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* Do inadimplemento das obrigações Prof. Ms. Rosane Felhauer UniRitter * Inadimplemento da obrigação (Arts. 389/420 do CCB) Inadimplir é descumprir, não cumprir... a prestação principal; a acessória; os deveres de conduta (boa-fé objetiva); ou qualquer outro dever contratual Consequências jurídicas: - o desfazimento da relação jurídica originada pelo contrato (resolução), - perdas e danos, - juros de mora, - execução específica, - execução patrimonial (penhora de bens)... * Modalidades de inadimplemento a) Quanto à causa: a.1) inadimplemento imputável ao devedor (voluntário/culposo) Consiste numa omissão (no caso das prestações positivas) ou numa ação (no caso das prestações negativas – ver art. 390 C.C.) a.2) inadimplemento inimputável ao devedor (involuntário/sem culpa) Quando o inadimplemento não decorre de culpa do devedor e sim do acaso. A prestação torna-se impossível. A impossibilidade decorre de fato estranho e alheio à vontade do devedor (caso fortuito ou força maior). Art. 393 C.C. * Modalidades de inadimplemento b)Quanto aos efeitos: b.1) Inadimplemento absoluto (ou definitivo) A obrigação não é mais possível de ser cumprida porque... a) ...o objeto se tornou impossível, ou, no caso das obrigações personalíssimas a pessoa não pode mais cumpri--la. b) ...embora haja possibilidade objetiva do cumprimento, a prestação, justificadamente, deixou de interessar ao credor, dando-lhe direito à resolução. b.2) Inadimplemento relativo (mora) No inadimplemento relativo, o cumprimento da obrigação ainda é possível e útil para o credor (ainda lhe interessa). A mora (inadimplemento relativo) é o retardamento ou o imperfeito cumprimento da obrigação. Arts. 394 a 401 do C.C. * Consequências do inadimplemento Art. 389 C.C. – Não cumprida a obrigação responde o devedor por perdas e danos mais juros e correção, além dos honorários de advogado. A consequência teoricamente legal para o inadimplemento é responder por perdas e danos. (arts. 402 a 405 do C.C.) Art. 390 C.C. – Nas obrigações negativas o devedor é havido como inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Obrigações de não fazer → art. 251 caput e parágrafo único do C.C. * Princípio da Imputação Civil dos Danos – Art. 391 CC Art. 391 C.C. – Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. Quando não for possível a execução específica, a consequência do inadimplemento será a execução no patrimônio do devedor. Obs: nem todos os bens do devedor respondem pelo inadimplemento (Há bens impenhoráveis) Bens impenhoráveis: Arts. 648, 649 e 655 e incisos do C.P.C. Bem de família : Art. 1.711 e 1715 C.C. Bem de família: Lei 8009/90 Limitações constitucionais CF/88 Art. 1º inciso III – Dignidade Humana Art. 3º inciso I – Solidariedade Art. 1º inciso III e 3º, incisos I e III– Patrimônio Mínimo * Responsabilidade pelo inadimplemento nos contratos benéficos e nos onerosos Art. 392 C.C. – Nos contratos benéficos responde por simples culpa o contratante a quem o contrato aproveite e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Dolo= apenas quando há vontade de causar o dano. Simples culpa= inclui o dolo (vontade de causar o dano) e a culpa em sentido estrito (por imperícia, imprudência e negligência). Contratos benéficos (gratuitos): Doação: não favorece o doador (obrigação de dar) - Doador destrói o bem doado antes de entregá-lo – só responde se a destruição ocorreu por fato doloso (intencional) Comodato: aproveita (favorece) o comodatário (obrigação de restituir) Comodatário destrói o bem antes de restituí-lo – responde tanto se a destruição ocorreu por fato doloso (intencional) quanto culposo em sentido estrito (imperícia, imprudência e negligência)
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