Buscar

Resumo oclusão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO PROVA DE MONITORIA OCLUSÃO
TRATAMENTO DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES E OCLUSÃO. 
ALUNO: VINICIUS RIBEIRO MONTEIRO
PROF. DR. DANIEL ALMEIDA
PARA DE MINAS, 2018
Resumo P1 – Oclusão
AULA 1 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO:
É uma entidade fisiológica, funcional, perfeitamente definida, integrada por um conjunto heterógeno de órgãos e tecidos cuja biologia e fisiopatologia são completamente dependentes. É responsável pela função de fala, deglutição e mastigação, também tendo papel na respiração e fala. 
Seus componentes são: ossos, músculos, articulações temporô-mandibulares, ligamentos, dentes, sistema vascular, sistema nervoso, língua, lábios e bochecha. 
Componentes ósseos: os três principais ossos que compõe o sistema mastigatório são a maxila e a mandíbula que contem os dentes e o osso temporal que dá a sustentação para a articulação temporô-mandibular e para a mandíbula. 
Maxila: constitui o componente fixo do sistema mastigatório, sendo composta por dois ossos, que se fundem na sutura palatina mediana, que formam o palato e os rebordos alveolares em sua face inferior, e em sua borda superior formam o assoalho da orbita e da cavidade nasal, e forma a maior parte do esqueleto facial. 
Mandíbula: é um osso em forma de U, ela não possui ligamentos ósseos com o crânio, sendo sustentada por ligamentos e músculos que possibilitam os movimentos funcionais do osso, ela sustenta os dentes da arcada inferior, o côndilo é a porção que se articula com o crânio, ele possui o polo medial mais proeminente que o lateral e é revestido por fibrocartilagem.
Temporal: o côndilo articula-se com a parte escamosa do osso temporal, essa porção ela é composta pela fossa mandibular (que pode ser conhecida como articular ou glenoide), possui formato côncavo antero-posterior, a eminencia articular possui diferentes graus de inclinação, sendo essa inclinação importante pois ela determina a trajetória do côndilo quando a mandíbula esta posicionada anteriormente, uma observação relevante e que o teto posterior da fossa mandibular é bastante fino o que indica que ela não é capaz de suportar forças excessivas. 
Componentes Musculares: Os componentes esqueléticos do corpo se mantem unidos e são movidos por ação dos músculos. Cada fibra do musculo é inervada por apenas uma terminação nervosa, o local onde a maior parte das terminações nervosas se encontram é chamada de placa motora terminal. 
As fibras musculares podem ser caracterizadas pela quantidade de mioglobina, sendo as que possuem muita mioglobina possuem uma cor vermelha mais escura e são capazes de uma contração lenta e sustentável sendo essas chamadas de fibras LENTAS ou do TIPO 1, tem mais resistência a fadiga, as fibras com baixa quantidade de mioglobina são mais claras e são chamadas de fibras musculares RAPIDAS ou do TIPO 2. 
Quatro pares de músculos compõe o grupo de músculos da mastigação, masseter, temporal, pterigoideo (medial e lateral) e o digastrico (esse sendo importante para a movimentação da mandíbula mas não é considerado musculo da mastigação).
Masseter: sua porção superficial (fibras são direcionadas para baixo e para trás) em a função de elevação da mandíbula o que dá a força de mordida, protrusão. Enquanto a sua porção profunda (fibras verticais) estabiliza o côndilo contra a eminencia articular. 
Origem: Arco Zigomático
Inserção: Borda lateral do ramo da mandíbula. 
Temporal: é um musculo capaz de coordenar os movimentos de fechamento da boca, sendo um importante musculo posicionador de mandíbula. ele pode ser subdivido em três porções conforme a disposição das suas fibras sendo elas O FEIXE ANTERIOR (possui fibras verticais) responsável pela elevação da mandíbula, o FEIXE MEDIO (possui fibras obliquas) responsável por realizar a elevação e retrusão da mandíbula e por ultimo o FEIXE POSTERIOR (possui fibras horizontais) que também atua na elevação e retrusão da mandíbula. 
Origem: Fossa temporal
Inserção: Processo Coronoide e borda anterior do ramo ascendente da mandíbula.
Pterigoideo Medial: tem função de elevação da mandíbula e atua ativamente na protusão, ele também e responsável pelo movimento de lateralidade da mandíbula (medioretrusivo). 
