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ARTRÓPODES PARASITAS DE INTERESSE MÉDICO

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ARTRÓPODES PARASITAS DE INTERESSE MÉDICO
Juiz de Fora
2014
Fernanda Alves da cruz nogueira
Ácaros e Carrapatos
Dípteros e Miasse
Hemípteros
Sifonápteros
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Parasitologia Humana voltada para Odontologia, ministrada pelo Prof.° Humberto Luiz De Faria.
Juiz De Fora
2014
Introdução:
ÀCAROS E CARRAPATOS
Ácaros e carrapatos pertencem à família dos aracnídeos, assim como as aranhas e os escorpiões. Pertencem à Ordem Acari.
ÁCAROS
Visíveis ao microscópio, medem cerca de 0,5 mm de comprimento. Referem temperaturas amenas (entre 18º e 32ºC) e umidade relativa alta (entre 60 e 80%). Alimentam-se principalmente de pele humana escamada, fibras de tecido, pólen e fungos. Em ambiente doméstico, são encontrados abundantemente em colchões, travesseiros, tapetes..., ou seja, onde há abundância de alimento. Muitas espécies parasitam plantas cultivadas, causando sérios prejuízos na agricultura, porém, a maioria é de vida livre.
O ácaro do pó doméstico é considerado o principal agente causador de alergias do aparelho respiratório. A cada ecdise, sofrida pela ninfa durante seu desenvolvimento, sua "pele velha" fica em suspensão pelo ambiente, é aspirada pelo homem e provoca alergias. Algumas espécies, presentes em locais de higiene precária, podem provocar dermatites como a sarna.
CICLO DA VIDA
O ácaro vive de 2 a 4 meses e acasala 1 ou 2 vezes. Os períodos propícios para reprodução são Primavera e Outono e, durante toda sua vida, a fêmea pode produzir até 50 ovos e depositar ovos até 30 dias dependendo dentoninfa (ou ninfa hipotus) > tritoninfa > adulto.
CARRAPATOS
Os carrapatos pertencem a classe dos aracnídeos. Os principais são o Rhipicephalus sanguineus, conhecido como carrapato marrom do cão, Dermacentor varíabilis e o Amblyoma cajannense, também conhecido como carrapato estrela. O ciclo de vida é composto por estágios: ovo, larva, ninfa e adultos. O carrapato jovem já tem aparência de um carrapato adulto só que um pouco menor (também conhecido como micuim). O carrapato da foto ao lado pertence ao gênero Dermacentor e tem 3 cm de comprimento.
Os carrapatos adultos depositam os ovos geralmente em locais altos como paredes, frestas, rodapés, estrado de cama, atrás de moveis, etc., mas nunca no hospedeiro. As larvas (pequenos carrapatinhos) nascem dos ovos em 2 a 7 semanas e se espalham pelo ambiente em busca de hospedeiros. Depois de se alimentarem por 3 a 12 dias, elas saem do hospedeiro e vão em busca de um ambiente protegido e no alto (elas não ficam no chão) para se transformarem depois em ninfas (pequenos carrapatos). 
Depois da muda, estas ninfas buscam um novo hospedeiro, alimentam-se por um curto período (3 a 10 dias) e novamente saem e se escondem no ambiente (no alto) para se transformarem em carrapatos adultos. Os adultos, que podem viver até 19 meses, podem pôr de 2.000 a 22.000 ovos e conseguem andar até 2 Km em busca do hospedeiro.
Geralmente, para completar seu ciclo, estes carrapatos necessitam de três hospedeiros, embora algumas espécies possam passar todos os seus estágios em um mesmo mamífero. Se este ciclo de vida for interrompido, os carrapatos podem sobreviver por longos períodos ou hibernar no inverno. Embora o ciclo de vida possa se completar em 1 ano, em alguns casos pode se estender por 2 ou 3 anos.
Enquanto fora do hospedeiro, esses carrapatos infestam o ambiente. Eles resistem ao frio, mas são suscetíveis à luz solar intensa, e chuvas excessivas.
 
