Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Como medir experimentalmente ∆E? Bomba calorimétrica: ∆E depende das quantidades dos reagentes na reação – quantidade extensiva Ex. Hidrogênio (0,100 g) e oxigênio (0,800 g) são comprimidos em uma bomba de 1 dm3, que é então colocada na água em um calorímetro. Antes da reação ser iniciada a temperatura da água é de 25,000 0C. Após a reação, a temperatura sobe para 25,155 0C. A capacidade calorífica do calorímetro (bomba, água, etc) é de 90,8 kJ 0C-1. Qual o ∆E para esta reação? Reação: 2H2 + O2 2H2O A variação de temperatura é 0,155 0C. Pela capacidade calorífica: Calor liberado, q = (90,8 kJ/0C) x (0,155 oC) = -14,1 kJ então, ∆E = -14,1 kJ (o sistema libera energia!) ∆E e q são negativos Como ∆E depende da quantidade de H2 e O2 que reagiram (propriedade extensiva), podemos converter isto para uma propriedade intensiva, que é característica da reação entre qualquer quantidades de H2 e O2. Podemos calcular o calor por mol de produto formado! Exercício: Calcule para o exemplo acima o número de moles as quantidades utilizadas de H2 e O2 e de H2O formada! No exemplo acima formamos 0,0500 mol de H2O. ∆E = -14,1 kJ/0,0500 mol de H2O formada ou ∆E = -282 kJ/mol Como foi feito este cálculo? Se tiver dúvida reveja os conceitos de estequiometria e mol. Calorias ou quilocalorias – no passado expressava-se calor de reação nestas unidades. Atualmente utilizamos Sistema Internacional de Unidade (SI) e usamos joules e quilojoules. Lembre-se: 1 cal = 4,184 J. O calor liberado a volume constante nos permite calcular ∆E Porém…………………. A maioria das transformações de interesse prático ocorre em recipientes abertos à pressão atmosférica essencialmente constante! Nestas condições, consideráveis variações de volume podem ocorrer. Neste caso, o sistema realiza no mínimo trabalho pressão- volume e: ∆E = q – w = q – P∆V Ex. 2H2 + O2 formando 2H2O – pressão = 100 kPa O volume varia de cerca de 67 dm3 para 0,036 dm3 Se tivessemos um pistão exercendo uma pressão de 100 kPa sobre o recipiente, o ambiente realizaria trabalho sobre o sistema de magnitude P∆V = 6700 J (6,7 kJ) Qual seria o sinal deste trabalho? Positivo ou negativo? Verifique também que: w = P∆V = P (Vf – Vi) Qual seria o sinal no caso de uma compressão (ambiente para o sistema? E se houvesse uma expansão do sistema? Cuidado ao utilizar (∆E = q – w) ou (∆E = q + w) as convenções de sinais devem ser coerentes. Ex. Você pode substituir diretamente o resultado matemático encontrado para a compressão acima na equação ∆E = q + w? O que aconteceria? Quando o calor de reação é medido a pressão constante, temos que considerar o trabalho P∆V. Sendo ∆E = q – p∆V. Se definirmos: q = qp = calor permutado pelas sistema pressão constante Podemos definir uma nova função termodinâmica denominada entalpia H para representar este calor. Assim temos: ENTALPIA OU CONTEÚDO DE CALOR = H H = E + PV Para uma variação de volume à pressão constante temos: ∆H = ∆E + P∆V Se apenas trabalho PV está envolvido na transformação: ∆E = q – P∆V Assim, ∆H = (q – P∆V) + P∆V ∆H = qp qp = calor absorvido ou liberado a pressão constante = ∆H A entalpia de um sistema, assim como a energia interna, é uma função de estado, então, o valor de ∆H depende somente das entalpias dos estados inicial e final. ∆H = Hfinal – Hinicial A variação de entalpia ∆H de uma reação química (o calor da reação a temperatura e pressão constantes) é simplesmente uma mudança da energia interna do sistema mais o trabalho pressão-volume. Podemos pensar da seguinte forma – em que casos