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6 Investigacoes-geotecnicas

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O material utilizado nesta Apresentação corresponde, parcialmente, às Notas de Aula da O material utilizado nesta Apresentação corresponde, parcialmente, às Notas de Aula da 
disciplina de Geologia, do curso de graduação em Engenharia Civil da UVA, ministrada pelo disciplina de Geologia, do curso de graduação em Engenharia Civil da UVA, ministrada pelo 
Prof Nelson Meirim Coutinho.Prof Nelson Meirim Coutinho.
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₢₢Creative Commons.Creative Commons.
http://creativecommons.org/licenses/byhttp://creativecommons.org/licenses/by--ncnc--sa/3.0/deed.ptsa/3.0/deed.pt
..
ESTUDOS DE RECONHECIMENTO DO SUBSOLO
2
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA
 1. OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO 
 2. CONCEITO DE UNIDADE GEOLÓGICA
 3. A INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA
 4. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
1. OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO
 O objetivo da investigação geológica é delimitar 
espacialmente as unidades geológicas e determinar 
suas características e propriedades geomecânicas 
através de um plano de investigações.
 Plano de investigações: conjunto de métodos de 
investigação aplicado num local para o 
conhecimento das unidades geológicas.
3
1. OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO
 Esclarecer os tipos de solos e/ou rochas bem como as condições geológicas e 
geotécnicas, litologias, mineralogias, espessuras de camadas, elementos 
estruturais e posições dos níveis d’água para projetos de construção de obras 
civis.
 Para escolha dos tipos de fundações e dimensionamento dos elementos 
estruturais de suporte da obra, objetivando a capacidade portante, 
deformabilidade e permeabilidade para a construção de barragens ou obras 
subterrâneas e na pesquisa de materiais naturais para construção como argilas, 
areias e jazidas de rochas.
 Execução de cortes de estradas ou terraplanagens em solos e/ou rochas para a 
determinação dos parâmetros de resistência dos solos atravessados e para o 
dimensionamento de taludes.
 Mapeamento e determinação do topo rochoso para o projeto e execução de 
escavação, em termos de custos.
 Pesquisa de áreas de empréstimo para terraplanagem ou substituição de 
camada de solo em construção e pavimentação de rodovias e camadas finais de 
terraplanagem em ferrovias.
1. OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO
 Deve-se levar em conta: o tipo de obra, dimensões, posições 
dos pilares, esforços aplicados, natureza do subsolo e 
sistemas construtivos disponíveis e utilizados.
 Para tanto, necessita-se do maior número de informações 
prévias sobre o terreno, como mapas geológicos da região, 
cartas geotécnicas, resultados de sondagens já executadas 
nas proximidades e observação de construções já existentes.
 Para se iniciar uma campanha de investigação do subsolo 
para um projeto é preciso munir-se do maior número 
possível de informações sobre o terreno e sobre a futura 
obra que será executada, para que sejam indicados os 
métodos de sondagens adequados e os objetivos para 
aquela finalidade.
4
2. UNIDADES GEOLÓGICAS
2.1 CONCEITO
• Unidade geológica: é um corpo geológico espacialmente delimitado, com 
características específicas e comportamento similar face à determinada 
solicitação.
• Corpo geológico: Camada, zona ou trecho capaz de ser delimitado em 
superfície e/ou em subsuperfície, com características e propriedades 
singulares.
• Comportamento similar: Comportamento semelhante face à mesma 
solicitação.
• Solicitação: Ação sobre o ambiente geológico imposta, induzida ou 
resultante da interação com a ocupação antrópica.
2. UNIDADES GEOLÓGICAS
2.2 RELAÇÃO COM O PROCESSO GEÓLOGICO
 Toda unidade geológica está associada a um processo 
geológico específico, de tal sorte que o conhecimento dos 
processos que atuaram num local determinado é essencial 
para o conhecimento das unidades presentes.
 Exemplo: Aluvião é um material resultante de processos 
de transporte e deposição flúvio-lacustres, constituindo um 
corpo geológico capaz de ser separado e caracterizado pelas 
suas propriedades decorrentes do processo de origem.
