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Ensaios mecânicos Enori Gemelli 46 5. Ensaios de flexão/dobramento 5.1. Ensaio de flexão em três pontos I Mc σ = 4 PLM = => P I c 4 L ====σσσσ (5.1) Da equação da linha elástica: y P I48 LE 3 = (5.2) Da lei de Hooke (deformação elástica linear): E σ e = (5.3) cy P L I 4 P L I 48 e 3= Simplificando, tem-se que: y L c 12 e 2==== (5.4) (válido para deformação elástica) retangular: 12 bhI 3 = , 2 h c = => P bh2 L3 2====σσσσ y L h6 e 2==== circular maciça: 64 dI 4pi = , 2 d c = => P d L8 3pipipipi ====σσσσ y L d6 e 2==== Para barra Para barra e E σ y Lm d b Deflectômetro L/2 L/2 P P/2 M h c c e P Ensaios mecânicos Enori Gemelli 47 5.2. Ensaio de flexão em quatro pontos P bh a3 2====σσσσ 5.3. Ensaio de flexão em plásticos (ASTM D 790, ISO 178 ou D 6272 – 4 pontos) Dimensões mais usadas dos corpos de prova ASTM: 3,2 mm x 12,7 mm x 62,5/125 mm (0,125" x 0,5" x 2,5/5.0") ISO: 4 mm x 10 mm x 80 mm Propriedades Mecânicas (plástico rígido/semi-rígido) Tensão e deformação de flexão no escoamento (no ponto de ruptura), tensão de flexão a 3,5% (ISO) ou 5% (ASTM) da deformação em flexão, módulo de elasticidade em flexão (Flexural modulus, Eb). y P wt4 LE 3 3 b = onde: P = carga normal (parte elástica) y = deflexão no ponto de carregamento L = distância entre apoios (flexão em três pontos) w = largura do corpo de prova t = espessura do corpo de prova a a L P b h P deflexão Ensaios mecânicos Enori Gemelli 48 Tensão de flexão (σ) e deformação de flexão (ε): P wt2 L3 2=σ (%)100L y t 6 2=ε onde y = deflexão no ponto de carregamento L = distância entre apoios (flexão em três pontos) w = largura do corpo de prova t = espessura do corpo de prova 5.4. Ensaio de flexão em materiais cerâmicos e metálicos 5.4.1. Materiais frágeis Propriedades: tensão de ruptura e eventualmente módulo de elasticidade Cerâmica tecnológica => ASTM C 1674 e C 1161 (Vensaio ≤ 0,5 mm/min) Flexão em 4 pontos rup2rup Pbh 3a σ = Prup = carga de ruptura a = distância entre apoios ((21-10)/2 ou (50-21)/2) b = largura do corpo de prova (4 mm) h = espessura (altura) do corpo de prova (3 mm) Materiais sinterizados (metalurgia do pó) => ASTM B 528, ISO 3325 rup2rup P2bh 3L σ = (flexão em três pontos) L = distância entre apoios (25,4 mm) b = largura do corpo de prova (12,7 mm) h = espessura (altura) do corpo de prova (6,35 mm) comprimento total do corpo de prova = 31,7 mm 30/55 21/50 4 3 10/21 Ensaios mecânicos Enori Gemelli 49 5.4.2. Materiais metálicos semi-dúcteis (ASTM E855-90) 5.5. Ensaio de dobramento (material dúctil) De modo geral é usado para verificar a capacidade de dobramento de materiais. A metodologia consiste em dobrar o material e verificar se há a formação de fissuras no lado oposto. Esse ensaio também é usado para testar a capacidade de se dobrar materiais na solda (materiais soldados). Exemplo: Ensaio de dobramento de 180o em barras de aço utilizadas na construção civil (NBR 6153 /7480) Diâmetro do pino = 8 x diâmetro nominal da barra a ser ensaiada e E σ σesc 0,01-0,1% Propriedades mais comuns: Tensão de escoamento, módulo de elasticidade e tensão de ruptura/limite de resistência Espessura, h = 0,25 – 0,51 mm Largura, b = 3,81 mm, comprimento = 250 x h Distância entre apoios, L = 150 x h h ≥ 0,51 – 1,3 mm => b = 12,7 mm L = 100 x h Comprimento = 165 x h Ensaios mecânicos Enori Gemelli 50 Dobramento em material metálico => ASTM E290-97a e E190 (dobramento em material soldado) Exemplo: fabricação de perfiz por dobramento. O ensaio serve para verificar se o material pode ser dobrado de acordo com a especificação de projeto. Recuperação elástica (efeito mola): Rf >Ri Equação teórica (efeito mola): 3)n1/(1 i )n1( i 2/)n1( 2 f i E K t R2 t R2 75,0)n2( )1(K31 R R + + ν− −= − − + x x 3 5,12 32 2/)n2(22/)n1( )n3( )1( )1( )1)(n2(75,0 )1(3 ν+ν− ν− − ν+ν−+ ν− ++ + Onde ν = modulo de Poisson; n = índice de encruamento; k = coeficiente de resistência; E = módulo de elasticidade; t = espessura da chapa/tira. Equação aproximada do efeito mola: 1 Et σR R R esci f i += ASTM E290-92 – ensaio de dobramento semiguiado para a avaliação da ductilidade de materiais metálicos. ASTM E190-92 – ensaio de dobramento de soldas em chapas metálicas. Ri P Rf θD Ensaios mecânicos Enori Gemelli 51 6. Técnicas para determinar o módulo de Young (E) 6.1. Ensaios estáticos Ensaio de tração/compressão usando extensômetro convencional e E ∆ σ∆ = Flexão em três pontos y P I48 LE 3 = Flexão em quatro pontos y P I48 )a4L3(aE 22 − = P y L/2 L/2 a a P y L Inclinação elevada E Tensão deformação σesc Ensaios mecânicos Enori Gemelli 52 Tração/compressão usando extensômetro elétrico de resistência (ponte de Wheatstone) Equilíbrio da ponte (IA = 0) para: R1 = R2 = R3 = R4 = R ou R1 x R3 = R2 x R4 Portanto: VBD = 0 Para uma variação da resistência R2 (∆R2): ( )A 2 A RRR4 VR I + ∆∆ = Isolado ∆R2 tem-se que: ( ) A A 2 IV RRR4 R ∆ + =∆ Onde: ∆R2 = variação da resistência R2, IA = corrente no amperímetro, R = resistência inicial de R1, R2, R3 e R4 (R = R1 = R2 = R3 = R4), RA = resistência do amperímetro (conhecida), ∆V = Voltagem da Fonte. A deformação de um extensômetro elétrico de resistência é: fR R 2 2∆ =ε Onde f = fator de extensômetro (2,05), e R2 = Resistência do extensômetro ∴∴∴∴ (((( )))) AA 2 A I cteI fR V RRR4 ==== ∆∆∆∆ ++++ ====εεεεB R4 R2 R1 A C D ∆V RA IA I1 I I I4 I2 I3 R3 Ensaios mecânicos Enori Gemelli 53 Inicialmente: P = 0 => IA = 0 Para P ≠ 0 => IA ≠ 0 => ε = cte IA 2 o πd 4P σ = 0 radial 0 L d d e L L ∆ =ε ∆ =ε (região elástica) )1(2 EG ν+ = (materiais cristalinos) R =120 Ω RVariável Extensômetro passivo R =120 Ω Extensômetro ativo R =120 Ω Amperímetro Fonte de Tensão – 10 V Carga P εL εp = εradial εL σ E ν εL εradial Lo do Ensaios mecânicos Enori Gemelli 54 6.2. Ensaios dinâmicos Velocidade do som 2 ρVE = [N/m2] onde: ρ = massa específica do material (Kg/m3) V = velocidade do som (m/s) - ondas longitudinais Intensidade (I) Transdutor de transmissão Transdutor de recepção Tempo (t) Pulso emitido t Pulso recebido V = L/t L ITransdutor t Pulso transmitido t Pulso refletido V = 2L/t L Osciloscópio Ensaios mecânicos Enori Gemelli 55 Frequência natural de vibração (f) Apoios simples f d3 ML16E 4 3pi = [N/m2] onde: M = massa (Kg) L = comprimento entre apoios (L) d =diâmetro ou espessura (m) f = frequência de vibração em Hz (ciclos/segundo) dimensões do CDP: 3 x 4 mm x > 30 mm 263 8 f 10.2 . w L . b 1 .m.10.96478,0E = − [GPa] onde: m = massa do CDP (g) L = comprimento do CDP (mm) b = largura do CDP (mm) w = altura do CDP (mm) f = frequência de vibração em Hz (ciclos/segundo) Apoios rígidos M L d f => medido com sistema estroboscópico (lâmpada de frequência variável conhecida) Excitação (martelo) Sensor de frequência grampo Ensaios mecânicos Enori Gemelli 56 Viga livre-livre Equação teórica da frequência natural Modos de vibração (flexão): i = 1 => β1L = 4,73004074; i = 4 => β4L = 14,1371655 i = 2 => β2L = 7,85320462; i = 5 => β5L = 17,2787597 i = 3 => β3L = 10,9956078; 12 2 i i m EI L2 )L(f pi β = onde: fi = frequência natural para modo i (Hz) L = comprimento da viga (m) m 1 = massa da viga por unidade de comprimento I = momento de inércia da viga (m4) E = módulo de elasticidade (N/m2) Transdutor de força Modos de frequência de flexão I (dB) Hz i=1 Sensor 2 3 4
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