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� O QUE DEVEMOS SABER PARA REALIZAR UMA EXODONTIA? Conhecer a anatomia Técnicas anestésicas Princípios cirúrgicos Fundamentos de física, pois existem alguns dentes que não estão perpendiculares ao solo, e a força é exercida de acordo com sua posição para não haver a fratura do dente, por exemplo. Planejamento pré-operatório INDICAÇÕES DA EXODONTIA Cáries extensas Necrose pulpar Doença periodontal avançada, caso o dente estiver com muita mobilidade, os microrganismos vão entrar entre o dente e o alvéolo, havendo a proliferação dos microrganismos e inflamando a região do periodonto. Raízes ou fragmentos dentários Razões ortodônticas Dentes mal posicionados, quando o dente nasce pela vestibular ou palatina e ao fazer um tratamento ortodôntico terá que mexer em todos os outros dentes, sendo a melhor opção extrair o dente e manter os outros que estão anatomicamente corretos. Só não é indicado a remoção do canino. Fraturas dentárias, apenas se for no terço médio da raiz, pois o cervical ou apical, faz o tratamento endodôntico ou apicectomia respectivamente. Razões protéticas, quando o paciente apresenta apenas um ou dois elementos que estejam mal posicionados e interferindo na estética da prótese. Dentes supranumerários, se o dente estiver retendo restos alimentares, dificultando a estética ou dificultando a mastigação. Dentes inclusos, que estejam com patologia, dor ou atrapalhando o bem-estar do paciente. Dentes associados a lesões patológicas Dentes em áreas a sofrerem radioterapia, dentes comprometidos (exo ou caries extensas) e que o paciente necessita fazer um tratamento oncológico, se faz primeiro a exodontia ou endodontia para que ele possa começar a radioterapia. Pois em uma exodontia, mesmo 3 anos após a radioterapia, pode haver a retirada não só do elemento dentário, mas também parte do osso que está próximo ao dente devido à falta de oxigenação, recomenda-se então cerca de 5 anos para realizar exodontias em pacientes que fizeram radioterapia. Dentes envolvidos em traços de fratura CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS LOCAIS Danos excessivos a estruturas vizinhas Áreas submetidas a radioterapia Dentes associados a lesões malignas, o CD pode fazer apenas a biópsia, em caso de confirmação do câncer, encaminhar para centros especializados. Inflamação aguda, pericoronarite grave, Infecções, como há muita proliferação das bactérias, resolve primeiro o problema mais grave e depois se faz a exodontia. Trismo severo, paciente não consegue abrir a boca SISTÊMICAS, pois podem ser reversíveis - Doenças metabólicas não controladas Diabetes Doença cárdio-vascular Discrasias sanguíneas Doença hepática - Gestantes, não deve se fazer no 1º e 3º trimestre - Uso de medicamentos OBS: Cirurgia de urgências ou emergências, pode-se fazer nesses casos de doenças sistêmicas, mas precisa ser bem avaliada e bem acompanhada. A cirurgia eletiva são cirurgias programadas, espera que o paciente estabilize sua doença para que posteriormente a cirurgia possa ser feita. AVALIAÇÃO CLÍNICA ACESSO AO DENTE Trismo, não tem condições de fazer a cirurgia Posição, se está mesializado, distalizado, giroversão etc Localização, se está próximo de estruturas nobres MOBILIDADE DO DENTE Anquilose/calcificação Doença periodontal CONDIÇÕES DA COROA Cáries extensas, pois ao colocar o fórceps na coroa para retirar o dente, pode fratura-lo, sendo indicado os fórceps para restos radiculares. Restaurações extensas de amalgama, mesmo motivo. Coroas protéticas, mesmo motivo. AVALIAÇÃO RADIOLÓGICAS OBSERVAR: Configuração das raízes, para avaliar se apresenta fraturas ou evitar a fratura da raiz ao fazer a exodontia e aplicar a força de maneira errada. Espaço do ligamento periodontal - anquilose Relação com estruturas adjacentes - Canal mandibular - Seio maxilar Presença de lesões patológicas Dentes decíduos - relação com o permanente Regiões de retenção, secciona a coroa para depois retirar a raiz sem que afete o dente vizinho. Eixo de saída do dente CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS EXODÔNTICAS Classificação de Graziani, 1968 Técnicas primeira – usa exclusivamente fórceps Técnica segunda – usa alavancas e elevadores Técnica terceira – usa retalho, alta rotação ou cinzel e martelo Classificação de Santos-Pinto e Marzola, 1960 Na apicectomia em casos de fratura do ápice, ou patologia etc abre, faz uma incisão e retira apenas o ápice da raiz. No exodontia alveolar, que retira o dente apenas pelo alvéolo, podendo ser sem ou por