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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE BAHIA CENTRO MULTIDISCIPLINAR CAMPUS DE BARRA ALICE DOS SANTOS SARAIVA ALINI DIAS DE PAUDA ISABEL FERREIRA BONFIM RHAYRA KALLINI AGUIAR PAMPLONA RIOS THAILAN SILVA MARTINS RELATÓRIO DE PRÁTICA 01 “PROVAS BIOQUÍMICAS: COLORAÇÃO DE GRAM E TESTE DE CATALASE” Barra 2018 ALICE DOS SANTOS SARAIVA ALINI DIAS DE PAUDA ISABEL FERREIRA BONFIM RHAYRA KALLINI AGUIAR PAMPLONA RIOS THAILAN SILVA MARTINS RELATÓRIO DE PRÁTICA 01 “Provas bioquímicas: Coloração de Gram e Teste de Catalase” Relatório apresentado como requisito de avaliação parcial no componente curricular de Microbiologia Veterinária, semestre 2018.1, ministrado pela Prof.ª Layze Cilmara Alves da Silva Vieira, no curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Oeste da Bahia-UFOB. Barra 2018 1. INTRODUÇÃO Com a invenção do microscópio no século XVIII, foi possível constatar a existência dos microrganismo e assim compreender melhor seu comportamento e estrutura. Ao passar dos anos, os estudos acerca desses micro-seres foram aperfeiçoados, sendo desenvolvidas diversas técnicas de identificação e classificação dos mesmos. A coloração de Gram, por exemplo, é uma conhecida técnica de identificação de bactérias que foi desenvolvida por volta de 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram. Esse procedimento consiste na separação das bactérias em dois grupos, Gram-positivas e Gram-negativas. Sendo consideradas Gram-positivas bactérias que adquirem a coloração roxa/violeta após o procedimento e Gram-negativas aquelas que adquirem coloração rosa. Durante o processo são utilizados determinados corantes, como a violeta genciana e a fucsina básica, e reagentes, como álcool e o Lugol, que interagem de forma diferente em cada grupo bacteriano, corando-os distintamente. A explicação para esse fenômeno está intimamente relacionada com a estrutura da parede celular desses indivíduos. É sabido que a parede celular das bactérias é, basicamente, constituída de peptideoglicanos e que as Gram-positivas possuem parede mais espessa que as Gram- negativas, que, por sua vez, possuem uma parede mais fina com presença de lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e lipopolissacarídeos. O álcool utilizado no processo, remove os lipídeos da parede celular, aumentando a sua permeabilidade, propiciando a descoloração das células Gram-negativas com saída do complexo violeta-iodo. Assim, essas células serão contracoradas com o corante rosa (TORTORA, 2010). Um gênero conhecido de bactérias Gram-positivas são os Staphylococcus, um dos principais patógenos do ser humano, que colonizam especialmente a pele, regiões com pelos, tratos respiratório e urogenital. Outra característica dos S.Coccus é serem positivos no teste de Catalase. Catalase é um enzima intracelular presente na maioria dos microrganismos, é responsável pela degradação do peróxido de hidrogênio produzido pelo metabolismo celular de organismos exposto ao oxigênio. Quando uma bactéria é colocada em contato com o peróxido de hidrogênio e logo após apresenta bolhas de ar, significa que está é Catalase positiva, isto porque as bolhas que surgem dessa reação, são bolhas de oxigênio gasoso produzidas pela decomposição do peróxido de hidrogênio em O2 e água (TORTORA, 2010). Esse teste pode ser utilizado para diferenciar Staphylococcus de Streptococcus, por exemplo, pois este último é negativo para Catalase. Tais técnicas colaboram para o diagnóstico de doenças e auxiliam no desenvolvimento e estabelecimento de possíveis tratamentos para as mesmas. 2. OBJETIVOS Desenvolver habilidades para diferenciar bactérias do gênero Staphylococcus e do gênero Streptococcus; Realizar técnica de coloração de gram; Realizar teste de catalase; Permitir a observação da morfologia bacteriana e obter informações a respeito do comportamento do seu material celular diante dos corantes de Gram; Aprender o fundamento do método de coloração de Gram. 3. METODOLOGIA A primeira etapa das atividades práticas consistiu-se na realização do teste de catalase. Para este teste foram utilizados dois gêneros de bactérias. O procedimento foi realizado seguindo os passos abaixo citados: 1. Adicionaram-se duas gotas de peróxido de hidrogênio, uma em cada extremidade da lâmina. 