A POLUIÇÃO VISUAL NA CIDADE DE MANAUS E A CONSCIENTIZAÇÃO CRIATIVA LIGADA AO GRAFITTE

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA- IESA
FACULDADE MARTHA FALCÃO
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Aluno (a): Rakel de Alencar Araripe Bastos Caminha
Marla Freire
TÍTULO: A POLUIÇÃO VISUAL NA CIDADE DE MANAUS E A CONSCIENTIZAÇÃO CRIATIVA LIGADA AO GRAFITTE 
MANAUS – AMAZONAS
2014
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA- IESA
FACULDADE MARTHA FALCÃO
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
TÍTULO: A POLUIÇÃO VISUAL NA CIDADE DE MANAUS E A CONSCIENTIZAÇÃO CRIATIVA LIGADA AO GRAFITTE 
Aluno (a): Rakel de Alencar Araripe Bastos Caminha
Marla Freire
Orientador (a): Liliana Rodrigues da Silva
Projeto de pesquisa apresentado a Faculdade Martha Falcão como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda.
MANAUS – AMAZONAS
2014
SUMÁRIO
Pag. 1
1. TEMA
2.DELIMITAÇÃO DO TEMA 
3 PROBLEMATIZAÇÃO 
4 JUSTIFICATIVA
5 HIPÓTESE DO TRABALHO DE PESQUISA...
6. REFERENCIAL TEÓRICO 
7. OBJETIVOS 
7.1OBJETIVO GERAL 
7.1.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
8. PERCURSO METODOLÓGICO 
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
10. RESULTADOS ESPERADOS 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12. ANEXO
1. TEMA
 Poluição Visual
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
 A poluição visual na cidade de Manaus e a conscientização ligada ao grafitte 
3. PROBLEMATIZAÇÃO
 A necessidade de compreender a interferência da publicidade nas estruturas constituintes do espaço urbano e posteriormente atuar com maior consciência, buscando recursos para minimizar os impactos do desperdício excessivo e da poluição calamitante através da expressão artística como viabilizadora de educação e cidadania. Como transformar a realidade da poluição visual de maneira criativa através do grafitte?
4. JUSTIFICATIVA
A maioria das pessoas, utilizando-se do senso comum, costuma pensar que o grande vilão da poluição visual nos centros urbanos é a Publicidade. Se procuramos definições apressadas do Google encontramos que poluição visual é o nome dado a excesso de elementos ligados a cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas e outros elementos ligados à comunicação visual. 
No entanto, a publicidade não é a única a prestar esse papel maquiavélico. A poluição ambiental propriamente dita, que despeja à céu aberto dejetos e acúmulos de lixo, são também um caso eminente de poluição visual causadas pela própria população quando, por exemplo, joga-se aleatoriamente lixo na rua - pois agride diretamente o meio visual do ambiente. 
Em Manaus, no mês de junho de 2013 foram retiradas peças de publicidade das avenidas principais, reduzindo parcela da poluição visual. A operação é conhecida como “Cidade Limpa”, ação de rotina do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (IMPLURB), executada pela Gerência de Engenhos Publicitários (GEP). Foram retiradas das ruas da cidade 162 peças de publicidade das principais avenidas de Manaus. Entre os materiais mais comuns, encontrados em postes, na calçada, em logradouros públicos e na via de modo geral, estão os galhardetes, somando 58 engenhos, tendo sido recolhidos ainda 42 placas, 21 faixas, 18 cavaletes e 17 banners, e outras peças publicitárias que não se encontravam em lugares devidamente regulamentados. 
As 162 peças foram retiradas das avenidas Costa e Silva, Rodrigo Otávio, Laguna, Desembargador João Machado, Maceió, Paraíba, Nilton Lins, Tancredo Neves, Ivonete Machado e Maneca Marques, e das ruas Recife, Doutor Thomas e Rio Mar. Além dos fiscais do Implurb, o trabalho conta com apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e da Guarda Municipal. Todos os engenhos publicitários retirados são irregulares e anunciam os mais variados tipos de serviços, desde vendas de casas, material de construção e comida, até shows, promoções, reformas e até feijoadas.
Nos deslocando para um bairro mais movimentado, chegamos ao centro da cidade de Manaus. É um belo lugar onde passam diariamente maior parte da população da cidade. Não obstante, é o lugar onde se encontra a maior parte de poluição visual, com fios espalhados pelas obras arquitetônicas antigas – que são patrimônio cultural do povo amazonense e que deveriam estar conservados no melhor estado possível-, o entrelaçamento de cabos, por exemplo, expostos de maneira agressiva aos longo das ruas mais internas do centro, os lixos jogados na rua, impedindo que os transeuntes caminhem devidamente pela calçada. Esses elementos quando dispostos em grande quantidade, geram uma sensação de mal-estar para a população urbana, pois a cidade assume um espaço apenas de relações comerciais capitalistas, escondendo a sua arquitetura original, geram cansaço visual, além de transtornos no trânsito, onde acidentes são ocasionados em razão do desvio de atenção dos motoristas e pedestres.
A publicidade que se desenvolveu no Brasil a partir do processo de industrialização, tinha como função primordial apenas comunicar a existência de determinado produto ou serviço. Essa mídia ainda era indefinida e se confundia muitas vezes com a fachada das próprias fábricas e lojas que o distribuíam. 
Entretanto, com o aumento da concorrência foi necessário criar o conceito de "marca" e diferenciar cada produto dos demais agregando a ele valores não necessariamente ligados às suas características físicas, como promessas abstratas e não necessariamente componentes do produto em si, tais como liberdade, poder e sedução, solidificando o hábito de consumo. Desde então a comunicação publicitária assume muito mais o papel de diferenciar o produto do que apenas informar a seu respeito.