os valores de ∆E e ∆H diferem muito pouco? Quando ocorrem variações muito pequenas de volume! E quando isto ocorre? Para que tipos de transformação? Ex. Reações em que todos os reagentes e produtos são líquidos ou sólidos! P∆V é muito pequeno (o trabalho pressão-volume é desprezível) Gases: ocorrem variações muito maiores de volume sendo o produto P∆V muito maior. Mas mesmo nestes casos, os valores de ∆E são geralmente muito grandes quando comparados com o termo P∆V, assim ∆E e ∆H ainda são quase os mesmos! O calor da reação que pode ser determinado experimentalmente, é uma medida aproximada da mudança de energia interna de um sistema (energia térmica + energia das ligações químicas) nas reações a pressão e temperatura constantes. O valor da mudança de entalpia ∆H é muito importante no estudo de reações químicas, especialmente porque ∆E não pode ser medido diretamente. Para que as medidas de ∆H de uma reação forneçam informações significativas sobre a natureza química das reações (energias de rompimento e de formação das ligações) devemos trabalhar em condições em que a parte térmica (energia cinética) da energia interna do sistema se mantenha praticamente constante. Está condição é obtida se a temperatura do estado final for igual à do estado inicial ou seja, reações à temperatura constante Sob estas condições, as maiores mudanças que ocorrem no sistema são estruturais – todas as espécies de rompimento e de formação de ligações, inclusive mudanças de estado físico, tais como fusão, vaporização, cristalização e liquefação ∆Hvap = variação de entalpia associada ao processo de vaporização ∆Hfus = variação de entalpia associada ao processo de fusão O ∆H de uma reação é portanto uma medida direta da energia efetiva dessas mudanças estruturais Ex.: Quando 2,00 mol de H2 e 1,00 mol de O2 a 100 0C e 1 atm reagem para produzir 2,00 mol de vapor d'água a 100 0C e 1 atm, um total de 484,5 kJ são liberados. Quais os valores ∆H e ∆E para a formação de um único mol de água? 2H2(g) + O2(g) 2H2O(g) Pinicial = Pfinal = 1 atm = reação a pressão constante qp = ∆H = - 484,5 kJ/2 mol de H2O Obs. o sinal negativo significa que a reação é exotérmica. Para a produção de um mol de água: ∆H = -242,2 kJ/mol Para calcularmos ∆E a partir de ∆H temos: ∆E = ∆H – P∆V Para simplificar, assume-se que os gases são ideais (gera-se um pequeno erro). Utilizando-se as relações para gases ideais temos: Vi e ni sendo o volume e o número de moles inicials dos reagentes numa data P e T temos: PVi = niRT Para o estado final (produtos) temos: PVf = nfRT Então, o trabalho pressão-volume no processo P∆V é dado por: P∆V = PVf – PVi = (nf – ni)RT ou P∆V = (nf – ni)RT = (∆n)RT ∆n = número de moles de produtos gasosos – número de moles de reagentes gasosos = 2,00 mol – 3,00 mol = -1,00 mol assim P∆V = (-1,00 mol) (8,314 J/molK) (373 K) = - 3100 J = 3,10 kJ Assim calculamos o trabalho realizado para a formação de 2 mol de água. Para um mol temos que P∆V = - 1,55 kJ então ∆E = ∆H – P∆V = -242,2 kJ/mol – (- 1,55 kJ/mol) = 240,6 kJ/mol Observe que ∆H e ∆E não são muito diferentes, mesmo nesta reação que envolve uma variação no número de moles de um gás. O trabalho pressão-volume (PV) envolvido numa reação química em que gases são consumidos ou produzidos, pode ser calculado por PV = (∆n)RT . Esta relação não se aplica a reações envolvendo apenas líquidos ou sólidos onde P∆V é usualmente desprezível quando comparado com as outras variações de energia que ocorrem. Para estas reações, ∆E e ∆H são praticamente idênticos. ∆H Lei de Hess da soma dos calores