Origem: superfície da fossa pterigoidea. 
Inserção: superfície interna do ramo ascendente do ângulo da mandíbula. 
Pterigoideo Lateral: ele será descrito como dois músculos distintos existindo o superior que é ativo durante o fechamento mandibular e atua na força de resistência, e o inferior atua na protusão e na lateralidade. 
Origem Superior: superfície infra temporal da asa maior do esfenoide.
Inserção Superior: capsula articular, disco articular e colo do côndilo. 
Origem Inferior: Superfície externa da lamina do pterigoideo lateral
Inserção Inferior: Colo do côndilo. 
Digastrico: Ele possui a função de abaixamento da mandíbula, não sendo considerado um musculo da mastigação. Ele é dividido em dois ventres sendo o ventre anterior com sua 
Origem: Fossa digastrica da mandíbula 
Inserção: tendão intermediário do osso hioide. 
Articulação temporomandibular: é a área onde a mandíbula se articula com o crânio, ela e composta por ossos (temporal, mandíbula), disco articular, capsula articular, membrana sinovial, liquido sinovial, ligamentos articulares, musculatura associada. 
Disco articular: permite a articulação de superfícies ósseas, a ATM se divide em dois compartimentos, superior e inferior, separa os movimentos de rotação e translação, atua também na absorção das forças e facilita a lubrificação da ATM. Ele é subdividido em 3 áreas a zona posterior, intermediaria e anterior. Ele é formado por tecido conjuntivo fibroso, tem um potencial de regeneração reduzido, sua nutrição acontece por parte do liquido sinovial, ele é desprovido em sua maior parte de vasos sanguíneos e fibras nervosas. 
Divisão da Articulação: 
Cavidade superior: delimitada pelas fossas mandibulares do osso temporal e pela superfície superior do disco articular. 
Cavidade inferior: delimitada pelo côndilo mandibular e pela superfície inferior do disco. 
Capsula articular: A ATM é recoberta em toda sua extensão pela capsula, trata-se de um tecido flexível e altamente vascularizado e internamente é recoberta pela membrana sinovial. 
Membrana Sinovial: ela possui duas camadas e sua função é produzir o liquido sinovial. 
Camada intima: síntese de ácido hialuronico, síntese de proteínas.
Camada Subíntima: tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado, inervado e celular. 
Liquido sinovial: tem função de metabolismo e nutrição das estruturas avasculares, como o disco articular. Atua na lubrificação divisória e exsudativa (quando o liquido e liberado da superfície após a compressão das estruturas. Atua na proteção das células e superfícies articulares. E também é responsável por dissipação de forças. 
Ligamentos: eles desempenham um importante papel na proteção da ATM, são constituídos por fibras colágenas do tecido conjuntivo, que tem comprimentos específicos e não se esticam, mas elas podem sofrer alongamento no caso de forças repetitivas ou forças exageradas subitamente, quando isso ocorre as funções dos ligamentos podem ser comprometidas, eles não atuam diretamente no movimento da ATM, eles atuam como limitadores de movimentos e na sustentação, por serem vascularizados e inervados podem sofrer inflamações e ficarem doloridos. 
A ATM possui 5 tipos de ligamentos sendo eles os ligamentos, colaterais (discais), capsular, temporomandibular, esfenomandibular e estilomandibular. 
Ligamentos colaterais: atua restringindo os movimentos do disco quando este desliza anteriormente e posteriormente, ele permite o movimento passivo do disco com o côndilo. Esses ligamentos são responsáveis por dividir a articulação mediolateralmente em cavidades articulares superior e inferior. É responsável pelo movimento de dobradiça da ATM. 
Ligamento capsular: A ATM e circundada pelo ligamento capsular. Atua na retenção do liquido sinovial, por ser bem inervadoproporciona o estimulo PRIOCEPTIVO sobre o posicionamento e movimentação da ATM. Suas fibras são inseridas ao longo do osso temporal, e também possui fibras inseridas inferiormente no colo do côndilo. Age para resistir às forças mediais ou laterais ou inferiores que tendem a separar as superfícies articulares. 
