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CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA HÉLIO DANTAS LIRA JÚNIOR RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL ÁREA DE AVICULTURA – PRODUÇÃO DE OVOS ORIENTADOR: PROF. LEANDRO JOSÉ UCHÔA LEMOS SUPERVISOR: MÉD. VET. EVÂNIO OLIVEIRA FLORESTA - PE 2016 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL HÉLIO DANTAS LIRA JÚNIOR Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus Floresta, sob a orientação do professor Leandro José Uchôa Lemos, em atendimento às exigências para obtenção do título profissional de técnico em agropecuária. Floresta – PE 2016 Dedico este trabalho a minha família por sempre me apoiarem, aos meus amigos e a todos que me ajudaram nessa caminhada. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida, por iluminar o meu caminho, e me dar força diante de todos os obstáculos encontrados. Aos meus pais Hélio e Joselma, por me proporcionarem a realização deste sonho, e pelo incentivo e dedicação em todos os momentos. Pai e mãe, sem vocês eu jamais teria conseguido! Amo muito vocês! A todos os meus familiares, por acreditarem em mim e me incentivarem. A todos os meus amigos e amigas que sempre me incentivaram e tornaram os meus dias mais felizes. Agradeço por estarem comigo nas alegrias, tristezas, vitórias e derrotas. As amizades que cultivei durante o curso e que serão amizades pra vida toda, agradeço por serem sempre prestativos, companheiros. Aos professores que contribuíram para a minha formação, pelos conhecimentos compartilhados, pela dedicação e carinho. Em especial agradeço ao meu orientador Leandro José Uchôa Lemos, pela atenção e pelo tempo dedicado a me auxiliar. A todos os profissionais da Granja São Pedro, pela forma como fui acolhido, por me auxiliarem ao longo do estágio e pela paciência em colaborar para o meu aprendizado; Obrigada à empresa pela oportunidade de estágio. A todos que de alguma forma contribuíram para a minha formação e que são especiais em minha vida, o meu Muito Obrigado. “Faça o melhor que conseguir. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção do seu esforço.” (Autor desconhecido) SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO.......................................................................08 2. INTRODUÇÃO.............................................................................09 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................10 3.1 FASE DE CRIA (PINTEIRO)........................................................................10 3.1.1 RECEPÇÃO DAS PINTAINHAS...............................................................11 3.1.2 HIGIENE PARA MANEJO NO PINTEIRO................................................12 3.1.3 CONTROLE DE PESO E UNIFORMIDADE.............................................13 3.1.4 PROGRAMA DE LUZ E TEMPERATURA................................................13 3.1.5 ALIMENTAÇÃO DAS PINTAINHAS..........................................................15 3.1.6 LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO.....................................................................16 3.1.7 VACINAÇÃO E FORNECIMENTO DE ÁGUA...........................................17 3.1.8 DEBICAGEM DAS PINTAINHAS..............................................................19 3.2 FASE DE RECRIA........................................................................................19 3.2.1 FORNECIMENTO DE ÁGUA.....................................................................20 3.2.2 VACINAÇÃO..............................................................................................21 3.2.3 TRANSPORTE PARA GALPÃO DE PRODUÇÃO....................................22 3.3 FASE DE PRODUÇÃO................................................................................22 3.3.1 CONTROLE DE MOSCAS E LIMPEZA....................................................23 3.3.2 ALIMENTAÇÃO.........................................................................................24 3.3.3 OS OVOS..................................................................................................25 3.3.4 FASE FINAL DA PRODUÇÃO..................................................................26 3.4 SALA DE CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM...........................................27 3.4.1 HIGIENIZAÇÃO........................................................................................27 3.4.2 OVOSCOPIA............................................................................................28 3.4.3 CLASSIFICAÇÃO.....................................................................................28 3.4.4 LIMPEZA DA MÁQUINA..........................................................................29 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................31 5. REFERÊNCIAS...........................................................................32 1. APRESENTAÇÃO O estágio curricular de habilitação profissional foi realizado na área de avicultura – produção de ovos, na Granja São Pedro, localizada no município de Petrolândia/PE. O estágio teve supervisão do médico veterinário Evânio Oliveira e orientação do professor Leandro José Uchôa Lemos, durante o período de 04 de Abril de 2016 a 04 de Junho de 2016, perfazendo um total de 204 horas. Durante a realização do estágio foram acompanhadas diversas atividades, como visita e acompanhamento nos galpões de cria e recria, vacinação via água, intramuscular, ocular, dentre outras atividades. Mais detalhadamente será realizada a abordagem das atividades efetuadas, conjuntamente com a explanação do funcionamento da produção de ovos, que engloba as fases de cria, recria, produção de ovos e processamento do produto para o mercado. O estágio proporciona ao estudante desenvolver conhecimentos e adquirir experiências que serão utilizadas para execução da profissão, bem como permite ao estagiário desenvolver uma postura profissional frente aos desafios encontrados.2. INTRODUÇÃO A avicultura brasileira é considerada uma das mais desenvolvidas do mundo, contendo índices de produtividade excelentes, devido à existência de programas de qualidade como genética, manejo, nutrição, boas práticas de produção, biossegurança, rastreabilidade, programas de bem estar animal e de preservação do meio ambiente (DANCOSKY, 2009). O país alcançou, no segundo trimestre deste ano de 2016, a maior produção de ovos de galinha desde o início da série histórica de pesquisa que faz esse tipo de avaliação, em 1987. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidos 757, 51 milhões de dúzias no segundo trimestre desse ano, 5% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. O estágio curricular de habilitação profissional proporciona ao aluno um momento de grande aprendizado, onde é possível aplicar na prática os conhecimentos adquiridos durante o curso técnico em agropecuária. Optou-se em efetuar o Estágio Curricular Supervisionado na área de Avicultura por ser um setor que vem crescendo nos últimos anos, levando em consideração o fato de que o Brasil está entre os maiores produtores do mundo no setor. O presente relatório tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio, bem como descrever o funcionamento do sistema de produção de ovos, o qual envolve as granjas de cria, recria e produção de ovos. A Granja São Pedro, localizada na zona rural do município de Petrolândia/PE, local onde o estágio foi realizado, produz ovos e distribui para toda a região. Todo o processo é realizado na própria granja, desde o preparo da ração para as aves à embalagem e venda do produto, Exceto a fase de incubatório, pois os pintainhos são comprados de um fornecedor. 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o estágio curricular de habilitação profissional, realizado na Granja São Pedro – Petrolândia/PE. Foram realizadas atividades no sistema de produção de ovos, englobando os processos de cria, recria, produção e embalagem de ovos, todos realizados em locais distintos da granja. Nos galpões de cria, foram acompanhadas atividades como, preparo das gaiolas, alojamento de pintos, controle de temperatura, manejo de iluminação, alimentação, fornecimento de água, pesagem e vacinação via água e ocular, além da debicagem. Nos galpões de recria, fase na qual ainda não há postura, foi acompanhado a vacinação intramuscular e seleção das aves, que são separadas de acordo com o tamanho, evitando competição por alimento. As principais atividades acompanhadas nas granjas de produção de ovos foram alimentação, manejo de água, manejo de cama, limpeza e desinfecção dos galpões, coleta, ovoscopia e classificação de ovos, manejo de iluminação, manejo de machos, vazio sanitário e pesagem. No local onde a ração é preparada foi visto o armazenamento dos componentes da ração, que consiste basicamente em milho, farelo de soja, calcário, suplementos e óleo de soja. Nesse espaço a ração é misturada, armazenada e preparada para que seja distribuída aos galpões. 