5
2. UNIDADES GEOLÓGICAS
2.3 ABRANGÊNCIA
 Uma unidade geológica pode ser constituída por um 
conjunto de camadas ou por camadas individualizadas, em 
conformidade com a solicitação.
 Exemplo: no caso de uma rodovia, uma camada de argila 
orgânica de um corpo aluvionar será considerada como 
uma unidade geológica, devido à possibilidade de induzir 
recalques do pavimento. Por outro lado, para fins de 
escavação, um conjunto de várias camadas de um aluvião, 
pode ser considerado como uma única unidade geológica.
3. A INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA
 3.1 METODOLOGIA DE TRABALHO
Atividades que fazem parte de um plano de investigações:
– Caracterizar as solicitações
– Avaliar as unidades geológicas presentes em função dos dados existentes, de 
reconhecimento geológico e outros métodos.
– Selecionar os métodos de investigação aplicáveis em função das solicitações, unidades 
geológicas, fase dos estudos, logística, resolução, prazo, custo e outras variáveis e 
distribuir as investigações na área através de critérios geométrico e geológico
– Elaborar especificações executivas, procedimentos de fiscalização, critérios de medição e 
pagamento, contrato e licitação
– Acompanhar os resultados e ajustar o plano de investigação
– Interpretar os resultados e elaborar os modelos geológico e geomecânico
– Elaborar seções geológicas e outras formas de apresentação de dados conforme 
requerido
– Acompanhar a escolha da solução e o desenvolvimento do projeto
6
3. A INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA
3.2 PRINCIPAIS LIMITAÇÕES
 Resolução: capacidade do método de fornecer a informação 
desejada; a resolução de cada método pode variar conforme 
a solicitação ou ambiente
 Prazo: o prazo disponível para as investigações pode limitar 
ou até impedir a aplicação de determinados métodos em 
função do tempo de execução
 Custo: o custo das investigações varia entre um e três por 
cento do custo do empreendimento ou obra, exceto em casos 
especiais
 Custo x Benefício: há um relação ótima entre o volume de 
investigação, que se reflete no custo das investigações e as 
informações obtidas, ou seja, o benefício alcançado
4. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
4.1 INVESTIGAÇÕES DE SUPERFÍCIE
Interpretação de imagens
Mapeamento geológico-geotécnico
4.2 MÉTODOS INDIRETOS OU GEOFÍSICOS
Métodos geoelétricosMétodos sísmicos
Métodos potenciais
4.3 MÉTODOS DIRETOS
Manuais
Mecânicos
7
4.1 INVESTIGAÇÕES DE SUPERFÍCIE
INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS
 Sensoriamento remoto: imagens obtidas por satélites e por radar
 Fotografias aéreas, em diversas escalas
Essenciais em estudos regionais e na determinação de estruturas 
geológicas.
MAPEAMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO
 Mapeamento das unidades geológico-geotécnicas
 Utiliza os mesmos procedimentos dos mapas geológicos
 Essencial para a programação das demais investigações
 Mapas geológicos especiais (paredes de túneis, superfícies de fundação)
8
9
4.2 MÉTODOS INDIRETOS OU GEOFÍSICOS
São métodos que não permitem o acesso ao material investigado, seja 
“in situ” ou em amostras, utilizando-se de meios indiretos para a 
delimitação e caracterização da unidade geológica.
Determinam as litologias em subsuperfície por meio das propriedades 
físicas das rochas, tais como velocidade de propagação de ondas 
sísmicas, resistividade elétrica, densidade e campo magnético.
Essas propriedades são relacionadas com características geológicas 
como grau de alteração, fraturamento e litologia e são detectadas 
pelos métodos geofísicos
 Métodos sísmicos
São os mais empregados por refletirem as propriedades 
mecânicas das rochas e facilitarem a interpretação e 
correlação com dados de sondagens diretas
 Sísmica de refração (mais empregado); Sísmica de reflexão; Crosshole 
e tomografia sísmica
 Métodos geoelétricos
 Eletrorresistividade (sondagem elétrica vertical e caminhamento 
elétrico); Potencial espontâneo; Condutividade (VLF); Radar de 
penetração (GPR)
 Outros métodos geofísicos
 Geofísica subaquática (sonografia, ecobatimentria, magnetometria e 
gravimetria)
10
Principais aplicações dos métodos geofísicos na Geologia de Engenharia
4.3 MÉTODOS DIRETOS
 São métodos que permitem o acesso ao material investigado, seja “in 
situ” ou através de amostras.
