TRABALHO de corporeidade e ludicidade

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RESUMO: Este presente texto pretende evidenciar no Parâmetro Curricular Nacional de Educação física as recomendações para o ensino e aprendizagem da educação física, destacando uma visão abrangente e desenvolvimentista da disciplina no contexto de uma cultura corporal a qual norteia os conteúdos tratados na disciplina divididos em três blocos que dizem respeito aos esportes, jogos, ginásticas e lutas, as atividades rítmicas e expressivas e conhecimento sobre o corpo, as orientações didáticas e as orientações gerias para a prática da disciplina de educação física no âmbito escolar. 
Palavras Chave: parâmetro, física, esportes, disciplina. 
RECOMENDAÇÕES PARA ENSINO E APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
O Parâmetro Curricular Nacional para a Educação Física traz recomendações para o aprendizado e ensino da educação física como disciplina escolar. Desse modo aborda a importância de entender a educação física como uma cultura corporal, no sentido antropológico do termo, onde o homem inserido num contexto sociocultural sentiu necessidade ao longo do tempo de movimentar-se, aperfeiçoar técnicas e instrumentos resignificadas depois como forma de expressão corporal. Assim: “Dentre as produções dessa cultura corporal, algumas foram incorporadas pela educação física em seus conteúdos: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta. Estes tem em comum a representação corporal, como características lúdicas, de diversas culturas humanas; todos eles resignificam a cultura corporal humana e o fazem utilizando uma atitude lúdica” (p. 23). 
Rompendo com uma visão outrora puramente biológica para uma visão desenvolvimentista do ser humano o Parâmetro traz uma proposta de compreender essa disciplina em uma concepção mais abrangente, para que contemple “todas as dimensões envolvidas em cada prática corporal” sistematizando a educação física escolar em situação de ensino aprendizagem nesse sentido: 
“A Educação Desenvolvimentista entende que a escola tem a responsabilidade de criar um ambiente sintonizado com as necessidades da criança definidas a partir do reconhecimento do processo de desenvolvimento pelo qual ela passa. Esse processo é visto como regular e universal, cabendo ao educador traduzir os padrões desenvolvimentistas em atividades que o nutram” (MANOEL, 2008). 
É também sob esse viés que o PCN calca na disciplina de educação física. Diferenciando-se dos objetivos esportivos, esta com uma característica seletiva, a educação física tem como objetivo desenvolver as potencialidades inclusive de alunos com necessidades especiais. Garantir ao aluo a possibilidade de aprender além da execução de um jogo e suas regras, mas também de significá-los recirando e analisando, contribuindo assim para a “construção de estilo pessoal”. 
Na dimensão da cultura corporal e a cidadania os alunos irão entender através dessas práticas seus direitos básicos ao lazer, reconhecendo as mais diversas expressões corporais proporcionadas por outras culturas, aprendendo atos de cidadania, democracia e valores morais. 
As aulas de educação física precisam ter objetivos nas dimensões corporais relacionada à experiência prática como nos aspectos cognitivos, afetivos e corporais estes inter-relacionados. 
Proporcionar um controle dos movimentos do que diz respeito ao automotismo e atenção sem mecanização e estereótipos mais com o objetivo de: controlar os movimentos de maneira atenta. 
O professor deve proporcionar ao aluno condições para que possa realizar uma atividade física com segurança o que deve corresponder às capacidades de cada um, compreendendo o estilo pessoal de cada aluno, as suas potencialidades e limitações, as características individuais e as evidencias anteriores as expressões de afetividade sabendo lhe dar de com as expressões de emoção em que seu corpo está à prova, sendo reconhecidos como objetivo de ensino aprendizagem. 
Garantir aos portadores de necessidades especiais primeiramente condições de segurança através de profissionais específicos a depender de cada limitação. Reconhecer a importância da educação física no desenvolvimento psicológico, cognitivo, estético, afetivos e éticos do mesmo. Fazer adaptações e criar condições para a inclusão proporcionando aos alunos situação de respeito solidariedade, cooperativismo na integração do aluno para que ele se desenvolva. 
OS CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Os conteúdos estão divididos em três blocos: Esportes, jogos, lutas e ginásticas; Atividades rítmicas e expressivas; Conhecimento sobre o corpo. Esses conteúdos têm objetivos de ensino aprendizagem e não é uma estrutura inflexível, pelo contrario esses três blocos articulam-se entre si. 
No que se refere ao bloco do conhecimento sobre o corpo abordam-se os conhecimentos da anatomia; conhecimento de fisiologia; bioquímicos e Biomecânicos, “esses conteúdos são abordados a partir da percepção do próprio corpo” o aluno analisa e compreende as sensações e relações do próprio corpo e movimento; As habilidades motoras, os conhecimentos sobre os hábitos e posturas e atitudes corporais. 