3.1 FASE DE CRIA (PINTEIRO) A fase de cria consiste na primeira etapa de criação de aves, vai desde a recepção dos pintainhos em sua primeira semana de vida até a décima sétima semana, a partir daí as aves entram em fase de recria. Nesse período é importante o manejo correto das aves, para garantir que o lote chegue à maturidade sexual saudável e dentro do padrão de uniformidade desejável, sendo que falhas nesse período irão comprometer o desempenho do lote, as quais não podem ser corrigidas na fase de postura. Antes do alojamento das pintainhas, é preciso verificar se os equipamentos estão funcionando corretamente e deixar o ambiente aquecido. Na chegada das pintainhas à granja, verificar-se as características das mesmas como olhos brilhantes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cor uniforme, canelas lustrosas sem deformidades, plumagem seca, macia e sem sujidades aderidas à cloaca. Durante o alojamento os bebedouros e comedouros devem ser abastecidos corretamente para evitar desperdícios e contaminações; Deve-se acompanhar o peso das aves regularmente, visando garantir um bom rendimento das mesmas. No ambiente de criação deve ser preconizado o maior conforto para as aves. O acompanhamento diário de temperatura, fornecimento contínuo de água e alimento, além da constante limpeza do ambiente e equipamentos, são essenciais para o bom desenvolvimento e sanidade da ave. 3.1.1 RECEPÇÃO DAS PINTAINHAS É recomendado que a chegada das pintainhas à granja aconteça no período noturno devido à temperatura ser mais amena neste horário. O transporte deve ser realizado em caminhões apropriados, como também, em caixas vazadas para que as aves possam respirar (imagem 01). Durante o descarregamento das pintainhas, os funcionários da granja devem, cuidadosamente, analisar todos os aspectos externos das pintainhas, tais como patas, bico, olhos, penas, visando garantir que o lote não apresente problemas. Esse processo deve ser feito por funcionários experientes, tendo em vista o cuidado que deve ser maior, buscando evitar perdas. (Imagem 01: Caixa para transporte de pintainhas) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.2 HIGIENE PARA MANEJO NO PINTEIRO Antes de entrar no galpão do pinteiro, o funcionário deve tomar banho e vestir roupas que tenham sido lavadas na granja, além de utilizar botas de borracha. Na entrada do local, deve-se esfregar os pés no pedilúvio que contém cal (Imagem 02), evitando, dessa forma, a entrada de doenças no pinteiro. Devemos lembrar que, após a entrada em outro galpão, o funcionário deve refazer todo o processo de higiene. (Imagem 02: Pedilúvio com cal) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.3 CONTROLE DE PESO E UNIFORMIDADE Ainda no início do estágio foi acompanhado a pesagem do lote, que é feita com base em amostras de quatro a cinco aves por gaiola (Imagem 03). A pesagem é realizada a cada duas semanas para monitorar peso e uniformidade do lote para verificar se estão dentro do padrão daquela linhagem. Se houver desuniformidade, separar as aves em categorias e alimentá-las de maneira diferenciada. Além disso, a eliminação das carcaças e dos resíduos de produção deve ser adequada, seguindo rigoroso programa de biossegurança. (Imagem 03: Pesagem das pintainhas) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.4 PROGRAMA DE LUZ E TEMPERATURA Diversos fatores ambientais apresentam papeis importantes no controle das funções biológicas das aves, sendo a luz um deles (Imagem 04). O fornecimento de um programa de luz adequado é tão importante, que em poedeiras pode interferir no início da postura (antecipando ou retardando), na taxa de postura e no seu intervalo.Além disso, a eficiência alimentar pode ser maximizada, a qualidade da casca melhorada e o tamanho do ovo otimizado. No ambiente de criação deve-se preconizar o maior conforto