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TRAUMATISMO CRANIOÊNCEFÁLICO (TCE) Conceito: Qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. Causada por força física externa que pode produzir diminuição ou alteração da consciência que resulta em alterações das habilidades cognitivas, físicas, emocionais, comportamentais e vocacionais do indivíduo. Epidemiologia A lesão cerebral é a ocorrência que mais mata e incapacita crianças e jovens. Acidentes com veículos motorizados causam cerca de 50% de todos os TCEs, quedas 21%, violência causa 12% (maioria por armas de fogo) e os esportes e atividades recreativas são responsáveis por 10%. Incidência Politraumas em 50% dos casos. 60% Óbitos nas primeiras 24hrs Homens 35 anos Faixa Etária: Infância: Abuso dos pais, babás “baby shaking” Escolares: Queda e atropelamentos Pré-Adolescentes: Esportes radicais Adolescentes e adultos: Assaltos, acidentes automobilísticos, recreação. Idosos: Quedas Etiologia Mundial 1-Cerca de 50% dos TCEs ocorrem por imprudência no trânsito, decorrente do abuso de álcool, excesso de velocidade, não utilização do cinto de segurança, não utilização do capacete e cadeira inadequada para criança. Etiologia Mundial Os outros 50% se apresentam da seguinte forma. 2. VIOLÊNCIA C/S arma de fogo 3. QUEDAS (IDOSOS, CRIANÇAS) Tipos de Lesões Cranianas Lesão Cerebral Primária São decorrentes da ação de força agressora ligada ao mecanismo do trauma Lesão Cerebral Secundária São decorrentes das lesões primárias onde as causas surgem no momento ou logo após um certo período de tempo. Ocorre um intervalo entre o momento do trauma e o aparecimento dos sintomas. Lesão cerebral primária Mecanismo de lesão Impacto direto – Lesão que ocorre no momento do acidente por resultado de 02 tipos de impacto. - Golpe - Contra golpe Golpe Contra golpe lesão encefálica que ocorre no local do impacto. lesão encefálica distante da área que recebeu o golpe. Lesão cerebral primária Impacto indireto ocorrem devido a forças de aceleração, desaceleração e rotação sobre o crânio. Lesão cerebral primária Ferimentos por FAF ou FAB Ferimento por objetos penetrantes (FAF, FAB, etc...) Biomecânica do impacto Ferimento por objeto perfurante (FOP) Lesão Cerebral Primária São divididas em : Fraturas Contusões e Lacerações da Substância Cinzenta Lesão Axonal Difusa Lesão Cerebral Primária Fraturas – consiste na interrupção anatômica do envoltório ósseo do encéfalo devido a uma agressão mecânica Tomografia computadorizada Fratura cominutiva CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMAS- fraturas ABERTO: presença de comunicação entre o foco lesionado e o meio exterior. FECHADO: ocorre nos casos de impacto, podendo causar inúmeras disfunções cerebrais, incluindo patologias focais e difusas. Não há presença de comunicação com ½ externo Lesão Cerebral Primária Contusões e Lacerações da Substância Cinzenta – são lesões corticais que atingem as cristas das circunevoluções cerebrais Contusões cerebrais bilaterais Lesão Cerebral Primária Lesão Axonal Difusa – Ocorre quando uma força de impacto com um componente de aceleração rotatória, atinge os feixes de fibras perpendiculares, fazendo com que ocorra um cizalhamento Lesão axonal difusa, hemorragia ventricular Lesão Cerebral Secundária Divididas em : Hematomas Intracranianos Hipertensão Intracraniana (HIC) Lesão Cerebral Isquêmica Hematomas Intracranianos Podem ser extradurais, subdurais ou intraparenquimatosos; podem se apresentar isolados ou associados a outros tipos de lesão Hematoma Extradural – é uma coleção sangüínea situada entre a tábua interna óssea e a duramáter Hematoma Subdural Agudo – causado