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Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Universidade Federal do Rio de Janeiro./IFCS/Departamento de História.
Aluna: Rafaela Alexandre David Silva. DRE: 111475617
Professor: José Augusto Pádua.
Disciplina: História do Brasil II
Prova.
    Analise os principais atores sociais, individuais e coletivos, presentes no processo de independência do Brasil, discutindo suas características, interesses, visões de mundo e posicionamentos políticos no contexto histórico em que estavam vivendo. 
Resposta.
Para podermos entender o processo de independência do Brasil é necessário que olhemos um pouco atrás em 1808, de maneira nenhuma podemos nos prender apenas ao ato as margens do Ipiranga com a elevação da espada e o grito de independência. Em 1808 a família Real chega ao Brasil. Em principio devido às invasões Napoleônicas. Ela se estabelece no Rio de Janeiro gerando mudanças sociais em todo o Brasil. A primeira grande mudança é a sede que antes era na Bahia agora passará ao Rio. E também... “inaugurado pela mudança da sede da monarquia para o Novo Mundo em 1807, em que o Brasil tornara-se metrópole, e Portugal, colônia. E tinha o início o processo de Independência do novo país americano.” (Lucia Maria Bastos Pereira das Neves e Humberto Fernandes Machado; O Império do Brasil; página 65.) Quando chegou à Bahia em 18 de janeiro de 1808, a primeira atitude política a ser tomada foi a assinatura de um documento (Decreto de Abertura dos Portos as Nações Amigas) onde os portos do Brasil não era mais obrigado a comercializar apenas com Portugal, agora o Brasil poderia fazer comércio direto com outras Nações, grande beneficiada com esse documento foi a Inglaterra. Assim o Brasil estava deixando de ser colônia de Portugal, não oficialmente, mas já não era mais uma propriedade exclusiva. Mais tarde a família real vai ao rio, como já mencionado, em 8 de março do mesmo ano. Aqui no Rio de janeiro com o passar dos anos outras mudanças foram ocorrendo, Abertura do primeiro banco, de escolas, criação da academia real militar, biblioteca real, museu real. E principalmente com a família a chegada também de uma nova classe social. Bem dizer a abertura dos portos foi o primeiro passo rumo à independência. Em 1815 o Brasil foi elevado à categoria de Reino unido de Portugal, Brasil e Algarves. O congresso de Viena teve com principal objetivo realinhar as fronteiras e reorganizar os territórios mudados com as invasões Napoleônicas. Lá também se dera o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, que era comandado pelo príncipe regente Dom João VI. Com sede no Rio de Janeiro, já que aqui se entrava a o príncipe. Com todo benefício voltado para cá, Portugal encontrava-se um tanto “esquecido”. Para a Corte era claro que os benefícios eram maiores aqui, maior território, maior produção de comércio e com a abertura dos portos maior comercialização mundial. Por isso muitos políticos acreditavam na formação de império Luso-brasileiro, a ideia de independência não passava pela cabeça da sociedade, embora os fatos já tornassem o Brasil livre para atitudes, ainda não se pensava em Ideia de Nação. Assim Portugal resolve mexer um pouco nos acontecimentos, em 1820 acontece uma revolução, conhecida como Revolução Liberal do Porto, na cidade do Porto em Portugal. “Em 24 de agosto de 1820, o movimento conhecido como regeneração vintista propunha, a partir do Porto, mas logo ganhando Lisboa e o restante do território português, o fim do antigo regime, a convocação de cortes para a elaboração de uma constituição e o reestabelecimento do lugar merecido por Portugal no interior do império Luso-brasileiro. Era também o começo do processo de emancipação política do Brasil.”( Keila grinberg e Ricardo Salles; O Brasil Imperial; Estado e Política na independência; página 115, segundo parágrafo.) “O objetivo da rebelião era tirar o país da opressiva situação em que jazia, desprovido, que estava, da presença de seu soberano, asfixiado pelo marasmo econômico, subordinado a autoridade dos inoperantes governadores do reino e sujeitos a arrogância do marechal Beresford e das tropas de ocupação inglesa.