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AMARAL Luiz Assessoria de imprensa nos Estados Unidos IN DUARTE, Jorge Assessoria de imprensa e relacionamento com a midia teoria e tecnica


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Capítulo II: AMARAL, Luiz. Assessoria de imprensa nos Estados Unidos. In: DUARTE, Jorge (org.). Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: teoria e técnica. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003
“As raízes das assessorias de relações públicas e imprensa nos Estados Unidos, ou seja, o período de gestação ou incubação, datam das últimas décadas do século XIX, resultado de três fatores principais: o espaço conquistado pelos agentes de imprensa, a intensificação das campanhas políticas e a utilização de redatores de publicidade pelo empresariado. Na base de tudo, estavam as notáveis mudanças socioeconômicas conseqüentes da Revolução Industrial.” p. 52
“Esses fatores criaram, a seu modo, o clima propício ao aparecimento de um tipo de serviço capaz de atender às necessidades do novo relacionamento social. Os agentes de imprensa, por alguns apontados como ancestrais selvagens dos modernos assessores, agindo sem lei e sem ordem, criavam, exageravam e falseavam os fatos para atrair repórteres e obter notícias nos jornais.” 
“[...] Se o leitor prioriza datas, deixo a seu critério escolher entre dois referenciais o que pode ser apontado como marco inicial: a campanha do Circo Barnum, após a Guerra Civil Americana (1861-1865), para promover seus artistas e espetáculos, ou a campanha de Ivy Lee para tornar favorável uma imprensa até então hostil no trato de violento desastre da Pennsylvania Railroad 91906), na localidade de Gap, Estado de Pennsylvania.” p. 52-3
“A Primeira Guerra Mundial foi um campo fértil para o desenvolvimento das técnicas de promoção, propaganda e assessoramento de relações públicas e imprensa. Os presidentes Theodore Roosevelt e Woodrow Wilson partem em busca de soluções para seus problemas de imagem. Recorrem a entrevistas coletivas e releases. Wilson cria o Committee on Public Information (CPI) para ‘coordenar programas, disseminar informações e estimular o apoio público aos objetivos da guerra’. Ivy Lee junta-se à CPI com Carl Byoir, mais tarde proprietário de uma das maiores assessorias do país, e com Edwards L. Bernays, tido como o mais articulado defensor do conceito de relações públicas (Bernays, 1965, p. 290-291).” p. 57
“A expansão do jornalismo de denúncias e corrupção administrativa atemoriza, irrita e prende a atenção de presidentes e empresários. Multiplicam-se as medidas para combatê-lo. Theodore Roosevelt instala uma sala de imprensa na Casa Branca (inciativa pioneira). Woodrow Wilson começa a prática de entrevistas coletivas. Warren Harding emprega o termo ‘porta-voz da Casa Branca’ para jornalistas identificarem o autor (ele, Wilson) das declarações que fazia durante as coletivas (era proibido identificar o presidente como autor das declarações). O relacionamento com a Casa Branca estreita-se nessa presidência, embora de modo mais formal do que vinha sendo observado, e mais organziado e manipulado pelo presidente e seus secretários.” p. 58
“A extraordinária porcentagem de informações publicadas, nos últimos anos, pela imprensa, originada nas assessorias de instituições públicas e privadas, parece sugerir uma espécie de conluio entre imprensa, governo e corporações. È como se a mídia estivesse abdicando de seu direito de fazer um trabalho investigativo, valendo-se mais e mais dos pronunciamentos e dos press realeases distribuídos pelas assessorias – tendência observada desde a década de 60.” p. 62
assessoria de imprensa; história da assessoria de imprensa
“O exercício formal do que hoje é chamado relações públicas tem menos de 100 anos. Durante ssua atribulada história, elas foram definidas de diferentes formas. Não surpreende que as primeiras definições tenham enfatizado o papel das agências de imprensa e da publicidade, por terem sido suas principais fontes de inspiração. As definições começam por incluir:
necessidade de pesquisa como preparo para o início de qualquer operação, planejamento cuidadoso e avaliação de resultados;
exigência de um processo contínuo e sistemático em vez de uma operação única;
existência de múltiplas audiências ou públicos;
seu papel como função essencial de gerenciamento;
participação pública, mediação, arbitragem e acomodação como instrumentos importantes;
necessidade, na maioria dos casos, de um compromisso a longo prazo.” p. 64-5
relações públicas; história das relações públicas
“Em 1988, a Public Relations Society of America (PRSA) adotou a seguinte definição de RP: ‘Relações públicas são uma atividade que ajuda uma organização e seu público a se adaptarem mutuamente.’ Aí estão implicadas as funções essenciais de pesquisa, planejamento, diálogo e avaliação. As palavras-chave são organização, em vez da limitada implicação de companhia ou negócio, e públicos, o que reconhece que toda organização tem múltiplos públicos dos quais precisa de aprovação e apoio.” p. 65
“As relações públicas, proclama a PRSA, ajudam nossa complexa e pluralística sociedade a tomar decisões e a funcionar mais firmemente, contribuindo para o mútuo entendimento entre grupos e instituições. E úteis para manter em harmonia o privado e o público.” p. 65
“Os responsáveis pelas instituições precisam compreender as atitudes e os valores de seus públicos a fim de atingir suas metas, que são, elas próprias, dependentes do ambiente externo. O especialista em relações públicas é um assessor e mediador junto à gerência, ajudando a traduzir objetivos privados em razóavel e publicamente aceitável política e ação.” p. 65
“Em sua função de gerenciamento, são encarregadas de:
antecipar, analisar e interpretar a opinião pública, atitudes e questões que possam ter impacto, para bem ou mal, nas operações e planos da organização;
assessorar a direção da empresa em todos os níveis, com respeito à política, curso de ação e comunicações, considerando as ramificações públicas e as responsabilidades sociais e de cidadania da organização;
pesquisar, conduzir e avaliar, em base contínua, programas de ação e comunicação para obter a necessária participação do público para sucesso da organização;
planejar e implementar os esforços da organização para influenciar ou mudar a política em relação ao público. Estabelecer metas, planos, orçamentos, recrutamento e treinamento de pessoal – em resumo, gerenciar os recursos necessários para a concretização de todos os objetivos.” p. 66
relações públicas;