Entalpia = função de estado então, ∆H não depende do caminho seguido pelos reagentes para formar os produtos. Ex.: H2O (l) H2O (g)∆H = + 41 kJ (equação termoquímica) O valor de ∆H para este processo será sempre + 41 kJ, independentemente do caminho seguido para um mesmo par de estado inicial e estado final. É possível considerarmos qualquer transformação como uma sequência de reações químicas. O valor de ∆H para o processo global é simplesmente a soma de todas as variações de entalpia que ocorrem ao longo do caminho = Lei de Hess da soma dos calores Obs. Em reações termoquímicas são permitidos coeficientes fracionários (ex. ½) – este coeficiente é tomado para significar ½ mol e não para representar, como nas equações ordinárias uma relação a nível molecular (1/2 átomo? 1/2 molécula?) Ex.: H2O (l) H2 (g) + ½ O2 (g) ∆H = + 283 kJ H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (g) ∆H = - 242 kJ Reação global H2O (l) + H2 (g) + ½ O2 H2O (g) + H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (l) H2O (g) ∆H = + 283 kJ + (-242 kJ) = + 41 kJ Estas transformações termoquímicas também podem ser demonstradas graficamente – diagrama de entalpia CALOR (ENTALPIA) DE FORMAÇÃO A formação de uma substância química a partir de seus elementos pode ser representada por equações termoquímicas. A variação de entalpia associada a estas reações é chamada de calor de formação ou entalpia de formação (∆Hf). Ex.: a 100 0C e 1 atm, a formação de H2O líquida e gasosa H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (l) ∆Hf = - 283 kJ H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (g) ∆Hf = - 242 kJ Podemos usar estas equações para obtermos o calor latente de vaporização da água? H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (l) ∆H = ∆Hf = - 283 kJ mol-1 (exotérmica) H2O (l) H2 (g) + ½ O2 (g) ∆H = -∆Hf = + 283 kJ (endotérmica) H2 (g) + ½ O2 (g) H2O (g) ∆Hf = - 242 kJ Reação líquida – eq.2 + eq.3 H2O (l) H2O (g) ∆Hvap = ∆Hf (H2O (g) – ∆Hf (H2O (l) = -242 kJ – (- 283 kJ) = + 41 kJ O calor de formação para a reação global é igual ao calor de formação do produto menos o calor de formação do reagente: ∆Hreação = (soma dos ∆Hf produtos) – (soma dos ∆Hf dos reagentes) Obs: O ∆H da reação poderá ser especificado de acordo com a natureza da reação: Exemplos: - Reação de formação - ∆Ηreação = ∆Hf – Reação de vaporização - ∆Ηreação = ∆Hvap Estados padrões ∆Hf depende das condições de temperatura, pressão e do estado físico (gasoso, líquido, sólido, forma cristalina) dos reagentes e produtos. Ex. ∆Hf H2O (l) = -283 kJ mol-1 (100 0C e 1 atm) = -286 kJ mol-1 (25 0C e 1 atm) Para evitar a necessidade de especificar as condições para as quais ∆Hf foi determinado e permitir a comparação entre ∆Hf para vários compostos, escolhe-se um conjunto de condições, usualmente, 250C e 1 atm (101,325 kPa). Nestas condições, dizemos que uma substância está em seu estado padrão e o calor de formação de substâncias no estado padrão é indicado como: ∆H0f = calor ou entalpia padrão de formação No caso da água, como indicado anteriormente, ∆H0f = -286 kJ mol-1 representa o calor liberado quando H2 e O2, a 250C e 1 atm reagem para produzir H2O a 250Ce 1atm. Estes valores encontram-se tabelados para diversas substâncias. substância ∆H0f (kJ mol-1) Br2 (l) 0,00 Br2 (g) + 30,9 C (s) 0,00 CO (g) -110 CO2 (g) -394 CaSO4 (s) -1433 O3 (g) + 143 Estas tabelas são úteis porque nos permitem calcular o calor padrão de reação, ∆H0, para um número muito grande de diferentes transformações químicas. Arbitrariamente, tomamos o ∆H0f para um elemento