para as aves, na qual, a temperatura deve ser monitorada por meio de um termômetro no galpão e controlada através das cortinas (Imagem 05), que controlam o fluxo de correntes de ar, e sistema de refrigeração, que, na Granja São Pedro, consiste em micro aspersores localizados no telhado (Imagem 06). A temperatura inicial deve estar em torno dos 32ºC, porém a mesma deve ir diminuindo gradativamente até que na 4ª semana de idade as aves estejam em um ambiente de aproximadamente 20ºC. Quando a temperatura ultrapassa os 25ºC, haverá queda no consumo; aos 30ºC, o número de mortes por prostração aumenta; e em baixas temperaturas haverá um maior consumo de ração, para manter a temperatura corporal ou ainda quando muito frio pode ocorrer uma diminuição no consumo, pois as aves tendem ficar amontoadas. (Imagem 04: Lumens para iluminação) (Imagem 05: Cortina nas laterais) (Imagem 06: Cortina e aspersores no telhado) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.5 ALIMENTAÇÃO DAS PINTAINHAS O alimento, que tem como principal composto o farelo de milho dentre outros aditivos para crescimento, é colocado em cochos localizados na lateral das gaiolas. Os cochos não podem ficar com nível baixo de ração, pois prejudica o crescimento das aves, como também, essa ração é constantemente virada para homogeneizar o nível e estimular o consumo (Imagem 07). (Imagem 07: Fornecimento de ração) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.6 LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO A limpeza do ambiente é realizada constantemente visando evitar o aparecimento de moscas e parasitoses, pois os dejetos e resto de ração acumulam- se embaixo das gaiolas, proporcionando um ambiente propício ao aparecimento de organismos indesejáveis à produção. A retirada desses dejetos é feita manualmente com utilização de vassouras e pás (Imagem 08). Os pintos mortos são monitorados através de uma tabela, após isso são enterrados em locais afastados do galpão. (Imagem 08: Limpeza com vassouras) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.7 VACINAÇÃO E FORNECIMENTO DE ÁGUA Durante a fase de cria o lote recebe dois tipos de vacinação, a ocular (Imagem 09), cujo nome comercial do medicamento é CEVAC (Imagem 10), previne bronquite infecciosa aviária e Newcastle. A outra vacina é fornecida através da água (Imagem 11). A água apresenta grande importância no controle térmico e hidratação das aves, na fase de cria, ele fornecida em bebedouros do tipo prato (Imagem 11), que ficam localizados no centro da gaiola. Porém já há presença do tipo chupeta, para que eles se acostumem, por isso, o tratador coloca um para beber água nele para estimular os demais. (Imagem 09: Vacinação ocular) (Imagem 10: Medicamento) (Imagem 11: Bebedouro “prato” e vacinação via água) Fonte: Arquivo pessoal 3.1.8 DEBICAGEM DAS PINTAINHAS A debicagem deve ser feita para manter a uniformidade do lote, além de prevenir o canibalismo e evitar o desperdício de ração. Esta deve ser realizada primeiramente entre 7 e 10 dias de idade, aproveitando o fato de que as pintainhas estão no círculo de proteção o que facilita apanhá-las. Nessa primeira debicagem é retirado 1/3 do bico (Imagem 12). (Imagem 12: Debicagem das pintainhas) Fonte: Arquivo pessoal 3.2 FASE DE RECRIA Para a fase de recria os equipamentos necessários são apenas as gaiolas, os comedouros e os bebedouros (Imagem 13), pois ainda não é preciso haver compartimento para ovos, já que nessa fase elas ainda não estão em postura. Esse período compreende da sétima à décima sétima semana. O importante nessa fase é diminuir a densidade populacional para no máximo 10 aves por metro quadrado, pois, caso contrário, poderão surgir situações indesejáveis para o produtor. Por último, é importante que as aves estejam com o mesmo peso. Aquelas que fugirem dos padrões devem ser refugadas. Esta uniformidade é necessária para o controle de fornecimento de ração e para o desenvolvimento corporal adequado das aves. As pesagens devem ser realizadas individualmente e estes pesos anotados em uma ficha apropriada para a análise de uniformidade. Utilizam-se balanças do tipo dinamômetro ou relógio, suspensas na estrutura do galpão. (Imagem 13: Gaiola de recria) Fonte: Arquivo pessoal 3.2.1 FORNECIMENTO DE ÁGUA A água é fornecida