Objetivando operacionalizar e sistematizar os conteúdos relacionados aos Esportes, jogos, lutas e ginásticas de forma abrangente diversificada e articulada cabe destacar as expressões corporais específicas de cada item desse bloco. 
Os esportes pelo poder que tem na mídia social podem ser trabalhados no primeiro ciclo relacionado aos conteúdos de apreciação e da discussão de aspectos técnicos táticos e estéticos. Nos ciclos posteriores, existem contextos mais específicos como torneios e campeonatos. 
Incluem-se entre os jogos e as brincadeiras regionais, os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras infantis. 
 Lutas que vão desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas de capoeira do judô e do caratê. 
Técnicas de ginásticas que trabalham o corpo de modo diferente das ginásticas tradicionais (de exercícios rígidos mecânicos e repetitivos, uma vez que o objetivo não é promover os esportes) visado à percepção do próprio corpo. Ter consciência da respiração, perceber o relaxamento e tensão dos músculos, sentir a articulação da coluna vertebral. 
As atividades rítmicas e expressivas, dizem respeito “as manifestações da cultura corporal que tem como característica comum à intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença de estímulos sonoros como referencia para o movimento corporal” trata-se das danças e brincadeiras cantadas. 
Esse bloco deve ter nas escolas a mesma importância do que as praticas esportivas e de ginástica, considerando um país com grande diversidade artístico-cultural, desse modo “a diversidade cultural que caracteriza o país tem na dança uma de suas expressões mais significativas, construindo um amplo leque de possibilidades de aprendizagem”. As danças podem caracterizar cada localidade e até momentos históricos do país dessa o professor pode trabalhar questões de resgate e valorização de determinada expressão ou manifestação cultural. 
Por meio das danças e brincadeiras os alunos poderão conhecer as qualidades dos movimentos expressivos como leve/pesado, forte/fraco, rápido/lento, fluído/interrompido, intensidade, direção, duração, sendo capaz de analisá-los a partir desses referenciais. 
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E ORIENTAÇÕES GERAIS 
As orientações didáticas do ensino da educação física evidencia a necessidade do rompimento com metodologias tradicionais e ultrapassadas, que consistia basicamente na repetição mecânica de movimentos e exercícios sem objetivos fundamentados e sim é preciso encarar essa disciplina numa proposta que contemple aprendizagens que partem de situações globais, amplas e diversificadas em direção as praticas corporais sociais mais significativas, que exigem movimentos específicos, precisos e sistematizados. 
Considerar os contextos pessoais, culturais e sociais em que ele ocorre, para que a ação corporal adquira um significado que extrapole a própria situação escolar. Oferecer oportunidadesiguais a todos os alunos de usufruir as práticas esportivas de forma democrática é essencial. Dessa forma o professor deve sempre contextualizar a prática, considerando as suas varias dimensões de aprendizagem possibilitando o desenvolvimento e a aprendizagem. 
As orientações gerais destacam as recomendações referentes a: 
Organização das atividades e atenção à diversidade: Fazer uso de varias formas de organização das atividades, para que o aprendizado seja significativo para todos, levar em consideração a diversidade em que as crianças se apresentam em relação as competências corporais, valorizando as diferenças ao distribuir atividades que exijam habilidades diferenciadas, trabalhando a cooperatividade através de atividades grupais, permitindo que se explore os conhecimentos de caráter expressivo como a dança com o objetivo de mudar o foco das competições. 
Diferenças entre meninos e meninas: Romper estereótipos de gênero como: jogo de menina, jogo de menino, as habilidades de ambos devem ser trabalhadas mutuamente. O professor deve trocar os “papeis” nos jogos e esportes que tipicamente seriam ou de meninos ou de meninas proporcionando assim situações de respeito as diferenças. 
Competição e Competência: Oportunizar a todos participar das atividades “principais” e de “ataque” mesmo que estes não possuam ainda suas habilidades desenvolvidas e tirar proveito dessas diferenças de cada um e promover um aprendizado democrático, e a participação de todos nas atividades de competências competitivas estabelecendo assim um melhor conhecimento e respeito de si mesmo e dos outros. 
Problematização das regras: Possibilitar discussões das regras, permitindo que o aluno questione e entenda o sentindo das normas e propondo modificações, assim adaptando as regras de acordos as situações e contextos que se apresentar. 
Uso do espaço: Adaptar espaços para aulas de educação física, sabendo-se das dificuldades, da falta de estrutura e recursos disponíveis para essa pratica, utilizando espaços próximos da escola, caminhos, parques, jardins etc. 
REFÊRENCIAS 
Parâmetros curriculares nacionais : Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997 
MANOEL, Edison de Jesus. A abordagem desenvolvimentista da educação física escolar – 20 anos uma visão pessoal. Maringá, 2008. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/download/6039/3779. Acesso em: 03 de Setembro de 2014