Ligamento temporomandibular: Reforça o ligamento da capsula articular, ele faz fusão com o ligamento colateral, limita o movimento da ATM e o mov. Medial do lado oposto, ele é composto por duas camadas, uma porção Horizontal e interna que limita o movimento de retrusão da mandíbular. E uma porção obliqua e externa que impede a queda excessiva do côndilo limitando a abertura da boca.
Ligamento acessório (esfenomandibular): Não tem qualquer efeito limitador siginificativo na abertura da mandíbula, sua união acontece no osso esfenoide.
Ligamento acessório (estilomandibular): atua limitando o movimento de protrusão excessiva da mandíbula. Ele tem origem no processo estiloide e estende ate a borda posterior da mandíbula. 
FISIOLOGIA DO SISTEMA MASTIGATORIO E NEUROANATOMIA FUNCIONAL:
Sistema nervoso central: é representado pelo encéfalo e medula espinhal, que recebem por sinapses as informações e as interpretam de maneira adequada, resultando na determinada resposta, ação. 
Reflexo: é o resultado de um impulso sensorial transmitido diretamente par um neurônio motor, atuando no controle dos movimentos normais e como proteção dos tecidos contra lesões. Existem dois tipos de reflexos importantes para as funções mastigatórias o reflexo miotático e nociceptivo. 
Reflexo miotático: É um reflexo de proteção muscular, ocorre quando um musculo é estirado rapidamente e imediatamente vem o reflexo responsável por realizar a contração daquele musculo. O reflexo miotático ocorre sem uma resposta especifica do córtex e é muito importante na determinação da posição de repouso da mandíbula. Outra característica é que esse reflexo é um dos principais determinantes do tônus muscular nos músculos elevadores, devido a ação de estiramento passivo causado pela ação da gravidade. 
Ou seja resumidamente o reflexo miotatico é importante na posição de descaso muscular e atua protegendo o sistema mastigatório de repentino estiramento de um musculo o que mandtem a estabilidade do sistema e a tonicidade muscular. 
Reflexo nociceptivo: PROTEGE OS DENTES E AS ESTRUTURAS DE SUPORTE DOS DANOS CRIADOS POR UMA FORÇA SUBTA MUITO PESADA (INIBIÇÃO ANTAGONICA), É QUANDO A PESSOA MORDE ALGO DURO E IMEDIATAMENTE PARA DE MASTIGAR E SEPARA OS DENTES A FIM DE EVIDAR LESÕES AS ESTRUTURAS. É um reflexo polissinaptico reflexor. 
O que acontece durante a transmissão do estimulo? 
Quando as informações dos receptores sensoriais atingem os Interneurônios duas ações distintas acontecem. Os Interneurônios excitatórios que conduzem os neurônios eferentes no núcleo motor trigeminal dos músculos que abrem a boca são estimulados, de modo a se contraírem. E ao mesmo tempo as fibras dos Interneurônios INIBITORIOS faz com que os músculos elevadores da mandíbula relaxem. Sendo o resultado final disso o abaixamento da mandíbula de modo a afastar os dentes do objeto que provocou o estimulo. (sendo esse processo chamado de inibição antagônica).
Mastigação: Ato de mastigar os alimentos representa o estagio inicial da digestão, quando o alimento é quebrado em partículas menores para facilitar a deglutição. Segundo alguns estudos não ocorrem contatos oclusais durante a mastigação podendo eles ocorrem apenas nos estágios finais da mastigação. Uma curiosidade é que a mordida do homem é mais forte que a da mulher. 
Ciclo Mastigatório: O ciclo mastigatório completo tem um padrão em forma de lagrima, ele esta sob o controle do GPC (GIRO PÓS CENTRAL) localizado no tronco encefálico. Ele pode ser dividido em fase de abertura e fase de fechamento (sendo essa ultima subdivida em duas, fase de esmagamento e fase de trituração) 
Abertura: do ponto de intercuspidação até um ponto onde as bordas incisais são separadas a uma distância de 16mm a 18mm.
Esmagamento: Dentes separados por 3mm; cúspides vestibulares inferiores sobre as cúspides vestibulares dos superiores. 
Trituração: Mandíbula guiada para a posição de intercuspidação, planos inclinados das cúspides cruzam, ocorrendo o corte e trituração do bolo alimentar. 
