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Art's 21 ao 31 e 69 70 e 71 Penal Geral

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ART. 21 - ERRO DE PROIBIÇÃO 
 Erro sobre a ilicitude do fato 
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O 
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de 
pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um 
terço. 
 Questões 
1. Depois de haver saído do restaurante onde havia 
almoçado, Tício, homem de pouco cultivo, 
percebeu que lá havia esquecido sua carteira e 
voltou para recuperá-la, mas não mais a 
encontrou. Acreditando ter o direito de fazer 
justiça pelas próprias mãos, tomou para si objeto 
pertencente ao dono do referido restaurante, 
supostamente de valor igual ao seu prejuízo. Esse 
fato pode configurar erro de proibição. 
2. O erro de proibição é aquele que incide sobre a 
ilicitude do fato. 
3. Alicia, estrangeira, grávida de três meses e 
proveniente de país que não coíbe o aborto, 
ingeriu substância abortiva acreditando não ser 
proibido fazê-lo no Brasil. Nessa situação, o fato 
descrito poderá configurar erro de proibição, ou 
sobre a ilicitude do fato. 
4. O erro inexcusável sobre a ilicitude do fato 
constitui causa de diminuição da pena. 
5. A diferença entre erro sobre elementos do tipo e 
erro sobre a ilicitude do fato reside na 
circunstância de que o erro de tipo exclui o dolo, 
o de fato a culpabilidade. 
6. A depender das circunstâncias pessoais do autor 
do crime, o desconhecimento da lei pode ser 
escusado. 
7. O desconhecimento da lei é inescusável, mas o 
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta 
o agente de pena. 
8. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, 
exclui o dolo; se evitável, constitui causa de 
isenção da pena. 
9. De acordo com a teoria extremada da 
culpabilidade, o erro sobre os pressupostos 
fáticos das causas descriminantes consiste em 
erro de tipo permissivo. 
10. De acordo com a doutrina majoritária, incorre em 
erro de proibição indireto aquele que supõe 
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação 
legítima. 
11. Em direito penal, conforme a teoria limitada da 
culpabilidade, as discriminantes putativas 
consistem em erro de tipo, ao passo que, de 
acordo com a teoria extremada da culpabilidade, 
elas consistem em erro de proibição. 
12. O erro sobre a ilicitude do fato é escusável, sendo 
que o desconhecimento da lei deve ser 
considerado como circunstância agravante no 
momento da dosimetria da pena. 
13. É considerado erro evitável, capaz de reduzir a 
pena, aquele em que o agente atue ou se omita 
sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe 
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir 
essa consciência. 
14. A respeito do direito penal, julgue o item a seguir. 
O erro de proibição pode ser direto — o autor erra 
sobre a existência ou os limites da proposição 
permissiva —, indireto — o erro do agente recai 
sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal 
— e mandamental — quando incide sobre o 
mandamento referente aos crimes omissivos, 
próprios ou impróprios. 
15. O erro inescusável sobre 
a) a ilicitude do fato constitui causa de diminuição 
da pena. 
b) elementos do tipo permite a punição a título de 
culpa, se acidental. 
c) elementos do tipo isenta de pena. 
d) elementos do tipo exclui o dolo e a culpa, se 
essencial. 
e) a ilicitude do fato exclui a antijuridicidade da 
conduta. 
16. A diferença entre erro sobre elementos do tipo e 
erro sobre a ilicitude do fato reside na 
circunstância de que 
a) o erro de tipo exclui a culpabilidade, o de fato a 
imputabilidade. 
b) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a 
culpabilidade. 
c) o erro de tipo exclui a reprovabilidade da 
conduta, o de fato o elemento do injusto. 
d) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a 
invencibilidade do erro. 
e) a discriminante putativa é o que distingue o erro 
de tipo do erro de fato. 
 
