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Escolas Hermenêuticas

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ESCOLAS HERMENÊUTICAS
EXEGESE
A origem da Escola da Exegese se dá com a criação do Código de Napoleão em 1804. 
Com o declínio do pensamento jusnaturalista e a influência do Iluminismo, a Escola da Exegese e o código civil francês nascem sob ênfase do racionalismo, como um ordenamento perfeito, fechado e que se bastava e a sua interpretação deveria ser literal, gramatical e lógica. Assim, tendo a lei como fonte única do Direito, os operadores do Direito eram submetidos à vontade do legislador e a lei, certa e que não permite interpretações do juiz, devia ser aplicada de forma neutra e objetiva sem distorcer a verdadeira intenção do legislador.
Alguns dos principais representantes da Escola da Exegese são Charles Aintoine Marie Berbe Aubry, Charles Fréderic Rau, François Laurent, Victor Napoleón Marcadé, Jean Charles Demolombe, Raymond Troplong, Marie Pierre Gabriel Baudry-Lacantinerie e Karl Salome Zacharie. 
Escola Exegética é criticada ao não acompanhar a dinamicidade da sociedade e pela idolatria à lei, fonte única do direito interpretada de forma literal, desconsidera valores essenciais de uma sociedade dinâmica; pelo sistema jurídico fechado que inviabilizavam o ingresso, permanência e expulsão das leis, e pela negação da existência de lacunas no Código.
HISTÓRICA
A Escola Histórica do Direito, desenvolvida por Savigny entre os séculos XVII e XIX, nega a existência de um “Direito Natural” ao compreender o Direito como um organismo vivo que se modifica, um produto histórico que surge da consciência nacional, “do espírito do povo” (em alemão: Volksgeist).
A Principal fonte do Direito é o costume, que, criado pelo povo, deve ser interpretado e garantido em lei pelo legislador, mas não como leis atemporais e universais, já que a codificação seria prejudicial à evolução do direito. O povo, não só da geração presente mas também as gerações que se sucedem, cria o seu Direito.
Além de Savigny, alguns autores importantes da escola são Georg Friedrich Puchta Gustav von Hugo, Johann Friedrich Göschen, Karl Friedrich Eichhorn e Joseph Kölher. 
Marx, famoso crítico desta Escola polemizou o conservadorismo político dela, afirmando ter sido ela "uma escola que legitima a infâmia de hoje pela infâmia de ontem”. Além disso, a Escola Histórica do Direito idealizou a formação do Direito ao negar que poderia ser causado por outras forças que não o “espírito do povo”. 
JUSNATURALISMO
A Escola hermenêutica do Jusnaturalismo, ou do Direito Natural, teve início nos séculos XVII e XVIII e prega a existência de um Direito Natural que é não escrito, não formulado pelo povo e nem pelo Estado, imutável, universal, espontâneo, que deveria ser aprendido pelos humanos intelectualmente e positivado pelo legislador. 
O Direito Natural não é constituído por um conjunto de regras, mas sim de princípios, como o do direito à vida; à liberdade e à igualdade, que são anteriores e superiores ao Direito positivo. 
Alguns nomes importantes da escola são Hugo Grotius, Thomás Hobbes, Punferdof, Rousseau e Immanuel Kant.
Kelsen é um dos principais críticos dessa teoria. Suas críticas são em relação à ausência de coação do Direito Natural; o princípio da imutabilidade, que para Kelsen é ilusório; a visão idealista-dualista que afirma a existência de dois Direitos -o Natural e o Positivo- o que para o crítico é uma falácia pois não existe outro Direito senão o Positivo e, por fim, a confusão dos planos do ser -mundo natural- e do dever-ser -norma.
DIREITO LIVRE
A Escola do Direito Livre iniciou-se na Alemanha, em 1906 e prega uma maior liberdade de interpretação que deve ser feita com uma pauta axiológica, rejeitando a monopolização jurídica pelo Estado e o fetichismo da lei, realçando o seu papel inovador de adaptação. Para esta escola as lacunas no direito são reconhecidas e na aplicação do Direito, o critério que deve prevalecer é a justiça
A Escola do Direito Livre vislumbra duas tendências principais: a moderada, que permite a criação da norma jurídica, pelo juiz, somente quando se deparasse com um lacuna e a extremada que permite a decisão do intérprete sempre quando a lei fosse considerada injusta. 
Pertencem a escola os autores Herman Kantorowicz, Eugen Ehrlich, Oskar Von Bulow e Franz Adickes, dentre outros.
As principais críticas ao Direito Livre se dão por conta do incentivo ao arbítrio do juiz e o receio pela instauração do “governo dos juízes” (Ditadura do Judiciário), pela ameaça a ordem e a revolta dos juízes contra as leis, que não deveria estender-se à Constituição.
POSITIVISMO JURÍDICO
O positivismo jurídico deriva da expressão direito positivo em contraposição à expressão direito natural, pois acredita que só possa existir o Direito e a justiça através de normas positivadas, isto é, emanadas pelo Estado e que têm poder coercivo, assim garantindo que o Direito exerça a função para qual tal foi criado. 
Kelsen sustenta que o direito seria uma moldura para a interpretação, sendo a análise do jurista puramente descritiva. O princípio metodológico fundamental é libertar a ciência jurídica de todos os elementos que não lhe são próprios, como a moral, política ao a sociologia, já que o Direito deve ser visto como um fato e não como um valor.
Alguns dos principais expoentes da teoria positivista são os autores Jeremy Bentham, John Austin, Hans Kelsen, H. L. A. Hart, Joseph Raz e Neil MacCormick.
O Positivismo jurídico é criticado pela aplicação mecânica da lei e pela legitimação incondicional do direito, tendo em vista que busca da pureza cientificassem compromisso com a realidade social, o que pode prejudicar o desenvolvimento da própria sociedade. 
 REF. BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9031
https://jus.com.br/artigos/23137/a-escola-da-exegese-origem-caracteristicas-e-contribuicoes
http://direito.jocile.com.br/disciplinas/hermeneutica-juridica/escolas-hermeneuticas
http://www.tex.pro.br/index.php/artigos/341-artigos-set-2016/7760-principais-escolas-da-interpretacao-juridica-com-enfoque-no-sistema-moderno-de-investigacao-e-sua-utilizacao-na-justica-do-trabalho
http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1622/1545

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