Deglutição: é uma serie de contrações musculares coordenadas que movimentam o bolo alimentar da cavidade oral para o estomago. Para que a pessoa decida engolir e preciso se observar diversos fatores como, consistência dos alimentos, sabor, lubrificação, fechamento dos lábios, posição de máxima intercuspidação, estabilização da mandíbula. Existem dois tipos de deglutição a que ocorre nos bebes que é a visceral (ela ocorre quando não existe dentes para que se estabilize a mandíbula) e a somática (ocorre no adulto quando dentes são utilizados para se estabilizar a mandíbula). A Deglutição ocorre em 3 estagios, que são eles:
Primeiro estágio: voluntario, separação do alimento mastigado e o bolo alimentar e transferido da cavidade oral para faringe. 
Segundo estágio: Movimentos peristálticos o conduzem até o esôfago, palato mole sela as passagens nasais e a epiglote bloqueia as vias respiratórias.
Terceiro estágio: Movimentos peristálticos o conduzem ate o estomago sendo essa fase totalmente involuntária. 
Fala: a fala pode ser considerada um reflexo condicionado após ela ter sido aprendida, ela ocorre através do volume de ar que é forçado a partir dos pulmões pelo diafragma passando pela laringe (cordas vocais e chegando a cavidade oral). Os sons de interesse protético são: K.G, M, P.B, F.V, N, T.D, TH. 
AULA 2 - RELAÇÕES MAXILO MANDIBULARES:
Existem dois tipos de relações maxilo-mandibulares, que são as estáticas e dinâmicas. 
Dimensão vertical: É uma das relações intermaxilares, no sentido vertical, estabelecida pela distancia de separação entre a mandíbula e a maxila, sob condições especificas. 
Posição postural de repouso (PPR): posição fisiológica de repouso mandibular, estabelecida por um estado de contração mínima dos músculos abaixadores e elevadores em que os dentes NÃO SE ENCONTRAM EM OCLUSÃO. 
Dimensão vertical de repouso (DVR): distancia entre dois pontos arbitrários, um na maxila e outro na mandíbula, quando a mesma esta em sua posição postural de repouso (os dentes não estão em oclusão). 
Dimensão vertical de Oclusão (DVO): 
É a distancia entre dois pontos arbitrários, um na maxila e outro na mandíbula, quando os dentes estão em oclusão; 
A DVO é sempre menor que a DVR
Entre a DVR e a DVO sempre haverá uma distância de separação (espaço funcional livre EFL).
Espaço Funcional Livre (EFL): é a pequena distância que separa a DVO da DVR. Ou seja é o resultado da DVR – DVO = DVL. É uma necessidade fisiológica fundamental para o desempenho do sistema mastigatório. 
Dimensão Vertical Reduzida: 
Ocorre um aumento do EFL
Lesões nas comissuras
Diminuição do tônus muscular
Rugas e sulcos acentuados 
Aparência facial encurtada
Diminuição da eficiência mastigatória. 
Dimensão vertical aumentada: 
Fadiga e tensão dos músculos mastigatórios. 
Apertamento. 
Estresse nos tecidos de suporte e periodontais. 
Recessões 
Reabsorção óssea alveolar 
Aumento da mobilidade dental 
Dor miofascial 
Dificuldades na fala, mastigação e deglutição.
Estética (dificuldade de fechar os lábios)/sorriso o aparente.
Relação central (RC): É o termo utilizado para designar a posição da mandíbula quando os côndilos estão ortopedicamente estáveis. Conclusões de estudos eletromiograficos demonstram que os músculos da mastigação funcionam mais harmonicamente quando os côndilos estão em RC, e os dentes se encontram em máxima intercuspidação (MIH). Ou seja, há uma tendência em definir a RC como sendo a posição mais musculo-esqueleticamente estável da mandíbula. 
Existem dois conceitos para definir RC, o clássico e o moderno. 
Clássico: Posição mais superior e posterior dos côndilos nas fossas mandibulares.Moderno: Posição mais superior e anterior dos côndilos nas fossas mandibulares.
 Essa posição ela existe quando os côndilos estão em suas posições ântero-superiores (classificação moderna) na fossa mandibular, apoiados nas vertentes posteriores da eminencia articular, com os discos interpostos corretamente (côndilos sobre zona intermediaria). 
Essa posição tem função de proteção por dar a articulação uma capacidade de resistir a forças. 