17. Considerando o disposto no Código Penal 
brasileiro, quanto à matéria do erro, é correto 
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afirmar que, em regra, o erro de proibição recai 
sobre a consciência da ilicitude do fato, ao passo 
que o erro de tipo incide sobre os elementos 
constitutivos do tipo legal do crime. 
18. O desconhecimento da lei é circunstância que 
atenua a pena, conforme expressa previsão legal. 
19. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é 
praticado pode isentar a pena, considerando-se, 
nesse caso, as qualidades da vítima real, e não as 
da pessoa contra a qual o agente queria praticar o 
crime. 
20. Considere a prática de fato criminoso por: 
I. desconhecimento da lei. 
II. erro inevitável sobre a ilicitude do fato. 
III. erro evitável sobre a ilicitude do fato. 
IV. erro plenamente justificado pelas 
circunstâncias, que leva à suposição de situação 
de fato que, se existissem, tornaria a ação 
legítima. 
O agente é isento de pena nas situações indicadas 
APENAS em 
a) I, II e IV. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
GABARITO: 1C- 2C- 3C- 4C- 5C- 6E- 7C- 8E- 9E- 
10E- 11E- 12E- 13C- 14E- 15A- 16B- 17C- 18C- 19E- 
20D 
 
Art. 22 – COAÇÃO IRRESISTÍVEL E OBEDIÊNCIA 
HIERÁRQUICA 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível 
ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da 
coação ou da ordem. 
 Questões 
1. São expressamente previstas no CP duas 
situações que excluem a culpabilidade, dada a 
inexigibilidade de comportamento diverso: a Um 
empregado de banco privado, por exemplo, que 
tiver praticado condutas delituosas em estrita e 
integral obediência às ordens não 
manifestamente ilegais emanadas de superior 
hierárquico poderá beneficiar-se da excludente 
de culpabilidade por obediência hierárquica. 
2. Só é possível a ocorrência da excludente de 
culpabilidade denominada obediência 
hierárquica nas estruturas de direito público, pois 
o tipo não se refere à subordinação existente nas 
relações privadas entre patrão e empregado. 
3. A coação moral irresistível e a obediência à 
ordem não manifestamente ilegal de superior 
hierárquico são causas de exclusão da 
culpabilidade. 
4. São causas excludentes de culpabilidade, a 
obediência hierárquica e a coação moral 
irresistível. 
5. A coação física irresistível afasta a tipicidade, 
excluindo o crime. 
6. Na prática de crime em obediência hierárquica, 
se a ordem não for manifestamente ilegal, o 
subordinado e o superior hierárquico não 
respondem por crime algum. 
7. A coação irresistível, que constitui causa de 
exclusão da culpabilidade, é a coação moral, 
porquanto a coação física atinge diretamente a 
voluntariedade do ato, eliminando, se irresistível, 
a própria conduta. 
8. Se ordem não manifestamente ilegal for 
cumprida por subordinado e resultar em crime, 
apenas o superior responderá como autor 
mediato, ficando o subordinado isento por 
inexigibilidade de conduta diversa. 
9. São excludentes de culpabilidade: 
inimputabilidade, coação física irresistível e 
obediência hierárquica de ordem não 
manifestamente ilegal. 
10. A coação física, quando elimina totalmente a 
vontade do agente, exclui a conduta; na hipótese 
de coação moral irresistível, há fato típico e 
ilícito, mas a culpabilidade do agente é excluída; 
a coação moral resistível atua como circunstância 
atenuante genérica. 
11. Para o reconhecimento da excludente de 
culpabilidade caracterizada pela obediência 
hierárquica, é necessária a existência de relação 
de hierarquia, no âmbito do serviço público, entre 
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eo executor e o autor da ordem da prática do ato 
delituoso. 
12. A coação física irresistível e a estrita obediência 
a ordem não manifestamente ilegal de superior 
hierárquico constituem causas que excluem a 
culpabilidade do agente. 
13. Caso o fato seja cometido em estrita obediência a 
ordem, não manifestamente ilegal, de superior 
hierárquico, não serão puníveis o agente que 
obedeceu nem o autor da coação ou da ordem. 
14. Verifica-se a situação de obediência hierárquica 
tanto nas relações de direito público quanto nas 
de direito privado, uma vez que, nas duas 
hipóteses, é possível se identificar o nexo entre o 
subordinado e o seu superior. 
15. O gerente de uma determinada agência bancária, 
após longa sessão de tortura psicológica infligida 
a ele pelos bandidos, fornece a chave para 
abertura do cofre da agência bancária. Sua 
conduta encontra guarida na excludente de 
culpabilidade denominada coação moral 
irresistível. 
GABARITO: 1E- 2C- 3C- 4C- 5C- 6E- 7C- 
8C- 9E- 10C- 11C- 12E- 13E- 14E- 15C 
ART. 23 - EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
 
