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MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 1 Aula 04 Direito Constitucional Técnico do MPU 5 Administração Pública: disposições gerais; servidores públicos. Professor: Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 2 Aula 04 5 Administração Pública: disposições gerais; servidores públicos. I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 4 II. SERVIDORES PÚBLICOS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 12 III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 35 IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 41 I. QUESTÕES DA AULA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 64 II. GABARITO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 71 III. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 72 Olá futuros Técnicos do MPU! Prontos para o SEU salário de até R$ 11.398,39? (Remuneração do final de carreira em Jan/2019 ) Na aula de hoje, estudaremos um tema que interessa bastante a vocês: a Administração Pública. Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na sequência. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. Na aula de hoje, teremos APENAS 22 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum. Vamos então à nossa aula! MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 3 MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 4 I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Meus caros alunos e futuros Técnicos do MPU, o tema a ser estudado na aula de hoje é, na grande maioria das vezes, visto com muito mais profundidade na disciplina Direito Administrativo. Apesar de a Constituição trazer uma série de disposições sobre a Administração Pública, os demais atos normativos que regulamentam o texto constitucional são estudados naquele ramo do direito. Assim, por mais difícil que possa ser, peço a todos que, nessa aula, se mantenham focados no texto constitucional e nas informações que eu repassar, senão, correremos o risco de ultrapassarmos os limites da nossa disciplina, combinado? 1. CONCEITO A Administração Pública pode ser entendida de duas formas: a) Sentido material ou objetivo: é o conjunto de atividades que costumam ser consideradas “próprias da função administrativa”, não importando quem as exerça. São exemplos dessas atividades: serviços públicos, polícia administrativa, intervenção e fomento econômicos, entre outros. b) Sentido formal ou subjetivo: para esse conceito, a Administração Pública é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento jurídico identifica como sendo partes da Administração Pública. Esse é o conceito adotado pelo Brasil. Continuando: a Administração Pública pode ser divida em direta ou indireta. Ela será DIRETA quando as atividades forem exercidas diretamente pela pessoa estatal (União, Estados, DF e municípios) e será INDIRETA quando a atividade for exercida por uma pessoa diferente daquelas pessoas estatais. Explicando melhor: Quando José pega uma marreta com sua mão e bate na cabeça de alguém, o responsável foi “José” ou foi a “mão de José”? Resposta: José. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 5 Continue no raciocínio: o coração de José não é José, mas sim um de seus órgãos; o pulmão de José não é José, mas sim um de seus órgãos... e José é o somatório de todos os seus órgãos. Devemos compreender da mesma forma quando pensamos em Administração DIRETA: (exemplo) a pessoa jurídica é a UNIÃO e esta possui vários órgãos como a Presidência da República, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal etc. Assim, a pessoa que pratica o ato não é a Câmara dos Deputados (órgão), mas sim a União (pessoa jurídica). Já quando pensamos em Administração INDIRETA, devemos pensar em pessoas diferentes. O Estado cria uma nova pessoa para exercer uma determinada função que ele (o Estado) acha melhor não exercer diretamente. Nesse caso, não é a União em si quem pratica o ato, mas sim uma pessoa (entidade) criada por ela para exercer uma determinada atividade. São entidades da Administração INDIRETA: - Autarquias (Ex: Banco Central) - Fundações Públicas (Ex: Universidade de Brasília) - Empresas Públicas (EP) (Ex: Caixa Econômica Federal) - Sociedades de Economia Mista (SEM) (Ex: Banco do Brasil) ESQUEMATIZANDO: DICA: Quando se fala em Administração DIRETA, fala-se em órgãos. Quando se fala em Administração INDIRETA, fala-se em entidades. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 6 a) Sentido Material ou objetivo: - Conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função administrativa - Não importa quem a exerce - Atividades próprias i. Serviço público 1. CONCEITO ii. Polícia administrativa iii. Fomento iv. Intervenção b) Sentido formal ou subjetivo: - Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento jurídico identifica como Adm Pub - Adotado pelo Brasil - Integrado por i. Adm direta ii. Adm indireta I - Autarquias II - Fundações públicas III - EP IV - SEM 2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADM PÚBLICA A Constituição nos traz alguns princípios que devem ser aplicados à Administração Pública. Tais princípios podem ser implícitos ou expressos no texto constitucional. Vamos conferir os principais: a) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS - Supremacia do interesse público: a relação Administração-particular não é de igual para igual, sendo que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular, em caso de conflito. - Indisponibilidade do interesse público: o interesse da Administração deve ser o que está disposto na lei e ele não pode ser negociado. Dessa forma, a Administração não pode abrir mão de seus direitos. - Razoabilidade / Proporcionalidade: qualquer ato tomado pela Administração Pública deve ser adequado ao resultado que se quer obter. Assim, quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar o que restringe menos os direitos do particular. Além disso, a sanção ou MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 7 prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa conduta. b) PRINCÍPIOS EXPRESSOS Quem nunca ouviu falar no famoso LIMPE? Esses são os princípios que a Constituição diz, expressamente, que a Administração Pública deverá seguir: - Legalidade: para o particular, vale a autonomia da vontade, ou seja, ele pode fazer tudo aquilo que não for proibido pela lei. Por outro lado, a Administração Pública somente pode fazer aquilo que estiver disposto na lei. Assim, a vontade da Administração deve estar dispostana LEI. - Impessoalidade: segundo esse princípio, os atos não são do agente público, mas sim do órgão estatal. Além disso, a Administração Pública não pode diferenciar pessoas que estão na mesma situação fática e jurídica, privilegiando alguns e prejudicando outros. Por isso, a impessoalidade possui grande relação com a finalidade e a isonomia. - Moralidade: apesar do alto grau de indeterminação desse conceito, os atos administrativos devem seguir as regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração Pública. Assim, não vale a consciência do agente que praticou o ato (subjetiva), mas sim a moral jurídica (objetiva). - Publicidade: a regra é que os atos da Administração devem ser públicos, permitindo o conhecimento e fiscalização amplos. Excepcionalmente, admite- se o sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de investigações. - Eficiência: esse princípio visa à maximização dos resultados da Administração Pública, permitindo a maior economia de recursos e a maior efetividade dos atos administrativos. Esse conceito se vincula à noção de Administração gerencial e visa a evitar a burocracia