Máxima intercuspidação habitual (MIH): é a posição maxilo-mandibular com o maior numero de contatos entre os dentes antagonistas. Côndilos não estão em RC. Pode se observar os contatos prematuros nessa fase. 
Relação de Oclusão Central: é uma posição estabelecida quando os dentes se encontram em máxima intercuspidação (MIH) e em relação central (RC). 
MECANICA DO MOVIMENTO MANDIBULAR: 
É uma serie complexa de atividades de rotação e translação inter-relacionadas, determinados pela atividade combinada e simultânea de ambas as articulações. Sendo alguns desses movimentos a rotação, translação, abertura e fechamento, lateralidade e protusão. 
Rotação: a rotação ocorre quando os dentes são separados e ocluídos sem a mudança de posição dos côndilos, é o movimento entre a superfície superior do côndilo e a superfície inferior do disco, existem rotação em três planos de referência, horizontal, vertical (ou frontal), sagital. 
Horizontal: é o movimento de abertura e fechamento da boca, nesse movimento não ocorre a translação do eixo. Sendo esse movimento raro durante a função normal.
Vertical: Côndilo se move anteriormente para fora da posição terminal de rotação enquanto o eixo terminal do côndilo oposto permanece na posição terminal de rotação. Esse movimento isolado não ocorre naturalmente.
Sagital: O côndilo se move inferiormente enquanto o outro permanece na posição terminal de rotação. Esse movimento não ocorre isoladamente. 
Translação: ocorre quando o movimento tem a mesma velocidade e direção em cada ponto do objeto, isso ocorre na mandíbula quando ela se desloca para frente, ocorre dentro da cavidade superior da articulação, entre a superfície superior do disco e a superfície inferior da fossa articular. 
Movimentos Bordejantes: Os movimentos bordejantes acontece quando a mandíbula se movimenta através dos limites externos do movimento, o que resulta em limites descritíveis e reprodutíveis.
O movimento bordejante no plano sagital pode ser subdivido em quatro, bordejante de abertura posterior, que ocorre como um movimento de dobradiça em dois estágios o primeiro ocorre com os côndilos em posição de relação Centrica, ocorrendo uma rotação dos côndilos que estão estabilizados o que leva a abertura da boca, o segundo estágio ocorre a medida que os côndilos transladam e o eixo e rotação da mandíbula passa para o corpo dos ramos, resultando no movimento de abertura posterior bordejante, o eixo de rotação se localiza na área de inserção dos ligamentos esfenomandibulares, durante esse processo ocorre o movimento o côndilo se direciona anterior e inferiormente, e a porção anterior da mandíbula se direciona posterior e inferiormente, o que leva a abertura máxima da boca; bordejante de abertura anterior, é um movimento acompanhado pela contração dos M. Pterigoideos laterais inferiores (que mantem o côndilo estável em sua posição anterior), o que produz um movimento de fechamento da boca até a máxima protusão sem a movimentação do côndilo ocorrendo apenas a rotação. Esse movimento não e considerado um movimento de rotação pura; Bordejantes de contato superior, ele é determinado pelas características das superfícies oclusais dos dentes, durante todo o movimento dentário o contato dentário é presente, por isso pode se afirmar que qualquer alteração nos dentes o movimento será alterado, ; bordejantes funcionais, ocorre durante a atividade funcional da mandíbula, geralmente ocorrem dos movimentos bordejantes por isso é considerado um movimento mais livre, o movimento começa em máxima intercuspidação habitual (MIH), ocorrendo para baixo e ligeiramente para a frente até a posição desejada de abertura, então retorna em um trajeto mais regular posterior ao movimento de abertura, esse movimento pode ser influenciado pela postura do corpo. 