 Com a ampliação da utilização das mídias externas para dar maior ênfase no produto das empresas surgiu um fenômeno que posteriormente foi denominado como poluição visual. Tal tema ganha relevo, pois, trata justamente dos efeitos da mídia externa no meio ambiente artificial e seus efeitos à sociedade. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81) em ser artigo terceiro, inciso terceiro, define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a)Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b)Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c)Afetem desfavoravelmente a biota;
d)Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e)Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. (Art. 3º Lei 6.938/81).
5. HIPÓTESE DO TRABALHO DE PESQUISA
A primeira hipótese é criar uma série de passeatas nos grandes centros metropolitanos, com pessoas voluntárias que se uniriam nas ruas através de um convite anterior feito pelas redes sociais. Os dias seriam conhecidos como “Eu grito não, poluição˜ e seria realizado em lugares onde a poluição visual é alarmante. 
 A segunda seria criar a concepção da campanha “Selva de Riscos”, em formato de exposição fotográfica, afim de conscientizar a população que passa despercebida da importância de se cuidar da saúde do meio ambiente. A exposição contará com 20 peças fotográficas que giram em torno da temática do poluição visual e seriam disponibilizadas gratuitamente. 
 Posteriormente, como terceira hipótese – e a escolhida - foi pensado em implementar um processo de revitalização de pontos importantes da cidade de Manaus através de uma parceria com artistas do segmento grafitte com mensagens motivacionais e educativas, afim de reduzir os impactos já gerados pela enorme poluição visual na metrópole. 
6. REFERENCIAL TEÓRICO
 Demos nosso início no estudo através de um aprofundamento de como funciona os olhos, nosso órgão responsável pela visão. Para isso estudou-se a fundo a apostila de fisiologia de Silvia Nishida, aonde aborda biologicamente o processo de visão e formaçãode imagem. Após isso, aprofundou-se na poluição visual propriamente dita, seguindo o material acadêmico de Luciano Hashmann Ferreto, que fez um estudo aprofundado sobre a qualidade visual da rua Venâncio Aires principalmente no que tange a publicidade. Ivan Dantas Coelho entrou dando suporte teórico para as afirmações acerca da poluição visual que concordamos. 
 As consequências da modernidade de Anthony Giddens serve para nortear o estudo e deixa-lo bastante atual no que diz respeito compreender quais os processos que são diferentes hoje, em relação a informação e sua rapidez, e que a fluidez do processo ocorre de maneira diretamente proporcional ao grau de desenvolvimento. 
 E por fim o estudo de Gomes filho sobre a “Gestalt” do objeto, em que se estuda os processos estéticos da formação da imagem, com conceitos referentes a harmonia, agudeza, e o principal, a baixa pregnância da forma, que é o mesmo que dizer que a imagem sofre danos de compreensão por ter muitos elementos não sincronicos. 
7. OBJETIVOS
7.1 OBJETIVO GERAL
 Analisar a atual conjuntura da formação social da cidade de Manaus em relação à crescente poluição visual, que cresce bastante nas grandes cidades desenvolvidas e buscar maneiras criativas de combater tal mal.
7.1.1 Objetivos Específicos
 Criar espaços urbanos de conscientização utilizando-se de espaços que no primeiro momento encontrava-se poluído. Revitalizar o espaço para conscientizar a população. 
8. PERCURSO METODOLÓGICO
Para a construção deste estudo propôs- se a utilização de uma metodologia qualitativa. Partindo da necessidade de levar em consideração as percepções dos agentes que estão inseridos na grande problemática das “poluições visuais” existentes no ambiente urbano.Algumas cenas de poluição visual foram detectadas em nichos da cidade de Manaus, como por exemplo, no Parque do Mindú, que, ironicamente, é um parque de reserva ambiental que abriga uma enorme diversidade de fauna e flora. Os dejetos a olho nu são ignorados, embora não haja maneira de ignorar o extremo odor que exala das águas que há 50 anos eram límpidas e inodoras.  No Primeiro momento buscou-se identificar o campo e suas configurações, utilizando o recurso fotográfico como técnica de coleta de dados visuais. Outro recurso utilizado foi o aporte teórico, um levantamento bibliográfico direcionado a compreensão de conceitos referentes ao tema. É importante ressaltar o dialogo com o poder publico, e para isso foi realizada entrevistas junto a representantes da saúde pública como SEMMAS e IMPLURB em busca de compreender como lidam com os casos de poluição visual da cidade, e suas leis regulamentadoras.  O texto é dividido em introdução, onde primeiro abordamos a realidade biológica da visão para compreensão do que é o visual em relação ao ser humano e suas percepções. Tendo como objetivo geral, auxiliar e problematizar as questões relacionadas à poluição visual a partir do processo da publicidade sustentável.  O estudo apresenta discussões que enriquecem o debate sobre a necessidade de maior interação entre preservação ambiental e publicidade no contexto atual.
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
	ATIVIDADES
	