seccionamento do dente. E na não alveolar, quando o dente não sai apenas pelo alvéolo e sim, cortando as estruturas que está na lateral do alvéolo. Por alveolectomia, quando corta parcialmente ou totalmente a lateral do alvéolo ou por ostectomia, quando corta o osso. ETAPAS DA EXODONTIA A FÓRCEPS Anestesia Sindesmotomia, que é soltar a gengiva da parte óssea Luxação do dente com elevadores Adaptação do fórceps ao dente, em direção a raiz e mais profundo que conseguir Luxação do dente com fórceps, faz impulsão (empurra o dente no sentido apical) para quebrar as fibras, lateralidade, rotação (se for uniradicular) e avulsão (remoção) Remoção do dente do alvéolo Cuidados com o alvéolo (toillet do alvéolo), pois pode ter ficado pedaços da raiz ou restaurações ou osso etc usando a cureta e a lima de osso para alisar o osso, que dificulte a cicatrização. E observar também se tem sangue circulando no alvéolo, se não tiver, utiliza-se a cureta levemente para forçar as paredes e chegar sangue no alvéolo. Sutura ETAPAS DA EXODONTIA COM ELEVADORES Anestesia Sindesmotomia Luxação do dente com elevadores Remoção do dente do alvéolo com elevadores Cuidados com o alvéolo Sutura RESUMO: OBS: lembrar que antes de toda cirurgia, foi feito anamnese, exame físico, avaliação das radiografias e exames de sangue, aferição da pressão montagem da mesa, colocação dos EPIs e ai sim, anestesia o paciente e segue o plano.. A exodontia é o rompimento das fibras do ligamento periodontal que prendem o dente ao alvéolo, que no movimento de luxação vai dilatando as paredes do alvéolo, que pode haver necessidade de realizar ostectomia/odontossecção para que assim encontre uma via de saída para remover o dente. Campo operatório adequado: elevação, iluminação e sindesmotomia ETAPAS DA EXODONTIA SINDESMOTOMIA É o descolamento do tecido gengival ao redor dos dentes. Fazendo a desinserção das fibras gengivais para haver uma melhor visualização e deslocamento das duas papilas adjacentes, havendo uma melhor adaptação do fórceps que deve ficar o mais apical possível sem lacerar a gengiva. Pode ser necessário ainda fazer uma incisão intrasulcular prévia para aumentar esse deslocamento, com o auxílio da lâmina 12 para soltar a gengiva inserida. Para fazer a sindesmotomia utilizamos o: descolador de Molt, espátula 7, descolador freer. 2) LUXAÇÃO DO DENTE COM ELEVADORES Vai acontecer uma expansão e dilatação do alvéolo, vai haver também o rompimento parcial do ligamento periodontal, o total é feito na avulsão do dente. É utilizado: Elevadores Seldin reto ou reto goiva. 3) ADAPTAÇÃO DO FÓRCEPS AO DENTE 3.1.) Escolher o fórceps adequado: MAXILA MANDÍBULA 150 e 1 – incisivos, caninos e pré-molares 151 -Incisivos, caninos e pré-molares 18 R – molares lado direito 16 e 17 – Molares 18 L – molares lado esquerdo 44 - Restos radiculares 69 e 65 – restos radiculares 3.2) Ponta ativa nas faces vestibular e lingual ou palatina 3.3) Mordente do fórceps paralelo ao longo eixo do dente Posicionar primeiro por lingual ou palatina Ponta ativa mais apical possível Papel da mão oposta - Percepção sensorial: expansão da tábua óssea - Estabilização da maxila/mandíbula 4) LUXAÇÃO DO DENTE COM FÓRCEPS É a expansão e dilatação das paredes do alvéolo, causando o rompimento das fibras do ligamento periodontal, através de movimentos progressivos,aumentando a força lenta e gradualmente. Forçar mais para o lado da tábua óssea mais fina e recolocar o fórceps mais apicalmente e continuar os movimentos de luxação OBS: CUIDADO PARA NÃO MACHUCAR O LÁBIO DO PACIENTE ETAPAS DA EXODONTIA TIPOS DE MOVIMENTOS DO FÓRCEPS IMPULSÃO – PRESSÃO APICAL Melhora a adaptação do mordente do fórceps ao dente Desloca o centro de rotação do dente para apical, melhorando a transmissão da força LATERALIDADE Causa expansão das tábuas ósseas do alvéolo Realizado de forma lenta e gradual Aumento progressivo da força, ampliando o movimento Deslocar mais para o lado da tábua óssea mais fina Vestibular Lingual – molares inferiores ROTAÇÃO Promove pouca dilatação das paredes do alvéolo Rompimento das fibras do ligamento periodontal Indicação: Dentes unirradiculares, com raízes cônicas e sem dilacerações apicais. OBS: NÃO FAZER ROTAÇÃO EM DENTES MULTIRRADICULARES: pré-molares superiores e molares. TRAÇÃO É a avulsão propriamente dita, rompendo totalmente alguma fibra tenha ficado presa. ELEVADORES INDICAÇÕES Luxação inicial do dente Falta apoio para o fórceps, como: restos radiculares ou dentes com grande destruição da coroa PRINCIPIOS PARA O USO DE ELEVADORES Empunhadura dígito-palmar Dedo