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Quadro comparativo de Lophophorata

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características Phoronida Brachiopoda Ectoprocta (Bryozoa) 
Origem do nome Phoronis = Deusa grega Isis brachium = braços, bráquio; poda = pés ectos = fora; proktos = ânus; bryon = musgo 
N
o
 espécies Cerca de 20 Cerca de 335 4500-5000 
hábitats Todos marinhos (bentônicos) em águas 
rasas 
Todos marinhos (bentônicos), de águas 
rasas até mar profundo 
Maioria são bentônicos, coloniais e sésseis. 1 
gênero solitário e alguns são móveis. 
Aspecto geral Vermiformes, pequenos, maiores não 
passam de 30 cm comprimento 
Tamanho pequenos (1mm a 10cm), 
lembrando moluscos bivalves 
Zoóides bilaterais e polimórficos, divididos 
em autozoóides (polipídios) e heterozoóides 
“Exoesqueleto” 
 
Tubos quitinosos (enterrados no 
sedimento ou presos a rochas) 
Concha bivalve, mas são dorsal e ventral 
(é a maior, possui abertura) 
Pode ser gelatinoso, quitinoso ou de 
carbonato de cálcio 
Lofóroro Um grande anterior, formado por 2 
fileiras de tentáculos (n
o
 variado) 
Grande, anterior, podendo ter forma de 
ferradura ou enrolados/espiralados 
Lofóroro pequeno ou circular ou em forma de 
ferradura. 
Parede do corpo Epitélio externo, fina camada circular e 
espessa camada longitudinal 
Epitélio encontra-se aderido a superfície 
das valvas, camada longitudinal 
Muita fina composta pela epiderme, lâmina 
basal e músculos 
Compartimentos 
celômicos 
grande mesocele que se estende para o 
interior do lofóroro. 
Mesocele circunda esôfago e se estende ao 
lofóroro. Metacele estende-se até o 
pedúnculo 
 Protocele reduzida e só ocorre em 1 classe. 
A mesocele representa o celoma do lofóroro. 
Metacele é o maior parte do celoma. 
Hábito alimentar suspensívoros. Os cílios batem p/ baixo, 
criando corrente para a boca e, saindo 
(dorsal) acima do ânus 
Suspensívoros, com método de captura 
semelhante ao descrito para os lofoforados 
em geral. 
Suspensívoros. 
Trato digestivo Em forma de U Em alguns em forma de U (inarticulados) 
ou fundo-cego (articulados) 
Em forma de U 
Sistema vascular 2 vasos principais, um dorsal (ascedente) 
e um ventral (descendente) Sangue 
contém hemoglobina 
Sist aberto, com vesícula contrátil 
(coração) e canal anterior e posterior. 
Sangue apresenta celomócitos (eritrina) 
Ausente 
Trocas gasosas Difusão a partir do lofóroro No lofóroro Ao nível do lofóroro 
Sistema excretor Metanefrídios (anteriores) 1 ou 2 pares de Metanefrídios Ausente 
Sistema nervoso Anel subepidérmico, originando nervos 
que suprem os tentáculos, camada 
muscular e a epiderme 
Anel esofágico com um pequeno gânglio 
dorsal e grande um ventral. Os nervos vão 
ao lofóroro, manto e músculos (valvas) 
Gânglio situado entre a boca e ânus, do qual 
deriva um anel circum-esofágico e nervos 
individuais 
Modo de 
Reprodução 
Assexuada/sexuada. A maioria é 
hermafrodita 
Maioria dióicos. Assexuada por brotamento é comum. 
Colônias são hermafroditas 
Sistema 
reprodutor 
Céls surgem do peritônio. Gametas 
liberados pelos nefrídióporos. Fecundação 
externa ou incubação no lofóroro. 
4 gônadas são massas de gametas nos 
canais celômicos do manto/trato digestivo. 
Seguem p/ celoma e saem p/ nefrídióporos 
Gônadas peritoniais, com gametas liberados 
por celomóporos associados ao lofóroro. 
jovens, em geral, incubados nos ovicelos. 
Desenvolvimento Clivagem radial. Celoma enterocélico. 
Blastóporo dá origem a boca. Larva 
actinotroca. 
Clivagem radial. Celoma enterocélico?. 
Blastóporo não forma a boca. Larva livre-
natante 
