéreo não ocorre por que o ponto de igual pressão coincide com os brônquios que possuem cartilagem na parede. Em portadores de DPOC, por ex: há colapso precoce das vias aéreas. 21/02/2014 25 EXPIRAÇÃO FORÇADA: EXPIRAÇÃO FORÇADA PULMÃO NORMAL EXPIRAÇÃO FORÇADA ENFISEMA PULMONAR P INTRAPLEURAL P INTRAPLEURAL
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