por ruptura truamática de veias córtico meníngeas que vão do córtex aos seios durais Hematoma Intraparenquimatoso – é uma coleção compacta de sangue, alojada dentro do parênquima cerebral e limitada nitidamente pelos tecidos que a rodeiam Hematoma Sub Dural Hematoma sub dural Hematoma sub dural agudo Fronto parietal d Hipertensão Intracraniana (HIC) Manifestação do conflito de espaço que surge quando o crânio não mantem as relações normais entre seus componentes: encéfalo, sangue e LCR, causando um aumento da pressão no interior do crânio (PIC) PIC = Vs + Vl + VC = 10 mmHg / tolerável até 20mmHg em DD com cabeça pouco elevada. VS = Volume Sangüíneo VL = Volume Líquido Céfalo Raquidiano (Liquor) VC = Volume da Massa Encefálica Lesão Cerebral Isquêmica Ocorrem lesões isquêmicas em regiões pericontusionais, na oclusão da artéria posterior. A gravidade da lesão isquêmica é que ela ocorre em cérebros cujos mecanismos de auto regulação estão lesados, ficando assim sujeitos a uma série de alterações do fluxo e de perfusão PATOLOGIAS FOCAIS Contusão focal: na contusão ocorre lesão microscópica do tecido nervoso e vasos, ocorrendo o edema, focos hemorrágicos com preservação anatômica. Hemorragias em áreas não corticais: decorrentes da contusão focal em outras áreas cerebrais. Lesão hipóxica ou isquêmica focal: resultam de infartos em territórios vasculares cerebrais. PATOLOGIAS DIFUSAS Lesão Anoxal Difusa: é a principal lesão traumática difusa, a qual provoca uma lesão generalizada dos axônios levando a formação de tecido cicatricial e futura degeneração e atrofia. A ruptura axonal não é um fenômeno imediato, mas um fenômeno auto-destrutivo que progride horas ou dias após o trauma, causando uma disfunção temporária ou completamente irreversível. Hipóxia ou Lesão Isquêmica Difusa: na maioria das vezes, associada ao comprometimento cardiovascular, respiratório e aumento da PIC. LESÕES DO PARÊNQUIMA ENCEFÁLICO COMOÇÃO: pequena disfunção dos neurônios sem alteração anatômica, geralmente reversível. CONCUSSÃO: ocorrem lesões microscópicas, podem ser reversíveis ou proporcionar seqüelas, não ocorre lesão vascular. CONTUSÃO: ocorre lesão microscópica do tecido nervoso e vascular, presença de edema e focos hemorrágicos, porém com preservação anatômica. DILACERAÇÃO: é a soma dos 3 mecanismos anteriores, porém com lesão anatômica. ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS Alterações na Função Autonômica: refere- se as alterações dos sinais vitais: taquicardia ou bradicardia, taquipnéia ou bradipnéia, hipotensão ou hipertensão arterial, hipertemia, sudorese, sonolência, salivação excessiva, vômito, lacrimação, secreção sebosa excessiva, etc. O controle desses sinais é fundamental para prevenção da lesão cerebral secundária. Alterações na Consciência: Período muito breve de alteração da consciência (casos leves); Síndrome pós traumática: consiste em cefaléias, vertigens, cansaço, distúrbios de memória passageiros e irritabilidade emocional. Amnésia Pós Traumática (APT): é definida como sendo o período de tempo entre o acidente e o momento onde as funções relativas à memória são restauradas. Coma: paralisia completada função cerebral, estado de não responsividade. Local da Lesão: formação reticular, diencéfalo, amigdala e hipocampo. Alterações da função motora e sensitiva Envolve a perda do controle motor seletivo, do equilíbrio, das reações de endireitamento e da sensibilidade, com manifestação dos reflexos primitivos e a presença de um tônus muscular anormal. Alterações nas respostas pupilares e nos movimentos oculares Estas alterações ocorrem porque áreas do tronco encefálico que controlam a consciência