Exclusão de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o 
fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no 
exercício regular de direito. 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das 
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso 
ou culposo. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Estado de necessidade 
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade 
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não 
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo 
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem 
tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do 
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a 
dois terços. 
 Legítima defesa 
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, 
usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. 
 Questões 
1. Determinado policial, ao cumprir um mandado 
de prisão, teve de usar a força física para conter o 
acusado. Após a concretização do ato, o policial 
a ser fisicamente agressivo, mesmo não havendo 
a necessidade. 
Nessa situação hipotética, o policial: 
a) abusou do exercício regular de direito. 
b) prevaleceu-se de condição excludente de 
ilicitude. 
c) agiu sob o estado de necessidade. 
d) manifestou conduta típica de legítima defesa. 
e) excedeu o estrito cumprimento do dever legal. 
2. São exemplos de excludentes de ilicitude a 
coação moral irresistível, a legítima defesa, o 
estado de necessidade e o exercício regular de um 
direito. 
3. Diz-se antijurídica e, portanto, punível a título 
doloso toda conduta contrária ao direito, ainda 
que praticada na crença sincera de se estar agindo 
com amparo em causa excludente de ilicitude. 
4. Há excludente de ilicitude em casos de estado de 
necessidade, legítima defesa, em estrito 
cumprimento do dever legal ou no exercício 
regular do direito. 
5. De acordo com o CP, constituem hipóteses de 
exclusão da antijuridicidade 
a) o estrito cumprimento do dever legal e o 
estado de necessidade. 
b) a insignificância da lesão e a 
inexigibilidade de conduta diversa. 
c) a legítima defesa putativa e o estrito 
cumprimento do dever legal. 
d) o estado de necessidade e a coação moral 
irresistível. 
4 
 
e 
 
 
 