em sua forma natural mais estável, a 25 0C e 1 atm como sendo igual a zero. Desta forma, o ponto zero da escala de energia corresponde a uma energia arbitraria zero atribuída aos elementos livres. Como tratamos apenas de variação de energia, a localização real do ponto zero não tem importância. E quando não podemos medir diretamente o calor de formação de um composto? Lembre-se que a equação termoquímica de formação refere-se a formação de uma substância a partir de seus elementos apresentados na forma mais estável como encontrados na natureza (Ex. Oxigênio (O2), Hidrogênio (H2), etc. Nem todos os elementos formadores de uma substância, quando colocados em contato são capazes de formar diretamente a substância! Ex.: Etanol – C2H5OH – se colocarmos em um recipiente, hidrogênio, oxigênio e grafita não ocorrerá a formação direta de etanol. Nestes casos, devemos usar o método indireto. Podemos queimar a substância em um calorímetro, formando produtos de calores de formação conhecidos. Ex. Combustão de 1 mol de benzeno, C6H6 produz CO2 (g) e H2O (l), liberando 3271 kJ a 250C e 1 atm. Qual o calor padrão de formação do benzeno (l)? Equação de combustão: C6H6 (l) + 7 ½ O2 (g) 6CO2 (g) + 3H2O (l) ∆H0reação = 3271 kJ Pela relação: ∆Hreação = (soma dos ∆Hf produtos) – (soma dos ∆Hf dos reagentes) temos: ∆H0 = [6 ∆H0f (CO2 (g)) + 3 ∆H0f (H2O (l))] – [∆H0f (C6H6 (l))] resolvendo a equação para o calor de formação do benzeno: ∆H0f C6H6 (l) = 6 ∆H0f CO2 (g) + 3 ∆H0f H2O (l) - ∆H0 = 6 (-394) kJ + 3 (-286) kJ – (-3271 kJ) = + 49 kJ como estamos relacionando a relação para 1 mol de benzeno temos: ∆H0f C6H6 (l) = + 49 kJ mol-1 ENERGIA DE LIGAÇÃO Calor de reação x variações de energia potencial associadas à quebra e formação de ligações químicas. Podemos utilizar valores de ∆E ou valores de ∆H (aproximadamente) para obtermos esta relação . Assim, os termos energia de ligação e entalpia de ligação são usados indistintamente. Energia de ligação – energia necessária para romper uma ligação e produzir fragmentos neutros Molécula gasosa complexa – dividir a molécula gasosa em átomos gasosos neutros = energia de atomização = soma de todas as energias de ligação na molécula. H2, O2, Cl2 ou HCl – moléculas simples (possuem apenas uma ligação) – energia de atomização = energia de ligação. Experimentalmente, para estas moléculas simples pode-se obter a energia de ligação através do estudo dos espectros produzidos quando estas moléculas absorvem ou emitem luz. Para moléculas complexas emprega-se métodos indiretos utilizando-se medidas dos calores de formação. Ex.: CH4 = metano C (s, grafite) + 2H2 (g) CH4 (g) Experimentalmente determinamos o calor de formação padrão do CH4 (g) como sendo igual a –74,9 kJ/mol = variação de entalpia de formação ∆H0f (reação = combustão do metano) Se pensarmos em um caminho alternativo que nos leve dos elementos livres ao composto, através de uma série de reações sucessivas temos: 1) C (s, grafite) C (g) ∆H1 2) 2H2 (g) 4H (g) ∆H2 = 3) C (g) + 4 H (g) CH4 (g) ∆H3 = - ∆Hatom (CH4) Somando as três reações acima obtemos a reação global C (s, grafite) + 2H2 (g) CH4 (g) Etapa 1 e etapa 2 – ∆H1 e ∆H2= calor de formação dos átomos gasosos a partir de um elemento em seu estado padrão Para o carbono – ∆H1 = energia de sublimação do grafite Para o hidrogênio – o calor de formação de cada mol de átomos de hidrogênio gasoso é metade da energia de atomização do H2 (g) H2 (g) 2H. = ∆H atomização do hidrogênio (H2) ∆Hf (H.) = ∆Ηatom(H2)/2 logo: ∆H2 = 4 x ∆Ηf(H.) ou 2 x (∆Ηatom(H2) Valores Tabelados – calor de formação (∆H0f/mol) de átomos gasosos a a partir dos elementos nos seus estados padrões. ∆Ηf(C(g)) = 715 kJ/mol = ∆H1 ∆Hf(H.)