 Métodos manuais:
amostras deformadas
amostras indeformadas
sondagem a trado manual
sondagem a varejão
 Métodos mecânicos:
SPT
CPT
piezocone (CPTU)
MCPT
ensaio de palheta (“vane test”)
11
4.3 MÉTODOS DIRETOS
 AMOSTRA DEFORMADA: amostra de solo retirada com a 
destruição ou modificação apreciável de suas características 
“in situ”; também chamada de amostra amolgada quando 
ocorre a fragmentação do material amostrado.
 AMOSTRA INDEFORMADA: amostra de solo retirada sem 
ou com pequena modificação de suas características “in situ” 
com o uso de equipamentos e técnicas apropriadas.
12
4.3 MÉTODOS DIRETOS
POÇOS (PI) E TRINCHEIRAS (TR) DE INSPEÇÃO
 Poços: escavação manual, com enxadão, pá e sarilho, com seções de 
1,0m2 de lado, atravessando as camadas de solo
 Profundidade limitada pela presença de água, material instável e 
rocha; para prosseguir a escavação nessas condições são necessários 
procedimentos especiais
 Visualização de grande extensão do material e a retirada de grandes 
volumes de amostra e de amostras indeformadas
 Rápido até 10m. Profundidade máxima em condições ideais: 20m
 Trincheiras são escavações em forma de valeta; podem ser feitas 
mecanicamente
 Cuidados: instabilização das paredes; quedas de pessoas e animais 
(necessário cerca e cobertura)
13
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS A TRADO (ST)
Escavados manualmente com o auxílio de uma broca 
chamada trado, acoplada a hastes de aço de ¾ de 
polegadas e a um tê para imprimir o movimento 
giratório
Somente atravessa a camada de solo, sendo 
interrompidos pela ocorrência de quaisquer materiais 
mais duros (rocha alterada mole, linha de seixos, etc) e 
pela presença de água subterrânea
Permite a obtenção de grande volume de amostras 
deformadas
Método rápido e portátil; profundidade máxima em 
condições ideais: 25 a 30m
14
Sondagem a varejão
 Feita com uma haste lisa de ferro, cravada 
manualmente, ou golpes de marreta, em sedimentos 
não consolidados
 Para avaliar depósitos de areia, cascalho e argila
 A haste penetra 2m, sendo o material identificado 
pela reação sonora, atrito e força necessária para 
penetração
15
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS A PERCUSSÃO (SP)
Sondagens a percussão com circulação de água (sondagens de simples 
reconhecimento)
Método para investigação dos solos em que o terreno é perfurado através do 
golpeamento do fundo do furo com peças de aço cortantes. O processo de 
circulação de água facilita o corte e traz até a superfície o material 
desagregado.
A ABNT padroniza a sondagem a trado até o NA. Abaixo do NA, a sondagem a 
percussão com circulação de água. Em intervalos de profundidade, a realização 
de amostragem e do ensaio de penetração SPT (Standard Penetration Test).
ABNT NBR 6484/01
É o mais difundido método de prospecção geotécnica do Brasil.
16
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS A PERCUSSÃO (SP) cont.
– Custo relativamente baixo.
– Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil acesso; Método rápido até 
20m. Profundidade máxima em condições ideais: 40m.
– Amostras do barrilete permitem coletar e visualizar as estruturas dos solos em profundidade, 
facilitando a identificação dos tipos de solo.
– Fornece um índice de resistência à penetração correlacionável com a compacidade ou a 
consistência de solos.
– Possibilita a determinação do NA (com ressalvas).
– Permite executar ensaios de infiltração e instalar monitores de nível d’água e piezômetros.