ineficiente. ESQUEMATIZANDO: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 8 - Implícitos - Supremacia do - Verticalidade na relação Adm-Particular interesse público - Interesse público prevalece sobre o particular - Indisponibilidade do - O interesse da Adm deve ser o interesse disposto em lei interesse público - A Adm não pode "negociar"/"abrir mão" de seus direitos - Razoabilidade / - O ato deve ser adequado à obtenção do resultado Proporcionalidade - Quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar o menos restritivo - A sanção ou prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa conduta a) Legalidade - Particular: a autonomia da vontade (CF, art. 5º, II) - Adm Púb: Vontade legal (art. 37, caput) b) Impessoalidade - Grande relação com a finalidade e isonomia - Os atos são do órgão e não do agente público - O adm pub só pode praticar o ato para o seu fim legal - Objetiva sempre o interesse público - Adm Púb deve tratar igualmente a todos que estejam na mesma situação fática e jurídica c) Moralidade - Trata da moral jurídica (objetiva), e não da moral do indivíduo ou do agente que pratica o ato (subjetiva) - Explícitos - Conceito indeterminado: zona de incerteza - É o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Adm Pub d) Publicidade - Regra: Os atos da Adm Pub devem ser públicos - Exceção: Sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de investigações e) Eficiência - Vinculado a noção de adm gerencial - Maximização dos resultados da ação da Adm Pub 2. P R IN C ÍP IO S C O N ST IT U C IO N A IS MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 9 3. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3.1. NORMAS GERAIS A Constituição prevê uma série de normas que a Administração Pública deve seguir e que também devem ser aplicadas aos estados, DF e municípios, no que couber. A criação transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicos é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante LEI. Quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, a iniciativa dessa lei deverá ser do Presidente da República. Além disso, a criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração Pública também é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante LEI de iniciativa do Presidente da República. O Presidente pode ainda, mediante Decreto Autônomo, dispor sobre: Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS. Organização e funcionamento da Administração Pública quando não implicar I - Aumento de despesa II - Criação / extinção de órgãos públicos 3.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Vamos agora detalhar um pouco mais a Administração Indireta, apresentada agora a pouco. Essa divisão da Administração Pública pode ser formada por pessoas jurídicas de direito público ou privado. As pessoas jurídicas de direito público que fazem parte da Administração Indireta são as autarquias e são criadas por LEI. Apesar de a CF não dizer nada sobre ela, as fundações públicas de direito público também são PJ de direito público. Por sua vez, as PJ de direito privado podem ser: empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas (de direito privado). Essas entidades são autorizadas por lei e criadas com a inscrição MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 10 do ato constitutivo no registro público competente. Além disso, para que sejam criadas subsidiárias ou para que haja participação em empresas privadas, deve haver LEI que autorize (não precisa de uma lei para cada subsidiária, mas deve haver, pelo menos, autorização genérica na lei). ESQUEMATIZANDO: - Normas extensíveis aos estados, DF e municípios i. Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas - Competência do CN, exercida mediante LEI - Iniciativa de lei do PR quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica a) Normas gerais - art. 48, X + art. 61, § 1º, II, "a" ii. Criação / extinção de ministérios e órgãos da Adm Púb - Competência do CN, exercida mediante LEI - Iniciativa de lei do Presidente da República - art. 84, XI + art. 61, § 1º, II, "e" - OBS: o PR pode, mediante decreto autônomo, dispor sobre (art. 84, VI) - Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS - Organização e funcionamento da Adm Púb quando não implicar I - Aumento de despesa II - Criação / extinção de órgãos públicos b) Adm i. PJ de direito - Tipos - Autarquia indireta público - Fundação pública de direito público (o TEXTO da CF não diz nada sobre esse tipo de PJ) - Forma de criação (autarquias): Lei específica cria ii. PJ de direito -Tipos - Empresa pública privado - Sociedade de economia mista (SEM) - Fundação pública de direito privado - Forma de criação - Lei específica autoriza criação - Art. 37, inc. XIX - Criação ocorre com a inscrição do ato constitutivo no registro público competente (CC, art. 45) - Depende de autorização - Criação de subsidiárias Legislativa - Pode haver autorização legislativa, em caráter genérico (art. 37, XX) - Participação em empresas privadas 3. O R G A N IZ A Ç Ã O D A A D M IN IS TR A Ç Ã O P Ú B LI C A MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 11 4. LICITAÇÃO Com o objetivo de garantir a isonomia (igualdade de tratamento), selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e ampliar o controle dos atos da Administração, a regra é que é obrigatória a realização de licitação. No entanto, excepcionalmente, em casos especificados na legislação, pode haver casos onde ela não é realizada. A Constituição diz que a licitação é obrigatória nos casos de delegação de serviços públicos mediante concessões e permissões, assim, não pode haver lei dispensando licitação para esses casos (art. 175). A CF diz também que a lei deve regulamentar normas próprias de licitação para as Empresas Públicas e para as Sociedades de Economia Mista. Entretanto, como essa lei ainda não foi criada, por enquanto, a regra a serseguida é que essas entidades não fazem licitação quando o objeto estiver diretamente relacionado à atividade-fim da entidade, devendo realizá-la quando o objeto for relacionado a atividade-meio (imagine só se o Banco do Brasil tivesse que fazer licitação para vender um seguro de automóvel ou emprestar dinheiro para alguém!) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 12 II. SERVIDORES PÚBLICOS Meu caro Técnico do MPU, vamos ver agora algumas regras sobre os servidores públicos (regrinha que muito nos interessa, não é mesmo?) 1. INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO A Constituição diz que os cargos públicos podem ser ocupados por brasileiros e também por estrangeiros. No entanto, existe uma diferença entre eles: Brasileiro: deve preencher os requisitos estabelecidos na lei. Assim, é uma norma de eficácia contida (aquele direito que pode ser livremente exercido até que lei posterior o restrinja). Além disso, os Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser (art. 37, I): I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE estabelecer novos requisitos ou restrições ao acesso; II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego; III - Devem se pautar em critérios objetivos. Estrangeiro: os estrangeiros podem preencher os cargos públicos na forma da lei. Assim, somente se a lei autorizar é que os cargos podem ser ocupados por eles. Por isso, essa é uma norma de eficácia limitada (aquela que, para ser plenamente exercida, depende de regulamentação por uma norma infraconstitucional). Cargos privativos de brasileiro nato: a regra é que os cargos públicos podem ser exercidos tanto pelos brasileiros natos quanto pelos naturalizados. No entanto, a Constituição nos diz que alguns determinados cargos somente podem ser ocupados por brasileiros natos. São eles: I - Presidente e Vice-Presidente da República II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 13 III - Ministro do Supremo Tribunal Federal IV - Ministro de Estado de Defesa V - Oficial das Forças Armadas VI - Carreira diplomática Vou trazer agora algumas jurisprudências importantes para a sua prova: Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público, e ainda tem que estar previsto no edital do concurso. (Súmula 686/STF + MS 30.822). É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP). Sobre o limite de idade: o O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF). o Somente se justifica se previsto em lei; e quando situações concretas exigem um limite razoável, tendo em conta o grau de esforço a ser desenvolvido pelo ocupante do cargo ou função. (STF RE 523.737-AgR) o Se mostra desarrazoada a exigência de teste de esforço físico com critérios diferenciados em razão da faixa etária. (STF RE 523.737- AgR) Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. (RE 634.224/DF). Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 14 pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade. (RE 630733/DF) Não é possível a nomeação de candidato em quadro diverso do qual foi aprovado, ainda que os cargos tenham a mesma nomenclatura, atribuições iguais, e idêntica remuneração, quando inexiste essa previsão no edital do concurso. A falta de previsão no edital sobre a possibilidade de aproveitamento de candidato aprovado em certame destinado a prover vagas para quadro diverso do que prestou o concurso viola o princípio da publicidade, norteador de todo concurso público, bem como o da impessoalidade e o da isonomia (MS 26.294). Súmula Vinculante nº 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. É necessária a observância do devido processo legal para a anulação de ato administrativo que tenha repercutido no campo de interesses individuais (ex: anulação de nomeação). (STF RE 501.869-AgR) Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero exercício de função pública. (STF ADI 3.443) A competência legislativa para a regulamentação do acesso dos estrangeiros aos cargos públicos é dos estados-membros da Federação, e não da União. (AI 590.663 AgR e RE 346.180) O exame psicotécnico, especialmente quando possuir natureza eliminatória, deve revestir-se de rigor científico, submetendo-se, em sua realização, à observância de critérios técnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da correção e da razoabilidade dos parâmetros norteadores da formulação e das conclusões resultantes dos testes psicológicos, sob pena de frustrar- se, de modo ilegítimo, o exercício, pelo candidato, da garantia de acesso ao Poder Judiciário, na hipótese de lesão a direito. (AI 625.617 AgR) As etapas do concurso prescindem de disposição expressa em lei no sentido formal e material, sendo suficientes a previsão no edital e o nexo de causalidade consideradas as atribuições do cargo. (MS 30.177) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 15 A apresentação de documentos que comprove o preenchimento dos requisitos pode se dar em momento posterior à nomeação e antes da posse. (RE 613.376) ESQUEMATIZANDO: a) Cargo, emprego e função pública i. Brasileiro - Deve preencher os requisitos estabelecidos na lei - Norma de eficácia contida - Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE estabelecer requisitos ou restrições ao acesso II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego III - Devem se pautar em critérios objetivos - art. 37, I ii. Estrangeiro: Na forma da lei - Somente se a lei autorizar - Norma constitucional de eficácia limitada b) Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 1º) I - Presidente e Vice-Presidente da República II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal III - Ministro do Supremo Tribunal Federal IV - Ministro de Estado de Defesa V - Oficial das Forças Armadas VI - Carreira diplomática c) Jurisprudências importantes Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público, e ainda tem que estar previsto no edital do concurso. (Súmula 686/STF + MS 30.822 + Súmula Vinculante nº 44). É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP) Sobre o limite de idade para a inscrição em concurso público o Só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possaser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 16 o Somente se justifica se previsto em lei; e quando situações concretas exigem um limite razoável, tendo em conta o grau de esforço a ser desenvolvido pelo ocupante do cargo ou função. (STF RE 523.737-AgR) o Se mostra desarrazoada a exigência de teste de esforço físico com critérios diferenciados em razão da faixa etária. (STF RE 523.737-AgR) Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. (RE 634.224/DF) Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade. (RE 630733/DF) Não é possível a nomeação de candidato em quadro diverso do qual foi aprovado, ainda que os cargos tenham a mesma nomenclatura, atribuições iguais, e idêntica remuneração, quando inexiste essa previsão no edital do concurso. A falta de previsão no edital sobre a possibilidade de aproveitamento de candidato aprovado em certame destinado a prover vagas para quadro diverso do que prestou o concurso viola o princípio da publicidade, norteador de todo concurso público, bem como o da impessoalidade e o da isonomia (MS 26.294). Súmula Vinculante nº 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. É necessária a observância do devido processo legal para a anulação de ato administrativo que tenha repercutido no campo de interesses individuais (ex: anulação de nomeação). (STF RE 501.869-AgR) Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero exercício de função pública. (STF ADI 3.443) A competência legislativa para a regulamentação do acesso dos estrangeiros aos cargos públicos é dos estados-membros da Federação, e não da União. (AI 590.663 AgR e RE 346.180) O exame psicotécnico, especialmente quando possuir natureza eliminatória, deve revestir- se de rigor científico, submetendo-se, em sua realização, à observância de critérios técnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da correção e da razoabilidade dos parâmetros norteadores da formulação e das conclusões resultantes dos testes psicológicos, sob pena de frustrar-se, de modo ilegítimo, o exercício, pelo candidato, da garantia de acesso ao Poder Judiciário, na hipótese de lesão a direito. (AI 625.617 AgR) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 17 As etapas do concurso prescindem de disposição expressa em lei no sentido formal e material, sendo suficientes a previsão no edital e o nexo de causalidade consideradas as atribuições do cargo. (MS 30.177) A apresentação de documentos que comprove o preenchimento dos requisitos pode se dar em momento posterior à nomeação e antes da posse. (RE 613.376) Concurso Público Vamos falar agora um pouco sobre o processo que você enfrentará daqui a pouco. A Constituição nos diz que o concurso público pode ser de provas ou de provas e títulos e é obrigatório para ocupação de: - Cargos públicos efetivos ou permanentes; - Empregos públicos; - Na Administração direta e indireta, inclusive nas Empresas Públicas e nas Sociedades de Economia Mista. Dessa forma, não é necessária a realização de concurso público para: - Ocupação dos cargos em comissão (que são de livre nomeação e exoneração); - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de excepcional interesse público; - Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º). Esses não exercem cargo e nem emprego público, mas sim função pública remunerada temporária de natureza jurídico- administrativa. Você também deve saber que o prazo de validade dos concursos públicos é de ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. Esse prazo é contado a partir da homologação do concurso e, durante o prazo improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 18 Além disso, possuem direito subjetivo à nomeação: 1 - candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, observado o prazo de validade do concurso (não precisa nomear todos os aprovados de uma só vez e nem imediatamente, basta respeitar o prazo de validade do concurso). 