Movimentos bordejantes e funcionais no plano horizontal, um aparelho chamado de registro do arco gótico é utilizado para registrar os movimentos mandibulares no plano horizontal. Podendo ser observados quatro tipos de movimentos realizados nesse plano, como o bordejante lateral esquerdo, o movimento ocorre devido a contração do pterigoide lateral inferior direito, enquanto o m. pterigoideo inferior esquerdo continua relaxado isso faz com que o côndilo direito rotacione e o esquerdo fique parado em posição de relação Centrica (RC) o que realizara o movimento para a esquerda; Bordejante lateral esquerdo continuado com protusão, com a mandíbula em posição de bordejante lateral esquerda, o m. pterigoideo lateral inferior esquerdo inicia a sua contração o que vai deslocar o movimento anteriormente para a direita, mas como o côndilo direito já está na sua posição anterior máxima o movimento continuará se desviando até que se coincida com a linha média da face. Bordejantes laterais direitos, o movimento ocorre devido a contração do pterigoide lateral inferior esquerdo, enquanto o m. pterigoideo inferior direito continua relaxado isso faz com que o côndilo direito rotacione e o direito fique parado em posição de RC o que realizara o movimento para a direita; bordejantes lateral direito continuado com protusão, com a mandíbula em posição de bordejante lateral direita, o m. pterigoideo lateral inferior direito inicia a sua contração o que vai deslocar o movimento anteriormente para a esquerda, mas como o côndilo esquerdo já está na sua posição anterior máxima o movimento continuará se desviando até que se coincida com a linha média da face; Movimentos funcionais, os movimentos funcionais no plano horizontal na maioria das vezes ocorrem mais perto de MIH, a medida que o alimento é triturado essa distância diminui, a posição exata da mandíbula é ditada pela configuração oclusal existente. 
Movimentos bordejantes e funcionais no plano frontal (vertical), um padrão em forma de escudo é observado com quatro componentes de movimentos distintos, bordejante superiores laterais esquerdos, com a mandíbula em máxima intercuspidação é realizado um movimento para a esquerda, de influência secundaria são as relações côndilo-disco-fossa e a morfologia do lado de trabalho da ATM, sendo a extensão máxima determinada pelos ligamentos da articulação em rotação; bordejantes de abertura laterais esquerdos, da posição bordejante superior lateral esquerda máxima, um movimento de abertura da mandíbula produz um traçado convexo lateral, à medida que a abertura máxima é alcançada ocorre a contração dos ligamentos o que faz com que o movimento se direcione no sentido da linha media mandibular para coincidir com a linha media da face; movimentos bordejantes superiores laterais direitos, é semelhante ao bordejantes superiores laterais esquerdos mas podem ocorrer diferenças devido aos contatos dentários envolvidos; bordejantes de abertura laterais direitos, da posição bordejante superior lateral direita máxima, um movimento de abertura da mandíbula produz um traçado convexo lateral, à medida que a abertura máxima é alcançada ocorre a contração dos ligamentos o que faz com que o movimento se direcione no sentido da linha media mandibular para coincidir com a linha media da face, semelhantemente a forma como ocorre no bordejantes de abertura laterais esquerdos; movimentos funcionais, como nos outros planos o movimento funcional inicia e termina em MIH, durante a mastigação a mandíbula se movimenta em direção ao lado que existir o bolo alimentar. 
 Na figura:  Gráfico do Movimento Plano Sagital
1. Oclusão central
2. Relação central
3. Abertura em chameira (rotação)
4. Rotação e translação
5. Abertura máxima
6. Protrusão total com elevação
7. Retrusão
8. Fechamentohabitual
Gráfico do Movimento Plano Horizontal 
1 – Movimento Bordejante Lateral Superior Esquerdo
2 – Movimento Bordejante Anterior Lateral Esquerdo 
3 - Movimento Bordejante Lateral Superior Direito
4 - Movimento Bordejante Anterior Lateral Direito PIC – Posição de Intercuspidação P – Posição Postural Articuladores 
Para entender essa figura ler pagina 69 do livro Okeson., J. P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. Rio de Janeiro: Elsevier, 7ª edição, 2013.
Lateralidade: é o movimento lateral da mandíbula
Lado de trabalho: é o lado para o qual a mandíbula se desloca aproximadamente 10mm
Lado de balanceio: é o lado oposto para o qual a mandíbula se desloca 10mm, ou seja se a mandíbula esta se deslocando para o lado direito, o lado esquerdo é o de balanceio. 
Protrusão: é o movimento mandibular na direção póstero-anterior de aproximadamente 10mm. 
AULA 3 – RELACIONAMENTO DENTÁRIO:
Oclusão: ela pode ser entendida como a relação dos dentes superiores e inferiores, quando em contato funcional, estático e durante os movimentos mandibulares. 