Dípteros e Miasse
Dípteros são insetos que apresentam um par de asas funcionais e são holometabólicas, ou seja, possuem ciclo completo com formação de ovo, larva, pupa e adultos. Os insetos que fazem parte desta ordem são mosquitos, moscas, flebotomíneos e mutucas.
Miasse é a infestação de órgãos ou tecidos de animais hospedeiros e do homem por estágios larvais de moscas dípteras. As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos alimentos por ele ingeridos. 
A ordem Díptera é dividida em duas Subordens: Nematocera e Brachycera. Fazem parte da subordem Nematocera, os dípteros que possuem antenas com mais de seis segmentos livremente articulados, como os insetos das famílias Culicidae, Simuliidae e Psycodidae, tais como mosquitos, borrachudos e flebotomíneos, respectivamente.
 Já a Subordem Brachycera engloba os dípteros que possuem antenas com três a cinco segmentos. Dentro desta última, estão incluídas as mutucas, pertencentes à família Tabanidae e todas as famílias da antiga Subordem Cyclorrhapha, dentre elas a Oestridae, Sarcophagidae, Calliphoridae, Muscidae e Fanniidae. A maioria dos dípteros causadores de miíases estão incluídos na subordem Brachycera. Tabanidae, Chloropidae, Muscidae, Glossinidae, Calliphoridae, Sarcophagidae e Oestridae pertencentes à subordem Brachycera apresentam notório valor para a saúde pública.
Miasse é definida como a infestação por larvas histiófagas de dípteros (moscas) em hospedeiros vertebrados, que encontram em tecidos vitalizados (biontófagas) ou necróticos (necrobiontófagas) fonte nutricional para seu desenvolvimento e reserva energética para a fase de pupa.
Atualmente, as miasses podem ser vistas sob dois aspectos: clínico ou parasitológico. Na primeira, a classificação está fundamentada nos locais do corpo do hospedeiro onde as larvas se instalam ou são encontradas, assim sendo designadas como cutâneas, cavitárias (nasofaringe, ocular e urogenital) ou intestinais. Quanto ao aspecto parasitário, a infestação pode ser classificada como do tipo obrigatória, facultativa e acidental (quando leva em conta a biologia do inseto) ou primária e secundária (tendo em vista o seu caráter invasivo).
 
No caso das miasses obrigatórias, os imaturos se desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos de animais, não possuindo outra fonte de recurso alimentar, ou seja, não sobreviveriam se não acometessem um hospedeiro.
Quanto às miasses facultativas, como as larvas consomem exclusivamente tecidos mortos ou necróticos de animais, nunca tecidos vivos, estas podem ter uma maior multiplicidade de hábitos alimentares, assim também são encontradas criando-se em matéria orgânica em decomposição tais como carcaças e fezes.
 Em miasses acidentais ou pseudomiíases, a ingestão de líquidos ou alimentos contendo larvas de dípteros pode levar ao desenvolvimento no trato digestório de quadros patológicos, com menor ou maior gravidade, tais como danos na mucosa intestinal, infiltrações hemorrágicas ou simplesmente distúrbios gastrointestinais. Finalizando, quando os imaturos são capazes de iniciar a invasão nos tecidos de um hospedeiro são chamadas de miasses primárias, enquanto que nas secundárias a colonização ocorre somente a partir de lesões já existentes 
Hemípteros
	Os hemípteros são insetos cuja principal característica é apresentar dois pares de asas, com o par anterior mais rígido na base e membranoso na extremidade. Eles são parasitos externos de animais e plantas e os principais exemplos são os percevejos, entre os quais o barbeiro, transmissor do mal de Chagas.
A característica anatómica definidora dos hemípteros, que os distingue dos outros insectos, é a presença, tanto na forma adulta como nas formas ninfais, de peças bucais adaptadas à perfuração e sucção, formando uma longa "tromba" ou "bico" Esta estrutura bucal resulta da inclusão das mandíbulas e maxilas modificado para formar o "rostro", uma probóscide capaz de perfurar tecidos (geralmente tecidos vegetais) e sugar líquidos (na maior parte dos casos, seiva).
Ainda que a maioria seja fitófaga e se alimente de seiva e outros sucos produzidos por plantas, algumas espécies são hematófagas (alimentam-se de sangue) de outros animais e outras são entomófagas (predadores de outros insectos) ou predadoras de pequenos animais pertencentes a diversos grupos taxonómicos, injectando umfluido digestivo nas suas presas e posteriormente sugando os tecidos liquefeitos.
Ciclo de vida ecologia
Os hemípteros apresentam um ciclo de vida caracterizado por hemimetabolia, o que significa que não sofrem metamorfose entre as fases de larva e de imago (adulto). Em consequência, os seus juvenis, designados por ninfas, assemelham-se em muito aos adultos, pelo que a transformação final envolve pouco mais do que o desenvolvimento de asas funcionais (quando elas estão presentes no adulto) e a entrada em funcionamento dos órgãos sexuais. No processo de não há estado pupal como acontece nos insectos com ciclo de vida enquadrável na categoria de holometabolismo (entre os quais os Lepidoptera, Coleoptera, Diptera e Hymenoptera).
Muitos afídios são partenogénicos durante parte do seu ciclo de vida, com as fêmeas a produzirem ovos não fertilizados viáveis a partir dos quais emergem juvenis que são clones das suas progenitoras. A maioria dos hemípteros são fitófagos, alimentando-se da seiva de plantas, tais como os pulgões, as cochonilhas e as cigarras. 
Os restantes são predadores que se alimentam de outros insectos, ou mesmo de pequenos vertebrados, ingerindo o alimento após liquefacção por injecção de fluídos digestivos. Alguns, contudo, são parasitas que praticam a hematofagia (alimentação por sangue) tendo como hospedeiros animais maiores. Neste último grupo estão incluídos alguns importantes parasitas dos humanos, entre os quais os percevejos e os "barbeiros" da família Reduviidae, animais que podem transmitir infecções potencialmente fatais, como o tripanossomíase. 
Várias famílias de Hemiptera são insectos aquáticos, adaptados à vida aquática, entre os quais os Corixidae e os Nepidae. Estes organismos são na sua maioria predadores, com pelo menos um par de pernas adaptado como remos para ajudar o movimento dos animais através da água. Os membros da família Gerridae, que inclui os alfaiates, também está adaptada à vida em ambiente aquático, mas usam a tensão superficial da água parada para mantê-los acima da superfície, parecendo por isso caminhar sobre a água. Esta família inclui o género Halobates, o único grupo de insectos que pode ser considerado como tendo espécies verdadeiramente marinhas.
Sifonápteros
Os sifonápteros são uma ordem de insectos sem asas, popularmente conhecidos como pulgas. As pulgas são parasitas externos que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. Estes animais podem transmitir doenças graves como o tifo e a peste bubónica.
Elas afectam normalmente animais de estimação, como o gato, o cachorro, entre outros. Elas dependem do hospedeiro para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida nestes e em outros animais contactantes. Além de provocarem incômodo pelas picadas, transmitem vermes, parasita hematófagos e podem induzir a processos alérgicos, diminuindo a qualidade de vida dos animais.
Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância (200 vezes o próprio tamanho), o equivalente, em proporção de tamanho, a um humano saltar o comprimento de um campo de futebol. O tamanho de uma pulga dependendo da espécie pode chegar a 5 mm de comprimento.
 