2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súmula 15/STF) Por fim, como regra, os gabaritos e critérios de correção dos concursos públicos não podem ser impugnados judicialmente. No entanto, excepcionalmente, o Poder Judiciário tem prolatado algumas decisões em sentido diverso, mas devemos acompanhar a jurisprudência para sabermos se esse posicionamento irá se solidificar. ESQUEMATIZANDO: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 19 - De provas ou de provas+títulos - Obrigatório para i. Cargo público Efetivo ou permanente ii. Emprego público - Adm direta e indireta: inclusive nas EP e SEM - Não precisa - Cargos em Comissão (Livre nomeação e exoneração) de concurso - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de excepcional interesse público - Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º) - Exercem função pública remunerada temporária de natureza jurídico-administrativa - Não são servidores públicos (não ocupam cargo público) - Relação não é trabalhista (não é regida pela CLT / não têm emprego público) - Prazo de validade - Até 2 Anos - Prorrogável 1 vez, por igual período - Contado a partir da homologação do concurso - Durante o prazo improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados - art. 37, III e IV - Possuem direito subjetivo à nomeação 1 - Candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, observado o prazo de validade do concurso - Não precisa nomear de uma só vez e nem imediatamente, basta respeitar o prazo de validade do concurso - RE 598.099 2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súm 15/STF) - Impugnação judicial de gabaritos e critérios de correção - Regra: não pode entrar no poder judiciário, pois é questão de mérito administrativo (AO 1.627/BA) d) C on cu rs o pú bl ic o MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 20 Vedação ao Nepotismo Nepotismo é a prática de dar importantes cargos políticos ou funções de relevo nos negócios aos membros da própria família. Para evitar esse tipo de prática, o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, emqualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Apesar de a regra ser de que a súmula vinculante citada não alcança cargos políticos, a depender da análise do caso concreto, o nepotismo pode ser caracterizado também para esses cargos (Rcl 12.478 + Rcl 6.650/PR). Vale lembrar que o instrumento usado para configurar o nepotismo foi uma Súmula Vinculante, dessa forma, a regra já é aplicada em todas as três esferas imediatamente, não sendo necessário que os estados e municípios editem lei para definir a conduta. Pessoas com deficiência: Buscando a igualdade material, e apesar de não estabelecer o quantitativo, a Constituição diz que a lei deve reservar vagas nos concursos públicos para os portadores de deficiência. Afrodescendentes: A Constituição Federal determina a reserva de vagas para as pessoas com deficiência, mas não fala nada em relação aos afrodescendentes. Em relação aos últimos, quem determina a reserva de vagas é a lei 12.990/2014. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 21 Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: - Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo); e - Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei). Dessa forma, os cargos em comissão e funções de confiança não podem ser destinados a cargos de natureza eminentemente técnica. ESQUEMATIZANDO: e) Vedação ao nepotismo A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. (súmula vinculante no. 13) NÃO alcança cargos políticos (Rcl 6.650/PR) o a depender do caso concreto, pode caracterizar nepotismo (Rcl 12.478) Não é necessário que os estados e municípios editem lei para definir a conduta. Já aplica direto. f) Pessoas com deficiência - A LEI deve reservar vagas - A CF não estabelece quantitativo g) Afrodescendentes: A Constituição Federal determina a reserva de vagas para as pessoas com deficiência, mas não fala nada em relação aos afrodescendentes. Em relação aos últimos, quem determina a reserva de vagas é a lei 12.990/2014. h) Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: - Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo) - Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 22 2. ESTABILIDADE Vamos estudar agora uma das grandes vantagens do serviço público: a estabilidade. A primeira coisa que você deve saber é que ela somente é conferida aos ocupantes de cargo público EFETIVO. Dessa forma, ela não é aplicada aos cargos em comissão e nem aos empregos públicos. Os requisitos para aquisição da estabilidade no serviço público, segundo a Constituição Federal, são: i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo; ii. 3 anos de efetivo exercício; iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Cumpridos esses requisitos e adquirida a estabilidade, o servidor somente poderá perder o cargo por: i. Sentença judicial transitada em julgado ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo (art. 169, §§ 3º a 5º). Além disso, se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se for estável, entrará em uma das três hipóteses: I - reconduzido ao cargo de origem (SEM direito a indenização); II - será aproveitado em outro cargo; III - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 23 Por fim, se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Viram só como é difícil um servidor público estável ir para a rua? Bom para nós, não é mesmo? ESQUEMATIZANDO: - Conferida a ocupantes de cargo público EFETIVO - Não alcança - Cargos em comissão - Empregos públicos - Requisitos i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo ii. 3 anos de efetivo exercício iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade - Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade i. Sentença judicial transitada em julgado ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal (art. 169, §§ 3º a 5º) - Se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegrado O eventual ocupante da - reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização vaga, se for estável, será - aproveitado em outro cargo - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. - Se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 3. ACUMULAÇÃO Via de regra, a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas é VEDADA. Atenção! Essa proibição é bastante ampla e compreende também empregos e funções públicas e abrange não só a Administração direta, mas também a indireta: autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 2. E ST A B IL ID A D E MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 24 Como quase toda boa regra, essa vedação admite exceções, trazidas pelo texto constitucional. São hipóteses onde é permitida a acumulação e desde que haja compatibilidade de horários: 2 cargos de professor 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 2 cargos privativos área de saúde Mandato de vereador (art. 38, III) Juízes e membros do MP podem exercer o magistério Além da acumulação de cargos, empregos ou