ficam adjacentes às áreas que controlam as pupilas e a motilidade ocular. Reflexos controlados pelo tronco encefálico exacerbados Exagero de expressões faciais frente a estímulos dolorosos, alterações no reflexo da tosse, deglutição e vômito. COMA Definição Segundo John Gilroy Coma ou estado Comatoso é um estado de falta de responsividade no qual o paciente é incapaz de sentir o ambiente ou responder a ele. Coma Independentemente da causa do coma, e a não ser que haja lesão bilateral do nervo oculomotor,duas a três semanas após a instalação do coma o paciente começa a abrir os olhos e a readquirir o ciclo sono-vigília. Coma Ocasionalmente, um paciente comatoso apresenta condições de lesão cerebral severa caracterizada por preservação das funções vegetativas (ciclos de sono-vigília, controle autonômico e função respiratória), mas falta-lhe consciência incluindo toda função cognitiva e emocional. Exame Neurológico Escala de Glasgow Método clínico de avaliação do paciente que usa parâmetros de abertura dos olhos, repostas motoras e respostas verbais ( 24h, 2/3 dias, 4/7 dias ) Parâmetros: Abertura dos Ocular Resposta motora Resposta verbal Abertura dos olhos espontânea 4 fala 3 dor 2 não 1 Resposta motora Obedece 6 localiza 5 retira 4 flexão anl 3 extensão 2 não 1 Resposta verbal orientado 5 confuso 4 inapropriado 3 incompreensível 2 não 1 Glasgow Abertura ocular (AO) Existem quatro níveis: 4- Olhos se abrem espontaneamente. 3- Olhos se abrem ao comando verbal. 2- Olhos se abrem por estímulo doloroso. 1- Olhos não se abrem. Glasgow Melhor resposta motora (MRM) Existem 6 níveis: 6 Obedece ordens verbais. (O paciente faz coisas simples quando lhe é ordenado.) 5 Localiza estímulo doloroso. 4 Retirada inespecífica à dor. 3 Padrão flexor à dor. (decorticação) 2 Padrão extensor à dor. (descerebração) 1 Sem resposta motora. Decorticação Lesões na “região do mesencéfal o” acima dos núcleos rubro, poderá apresentar um padrão motor de Decorticação. Descerebração Pacientes em coma com lesões na região do tronco encefálico ao nível da ponte e bulbo, poderá apresentar Descerebração. Glasgow Melhor resposta verbal (MRV) Existem 5 níveis: 5 Orientado. (O paciente responde coerentemente e apropriadamente às perguntas sobre seu nome e idade, onde está e porquê, a data etc) 4 Confuso. (O paciente responde às perguntas coerentemente mas há alguma desorientação e confusão) 3 Palavras inapropriadas. (Fala aleatória, mas sem troca conversacional) 2 Sons incompreensiveis. (Gemendo, grunido, sem articular palavras) 1 Ausente. Escala de Glasgow Score: 3 a 15 pontos. Com nota 8 ou menos o paciente é considerado em coma e com nota 9 ou mais é considerado fora de coma. - Coma Profundo: de 3 a 4 - Coma Moderado: de 4 a 5 - Coma Leve: de 5 a 9 Prognóstico Segundo John Gilroy As consequências do coma não são imprevisíveis, podendo ser feitas numerosas afirmações. Exceto pela superdosagem de drogas, a presença de coma em geral dá um mau prognóstico. Prognóstico Quando um paciente em coma é internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e o persiste por mais de 48 hora, a taxa de mortalidade é de 77%. Pacientes em coma por mais de 72 horas com pontuação na escala de Glasgow abaixo de 5, morrem ou ficam em estado vegetativo em 1 ano. SEVERIDADE X RECUPERAÇÃO O tempo de duração do COMA ou da APT é o maior indicativo da severidade do trauma, ou seja, que o paciente poderá Ter seqüelas. TCE GRAVE: > 8h em coma > 48h APT Bom prognóstico – boa evolução cognitiva nos primeiros 6 meses após o trauma (nível cognitovo VI). ESCALA DE RECUPERAÇÃO DE GLASGOW Boa recuperação: reintegração,déficits leves Incapacidade moderada: independente em AVD e limitação profissional Incapacidade grave: dependente em AVD por déficits cognitivos ou físicos Estado vegetativo: não responde à estímulos externos Fisioterapia no Coma Estimulação Sensorial Tátil Cinestésica Auditiva Ativação Cortical Vestibular Proprioceptiva DESPERTAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS Neurológicas: distúrbios convulsivos, hematomas subdurais crônicos, infecções intra-cranianas (meningite), herniação de estruturas cerebrais e hidrocefalia. Gastrointestinais: sintomas de esofagite, gastrite, úlcera, hemorragia gastrointestinal. Genitourinárias: infecção do tracto urinário (ITU), disfunção vesical (incontinência urinária). Respiratórias: traqueostomia, embolia pulmonar, infecções pulmonares. Cardiovasculares: hipertensão arterial, tromboflebite (TVP). FATORES PRÉ-MÓRBIDOS Trauma de crânio prévio Idade Uso de álcool ou drogas Distúrbios da personalidade e psiquiátricos Saúde geral e patologias associadas Grau de instrução e QI baixos Nível sócio econômico e cultural Suporte familiar Quadro clínico Quadro clínico: Alterações da função Neuromuscular Paralisia ou paresia muscular (Topografia) Hipertonia muscular: Postura de Descerebração = extensão dos 4 MM ou Postura de Decorticação = flexão dos MMSS e extensão dos MMII. Hiperreflexia Clônus Babinski positivo Ataxia Espasmos musculares Incoordenação Déficits nas reações de endireitamento e equilíbrio. Distúrbio sensorial e problemas na percepção Alteração de sensibilidade superficial e profunda (propriocepção) Desordens de equilíbrio. (vestibular) Lesões de pares cranianos Paralisia Facial Disfagia e desnutrição alterações de linguagem alterações visuais, auditivas e olfatórias. Alterações ortopédicas Fraturas/ osteoporose Politraumas associados Amputações de membros Calcificação heterotópica (depósito de cálcio em regiões peri-articulares e músculos) Hidrocefalia Válvula de derivação ventrículo peritonial. (funcionamento - palpação) Desordens de linguagem Afasia Disartria Disfonia Apraxia de linguagem Complicações da imobilização prolongada Deformidades Hipotrofia muscular Úlceras de decúbito (escaras) Alterações vasculares Contraturas musculares Retrações tendinosas Limitações articulares Alterações esfincterianas, etc... Alterações da personalidade, das emoções e deteriorização do intelecto Agressividade Desmotivação Ansiedade Confusão distúrbios de memória, concentração, planejamento e julgamento;etc. - Irritabilidade e agitação. - Labilidade emocional - Falta de iniciativa - Apatia Considerações Cognitivas Cognição: refere-se às habilidades de pensamento e memória, incluindo atenção, organização, planejamento, raciocínio, noção dos seus limites e problemas. Funções cognitivas : como conseqüência do TCE algumas dessas habilidades cognitivas estarão alteradas ou ausentes Memória: é a capacidade em assimilar idéias e novas informações, ou seja, reter novos conhecimentos ou apreendizados. As habilidades de memória incluem a capacidade de lembrar de fatos ocoridos antes e depois do trauma de crânio. Tipos de memória: Anterógrada (fatos antigos) Retrógrada (fatos recentes) Fixação (reter novos fatos) Atenção: é a capacidade do indivíduo direcionar sua atenção, para vários acontecimentos que ocorrem ao seu redor. Concentração: é a capacidade do indivíduo direcionar sua atenção e se concentrar exclusivamente em um único acontecimento. Análise: é a capacidade do indivíduo em reconhecer as partes de um todo e posteriormente relatar suas funções individualmente, Discriminação: é a capacidade em discriminar ou distinguir os objetos e suas funções. Seriação: é a capacidade em estabelecer série ou categorias para acontecimentos ou objetos. Organização: é a capacidade em organizar uma disposição lógica para acontecimentos, situações ou objetos. Categorização: é a capacidade em estabelecer hierarquia. Integração: é a capacidade em integrar as partes em um todo, ou seja, tornar inteiro. Conseguindo interpretar acontecimentos ou informações com sentido lógico, sem fragmentação. Abstração: é a capacidade em interpretar provérbios,ou seja, fatos não concretos, conseguindo usar a sua imaginação. ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA Fisioterapia no TCE • Quando Atuar? Intervenção Precoce • Grande Retorno Motora 2 anos Cognitiva 6 meses a 1 ano Estímulos Táteis – Cinestésicos – Auditivos PLASTICIDADE NEURAL Quadro Clínico Sensório-Motoras Cognitivas Comportamentais Emocionais Perceptuais REABILITAÇÃO Fisioterapia no TCE • Avaliação Descritiva • Identificação dos problemas • Tratamento Individual • Buscar o Máximo de Desempenho Perceptual Emocional Comportamental Cognitivo Sensório-motor AVALIAÇÃO Fisioterapêutica Observação Imediata Condições do paciente antes do TCE Avaliação Articular Avaliação Muscular Avaliaçãio do Tônus Movimentação Ativa Reações de Equilíbrio e endireitamento Marcha FISIOTERAPIA no TCE Convencional / tradicional Baseada na escala de recuperação das funções cognitivas elaborada pelo "Rancho de los Amigos" ESCALA DOS NÍVEIS DE FUNÇÃO COGNITIVA Elaborada no Rancho Los Amigos Medical Center ( Califórnia-EUA ) descreve 8 níveis de funções cognitivas. Os 3 primeiros descrevendo o coma e as respostas emergentes, os 3 intermediários descrevendo o período de confusão e os 2 últimos descrevendo a restauração das Funções Corticais Superiores Nível Cognitivo I : Coma ( não responsivo ) Nível Cognitivo II : Resposta generalizada à estimulação Nível Cognitivo III : Resposta localizada à estimulação Nível Cognitivo IV : Confuso e agitado Nível Cognitivo V : Confuso e inapropriado Nível Cognitivo VI : Confuso e apropriado Nível Cognitivo VII : Automático e apropriado Nível Cognitivo VIII : Intencional e apropriado ESCALA DOS NÍVEIS DE FUNÇÃO COGNITIVA – Rancho de Los Amigos PROGRAMAS SENSÓRIO- MOTOR Divide-se em 3 fases: Despertar – I, II e III ( fase do coma e das respostas emergentes) Adequar – IV,V e VI (níveis intermediários, período de confusão mental) Reorganizar – VI e VII (restauração das funções corticais superiores FISIOTERAPIA NÍVEIS I – I I – I I I DESPERTAR Despertar Níveis I,II,III NÍVEL I - NÃO RESPONSIVO Ausência de alteração observável no comportamento Visual / auditivo / tátil / doloroso Proprioceptivo / vestibular Despertar Níveis I,II,III NÍVEL II - Resposta generalizada COMEÇA A RESPONDER RESPONDE TUDO DA MESMA FORMA Alterações fisiológicas RESPOSTA LENTA INCONSISTENTE Despertar Níveis I,II,III NÍVEL III - Resposta localizada Reage especificamente Começa reconhecer familiares Segue comandos simples / objetos Níveis I, II e III – Como proceder? • Ambiente calmo • Tempo de Terapia Reduzido • Poucas Informações • Explicar Procedimentos • Intervalos para Descanso • Assistência Ventilatória • Contexto Informações Familiares Níveis I, II e III – Como proceder? • Mobilização Passiva • Alongamento • Adequar Tônus • Manter ADM • Recursos Externos CR • Extremidades • Tronco Níveis I, II e III Ativação Cortical DESPERTAR Investir • Orientações Familiares • Adequações Posturais • Ortostatismo • Atenção - Anticonvulsivos Níveis I, II e III Assistência Respiratória • Biomecânica Respiratória • Equilíbrio Ventilação/Perfusão Posicionamento • Tendências Patológicas • Deformidades Atuação na fase do Despertar (nível cognitivo I, II e III) É o período que o