2. Obedecendo as manobras assépticas, foi coletada, com o auxílio da alça, uma porção da primeira colônia bacteriana. 3. Efetuou-se o espalhamento das bactérias coletadas por sobre uma das gotas de peróxido de hidrogênio previamente adicionada a lâmina e observou-se o resultado. 4. Após a esterilização da alça repetiu-se o processo de coleta, porém, desta vez da segunda colônia de bactérias, da qual recolheu-se uma porção que foi espalhada sobre a segunda gota de peróxido de hidrogênio, após isto analisou-se a reação. Para realização da segunda etapa das atividades, efetuou-se, após a secagem da lâmina, a fixação por calor dos materiais coletados. Com o material já fixado, iniciou-se a técnica de coloração de Gram que consistiu nos seguintes passos: 1. Aplicação do corante primário por 1 minuto. Utilizou-se Violeta de Genciana. 2. Aplicação da solução mordente por 2 minutos. Utilizou-se o Lugol. 3. Aplicação de descorante 3 vezes de maneira rápida. Utilizou-se Álcool absoluto. 4. Lavagem rápida com água. 5. Aplicação do segundo corante por 45 segundos. Utilizou-se Fucsina Básica. Após a realização das duas etapas citadas, submeteu-se a lâmina para análise no microscópio óptico de luz. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O primeiro procedimento realizado na prática foi o teste da catalase, descrito anteriormente na metodologia, onde foram usadas dois tipos de bactérias que apresentaram resultados diferentes. O primeiro tipo de bactéria utilizado apresentou catalase positiva sendo evidenciada pela formação de bolhas (Figura 1, +), o que nos leva a considerar que a bactéria usada é do gênero Staphylococcus, pois a indicação positiva desse teste é uma das características que permitem diferenciar esse tipo de bactéria. O segundo tipo utilizado obteve um resultado negativo, caracterizado pela não formação de bolhas sobre a lâmina (Figura 1, -), evidenciando uma característica do gênero Streptococcus. Figura 01: Exemplo de resultado positivo e negativo do teste catalase. Fonte: Microbesinfo (2013) A segunda atividade realizada foi a coloração de Gram para visualização em microscopia óptica. Os dois tipos utilizados na coloração são Gram-positivos, portanto quando observadas no microscópio estavam coradas em roxo. Apesar da semelhança quanto a coloração, durante a observação da lâmina foi possível notar algumas divergências entre os dois gêneros. A morfologia, onde o Staphylococcus apresenta seus cocos agrupados em forma de cacho de uva, enquanto que Streptococcus tem as suas extremidades em ponta de lança e são arranjados em pares por consequência da sua divisão em cadeias curtas. Na figura 2 é possível a visualização dos dois gêneros citados. Figura 02: Bactérias do gênero Staphylococcus e Streptococcus respectivamente. Fonte: Wikipedia (2016) 5. CONCLUSÃO Mediante a observação da morfologia das colônias, o arranjo bacteriano visualizado através de microscopia óptica e os resultadosobtidos no teste da catalase, pode-se supor que as bactérias identificadas são pertencentes aos gêneros, Staphylococcus e Streptococcus. Entretanto, devido à falta de materiais que possibilitem a realização de testes mais específicos, não foi possível confirmar tais suposições. 6. REFERÊNCIAS ANVISA. Gram-positivos: Staphylococcus ssp. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle.htm>. Acesso em: 04 jun. 2018. ANVISA. Gram-Positivos: Streptococcus ssp. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle.htm>. Acesso em: 04 jun. 2018. DORNELLES, J. Atlas de microbiologia. 2015. Disciplina de microbiologia clínica – Universidade Luterana do Brasil-ULBRA, Canoas. PRADHAN. Catalase test: a test to differentiate Staphylococcus and Streptococcus. Disponível em: <http://microbesinfo.com/catalase-test-a-test-to-differentiate-staphylococcus- and-streptococcus.htm>. Acesso em: 04 jun. 2018. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Bacteriologia. Disponível em: <http://www.uff.br/bacteriologia/aulaspraticas/coloracaodegram.htm> Acesso em: 03 jun. 2018.
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