– Método de ensaio padrão para o projeto de fundações de edifícios, usualmente empregado para a 
investigação de camadas de solo.
– Perfura abaixo do nível d’água (NA) subterrâneo com revestimento e bomba d’água.
– Permite obter amostras deformadas com trado, lavagem e semi-deformadas, com barrilete 
amostrador do ensaio SPT.
– Principais limitações: somente atravessa a camada de solo; pode ser interrompida por estrato de 
material duro intercalado no solo; pequena quantidade de amostra.
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS A PERCUSSÃO (SP)
– Escavados manualmente com o trado, acoplado a hastes de aço de ¾ de polegadas e a 
um T para o movimento giratório.
– Equipamento:
– Tripé com sarrilho, roldana e cabo; conjunto motor-bomba para circulação de água; 
tubos de revestimento Øint de 2 1/2’’, 3’’, 4 ou 6’’; hastes de aço roscável Øint=25mm e 
Øext=33,7mm (3,23Kg/m)
– Martelo cilíndrico ou prismático com coxim de madeira para cravação das hastes e tubos 
de revestimento (peso=65Kg)
– Amostrador padrão bipartido, dotado de dois orifícios laterais para a saída de água e ar: 
Øint=34,9mm e Øext=50,8mm.
– Geralmente executadas com um ensaio de resistência à penetração tipo SPT a cada 
metro, manual.
– Profundidade limitada pelo do topo rochoso ou camada de mais de 10cm de material 
duro
17
18
19
 Determinação do tipo de solo e sua espessura
 Em fase de investigação de detalhe
 Retirada de amostras
 Dependendo do tipo de solo (ou rocha) existe uma sondagem específica:
Resistência do solo (NSPT ou Cone)
Em terrenos moles utiliza-se sondagem a varejão ou trado
Em fases do projeto onde é necessário realizar amostragem em 
maior volume ou estudos estruturais são executados poços e 
galerias.
 ABGE (2013) - Manual de sondagens: 3ª ed.
 ABNT (2001) - Execução de sondagens de simples reconhecimento de 
solos; método de ensaio. NBR 6484.
EXECUÇÃO DO ENSAIO SPT
 A execução dos serviços de sondagem à percussão ou rotativa inicia-se pelo posicionamento da torre 
(tripé) no ponto indicado no terreno, ou num ponto pré-determinado num espelho d’ água. 
 O posicionamento do tripé em terra firme é iniciado com a limpeza do terreno com nivelamento. 
Tendo-se cuidado de observar se as pernas estão firmementeassentadas. 
 O processo de escavação é iniciado com trado cavadeira ou tipo IPT até a profundidade de 1,00m. 
 O ensaio de penetração SPT é iniciado com a descida do amostrador padrão tipo Raymond, até o fundo 
do furo acompanhado pelas hastes. A cabeça de bater, é acoplada, no topo da haste, em seguida o peso 
batente será apoiado sobre a cabeça de bater, devendo ser observado, eventual penetração do 
amostrador no terreno, principalmente quando ocorre solo mole. Em seguida, é marcado 45 cm com 
3,0 partes iguais de 15 cm. O ensaio de SPT - (Standard Penetration Test), consiste na cravação 
dinâmica do barrilete amostrador, no solo, com o peso batente caindo de uma altura de 0,75m, sobre 
todo o conjunto. O peso deve está rigorosamente alinhado e verticalizado. 
 Após a realização do primeiro ensaio de penetração a composição é retirada do furo para abertura do 
barrilete e retirada da amostra observando se existe mudança no tipo de solo. Uma parte 
representativa da amostra, será coletada em saco plástico adequado, e etiquetado, principalmente a 
parte referente ao bico do amostrador. Na etiqueta gomada deve constar o número do furo, o número 
da amostra, a profundidade e os números de golpes, relativo a cada seguimento de 0,15m. 