O ciclo biológico das pulgas é conhecido apenas para poucas espécies e compõe-se de quatro estágios: ovo, larva, pupa e adultos. Após a cópula, a fêmea põe os ovos no hospedeiro ou no ambiente (tapetes, pisos, frestas). Desses ovos nascem as larvas, parecidas com pequenos vermes ápodes, de grande mobilidade, as quais se alimentam de detritos orgânicos e sangue seco expelido pelos adultos em forma de fezes. 
Após três mudas, a larva tece um casulo pegajoso, ao qual aderem grãos de pó. Dentro do casulo, a larva transforma-se em pupa, de onde emerge mais tarde o adulto. O ciclo completo varia de duas semanas a alguns meses, de acordo com a espécie e as condições microclimáticas. Em certos casos, o ciclo da pulga depende inteiramente do comportamento e do ciclo sexo-hormonal do hospedeiro, como é o caso da pulga do coelho europeu.
Entre as espécies de maior ocorrência estão a pulga comum (Pulex irritans), que infesta o homem e eventualmente outros mamíferos e alguns galináceos; a pulga do gato (Ctenocephalides felis) e a pulga do cão (Ctenocephalides canis), que parasitam cães, gatos e o homem; a pulga do rato (Xenopsylla cheopis), que transmite o tifo exantemático e a peste bubônica; e a pulga de galinha (Echidnophaga gallinacea), com freqüência nociva. Os bichos-de-pé (do gênero Tunga) são pulgas cujas fêmeas penetram na pele do hospedeiro depois de fecundadas.
Referências:
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v22n2/v22n2a10.pdf
http://ppgca.evz.ufg.br/up/67/o/2013_Denise_Teixeira_Seminario1corrig.pdf
http://www.saudeanimal.com.br/2mil_009.htm
http://widoctor.com.br/index.php/atualize-se/pratica-medica/1103-miiase
http://www.ninha.bio.br/biologia/acaros.html
http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/98/ENTOMOLOGIA/CARRAPATOS_AHID.pdf

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