indicador sobre a haste A lâmina da parte ativa voltada para o dente a ser extraído Força aplicada preferencialmente na distal e na mesial (evitar vestibular e palatina ou lingual) de forma controlada Inserir o elevador no espaço do ligamento periodontal Evitar usar o dente vizinho como apoio TIPOS DE MOVIMENTOS PARA O USO DE ELEVADORES CUNHA: elevador inserido no espaço do ligamento periodontal, paralelo ao longo eixo do dente, sendo realizado um movimento de meia rotação (empurrando apicalmente para quebrar as fibras) ALAVANCA, põe o elevador no ligamento periodontal com movimentos de alavanca (empurra inclinado para quebrar as fibras) EIXO E RODA: elevador inserido no espaço do ligamento periodontal, PERPENDICULAR ao longo eixo do dente, sendo que o cabo funciona como um eixo e a lâmina como uma roda que eleva o dente, ao se realizar um movimento de rotação. CUIDADOS COM O ALVÉOLO Inspeção do alvéolo com a cureta: raspar as paredes do alvéolo e remover fibras do ligamento periodontal Curetagem de lesões periapicais e/ou periodontais Regularização de espículas ósseas com lima para osso ou pinça goiva Remoção do tecido mole em excesso/papilas Irrigação com soro fisiológico para: Limpeza do alvéolo Remoção de corpos estranhos Irrigação abundante –ALVEOLITE Manobra de Chompret: é uma manobra que é feita com gaze estéril após a limpeza de todo o alvéolo que consiste na compressão digital das paredes do alvéolo dilatadas para formar o coágulo. OBS: não comprimir demasiadamente, pois pode haver uma perda de largura óssea que é importante para instalação de implantes Formação do coágulo – preenchimento total do alvéolo com sangue. Não deixar o alvéolo seco ou preenchido com soro ou saliva Sutura, para evitar que o coágulo saia e a cicatrize no tempo correto Compressão com 2 a 3 gazes e só tirar quando for tomar algo gelado SUTURAS Promove a estabilização do coágulo/hemostasia Fio de seda 3-0/4-0 Remover após 5 a 7 dias Remoção da sutura 5 a 7 dias pós-operatórios Cortar o fio próximo à superfície da mucosa para não haver contaminação interna com biofilme Kit de remoção de sutura: tesoura Goldman - Fox, pinça clínica e espelho Luva de procedimento EXODONTIA A RETALHO Exposição do campo operatório adequado INDICAÇÕES Raízes residuais sem apoio para fórceps/elevadores Dentes anquilosados Dentes com raízes volumosas ou divergentes, sendo maior que a coroa Dentes com hipercementose Dentes inclusos TIPOS: INCISÃO Intrasulcular Triangular DESCOLAMENTO AFASTAMENTO OSTEOTOMIA X ODONTOSECÇÃO Remover a menor quantidade possível de osso e dar preferência à odontossecção, pois o osso se regenera mais rapidamente. Na osteotomia Remover osso em quantidade suficiente para se obter apoio para fórceps ou elevadores Alta rotação + brocas Cinzéis Irrigação com soro fisiológico Na odontosecção Corta a coroa do dente para assim, diminuir a resistência óssea à exodontia Menor remoção de tecido ósseo INDICAÇÕES: Dentes multiradiculares com coroa destruída Raízes divergentes, e volumosas Dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes PREPARO DA CIRURGIA Colocar a radiografia no negatoscópio ou em uma posição que você possa ver Antissepsia intra-oral – bochecho clorexidina 0,12% Posicionamento dos profissionais –paciente MAXILA: plano oclusal em 45º a 60º com o solo e altura da cadeira abaixo do cotovelo do cirurgião MANDÍBULA: plano oclusal paralelo ao solo e altura da cadeira no mesmo nível do cotovelo do cirurgião Profissionais sentados ou em pé com peso distribuído nas duas pernas Braço próximo ao corpo e pulso reto para garantir transmissão de força por todo o braço MONTAGEM DA MESA CIRURGICA Colocar os instrumentais e materiais na SEQUÊNCIA em que devem ser usados para se realizar uma exodontia. PÓS-OPERATÓRIO Limpar o rosto do paciente Descartar pérfuro cortantes na caixa adequada Materiais contaminados sangue e saliva - LIXO BRANCO Materiais não contaminados – LIXO COMUM Instrumental sujo – depósito com detergente enzimático Orientar o paciente a ficar deitado e não se levantar bruscamente Erguer o encosto da cadeira lentamente Orientações pós-operatórias Orientar verbalmente Entregar a ficha escrita ao paciente Terapêutica medicamentosa Orientar verbalmente Entregar o receituário ao paciente AVALIAÇÃO DO DENTE A SER EXTRAÍDO ESCOLHA DA TÉCNICA ABERTA (USA BROCAS E AS VEZES O FÓRCEPS - RETALHO) FECHADA (USA ALAVANCAS) ESCOLHA DO INSTRUMENTAL INCISÃO OSTECTOMIA ODONTOSECÇÃO EXODONTIA - Tronco cônica 702 - Esféricas 6 Mandíbula Maxila
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