e) o exercício regular de direito e a 
inexigibilidade de conduta diversa. 
6. Age em exercício regular de direito o agente que 
pratica o fato para salvar direito próprio de perigo 
atual que não provocou por sua vontade, nem 
podia de outro modo evitar. Nesse caso, é 
necessário ainda que, nas circunstâncias, não seja 
razoável exigir o sacrifício de tal direito. 
7. A legítima defesa sucessiva é inadmissível como 
causa excludente de ilicitude da conduta. 
8. Entende-se por ilicitude o juízo de reprovação 
que recai sobre o agente quando ele podia e devia 
agir em conformidade com o direito. 
9. Ocorre legítima defesa sucessiva, na hipótese de 
legítima defesa real contra legítima defesa 
putativa. 
10. A inexistência de outro meio para evitar o perigo 
é requisito indispensável para o reconhecimento 
do estado de necessidade. 
11. Beta, delegado de polícia, ordenou a seu 
subordinado o encarceramento de Épsilon, 
alegando ser este autor de um crime de latrocínio 
que acabara de ser perpetrado. Posteriormente, 
por tratar-se de prisão para averiguações, 
desconhecida pelo subordinado, a autoridade 
policial, no afã de legalizar a detenção, 
representou acerca da decretação da prisão 
temporária. Decretada a prisão temporária pelo 
juiz de direito, e expirado o prazo de trinta dias, 
sem pedido de prorrogação, a autoridade policial 
prolongou conscientemente a custódia de 
Épsilon, deixando de libera-lo. Tomando ciência 
do ocorrido por meio de peças informativas, o 
Ministério Público ofertou denúncia contra Beta, 
imputando-lhe a prática de abuso de autoridade. 
Com relação a essa situação hipotética e à 
legislação pertinente, julgue o item abaixo. Em 
face da obediência hierárquica putativa, Épsilon 
não seria passível de punição criminal, por ter 
cumprido ordem não-manifestamente ilegal. 
12. Em regra, o fato típico não será antijurídico se for 
provado que o agente praticou a conduta 
acobertado por uma causa de exclusão de 
antijuridicidade. 
13. Agirá em estado de necessidade o motorista 
imprudente que, após abalroar um veículo de 
passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do 
local sem prestar socorro, para evitar perigo real 
de agressões que possam ser perpetradas pelas 
vítimas. 
14. Bruno, vendo seu inimigo Rodolfo aproximar-se 
com um revólver em mãos e, supondo que seria 
morto, antecipou-se e desferiu contra ele um tiro 
fatal. Posteriormente, verificou-se que a arma que 
Rodolfo segurava era de brinquedo. Nessa 
situação, Bruno responderá por homicídio 
culposo. 
15. A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude 
da conduta, mas não é aplicável caso o agente 
tenha tido a possibilidade de fugir da agressão 
injusta e tenha optado livremente pelo seu 
enfrentamento. 
16. Haverá isenção de pena se o agente praticar o fato 
em estrito cumprimento de dever legal. 
17. Diversas pessoas invadiram um prédio de um 
órgão público, sem avisar previamente às 
autoridades competentes, para pedir maior 
investimento em educação e saúde no país. 
Chamada pelos servidores do órgão, a polícia 
militar determinou que os manifestantes 
desocupassem o local imediatamente. Todavia, a 
ordem não foi obedecida e todos os manifestantes 
sentaram-se no chão. Os policiais, utilizando 
bombas de gás lacrimogênio e projéteis de 
borracha, retiraram todos à força, o que acabou 
ferindo gravemente muitos protestantes. A 
conduta dos manifestantes é típica, porém lícita, 
na medida em que é acobertada pela causa 
excludente de ilicitude do exercício regular de 
direito 
18. O estrito cumprimento do dever legal é causa 
excludente de ilicitude, aplicada principalmente a 
agentes públicos ou que exercem função pública. 
19. Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro 
de origem e premiado em vários concursos, que 
vive trancado dentro de casa. Em determinado 
dia, esse cão escapou da coleira,pulou acerca do 
jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um 
menino que brincava na calçada. Ato contínuo, 
José, tio de Lucas, como única forma de salvar a 
criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, 
José agiu em legítima defesa de terceiro. 
20. As intervenções médicas e cirúrgicas constituem 
exercício regular de direito, sendo, 
5 
 
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excepcionalmente, caracterizadas como estado 
de necessidade. 
GABARITO: 1E- 2E- 3E- 4C- 5A- 6E- 7E- 8E- 9E- 
10C- 11E- 12C- 13C – 14E- 15E- 16E- 17E- 18C- 19E- 
20C 
 
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ART. 26 – IMPUTABILIDADE 
Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um 
a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de 
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado não era inteiramente capaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são 
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas 
estabelecidas na legislação especial. 
 Emoção e paixão 
 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 I - a emoção ou a paixão; 
 Embriaguez 
 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo 
álcool ou substância de efeitos análogos. 
 § 1º - É isento de pena o agente que, por 
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, 
se o agente, por embriaguez, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação 
ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 Questões 
1. Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou 
embriaguez. Após as investigações e perícias 
cabíveis, foi reconhecida a hipótese de exclusão 
da imputabilidade. 
Nessa situação hipotética, a exclusão da 
imputabilidade deveu-se ao fato de se tratar de 
uma embriaguez: 
a) Acidental ou fortuita incompleta. 
b) Preordenada. 
c) Não acidental culposa 
d) Não acidental voluntária. 
e) Acidental ou fortuita completa. 
 