funções, é vedada a acumulação de aposentadorias, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de cargos. Por fim, também é vedada a acumulação da remuneração (pessoal ativo) com proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores (RPPS), salvo: Cargos acumuláveis na forma da Constituição Cargos eletivos Cargos em comissão ESQUEMATIZANDO: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 25 - Acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções Regra: Vedada - Estende-se a empregos e funções (art.37, XVI e XVII) - Abrange - Autarquias - Fundações - Empresas públicas - Sociedades de economia mista - Suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público Exceção: Havendo compatibilidade de horários (PODE ACUMULAR) 2 cargos de professor 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 2 cargos privativos área de saúde (inclusive militares) Mandato de vereador (art. 38, III) Juízes e membros do MP podem exercer o magistério - Remuneração + proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores (RPPS) Regra: vedada (art. 37, § 10°) Exceção - Cargos acumuláveis na forma da Constituição - Cargos eletivos - Cargos em comissão - Acumulação de aposentadorias: vedado, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de cargos 3. A C U M U LA Ç Ã O MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 26 4. SERVIDOR EM MANDATO ELETIVO O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe: - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. 5. DIREITO DE GREVE Além de todos esses direitos vistos até agora, meus caros Técnicos do MPU, vocês terão também direito de greve. A Constituição diz que esse direito deve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Assim, essa é uma norma constitucional de eficácia limitada, devendo haver regulamentação infraconstitucional para seu pleno exercício. Como essa lei ainda não foi editada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal entende que, por enquanto, deve ser aplicada, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado (670 + MI 708 + MI 712). Lembre-se também que o direito de greve dos trabalhadores da área privada é norma de eficácia plena e não depende de lei que regulamente seu exercício, ok? Além disso, não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve (ADI 3.235), ou seja, você poderá aderir ao movimento grevista logo após ter passado no seu concurso! Mas calma lá porque nem tudo são flores! A Administração pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041) e não possuem o direito de greve os militares (art. 142, §3º) e os policiais civis (Rcl 6.568/SP). MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 27 6. DIREITO A ASSOCIAÇÃO SINDICAL A Constituição Federal também assegura aos servidores públicos CIVIS o direito a associação sindical, sendo essa uma norma constitucional de eficácia plena, ou seja, não precisa de lei regulamentadora para ser plenamente exercida. Além disso, diferentemente do setor privado, a fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula STF 679). Atenção! Qualquer alteração na remuneração dos servidores deve ser feita por meio de LEI! Por fim, lembre-se de que os servidores públicos militares não podem se sindicalizar e nem fazer greve! ESQUEMATIZANDO: - Exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica - Norma constitucional de eficácia limitada 5. DIREITO DE GREVE - Lei ainda não foi editada - CF, art. 37, VII - STF - Aplicação, enquanto não editada a lei que regulamenta o art. 37, VII da CF, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado (MI 670 + MI 708 + MI 712) - Adm pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041) - Não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve (ADI 3.235) - Direito de greve é vedado aos - Militares (art. 142, §3º) - Polícias civis (Rcl 6.568/SP) 6. DIREITO A - Servidor público CIVIL pode ASSOCIAÇÃO - Norma constitucional de eficácia plena SINDICAL - Fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula STF 679) - Militares: não podem se sindicalizar e nem fazer greve MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 28 7. DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES PÚBLICOS Meu caro aluno, você se lembra dos direitos do trabalhador, previstos no art. 7º da CF? O próprio texto magno assegura que alguns daqueles direitos também devem ser aplicados aos servidores públicos. São eles: (nessa parte, não temos muito para onde correr, é meio decorebinha mesmo...) - Salário Mínimo Súmula vinculante 16/STF: refere-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público e não ao vencimento básico - Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável - 13º salário - Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno - Salário-família - Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, - Repouso semanal remunerado - Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal - Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal - Licença à gestante - Licença paternidade - Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança - Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil OBS: servidor público NÃO tem - FGTS - Seguro-desemprego - Aviso prévio - Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa Quanto a esse último ponto, pode até parecer que você, meu caro Técnico do MPU, foi injustiçado... “mas por que eu não tenho direito ao FGTS?”.... vamos pensar: como o servidor possui estabilidade, ele não pode ser mandado para a rua a qualquer momento, ao bel prazer do empregador. Por isso, ele não precisa do FGTS, do seguro desemprego, do aviso prévio e da relação protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa! Ficou mais tranquilo agora? 8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 29 Como diria o ditado: "Grandes poderes geram grandes responsabilidades". Caso um servidor público cometa algum ato de improbidade administrativa (é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta), poderá ocorrer, sem prejuízo da ação penal cabível: SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a Constituição veda a cassação dos direitos políticos!) Perda da função pública; Indisponibilidade dos bens; Ressarcimento ao erário. Além disso, os ilícitos que causam dano ao erário são prescritíveis (a lei estabelecerá os prazos de prescrição), mas as ações de ressarcimento ao erário são imprescritíveis (art. 37, § 5º). 9. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Quanto a esse tema, apenas duas informações são importantes para fins de prova: A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 30 10. SISTEMA REMUNERATÓRIO Meus queridos Técnicos do MPU, além de todos esses direitos e vantagens estudados até aqui, vamos ver mais uma coisinha BASTANTE INTERESSANTE: o seu futuro sistema remuneratório (hehehehe). Primeiramente, você deve saber que a remuneração e o subsídio dos servidores públicos devem ser SEMPRE fixados ou alterados por LEI específica. Assim, não pode haver aumento baseado exclusivamente em decisão interna do órgão público. Além disso, é garantida aos servidores públicos a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Mais quatro observações: Os vencimentos dos cargos do Legislativo e do Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias. Súmula Vinculante nº 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Súmula Vinculante nº 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. Subsídio O subsídio é uma modalidade de remuneração fixada em parcela única e conferida a certos cargos. Por ser uma parcela única, é vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. O subsídio é facultativo para