Clivagem radial. Celoma ?. Blastóporo não 
forma a boca. Larva ancéstrula dá origem a 
uma colônia por brotamento 
Classificação Apenas 2 gêneros (Phoronis, 
Phoronopsis) em uma única família 
2 classes: Inarticulata (charneira simples) 
e Articulata (charneira complexa) 
2 classes: Phylactolaemata (de água doce, 
monomórficos); Gymnolaemata (maioria 
marinha, polimórficos 
FILOGENIA DOS LOFOFORADOS 
 Na maioria das filogenias, Phoronida, Brachiopoda 
e Bryozoa são unidos em Lophophorata, mas as relações 
entre os três táxons, bem como entre Lophophorata os 
protostômios e deuterostômios, não são bem ententidas e 
constituem o assunto de um contínuo debate entre os 
zoológos. Evidências morfológicas e moleculares 
frequentemente discordam. Em geral, dados morfológicos 
tendem a sustentar uma ligação com os deuterostômios, 
evidência embriológica é ambivalente e sequencia de 
nucleotídeos indicam afinidades com os protostômios. 
 Phoronida e Bryozoa compartilham larvas 
actinotroca e cifonauta semelhantes, ambas, têm um saco 
metassômico e um par de protonefrídeos e considerados 
grupos-irmãos. Em algumas classificações, Phoronida e 
Brachiopoda, por compartilharem metanefrídeos 
metassômicos e epiderme monociliada, são tratados como 
grupos-irmãos. 
 Por muito tempo, os lofoforados têm sido 
considerados como animais triméricos, com corpos e 
celomas compostos de 3 regiões: o protossomo anterior 
(epístoma) com uma protocele, o mesossomo médio com 
mesocele e metassomo posterior (tronco) com metacele. A 
trimeria pode ser uma sinapomofia com os deuterostômios, 
e os dois têm sido tradicionalmente considerados grupos-
irmãos. Estudos recentes e o reexame de dados mais antigos 
indicam, contudo, que a cavidade do epístoma, quando 
presente, não é uma protocele, assim enfraquecendo o 
argumento em favor da trimeria e levantando dúvida sobre 
a afinidade com os deuterostômios (embora não a 
refutando). Além disso, a relação de grupos-irmãos entre 
Lophophorata e Deuterostomia (=Lophodeuterostomia) 
não é sustentada por dados moleculares. 
As cerdas quitinosas de braquiópodes e briozoários 
são ultra-estruturalmente parecidas com aquelas dos 
anelídeos, moluscos e equiúros trocozoários. Quitina é 
bastante incomum em deuterostômios e sua presença em 
todos os lofoforados sugere ligações com os protostômios. 
Na verdade, se lofoforados são protostômios, então a 
ausência de quitina é uma autopomorfia deuterostômia. 
Outra questão é que os 3 grupos exibem clivagem radial 
(um caráter deuterostômio). O blastóporo torna-se a boca 
em foronídeos (como em protostômios), ao passo que ele se 
fecha e seu destino é incerto nos demais lofoforados. É 
provável que a formação do celoma seja enterocélica (como 
em deuterostômios) em braquiópodes e esquizocélica (como em protostômios) em foronídeos e incerta em 
briozoários. As larvas actinotroca de foronídeos e cifonauta de briozoários têm um par de protonefrídeos 
remanescente daqueles encontrados em algumas larvas de anelídeos (que são protostômios). Finalmente, 
sequências de nucleotídeos rDNA 18S colocam os 3 filos lofoforados no táxon prostomado 
Lophotrochozoa, junto com os moluscos e anelídeos. 
Assim, novos dados morfológicos e moleculares indicam uma afinidade com os protostômios para 
os lofoforados em Lophotrochozoa, ao passo que dados e interpretações mais antigas tendem em favor de 
relações com os deuterostômios. Atualmente, não há evidência suficiente para colocar os lofoforados, com 
certeza, em um ou outro desses dois grandes táxons dos Bilateria.

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