2. Comprovado que o acusado possui 
desenvolvimento mental incompleto e que não 
era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito de sua conduta, e cabível a condenação 
com redução o de pena. 
3. A embriaguez acidental, proveniente de força 
maior ou caso fortuito, exclui a culpabilidade, 
ainda que o sujeito ativo possuísse, ao tempo da 
ação, parcial capacidade de entender o caráter 
ilícito do fato que praticou. 
4. Emoção e paixão são causas excludentes de 
culpabilidade. 
5. Para a avaliação da imputabilidade penal, o 
Código Penal brasileiro adota o critério 
biopsicológico. No que se refere à imputabilidade 
penal, julgue o item a seguir. A avaliação da 
imputabilidade é sempre retroativa. 
6. Para a avaliação da imputabilidade penal, o 
Código Penal brasileiro adota o critério 
biopsicológico. No que se refere à imputabilidade 
penal, julgue o item a seguir. 
Caso um indivíduo com esquizofrenia cometa um 
crime, pode-se concluir por meio do diagnóstico 
que ele não teve a capacidade plena de entender 
a ilicitude da ação praticada. 
7. Como requisitos para a avaliação da 
imputabilidade, o critério biopsicológico exige o 
elemento biológico (doença mental), o elemento 
psicológico (cognitivo e volitivo) e o elemento 
cronológico. 
8. É isento de pena o agente que, por embriaguez 
completa, proveniente de culpa ou de caso 
fortuito, ao tempo da ação ou da omissão, era 
parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito 
desse fato ou de determinar-se conforme esse 
entendimento. 
9. Os elementos imputabilidade, potencial 
consciência da ilicitude, inexigibilidade de 
conduta diversa e punibilidade são requisitos da 
culpabilidade penal. 
10. A embriaguez, quando culposa, é causa 
excludente de imputabilidade. 
11. A emoção e a paixão são causas excludentes de 
imputabilidade, como pode ocorrer nos 
chamados crimes passionais. 
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e 
 
 
 
12. A embriaguez não exclui a imputabilidade, 
mesmo quando o agente se embriaga 
completamente em razão de caso fortuito ou 
força maior. 
13. Situação hipotética: João, namorado de Maria e 
por ela apaixonado, não aceitou a proposta dela 
de romper o compromisso afetivo porque ela iria 
estudar fora do país, e resolveu mantê-la em 
cárcere privado. Assertiva: Nessa situação, a 
atitude de João enseja o reconhecimento da 
inimputabilidade, já que o seu estado psíquico foi 
abalado pela paixão. 
14. Situação hipotética: Elizeu ingeriu, sem saber, 
bebida alcoólica, pensando tratar-se de 
medicamento que costumava guardar em uma 
garrafa, e perdeu totalmente sua capacidade de 
entendimento e de autodeterminação. Em 
seguida, entrou em uma farmácia e praticou um 
furto. Assertiva: Nesse caso, Elizeu será isento de 
pena, por estar configurada a sua 
inimputabilidade. 
15. Considere que João, maior de dezoito anos de 
idade, tenha praticado crime de natureza grave, 
sendo, por consequência, processado e, ao final, 
condenado. Considere, ainda, que, no curso da 
ação penal, tenha sido constatado pericialmente 
que João, ao tempo do crime, tinha reduzida a 
capacidade de compreensão ou vontade, 
comprovando-se a sua semi-imputabilidade. 
Nessa situação, caberá a imposição cumulativa 
de pena, reduzida de um terço a dois terços e de 
medida de segurança. 
GABARITO: 1E- 2C- 3E- 4E- 5C- 6E- 7C- 8E- 
9E- 10E- 11E- 12E – 13E- 14C- 15E 
 