 Esse processo continua, com o uso de trado até atingir o nível d'água, ou tornar inoperante devido á 
resistência do solo, passando a usar o processo por circulação d’água, (lavagem) com utilização do 
trépano ou (peça de lavagem) impulsionada pelo conjunto moto-bomba. Com SPT a cada metro, até 
que a sondagem atinja ao impenetrável ou a profundidade pré- determinada. 
 Se durante a perfuração houver instabilidade na parede do furo, com acumulo de solo no fundo do 
furo, que interfira na qualidade do SPT, deverá ser usado o revestimento. No caso de solos arenosos, 
mesmo com o furo revestido, continuar à fluência de solo para dentro do furo, pode-se usar a lama 
betonítica, de preferência hidratada pelo menos 6:00h antes da utilização.
20
EXECUÇÃO DO ENSAIO SPT (cont.)
 A lama betonítica não poderá ser usada nas sondagens onde se pretenda instalar 
medidor de nível d’água , piezômetro e ensaios de permeabilidade. 
 Na sondagem executada dentro d’água, o tripé é instalado sobre o flutuante ou 
plataforma posicionado e ancorado, com a medida da lâmina d’água. O revestimento é 
cravado no solo, usando os mesmos, critérios, utilizados em terra firme. 
 O índice de resistência ao SPT, quando realizado de acordo a norma NBR-6484/2001, 
apresenta valores, que dão uma indicação bastante útil, para a determinação, da 
consistência em solos argilosos ou compacidade nos solos arenosos, conforme tabela. 
 O SPT pode apresentar resultados incorretos quando são usadas algumas práticas, as 
vezes bem corriqueiras como: 
 � O tripé mal posicionado; 
 � A não utilização da cabeça de bater; 
 � A substituição da corda de sisal pelo o cabo de aço do tripé, que está associado ao 
guincho, quando operado, por pessoas com pouca prática, não libera adequadamente o 
cabo de aço impedindo a queda livre do martelo; 
 � Incorreção na altura da queda do martelo (0,75m). Provocando variação da energia 
de cravação;
 � O furo não se encontra totalmente limpo principalmente em solos pedregulhoso; 
 � Número de golpes anotado de maneira incorreta, pois só o fazem depois da cravação 
total, levantando dúvidas, na hora da anotação;
 É de suma importância que se faça sempre uma correlação entre as sondagens 
adjacentes.
Determinação do N.A.
 A determinação correta da profundidade de ocorrência do “NA” no furo de 
sondagem é de uma importância fundamental, pois é um subsídio muito 
valioso para definir o tipo de fundação. 
 O nível d’água deve ser anotado, quando o processo de furação,ainda seja 
com a utilização do trado. Após a primeira anotação espera- se um tempo de 
10,0 minutos e anota-se a segunda medida. 
 Nos furos onde for utilizado o processo de lavagem antes de atingir o N.A é 
obrigação do sondador, esgotar o furo no final do turno, anotar a metragem, 
e como primeira atividade, do dia seguinte conferir, o N.A. 
 Durante a execução da sondagem é importante que o sondador fique muito 
atento, quanto a variação do N.A no furo, pois pode acontecer fuga parcial ou 
total d’água de circulação do furo. Ou registro de sub-pressão, com a subida 
d’água até a superfície. (artesianismo). Anotar com precisão todas essas 
informações. 
 Sempre se possível após a conclusão do furo com o esgotamento do mesmo e 
a retirada do revestimento, registrar uma leitura 24,00h após a conclusão.
21
Apresentação dos resultados da sondagem
22
Exemplo de relatório - SPT
23
24
ENSAIO SPTT
Além da resistência à penetração, é medido o torque necessário ao giro da 
coluna de haste e amostrador cravados => melhor definição de 
parâmetros de resistência a partir do ensaio.
MEDIÇÃO DE TORQUE EM SONDAGENS
• criado em 1988 – Prof. Dr. Stélvio M. T. Ranzini;
• informação adicional importante;
• grandeza física, em unidade de Kgf x m;
• medida por instrumento de precisão.
Torquímetro de ponteiro para determinação do atrito entre o solo e o amostrador.
25
REPRESENTATIVIDADE DO ENSAIO “SPT”
 Considerada, pela norma brasileira de fundações, NBR-6122 da ABNT
“indispensável em qualquer porte de obra”.