servidores públicos organizados em carreira e obrigatório para: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 31 Chefes do Poder Executivo; Ministros de Estado; Secretários Estaduais e Municipais; Membros do - Poder Legislativo - Poder Judiciário - Ministério Público - Tribunais de Contas Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) O vencimento (ou remuneração em sentido estrito) é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público. Ele é aplicado aos servidores estatutários e é irredutível. O vencimento é composto da seguinte forma: Salário O salário contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos. Empregado público é aquele que trabalha sob o regime celetista (CLT). Irredutibilidade dos subsídios e vencimentos Tanto os vencimentos quanto os subsídios dos servidores públicos são irredutíveis. No entanto, a irredutibilidade é sobre o valor nominal e não sobre o valor real. Dessa forma, os valores não estão protegidos contra a inflação, por exemplo. Já para os salários dos empregados públicos regidos pela CLT a regra aplicada é o art. 7º, VI: irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva. 11. LIMITES PARA A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo + Vantagens pecuniárias permanentes MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 32 Agora a parte ruim da aula de hoje (rsrsrsrsrs)... vamos estudar os limites da remuneração dos servidores públicos. Na União, o limite é o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele é fixado lei de iniciativa do STF e é o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da Federação. Nos municípios, o limite é o subsídio do prefeito. Nos estados e no Distrito Federal, o limite é diferente para cada poder. Poder Executivo: Subsídio do Governador Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF o Este limite também é aplicável aos membros do Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos. o Além disso, não pode haver diferenciação de limites de remuneração de magistrados estaduais e federais, devido ao caráter unitário do poder judiciário. Já para o salário dos empregados públicos, o teto somente é aplicado às estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º). O teto somente é válido para as parcelas de caráter remuneratório. Assim, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (como as diárias e vale transporte) não são computadas na aplicação do teto (art. 37, § 11). Por fim, os magistrados, quando acumulam o cargo de magistério (dar aulas) não estão sujeitos ao teto remuneratório nas verbas relacionadas à segunda atividade. Senão, um ministro do STF que fosse professor teria que dar aulas de graça... Confira o art. 8º, II, “a” da Resolução do CNJ nº 13/2006. ESQUEMATIZANDO MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 33 SISTEMA REMUNERATÓRIO - Remuneração e o subsídio - Fixados ou alterados por lei específica - Revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices - Os vencimentos dos cargos do LEG e do JUD não poderão ser superiores aos pagos pelo PEX - Vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias: vedada - Súmula Vinculante nº 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. - Súmula Vinculante nº 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. - Modalidade de remuneração conferida a certos cargos - Fixada em parcela única - Vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória a) Subsídio - Obrigatório para - Chefes do Poder Executivo - Ministros de Estado - Secretários Estaduais e Municipais - Membros do - Poder Legislativo - Poder Judiciário - Ministério Público - Tribunais de Contas - Facultativo para: servidores públicos organizados em carreira b) Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) - Retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público - Aplicado aos servidores estatutários - O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens permanentes, é irredutível - Composição: Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo + Vantagens pecuniárias permanentes c) Salário: Contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos d) Irredutibilidade dos - Aplica-se aos subsídios e vencimentos subsídios e vencimentos - Salário (emprego público/CLT): irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva (art. 7º, VI) - Refere-se ao valor nominal e não ao valor real MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 34 i. União - Subsídio do Ministro do STF - Fixado por lei de iniciativa do STF - É o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da Federação - Poder Executivo: Subsídio do Governador - Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais - Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF - Limite aplicável também aos I - MP ii. Estados/DF II - Procuradores III - Defensores Públicos - Não pode haver diferenciação de limites de remuneração de magistrados estaduais e federais (caráter unitário do poder judiciário) e) Limites - OBS - Facultado aos Estados/DF fixar, como limite único,o subsídio dos Desembargadores do TJ - Mediante emenda à Constituição Estadual de iniciativa privativa do governador (ADI 4.154) - Não se aplica o limite ao subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais, nem dos Vereadores iii. Municípios: Subsídio do Prefeito iv. Salário dos empregados públicos: Aplicabilidade do teto somente às estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º) v. Parcelas de caráter indenizatório previstas em lei: Não são computadas na aplicação do teto (art. 37, § 11) MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 35 III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Meus caros Técnicos do MPU, vamos agora estudar uma coisa que muito nos interessa: nossa aposentadoria. No Brasil existem dois regimes de aposentadoria. O primeiro deles é o regime de previdência próprio dos servidores públicos (RPPS). Ele somente é aplicável aos servidores efetivos e não pode haver criação de mais de um RPPS, ou seja, ele deve ser único de cada ente federativo. O segundo é o regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos demais trabalhadores, incluindo: celetistas, ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, cargos temporários e empregos públicos. Características O RPPS é um regime contributivo e solidário. Contributivo porque o que importa é o tempo que o servidor contribuiu para o sistema, não interessando o tempo de serviço. Além disso, é vedada a criação de tempo de serviço fictício. O RPPS é solidário porque várias pessoas contribuem para sua manutenção: governo, servidores ativos, inativos e pensionistas. É isso mesmo! Até quem já está aposentado continua contribuindo para o regime (art. 40, § 18). Proventos de aposentadoria A partir da EC 41/2003, os proventos de aposentadoria devem ser calculados a partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do servidor, na forma da lei. Dessa forma, não há mais aposentadorias com proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público depois da EC 41/03. Além disso, não há mais paridade entre ativos e inativos. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 36 Hipóteses de aposentadoria Vamos estudar agora as diferentes hipóteses de aposentadoria: Invalidez permanente: nesse caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto para os seguintes casos: o i. Acidente em serviço; o ii. Moléstia profissional; o iii. Doença grave, contagiosa ou incurável; o iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham ingressado no serviço público até 31/12/03 (EC 70/12). Compulsória: já com as novas regras previstas na Emenda à Constituição 88/2015 (também conhecida como “PEC da Bengala”), nesse caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição e ocorre quando o servidor completar 70 anos ou 75 anos, na forma de Lei Complementar a ser editada pelo Congresso Nacional. A EC 88 ainda prevê que, até que entre em vigor a referida lei complementar, que regulamentará definitivamente o tema, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 anos de idade, podendo haver nova sabatina pelo Senado Federal aos ocupantes dos referidos cargos. Voluntária: em ambos os casos a seguir, o servidor deve ter, pelo menos, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. o Com proventos proporcionais ao tempo de contribuição: Homem: Idade mínima 65 anos Mulher: Idade mínima 60 anos o Com Proventos calculados, na forma da lei, a partir das remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 37 Homem - Idade mínima: 60 anos - Tempo de contribuição: 35 anos Mulher - Idade mínima: 55 anos - Tempo de contribuição: 30 anos o Professores: o professor exclusivo da educação infantil e do ensino fundamental e médio (não vale para professores universitários!) recebe um pequeno incentivo da Constituição: os tempos de contribuição e idade são reduzidos em 5 anos. Abono de permanência O abono permanência é um benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária. Nessa situação, o servidor fica dispensado do pagamento da contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria compulsória ou se aposentar voluntariamente. Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria É vedada a adoção de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, com as seguintes exceções: o Portadores de deficiência; o Atividades de risco; o Atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Todas nos termos definidos em leis complementares Súmula Vinculante nº. 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social, até a edição de lei complementar específica. Dica: “tempo de contribuição” VS “tempo de serviço” Perceba que, quando se fala em “disponibilidade”, a Constituição fala em “tempo de serviço” (art. 40, § 3º). Por outro lado, quando se fala em “aposentadoria”, a Constituição fala em “tempo de contribuição” (art. 40, §1º, I, II e III, “b”). MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 38 ESQUEMATIZANDO: - No Brasil existem 2 regimes - RPPS - Aplicável aos servidores efetivos - Não pode haver criação de mais de um RPPS - deve ser único de cada ente federativo - RGPS - aplicável aos demais trabalhadores a) Abrangência - Servidores públicos titulares de cargo efetivo - Não se aplica ao ocupante de - Cargo em comissão - Emprego público - Cargo temporário b) Características i. Regime contributivo -Para concessão de aposentadoria o que importa é o tempo de contribuição e não o tempo de serviço - Vedado criação de tempo de serviço fictício ii. Regime solidário - Devem contribuir - Governo - Servidor ativo - Servidor inativo (aposentado) - Pensionistas - Legitimou a exigência de contribuição dos aposentados e pensionistas (art. 40, § 18) c) Proventos de aposentadoria - Calculados a partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do servidor, na forma da lei - Fim das aposentadorias com proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público depois da EC 41/03 - Não há mais paridade entre ativos e inativos MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 39 e) Hipóteses de i. Invalidez permanente - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição aposentadoria - Exceto i. Acidente em serviço ii. Moléstia profissional iii. Doença grave, contagiosa ou incurável iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham ingressado no serviço público até a EC 41/2003 (EC 70/12) ii. Compulsória - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição - 70 anos; OU - 75 anos, na forma de LC (EC 88/2015) Enquanto não for editada a LC acima, a aposentadoria compulsória aos 75 vale para - min STF - min Trib Sup - min TCU o Poderá haver nova sabatina pelo SF iii. Voluntária - Requisito de tempo mínimo para os dois casos 10 anos de efetivo exercício no serviço público 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria- Casos: I - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição o Homem: Idade mínima 65 anos o Mulher: Idade mínima 60 anos II - Proventos calculados, na forma da lei, a partir das remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas o Homem -Idade mínima: 60 anos - Tempo de contribuição: 35 anos o Mulher - Idade mínima: 55 anos - Tempo de contribuição: 30 anos Obs.: Professor exclusivo da educação infantil e do ensino fundamental e médio - Tempo de contribuição e idade reduzidos em 5 anos - Não vale para professores universitários! MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 40 f) Abono de permanência - Benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária do caso II - Servidor fica dispensado do pagamento da contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria compulsória ou se aposentar voluntariamente g) Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria Regra: Vedado Exceção I portadores de deficiência; II atividades de risco; III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. - Nos termos definidos em leis complementares - Súmula Vinculante nº. 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social, até a edição de lei complementar específica. h) Dica: “tempo de contribuição” VS “tempo de serviço” Quando se fala em “disponibilidade”, a Constituição fala em “tempo de serviço” (art. 40, § 3º). Quando se fala em “aposentadoria”, a Constituição fala em “tempo de contribuição” (art. 40, §1º, I, II e III, “b”). MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 41 IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS Essa parte será bem rápida, pois é bem curtinha! A Constituição nos diz que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são militares dos Estados, DF e Territórios são organizados com base na hierarquia e disciplina. Vamos ver, por meio de esquema, algumas regras aplicadas a eles: - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições I - se contar menos de 10 anos de serviço: será afastado da atividade; II - se contar mais de 10 anos de serviço: será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. - As patentes dos oficiais são conferidas pelos respectivos governadores. - Além do que vier a ser fixado em lei - Cabe à lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, - Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 42 EXERCÍCIOS 1. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) Os servidores abrangidos pelo regime da previdência serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos setenta e dois anos de idade. Com as novas regras previstas na Emenda à Constituição 88/2015 (também conhecida como “PEC da Bengala”), na aposentadoria compulsória, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição e ocorre quando o servidor completar 70 anos ou 75 anos, na forma de Lei Complementar a ser editada pelo Congresso Nacional. Gabarito: Errado. 2. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) Os servidores abrangidos pelo regime da previdência serão aposentados por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, caso a invalidez decorra de acidente em serviço. No caso de invalidez permanente caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto para os seguintes casos: i. Acidente em serviço; ii. Moléstia profissional; iii. Doença grave, contagiosa ou incurável; iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham ingressado no serviço público até 31/12/03 (EC 70/12). Gabarito: Errado. 