paciente está saindo do Coma e inicia as respostas neurológicas. Posicionamento e mudanças de decúbitos.. Ortetização - evitar deformidades mobilizações e alongamentos (passivamente) manter ADMs, Manobras de higiene brônquica, facilitação da biomecânica respiratória e melhora da capacidade vital. Retorno venoso ( exercícios metabólicos) Ortostatismo na prancha ou no stand in table, Estimulação sensorial e cognitiva terapia é de curta duração com períodos de descanso. Orientação familiar NÍVEIS IV – V – VI ADEQUAR Nível IV – Confuso e Agitado • Confusão Mental Agitação e Medo • Reage em excesso / Agressividade • Não se concentra / Não presta atenção • Só pensa em necessidades básicas Nível IV – Confuso e Agitado Adequar Nível V NÍVEL V NÍVEL V CONFUSO E INAPROPRIADO INADEQUADO - atitudes / gestos / fala Concentração por alguns minutos Compulsividade : comida Não controla esfíncter Nível I ao V - amnésia Nível VI Confuso e Apropriado • Controla Esfíncter • Não tem Noção incapacidades e riscos de segurança • Concentração – 20 a 30 minutos • Realiza AVDs com auxílio moderado FISIOTERAPIA NÍVEIS IV – V – V I ADEQUAR ADEQUAR • Impor Limites • Fragmentar a Terapia • Atividades Básicas • Trabalho de Tronco • Ortostatismo • Treino de Marcha •Orientação Familiar Atuação na fase do Adequar (nível cognitivo IV, V e VI) É a fase de adequar o paciente, pois se encontra confuso, agitado e inadequado. trabalhar com comando verbal mais ativo, solicitando atenção, colaboração e ganhar a confiança do paciente. trabalhar curtos períodos de terapia, mais vezes durante o dia. começa a ter noção do déficit físicoatividade mais dinâmica com exercícios ativos livres quando possível, estimular as trocas posturais de forma independente, treinar as reações de endireitamento e equilíbrio, ortostatismo com apoio ou até os primeiros passos a beira do leito. treino de marcha progressivo com auxílio de aditamentos se necessário. NÍVEIS VI I – VI I I – IX – X REORGANIZAR Reorganizar Níveis VII,VIII,IX e X NÍVEL VII Automático e Apropriado Noção superficial incapacidades motoras Não percebe limites Superestima habilidades Mostra-se inflexível - parece decidido Concentração por no mínimo 30 min. Reorganizar NÍVEL VIII Intencional e Apropriado Concentração por + ou – 1 hora Tem noção dos problemas físicos e cognitivos Baixa tolerância à frustração Questionador Reorganizar Nível IX Intencional e Apropriado Mantém concentração por 2 horas Usa auxílio p/ memória Realiza AVDs em casa, trabalho, lazer Auto- controle e adequação numa interação social Reorganizar Nível X Intencional e Apropriado Independente modificado Realiza várias tarefas simultâneas Cria seu instrumento de auxílio à memória Realiza c/ independência atividades em casa, trabalho e lazer Comportamento social normalmente adequado Fisioterapia REORGANIZAR Feedback / tarefas complexas Balance Trabalho de tronco Treinar fora do ambiente de terapia Qualidade do movimento Trabalhar de forma funcional Atuação na fase de Reorganizar (nível cognitivo VII e VIII) É o período de reorganização, descrevendo a restauração das funções corticais superiores. Quando a seqüela motora não é grave, nesta fase o paciente já deambula e começa e se tornar mais independente. Os maiores problemas são relativos aos déficits cognitivos que compromete a reabilitação. Nesta fase se trabalha mais funcionalmente, oferecendo tarefas mais complexas e exigindo melhor resposta do paciente, trabalho direcionado para qualidade de movimento e atividades fora do ambiente terapêutico ou semelhante às dificuldades relatadas pelo paciente e seus familiares. TCE
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