ART. 29 – CONCURSO DE PESSOAS 
ART. 30 - ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS 
ART. 31 - CASOS DE IMPUNIBILIDADE 
 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre 
para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. 
 §1º - Se a participação for de menor 
importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a 
um terço. 
 § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar 
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; 
essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter 
sido previsível o resultado mais grave. 
Circunstâncias incomunicáveis 
 Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e 
as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
Casos de impunibilidade 
 Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e 
o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não 
são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser 
tentado. 
 Questões 
1. Hugo e Ivo planejaram juntos o furto de uma 
residência. Sem o conhecimento de Hugo, Ivo 
levou consigo um revólver para garantir o 
sucesso da empreitada criminosa. Enquanto 
Hugo subtraia os bens do escritório, Ivo foi 
surpreendido na sala por um morador e acabou 
matando-o com um tiro. Nessa situação 
hipotética, Ivo responderá por latrocínio, e Hugo, 
apenas pelo crime de furto. 
2. Em relação ao concurso de pessoas, o CP adota a 
teoria monista, segundo a qual todos os que 
contribuem para a prática de uma mesma infração 
penal cometem um único crime, distinguindo-se, 
entretanto, os autores do delitodos partícipes. 
3. É possível, do ponto de vista jurídico-penal, 
participação por omissão em crime comissivo. 
4. Configura autoria por convicção o fato de uma 
mãe, por convicção religiosa, não permitir a 
realização de transfusão de sangue indicada por 
equipe médica para salvar a vida de sua filha, 
mesmo ciente da imprescindibilidade desse 
procedimento. 
5. No concurso de pessoas, a caracterização da 
coautoria fica condicionada, entre outros 
requisitos, ao prévio ajuste entre os agentes e à 
necessidade da prática de idêntico ato executivo 
e crime. 
6. Considere que Joana, penalmente imputável, 
tenha determinado a Francisco, também 
imputável, que desse uma surra em Maria e que 
Francisco, por questões pessoais, tenha matado 
Maria. Nessa situação, Francisco e Joana deverão 
responder pela prática do delito de homicídio, 
podendo Joana beneficiar-se de causa de 
diminuição de pena. 
7. Havendo concurso de pessoas para a prática de 
crime, caso um dos agentes participe apenas de 
crime menos grave, será aplicada a ele a pena 
relativa a esse crime, desde que não seja 
previsível resultado mais grave. 
8. Se determinada pessoa, querendo chegar 
rapidamente ao aeroporto, oferecer pomposa 
gorjeta a um taxista para que este dirija em 
velocidade acima da permitida e, em razão disso, 
8 
 
e 
 
 
 
o taxista atropelar e, consequentemente, matar 
uma pessoa, a pessoa que oferecer a gorjeta 
participará de crime culposo. 
9. Aquele que se utiliza de menor de dezoito anos 
de idade para a prática de crime é considerado seu 
autor mediato. 
10. No concurso de pessoas, o partícipe terá 
obrigatoriamente reduzida a pena pelo crime em 
relação ao autor, porquanto a participação é 
considerada como forma de concorrência 
diferente da autoria ou coautoria. 
11. Ocorrendo concurso de pessoas, as 
circunstâncias e as condições de caráter pessoal 
não se comunicam, salvo quando elementares do 
crime. 
12. As elementares objetivas do tipo sempre se 
comunicam, ainda que o partícipe não tenha 
conhecimento delas. 
13. No caso de um dos concorrentes optar por 
participar de crime menos grave, a ele será 
aplicada a pena referente a este crime, que deverá 
ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido 
previsível o resultado mais grave. 
14. Para configurar o concurso de pessoas, é 
indispensável o liame subjetivo, ou seja, a prévia 
combinação entre os coautores do crime. 
15. São sempre puníveis o ajuste, a determinação, a 
instigação e o auxílio, mesmo quando o crime 
não chega, ao menos, a ser tentado. 
16. Em relação à improbidade administrativa, ao 
concurso de pessoas e às hipóteses de 
extinção da punibilidade, julgue o item 
subsecutivo. Caracteriza-se a autoria colateral 
na hipótese de dois agentes, imputáveis, cada um 
deles desconhecendo a conduta do outro, 
praticarem atos convergentes para a produção de 
um delito a que ambos visem, mas o resultado 
ocorrer em virtude do comportamento de apenas 
um deles. 
17. Pode haver participação dolosa em crime 
culposo, não sendo necessário, para a 
caracterização do concurso de pessoas, que 
autor e partícipes tenham atuado com o 
mesmo elemento subjetivo-normativo. 
18. No concurso de pessoas, o auxílio prestado 
ao agente, quando não iniciada a execução do 
crime, é passível de punição. 
19. Julgue o item seguinte, a respeito de concurso de 
pessoas, tipicidade, ilicitude, culpabilidade e 
fixação da pena. Caso um indivíduo obtenha de 
um amigo, por empréstimo, uma arma de fogo, 
dando-lhe ciência de sua intenção de utilizá-la 
para matar outrem, o amigo que emprestar a arma 
será considerado partícipe do homicídio se o 
referido indivíduo cometer o crime pretendido, 
ainda que este não utilize tal arma para fazê-lo e 
que o amigo não o estimule a praticá-lo. 
20. Em se tratando de autoria colateral, não existe 
concurso de pessoas. 
GABARITO: 1C- 2C- 3C- 4C- 5E- 6E- 7C- 8E- 
9C- 10E- 11C- 12E- 13E- 14E- 15E- 16C- 17E- 
18E- 19E- 20C 
 