somente no bebedouro tipo chupeta (Imagem 14), já que as aves vem da fase de cria acostumadas com o mesmo. (Imagem 14: Bebedouro tipo chupeta) Fonte: http://www.plasson.com.br/pt/produtos 3.2.2 VACINAÇÃO Na recria, as aves recebem vacina intramuscular (Imagem 15), é utilizada para imunização contra enfermidades como a varíola aviária (bouba aviária) e cólera aviária. A contenção da ave requer habilidade do vacinador ou que seja realizada por duas pessoas, uma para conter a ave e outra para vaciná-la. (Imagem 15: Vacinação intramuscular) Fonte: http://www.pneumovirus-aviario.com/vacinas/frangos-galinhas.asp 3.2.3 TRANSPORTE PARA GALPÃO DE PRODUÇÃO Na Granja São Pedro os galpões de produção ficam na granja sede, ou seja, as aves precisam ser transportadas dentro de caixas vazadas para o seu destino (Imagem 16). O transporte é realizado em reboques arrastados por tratores, como as granjas ficam próximas não é necessário nenhum tratamento especial com as aves. O processo é rápido, durando cerca de vinte minutos, ao chegar no destino final, as aves devem ser imediatamente descarregadas e colocadas em suas gaiolas. (Imagem 16: Transporte das aves para galpão de produção) Fonte: Arquivo pessoal 3.3 FASE DE PRODUÇÃO Na fase de produção, as aves já atingiram o completo desenvolvimento corporal e estão iniciando sua vida produtiva, portanto, deve-se manter um ambiente tranquiloe evitar, ao máximo, barulho e movimentação excessiva de pessoas e veículos por perto do galpão, visando a diminuição de estresse e perdas. A fase comercial consiste no período, no qual o lote começa a dar lucro ao produtor, ou seja, elas iniciam a postura. O período de produção compreende da décima oitava semana até o momento do abate. No galpão de produção as gaiolas são diferentes, pois nelas existe uma estrutura que vai do piso à lateral, que tem a função de armazenar o ovo até que ele seja catado (Imagem 17). (Imagem 17: Gaiola de produção) Fonte: Arquivo pessoal 3.3.1 CONTROLE DE MOSCAS E LIMPEZA Com o acúmulo de esterco e ovos quebrados embaixo das gaiolas, o local torna-se propício ao aparecimento de larvas e moscas. As técnicas utilizadas na granja são de isca, feita com garrafa PET (Imagem 18), e larvicida, que é aplicado sobre a cama. Essas técnicas são de suma importância, pois o aparecimento de moscas causa estresse, diminuindo a produção, além de favorecer o aparecimento de doenças. A limpeza da cama é realizada quando o lote é retirado, no fim do período de produção, porém, pode ser removido após uma muda forçada, ou se estiver perto de encostar no fundo da gaiola. (Imagem 18: Fabricação das armadilhas) Fonte: Arquivo pessoal 3.3.2 ALIMENTAÇÃO A alimentação deve ser balanceada, implicando diretamente na produção e qualidade do ovo. A ração é composta por farelo de milho e soja (Imagem 19), óleo de soja, calcário, sal e aditivos. Cerca de 70% dos custos de produção encontram-se na alimentação, por isso ela deve ser eficiente e seus compostos devem ser os mais acessíveis e baratos da região, levando em conta sua qualidade. A poedeira, quando já atinge seu auge de crescimento, consome ainda 41g de ração por cada ovo que produzir. Em galinhas de um ano, além das duas funções, o alimento também tem função de recuperação de peso perdido com a muda de penas, o que geralmente acontece durante os últimos meses do período de postura. (Imagem 19: Soja peletizada para ração) Fonte: Arquivo pessoal 3.3.3 OS OVOS O manejo com os ovos deve ser realizado de forma muito cuidadosa e criteriosa, com a finalidade de evitar ovos sujos, marcados ou quebrados. A maneira mais indicada é manter as gaiolas limpas e fazer coleta de ovos, ao menos, quatro vezes ao dia (o ideal é que se faça o maior número de coletas ao dia). Os ovos devem ser transportados em veículos sem atritos para que não haja quebra. 