	01/11
	08/11
	11/11
	15/11
	17/11
	18/11
	24/11
	Revisão Bibliográfica
	X
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do Projeto de Pesquisa
	
	X
	
	
	
	
	
	Elaboração de Material de coleta de dados em campo.
	
	
	X
	
	
	
	
	Pré-teste dos instrumentos de coleta de estudo.
	
	
	X
	
	
	
	
	Revisão do Projeto.
	
	
	
	 X
	 X
	
	
	Levantamento de dados em Campo
	
	X
	
	 X
	
	
	
	Sistematização e análise dos dados.
	
	
	
	
	
	 X
	
	Redação da dissertação.
	
	
	 X
	 X
	
	
	
	Entrega da versão da Dissertação para defesa.
	
	
	
	
	
	
	 X
10. RESULTADOS ESPERADOS
Buscar agregar qualidade de vida à população do Estado de Manaus através da conscientização em relação à importância de combater a poluição visual através de segmentos artísticos. 
11. REFERÊNCIAS 
NISHIDA, Silvia M. Apostila de Fisiologia. Departamento de Fisiologia, IB Unesp-Botucatu, 2012. 
FERRETO, Luciano Hachmann. “ Poluição visual urbana: breve análise sobre a interferencia da publicidade e a qualidade visual da Avenida Venâncio Aires”. UFRS – Porto Alegre, 2007.
DANTAS, Ivan Coelho. “Poluição visual: que mal isso faz?”. Revista de Biologia, Volume 02, SP. 2008. 
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. 2. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Editora UNESP, 1991. 
GOMES, João. “Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma”. São Paulo – SP. Setembro de 2012. 
12. ANEXO
Figura 1 – Imagem da placa inicial da cidade de Manaus. Ficou assim por um bom tempo. Caso de poluição visual.
Figura 2 – Feira da Panair, Centro da Cidade. Caso sério de descaso com produtos perecíveis. 
Figura 3 – Projeto do DAE. Modelo a ser implementado nas bocas de lobo da cidade de Manaus com mensagens educativas para a conscientização da população. 
 Figura 4 – Projeto de Parede pós restauração devido à enorme quantidade de pichações. As pichações são substituídas por artes em grafite, embelezando a cidade e dando um toque bastante moderno e cosmopolita
Figura 3 – Cartaz da exposição “Selva de Riscos” que ocorrerá gratuitamente no Parque dos Bilhares em dezembro de 2014.