= 218 kJ/mol – ∆H2 = 4 x 218 = 872 kJ Se aplicarmos a Lei de Hess – para obtermos o ∆H da reação global, isto é, ∆H0f para o metano (g), podemos adicionar as variações de entalpia para cada etapa: ∆H0f (CH4) = ∆H1 + ∆H2 + ∆H3 ∆H3 = energia de atomização do metano com sinal negativo (-74,9 kJ/mol) ∆H3 = -∆Hatom (CH4) (g) ∆H0f (CH4) = ∆H1 + ∆H2 - ∆Hatom (CH4) (g) Assim: 715 kJ 872 kJ ∆Hatom (CH4) (g) = ∆H1 + ∆H2 – ∆H0f (CH4) = = (+715 + 872 - (-74,9)) kJ = 1662 kJ Esta é a quantidade total de energia que deve ser absorvida para romper todos os 4 moles de ligações C-H em 1 mol de CH4. Se dividirmos esta energia por 4 obtemos a energia média da ligação C-H = 415 kJ/mol Os valores das energias médias de para vários tipos de ligação podem assim ser obtidos e tabelados Ligação Energia/kJ/mol Ligação Energia kJ/mol H-C 415 C=O 724 H-O 463 C-N 292 H-N 391 C=N 619 H-F 563 C=N 879 H-Cl 432 C-C 348 H-Br 366 C=C 607 H-I 299 C=C 833 C-O 356 As energias médias de ligação podem ser usadas, em muitos casos, para calcular um calor de formação com boa precisão. A ligação entre dois átomos possui, aproximadamente, a mesma força em uma molécula quanto em outra. Isto significa que de forma aproximada, podemos considerar por exemplo que quase todas as ligações C-H sejam muito semelhantes, tanto numa molécula pequena, como o CH4, como numa molécula grande e complexa, como C42O86. Ex. Use dados de tabelados de calores de formação e energias de ligação para calcular o calor de formação do álcool etílico (etanol) líquido. Este composto tem um calor latente de vaporização de ∆H0vap = 39 kJ/mol e a fórmula estrutural é: H C C O H H H H H ∆H0f = calor de formação do etanol a partir dos elementos constituintes: 2C (s, grafite) + 3H2 (g) + ½ O2 (g) C2H5OH Para calcular ∆H0f seguimos o caminho alternativo, a partir dos reagentes para os produtos: 2C (g) + 6H (g) + O (g) C2H5OH 2C (s, grafite) + 3H2 (g) + ½ O2 (g) C2H5OH ∆H0f = ∆H0A + ∆H0B + ∆H0C Etapa A = calor de formação dos átomos gasosos a partir dos elementos nos seus estados padrão. Etapa B – inverso da atomização Etapa C – vaporização do etanol ∆H0F = ∆H0A + ∆H0B + ∆H0C ETAPA A ∆H0C = - ∆H0VAP ETAPA C ∆H0B = - ∆H0Atom ETAPA B 2C (s, grafite) 2C (g) ∆H01 = 2∆H0fC(g) = 2x(+715 kJ) = + 1430 kJ 3H2 (g) 6H (g) ∆H02 = 6 x (+218 kJ) = 1308 kJ ½ O2 (g) O (g) ∆H03 = ∆H0fO(g) = + 249 kJ Etapa A – ∆H0A = + 2987 kJ Etapa B – energia liberada quando estes átomos se combinam para formar 1 mol de etanol gasoso. Esta é a energia de atomização do etanol com sinal negativo, envolvendo 5 ligações C-H, uma ligação C-C, uma ligação C-O e uma ligação O-H. Pela tabela de energias de ligação temos: 5 x (C-H) = 5 x (415 kJ) 1 x (C-C) = 348 kJ 1 x (C-O) = 356 kJ) 1 x (O-H) = 463 kJ Etapa B – ∆H0B = - 3242 kJ Etapa C – energia liberada quando etanol gasoso se condensa formando etanol líquido. O ∆H0 para este processo é o ∆H0VAP com sinal negativo. Etapa C = ∆H0C = - 39 kJ ∆H0f = ∆H0A + ∆H0B + ∆H0C = 2987 kJ + (-3242 kJ) + (-39 kJ) = -293 kJ/mol valor experimental = ∆H0f = -278 kJ/mol (concordância 6%) PVf = nfRT Reação líquida – eq.2 + eq.3 Estados padrões H0reação = 3271 kJ Pela relação: Somando as três reações acima obtemos a reação global DHf(H.) = 218 kJ/mol – H2 = 4 x 218 = 872 kJ H0f (CH4) = H1 + H2 + H3 H0f (CH4) = H1 + H2 - Hatom (CH4) (g) Assim: 715 kJ 872 kJ Hatom (CH4) (g) = H1 + H2 – H0f (CH4) = = (+715 + 872 - (-74,9)) kJ = 1662 kJ C-C Etapa A – H0A = + 2987 kJ
Compartilhar