 A amplitude de informações de uma sondagem é muito grande:
a) coleta de amostras a cada metro de profundidade, permitindo a
classificação táctil e visual dos materiais atingidos;
b) identificação do início e fim de cada camada de solo, pela observação 
do material aderido ao trado ou pela observação da água de lavagem;
c) avaliação da profundidade do lençol freático e de eventual 
artesianismo ou lençol;
d) avaliação da consistência das argilas ou compacidade das areias,
respectivamente, pelo número de golpes “SPT”, necessários para a
cravação do amostrador padrão.
26
CONCLUSÃO
SONDAGEM “SPT”
É um procedimento excelente para o primeiro 
reconhecimento geotécnico de um terreno.
YouTube
SONDAGEM SPT - INSTRUÇÕES DE COMO EXECUTAR
27
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS ROTATIVAS (SR)
 Executadas através de equipamentos próprios (tripé, perfuratriz, 
bombas, hastes, revestimentos, brocas, ferramentas, etc). Tem 
capacidade para atravessar qualquer tipo de material e atingir 
profundidades de centenas de metros
 Sistema de perfuração
– solo: em geral, é executada como uma sondagem à percussão, com ensaios SPT a cada 
metro
– rocha: executada pelo processo rotativo com brocas (coroas) e barriletes amostradores 
especiais, como perfuratriz e conjunto de hastes com coroa diamantada e barriletes ocos 
na extremidade; fragmentos da rocha são removidos com injeção de água
  Diâmetro da perfuração: em solo, 100mm ou 4”; em rocha: variável de 60 a 100mm, 
aproximadamente (padrões DCDMA → BW, NW e HW)
  Permite a retirada de testemunhos da rocha atravessada, recuperados através do 
barrilete. 
SONDAGENS ROTATIVAS (SR) cont.
 Recuperação: relação entre o comprimento perfurado e o comprimento de 
testemunhos recuperados; não pode ser inferior a 90%.
 A recuperação depende de:
– tipo litológico
– grau de fraturamento e grau de alteração da rocha
– tipo de equipamento e acessórios
 A recuperação pode ser melhorada através de:
– perfuração cuidadosa (manobras curtas, pouca água)
– uso de coroas e barriletes apropriados (duplo, triplo)
– amostragem integral
 Ensaios:
– perda d’água sob pressão, destinado a avaliar a permeabilidade do maciço
28
3.2 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS ROTATIVAS (SR) cont.
 Método lento, em média 5m/dia com a execução de ensaios de perda d’água.
 Profundidade máxima em condições ideais e equipamento apropriado: 500m
 Testemunhos acondicionadosem caixas e guardados 
 Análise dos testemunhos permite identificar:
– tipo litológico
– grau de alteração
– grau de fraturamento
 Resultados apresentados em logs ou perfis individuais de sondagem que devem conter:
– identificação da sondagem (obra, cliente, número do furo)
– inclinação e rumo do furo
– datas, diâmetros e tipos de barriletes e coroas
– cota da boca do furo e coordenadas
– leituras de nível d’água
– resultado dos ensaios SPT e de lavagem
– recuperação de testemunhos
– índice de qualidade da rocha (RQD)
– resultado dos ensaios de permeabilidade e perda d’ água
– descrição geológica dos materiais atravessados
– grau de alteração e de fraturamento
4.3 MÉTODOS DIRETOS
SONDAGENS ROTATIVAS (SR) cont.
 Principais limitações: custo elevado (R$ 300,00/metro); produção 
baixa (5m/dia)
 A SONDAGEM ROTATIVA É O MÉTODO DIRETO DE 
INVESTIGAÇÃO MAIS COMPLETO À DISPOSIÇÃO DA GEOLOGIA 
DE ENGENHARIA. DEVIDO AO SEU CUSTO ELEVADO, DEVEM 
SER OBTIDAS TODAS AS INFORMAÇÕES POSSÍVEIS. 