(O império do Brasil; Lucia Maria B. P. das Neves e Humberto F. Machado; página 67 segundo parágrafo.) Objetivada a acabar com as práticas do Antigo Regime e implantar ideias Liberais. A revolução do perto se tornou um grande marco para a nossa independência. O movimento de Porto foi constituído por militares, comerciantes e magistrados dos filiados do sinédrio. No ano de 1821 os dois lados do atlântico estava convertido pelo Liberalismo e Constitucionalismo. A revolução do Porto exigia em documento a volta da corte para Portugal. Em Abril de 1821 Dom João volta para Portugal em exigência da constituinte e deixa seu filho Dom Pedro como príncipe regente. Determina a eleição dos deputados brasileiros para o congresso de Lisboa. Assumindo assim, em meios as eleições D. Pedro. Com a ida da corte o Brasil ficou economicamente abalado, todo dinheiro dos cofres fora sido levado pela corte, principalmente os cofres do Rio de janeiro foi abalado. Em meio a esse desespero D. Pedro se uni aos Coimbrã. Em Portugal as constituição determina as juntas provinciais subordinação a Lisboa e a volta do príncipe regente. Em 9 de janeiro de 1822, D.Pedro apoiado pelo partido coimbrã proclama o “dia do Fico”. Um grande destaque nesse partido era José Bonifácio de Andrada e Silva. Nascido em Santos e estudante da Universidade de Coimbra. Visto que nesse partido grande parte tinha passado por essa universidade. Recém chegado ao Brasil, José depara-se com esse quadro e uni-se a D. Pedro, Em agosto de 1822 redigiu um documento ( Manifesto as Nações Amigas), junto a Gonçalves Ledo ( Manifesto aos povos do Brasil). Esse foi o ponte auge da independência, e esses documentos ficaram conhecidos como MANIFESTO DA INDEPENDÊNCIA, e já assumia a separação como fato consumado. Nesses documentos as tropas militares já estavam sobe comando de D. Pedro, e ele declarava guerra a qualquer tropa que chegasse ao Rio de Janeiro sem o seu consentimento. Um assunto e pouco interesse era a escravidão, as classes sociais- Dinastia que era a família real estava preocupada em manter a ordem na cidade, e manter a ordem estava ligado a manter a escravidão. As elites econômicas, que eram os comerciantes e proprietários possuíam escravos, acabar com a escravidão nesse momento seria comprar um briga com essas camadas da sociedade o que poderia trazer desordem. Alem da classe dos políticos, que eram letrados e tinham que manter a ordem e a legitimidade, tinha também o povo, que eram os escravos, população de rua, homens de bem... O Brasil precisava-se de desenvolvimento, a ideia que se tinha de civilização era a europeia, José Bonifácio fala a respeito disso, sua ideia de nação deixava de fora a cultura indígena e a cultura africana. Porém para ele também era preocupante escravidão. Embora acabar com ela imediatamente seria um erro que traria problemas econômicos e políticos. Era necessário que os escravos produzissem mais para atração de imigrantes europeus, igualando assim a população estaria pronto para enfrentar os traficantes de escravos e acabar com a escravidão. Em 7 de setembro do mesmo ano o “Grito do Ipiranga” , os fatores sociais não começaram ali, e nem terminaram ali também. Um mês depois em 12 de outubro, D. Pedro foi aclamado príncipe regente, dando inicio a ideia de formação de uma nação. Em meio a guerras sangrentas, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Sul, no mesmo mês aderiram a independência, Pernambuco adere apenas em dezembro. No ano seguinte, janeiro Goiás e Mato Grosso, Abril Piauí, Maranhão e Bahia, agosto Amazônia e Gram-Para.E só em 29 de agosto de 1825 que Portugal reconhece o Brasil independente. Antes disso um fato importante ocorre em meio à década de 20, José é demitido de seu cargo por D. Pedro. Em março de 1824 ocorre a constituição outorgada. Com a nomeação dos presidentes das províncias, com proposta de reforma e não de revolução. Esse período é marcado pela falta de experiência política, controle limitadodas forças armadas, capacidade militar privada e anarquia nas forças estatais. Em 1831 Dom Pedro volta a Portugal abdicando do trono, e deixa José Bonifácio, que estava recém chegado do exílio, como tutor de seu filho, D. Pedro II que sucederia a regência

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