3.3.4 FASE FINAL DA PRODUÇÃO Com a saída das aves, o galpão deve ser preparado para a recepção de novas aves, para tanto, é indispensável os seguintes cuidados (Imagens 20 e 21): - Retirar restos de ração nos comedouros e água dos bebedouros; - Retirar equipamentos removíveis, promovendo completa lavagem e desinfecção destes; - Retirar a cama ou esterco, ensacar e isolar da área da granja; - Varrer pisos, gaiolas, telas e estrutura do telhado; - Passar vassoura de fogo, e posteriormente lavar com jato de água, inclusive as cortinas; - Repor os equipamentos após a secagem do galpão, levantar as cortinas e proceder a sua total desinfecção; - Lavar os reservatórios de água, passar uma solução com desinfetante pela tubulação, seguida de água limpa; - Promover uma limpeza dos arredores do galpão eliminando penas, entulhos e matos; - Programar um vazio sanitário por um período mínimo de 15 dias; - Para a criação em gaiolas, lavar todo o equipamento e fazer os reparos necessários. (Imagens 20 e 21: Limpeza e desinfecção do galpão) Fonte: http://www.avifran.com.br/tecnicas-criacao.php 3.4 SALA DE CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM Após a coleta dos ovos no galpão de produção eles são transportados até uma sala onde é realizado a ovoscopia, classificação, descarte de ovos quebrados e embalagem dos ovos bons para venda. Existem normas de Higiene e roupagem adequada para entrada nesta sala, visando diminuir a contaminação do local. 3.4.1 HIGIENIZAÇÃO Na entrada da sala de ovos existe um espaço onde é feita a limpeza de botas, higienização das mãos e utilização da toca (Imagem 22). Todos esses cuidados tem por fim evitar a entrada de organismos estranhos no ambiente. (Imagem 22: Local para higienização) Fonte: Arquivo pessoal 3.4.2 OVOSCOPIA A sala anteriormente citada conta com uma única máquina (Imagem 23), na qual é feito a ovoscopia e classificação. Os ovos são colocados em uma esteira, sendo, primeiramente, realizada a ovoscopia (Imagem 24), processo que torna possível a identificação de ovos rachados, sujos ou deformados. Ao sair da ovoscopia eles passam por uma balança, que fica embutida, e passam diretamente para uma esteira que os separa de acordo com a classificação. (Imagens 23 e 24: Máquina de ovoscopia e classificação) Fonte: Arquivo pessoal 3.4.3 CLASSIFICAÇÃO Ao passar pela balança da máquina, os ovos são direcionados para sua respectiva esteira de acordo com a classificação, que pode ser jumbo, grande, médio, pequeno ou industrial, classificados de acordo com o peso (Imagem 25). Os ovos acumulam-se em suas esteiras até que um funcionário os retire e coloque em caixas para finalmente comercializá-los. (Imagem 25: Classificação dos ovos) Fonte: Arquivo pessoal 3.4.4 LIMPEZA DA MÁQUINA Com o fim do expediente, é retirado todo o resto de ovos que quebram na hora da classificação, e ficam armazenados em bandejas localizadas abaixo das esteiras de classificação (Imagem 26). Esse material deve ser retirado do ambiente para evitar o aparecimento de moscas. (Imagem 26: Limpeza da máquina) Fonte: Arquivo pessoal 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O bom estágio é aquele que fornece ao estudante estimulo por sua função no estudo cursado, pois é o requisito mais interessante e decisivo para o indivíduo se fixar no ramo. Entretanto, quando o ato foi realizado, o estagiário fica estruturado, concretizando-se decidido para concorrer com o mercado de trabalho. O estágio curricular de habilitação profissional no curso técnico em agropecuária, realizadona Granja São Pedro, foi de grande importância no aprendizado e introdução ao mercado de trabalho. Como estagiário, fui exposto ao dia a dia da empresa, realizando minha função e buscando absorver o máximo possível. 5. REFERÊNCIAS BRASIL. Associação Brasileira de Proteína Animal. Disponível em: <http://abpa-br.com.br/noticia/producao-de-ovos-do-brasil-cresce-61-e-chega-a-395- bilhoes-de-unidades-1550> Acesso em: 24 nov. 2016 BRASIL. Embrapa. Disponível em: <https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/busca-de-publicacoes/- /publicacao/901275/programa-de-luz-na-avicultura-de-postura>. Acesso em: 24 nov. 2016. BRASIL. IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 24 nov. 2016 CATALAN, Aiane. Manejo de aves poedeiras comerciais cria e recria. Chapecó, 2010. DANCOSKY, P. E. F. Matrizes de frangos de corte em produção. Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária – Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Tuiuti. Paraná: 2009. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp- content/uploads//2011/03/MATRIZES-DE-FRANGOS-DE-CORTE-EM- PRODUCAO.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2016
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