ART. 69-70-71 - CONCURSO DE CRIMES 
 
Concurso material 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos 
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas 
de liberdade em que haja incorrido. No caso de 
aplicação cumulativa de penas de reclusão e de 
detenção, executa-se primeiro aquela. 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente 
tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não 
suspensa, por um dos crimes, para os demais será 
incabível a substituição de que trata o art. 44 deste 
Código. 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de 
direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que 
forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
 Concurso formal 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou 
não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, 
se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até metade. As penas 
aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou 
omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de 
desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo 
anterior. 
 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a 
que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. 
Crime continuado 
 Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma 
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes 
9 
 
e 
 
 
 
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais 
grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto a dois terços. 
 Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra 
vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a 
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se 
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, 
observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do 
art. 75 deste Código. 
 Questões 
1. O concurso formal próprio distingue-se do 
concurso formal impróprio pelo elemento 
subjetivo do agente, ou seja, pela existência ou 
não de desígnios autônomos. 
2. Se uma pessoa com um único disparo de arma de 
fogo matar duas pessoas, poderá responder por 
concurso formal impróprio de crimes. 
3. Considere a seguinte situação hipotética. Juca, 
maior, capaz, na saída de um estádio de futebol, 
tendo encontrado diversos desafetos embarcados 
em um veículo de transporte regular, aproveitou-
se da oportunidade e lançou uma única bomba 
incendiária contra o automóvel, causando graves 
lesões em diversas vítimas e a morte de uma 
delas. Nesse caso, Juca será apenado com base no 
concurso formal imperfeito ou impróprio. 
4. No caso de concurso material de delitos, quando 
os crimes forem praticados, mediante mais de 
uma ação ou omissão, e resultarem na aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e detenção, o 
agente deverá cumprir, primeiramente, a pena de 
detenção. 
5. Considere que, logo após subtrair, dentro de um 
ônibus, a carteira de Manoel, sem que este 
perceba o fato, Jonas se dirija para o fundo do 
veículo, onde, mediante ameaça com uma faca, 
subtraia o celular de Paula e a carteira de seu 
namorado, Pedro. Nessa situação hipotética, 
Jonas pratica. 
a) furto em continuidade delitivacom roubo. 
b) roubo continuado. 
c) roubo, dada a progressão criminosa. 
d) furto em concurso material com roubos em 
concurso formal. 
e) furto em concurso formal com roubo. 
6. O crime continuado ocorre quando o agente 
pratica uma ou mais infrações penais de mesma 
espécie ou não, de forma concomitante, caso em 
que a pena pode ser aumentada até o dobro. 
7. Ocorre concurso formal imperfeito quando há 
dolo em relação ao delito desejado e dolo 