29
30
4.3 MÉTODOS DIRETOS
OUTROS MÉTODOS
– Sondagem a rotopercussão
– perfuradas com ar comprimido e brocas que pulverizam o material atravessado
– o material pode ser precariamente reconhecido através do pó de perfuração ou da 
velocidade de avanço
– utilizada para a execução de perfurações para acesso, instalação de instrumentos, 
determinação do topo de rocha e outros casos em que são necessários muitos furos
– método mecanizado muito rápido
– Trado oco (hollow stem auger)
– utiliza um trado helicoidal acoplado numa haste oca que funciona simultaneamente 
como revestimento
– pelo interior da haste oca podem ser feitos ensaios SPT ou obtidas amostras pouco 
deformadas
4.3 MÉTODOS DIRETOS
OUTROS MÉTODOS
Cone de penetração contínua (deep sounding)
– utilizado para medir continuamente a resistência à penetração e obtenção de 
outros parâmetros com uso de ponteira especial
– aplicado em solos pouco resistentes
Ensaio de palheta (vane test)
– utilizado para medir a resistência ao cizalhamento através da rotação de palhetas 
cravadas no fundo do furo
– aplicado em solos pouco resistentes (em geral, em argilas)
31
4.4 Ensaios em furos de sondagem
ENSAIO DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO – SPT
– SPT – standard penetration test
– Medição da resistência à penetração do solo
– Consiste na cravação, no fundo do furo, de um barrilete amostrador utilizando um peso e 
uma altura de queda padronizados
– Cravação pode ser manual (mais comum) ou mecanizada
– Resultados são expressos em números de golpes (queda do peso) para a cravação dos 
últimos 30cm do barrilete
ENSAIO DE INFILTRAÇÃO
– Medição da permeabilidade em solos
– Executado pela adição controlada de água ao furo através do revestimento
– Resultados expressos em K= cm/s
4.4 Ensaios em furos de sondagem
ENSAIO DE PERDA D’ ÁGUA SOB PRESSÃO
– Medição da permeabilidade em rocha
– Consiste no isolamento de um trecho do furo através de obturadores e na 
adição de água ao trecho com pressão
– Resultados expressos pela vazão (em litros por minuto) por metro de 
furo ensaiado a determinada pressão (l/min.m.kgf/cm2) ou perda d água 
específica
OUTROS ENSAIOS
– Slug test
– Videoscopia
– Injeção de cimento
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4.5 Instrumentos em sondagens
MONITOR DE NÍVEL D’ ÁGUA (MNA)
– Medição do nível d’água do terreno
– Consiste na colocação de um tubo perfurado, envolto em material filtrante, num furo de sondagem
– Mede o nível d’água resultante de toda a extensão do trecho perfurado
– Também utilizado para coletar amostras de água subterrânea, principalmente em estudos ambientais
PIEZÔMETRO
– Medição do nível d’água de determinado trecho do furo
– Consiste na colocação de um tubo perfurado, envolto em material filtrante, num trecho determinado do 
furo
– Mede o nível d’água apenas do trecho do furo
– O nível d’água medido reflete a pressão a que está submetido o aquífero do trecho do furo
OUTROS
– Extensômetro linear : mede deslocamentos (movimentações) entre pontos de um furo de sondagem
– Inclinômetro : mede a inclinação de trechos de um furo de sondagem
MATERIAL DE CONSULTA
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DO SUBSOLO
Celio Davilla
ftp://ftp.cefetes.br/cursos/Transportes/CelioDavilla/Solos/Literatura%20complementar
/Apostila%20FURG%20Solos/11-%20PROSPECCAO_GEOTECNICA.pdf
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA: Técnicas atuais de ensaios de campo
Eng. Antônio Sérgio Damasco Penna
http://ie.org.br/site/ieadm/arquivos/arqnot3896.pdf
ENSAIOS DE CAMPO e suas aplicações à Engenharia de Fundações, 2ª Edição
Fernando Schnaid
Ed. Oficina de Textos, 2012
GEOLOGIA E GEOTECNIA BÁSICA PARA ENGENHARIA CIVIL
Rudney C. Queiroz
Editora RIMA, 2009

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