3. (CESPE – Delegado de Polícia/PC GO/2017) Desde a promulgação da CF, não houve, até o presente, inovação a respeito dos princípios constitucionais da administração pública por meio de emenda constitucional. Quem disse que o CESPE também não faz questão decoreba? A redação original do art. 37 da CF não previa o princípio da eficiência, que foi introduzido pela EC 19/98. Gabarito: Errado. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 43 4. (CESPE – Delegado de Polícia/PC GO/2017) A previsão constitucional de que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público decorre exclusivamente do princípio da razoabilidade administrativa. Claro que não! Essa previsão está expressa na Constituição e é praticamente uma “cláusula pétrea dos concurseiros”!!! (não leve isso pra prova rsrsrs). De acordo com o art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Gabarito: Errado. 5. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PE/2017) É possível a concessão de equiparação de remuneração de servidores públicos. Segundo o art. 37, XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Gabarito: Errado. 6. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PE/2017) Os vencimentos dos cargos do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Não podem! Conforme o art. 37, XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Gabarito: Errado. 7. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) O servidor público titular de cargo efetivo de determinada autarquia federal que passe a exercer mandato de deputado estadual ficará afastado do cargo efetivo e receberá apenas a remuneração do cargo eletivo. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 44 O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe: - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração No caso descrito pela questão, o servidor ficará afastado e receberá a remuneração de deputado estadual. Gabarito: Certo. 8. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PE/2017) De acordo com a CF, na fixação do vencimento e da remuneração dos servidores públicos, deve-se observar a) se o ocupante do cargo é afrodescendente. b) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira. c) se o ocupante do cargo é portador de deficiência. d) se o cargo é destinado a hipossuficiente. e) se o cargo é destinado a indígena. Questão bem tranquila! De acordo com o art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaradoem lei de livre nomeação e exoneração; Gabarito: B 9. (CESPE – Delegado de Polícia/PC GO/2017) Caso um deputado estadual nomeie sua tia materna como assessora de seu gabinete, não haverá violação à súmula vinculante que trata do nepotismo, pois esta veda a nomeação de colaterais de até o segundo grau. Vamos conferir o texto da súmula vinculante nº 13: MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 45 A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. A sua tia é parente de terceiro grau, portanto, estando vedada pela referida súmula vinculante. Gabarito: Errado. 10. (CESPE – Delegado de Polícia/PC GO/2017) Segundo o STF, candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital e dentro do prazo de validade do certame terá direito subjetivo à nomeação. Isso mesmo! Possuem direito subjetivo à nomeação: 1 - candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, observado o prazo de validade do concurso (não precisa nomear todos os aprovados de uma só vez e nem imediatamente, basta respeitar o prazo de validade do concurso). 2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súmula 15/STF) Gabarito: Certo. 11. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PE/2017) De regra, é permitida a acumulação remunerada de cargos públicos, ressalvadas as exceções constitucionais. É o contrário. Via de regra, a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas é VEDADA. Como quase toda boa regra, essa vedação admite exceções, trazidas pelo texto constitucional. São hipóteses onde é permitida a acumulação e desde que haja compatibilidade de horários: 2 cargos de professor MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 46 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 2 cargos privativos área de saúde Mandato de vereador (art. 38, III) Juízes e membros do MP podem exercer o magistério Gabarito: Errado. 12. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PE/2017) Como regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. Tanto os vencimentos quanto os subsídios dos servidores públicos são irredutíveis. No entanto, a irredutibilidade é sobre o valor nominal e não sobre o valor real. Dessa forma, os valores não estão protegidos contra a inflação, por exemplo. Já para os salários dos empregados públicos regidos pela CLT a regra aplicada é o art. 7º, VI: irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva. Gabarito: Certo. 13. (CESPE – Agente de Polícia/PC GO/2016) O servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional que estiver no exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. Vai depender do caso. Vamos de esquema: - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração Gabarito: Errado. 14. (CESPE – Agente de Polícia/PC GO/2016) Nos termos da lei, a investidura em todo e qualquer cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego. Foi quase... a Constituição faz uma ressalva em relação aos cargos de livre nomeação e exoneração. Vamos conferir a letra do art. 37, II - a MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 47 investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Gabarito: Errado. 15. (CESPE - AC TCE PR/TCE-PR/2016) As etapas por que passa o concurso público devem ser exaustivamente detalhadas por lei em sentido formal e material. Claro que não! Senão deveria ter uma lei para cada concurso de cada cargo público! É para isso que serve o edital! Rsrsrsr. Confia o que o STF diz sobre isso: As etapas do concurso prescindem de disposição expressa em lei no sentido formal e material, sendo suficientes a previsão no edital e o nexo de causalidade consideradas as atribuições do cargo. (MS 30.177) Gabarito: Errado. 16. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PI/2016) Servidor público afastado do cargo para o exercício de mandato eletivo tem direito à contagem de tempo de serviço para fins de promoção por antiguidade. O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe: - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Gabarito: Certo. 17. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PI/2016) É vedado o compartilhamento de informações fiscais entre a administração tributária da União e os demais entes da Federação. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 48 Segundo o art. 37, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Gabarito: Errado. 18. (CESPE - Auditor/TCE-PA/2016) O servidor estável somente perderá o cargo em virtude de sentença judicial condenatória transitada em julgado e mediante processo administrativo no qual lhe seja assegurada a ampla defesa. Uma vez adquirida a estabilidade, o servidor somente poderá perder o cargo por: i. Sentença judicial transitada em julgado ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo (art. 169, §§ 3º a 5º). Gabarito: Errado. 19. (CESPE – Agente de Polícia/PC GO/2016) As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos e destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Essas são somente as funções de confiança. Confira o art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Gabarito: Errado. MPU Aula 04 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br
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