eventual no tocante aos outros resultados da 
mesma ação, situação em que o agente deve ser 
apenado pelo sistema de acúmulo material. 
8. A continuidade delitiva ocorre quando o agente 
praticar dois ou mais crimes de mesma natureza 
em condições que possibilitem que os delitos 
subsequentes sejam tidos como continuação do 
primeiro. 
9. O acréscimo da pena em razão do crime 
continuado é fixado de acordo com o iter criminis 
percorrido pelo agente, porquanto na 
continuidade delitiva, os vários delitos que a 
integram são considerados como crime único. 
10. Se uma pessoa com um único disparo de arma de 
fogo matar duas pessoas, poderá responder por 
concurso formal impróprio de crimes. 
11. Silas e Ezequiel, maiores e capazes, renderam e 
imobilizaram, no período noturno, o único agente 
de segurança de uma instituição bancária privada 
da cidade de Tobias Barreto S SE. Utilizando 
armas de brinquedo, mediante grave ameaça, 
subtraíam a arma do vigilante e usaram dinamite 
para explodir dois caixas eletrônicos da agência, 
o que causou significativos estragos ao edifício. 
Após a explosão, a dupla subtraiu a quantia de 
seis mil reais e fugiu. Com base no que dispõem 
o CP e o Estatuto do Desarmamento acerca dos 
crimes contra o patrimônio e contra a 
incolumidade pública, bem como no 
entendimento doutrinário e jurisprudencial a 
respeito da matéria, assinale a opção correta a 
respeito da situação hipotética acima 
apresentada. 
a) No caso, incide o princípio da consunção, dada a 
caracterização do crime roubo qualificado pelo 
porte e emprego de explosivo, em concurso 
formal com o crime de dano qualificado. 
10 
 
e 
 
 
 
b) O porte e o emprego de armas de brinquedo pelos 
agentes caracterizaram conduta atípica, devendo 
eles responder apenas pelo delito de roubo 
simples. 
c) A conduta dos agentes configurou roubo 
qualificado, dada a presença de duas causas de 
aumento de pena: a prática da infração durante o 
período de repouso noturno e o concurso de 
agentes. 
d) As condutas descritas amoldam-se aos tipos 
penais de roubo qualificado pelo concurso de 
pessoas, em concurso formal com o crime de 
emprego de artefato explosivo. 
e) Os agentes devem ser responsabilizados pelo 
crime de roubo na forma simples, em concurso 
material com o crime de perigo comum pelo uso 
de explosivo. 
12. Havendo concurso formal de delitos, em que o 
agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicar-se-
á a pena privativa de liberdade mais grave, ou, se 
as penas forem iguais, aplicar-se-á apenas uma 
delas, majorada, em qualquer caso, de um sexto 
até metade, sem prejuízo de eventual cumulação 
de penas, nas situações em que a ação ou a 
omissão for dolosa, e os crimes resultarem de 
desígnios autônomos. 
13. Considere a seguinte situação hipotética. Juca, 
maior, capaz, na saída de um estádio de futebol, 
tendo encontrado diversos desafetos embarcados 
em um veículo de transporte regular, aproveitou-
se da oportunidade e lançou uma única bomba 
incendiária contra o automóvel, causando graves 
lesões em diversas vítimas e a morte de uma 
delas. Nesse caso, Juca será apenado com base no 
concurso formal imperfeito ou impróprio. 
14. No concurso formal de crimes, aplica-se ao 
agente a mais grave das penas cabíveis ou, se 
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até metade. As penas 
de multa são aplicadas distinta e integralmente. 
15. Configura-se concurso material a ação única 
lesiva ao patrimônio de diversas pessoas. 
GABARITO: 1C- 2C- 3C- 4E- 5D- 6E- 7E- 8E-
9E- 10C- 11D- 12C-13C- 14C- 15E

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