Forças que determinam a posição do Dente: o alinhamento da dentição nos arcos dentários ocorre como resultado de forças multidirecionais complexas que atuam no dente após sua erupção, ate que o dente esteja posicionado em um local onde as forças opostas que influenciam o posicionamento encontrem um equilíbrio. A estabilidade oclusal é a capacidade de neutralização das forças que tendem a movimentar os dentes, sendo as principais forças de origem vertical ou horizontal,
Verticais: forças eruptivas, contatos dentários 
Horizontais: mucosa jugal, língua, contatos proximais, lábios e bochechas. 
Uma observação e que qualquer mudança nas forças pode acarretar no movimento dentário se essas forem maiores que a força antagonista. 
Alinhamento dentário INTRA-ARCO: refere-se a relação dos dentes entre o si dentro do arco dentário, os planos oclusais dos arcos dentários são curvados de maneira a permitir a máxima utilização dos contatos dentários durante a função o que não seria possível se os arcos fossem retos. Na mandíbula os dentes tanto anteriores quanto posteriores se encontram mesialmente inclinados, na arcada maxilar existe um padrão diferente de inclinação dentes anteriores se encontram mesialmente inclinados, e os dentes posteriores ficando mais distalmente inclinados. Se traçarmos uma linha imaginaria através das pontas de cúspides vestibulares, será observada uma curvatura convexa para o arco superior e uma curvatura côncava para o arco inferior, essas linhas se encaixam perfeitamente quando os dentes entram em oclusão. Algumas curvas foram descritas entre elas a de SPEE e de WILSON. 
Curva de spee: è uma linha curva no sentido anteroposterior que tangencia as pontas de cúspides vestibulares dos dentes posteriores e as bordas incisais dos anteriores, ela foi descrita por Von Spee, em 1890, como côncava, no nível dos dentes superiores, e sendo o ponto mais inferior a ponta da cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior. 
Curva de Wilson: Wilson observou que os dentes superiores são vestibularizados, e que os dentes posteriores inferiores são lingualizados, e que se fosse traçada uma linha nas pontas de cúspide vestibulares e linguais dos dentes posteriores poderia se observar uma curvatura convexa para o arco superior e côncava para o arco inferior. 
Superfícies oclusais: Durante a função essas superfícies permitem a quebra do alimento e a mistura com a saliva, para formar um bolo mais fácil de ser deglutido, a superfície oclusal pode ser subdivida em diversas partes como, 
Mesa oclusal: que é a área do dente entre as pontas de cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores, sendo nessa região que ocorre a maior parte das forças mastigatórias. 
Cúspides: porção mais elevada localizada na superfície oclusal de molares e pré-molares. 
Vertentes: são as diferentes faces das cúspides, existindo as triturantes (estão na mesa oclusal) e as lisas. 
Fossas: 
Sulcos: 
Cristas marginais: são as estruturas marginais que estão nas proximais do dente em sua coroa. 
Alinhamento dentário INTER-ARCO: Refere-se à relação dos dentes de um arco com os do outro arco. Refere-se ao contato oclusal estabelecidos entre as duas arcadas durante o fechamento. A bochecha e a língua tem um papel importante na deposição de alimentos na mesa oclusal dos dentes de modo a facilitar a trituração do alimento, a relação vestíbulo-lingual dos dentes auxilia na proteção dos tecidos moles. 
Cúspides de contenção: VESTIBULARES INFERIORES E PALATINAS SUPERIORES (VIPS) responsáveis por manterem a distancia entre maxila e a mandíbula (DVO) importantes na mastigação. Elas ocluem com as cristas marginais, exceto as cúspides mediana do primeiro molar inferior, distovestibulares do 2 e 3 molares inferiores e meiopalatinas dos molares superiores que ocluem com as fossas centrais dos seus respectivos antagonistas. 
Cúspides de NÃO-contenção: LINGUAIS INFERIORES E VESTIBULARES SUPERIORES (LIVS) minimizar o impacto tecidual (tem função de proteção), manter o bolo alimentar na mesa oclusal, e dar estabilidade oclusal. 
Relação cúspide fossa: Todas as cúspides de contenção Centrica ocluem na fossa central do antagonista. Esse tipo de relacionamento deverá ser utilizado para reabilitações extensas. 
Relação de contato oclusal cúspide x crista marginal: a ponta de cúspide pode realizar seus contatos oclusais com fossa centrais ou com cristas marginais, sendo que todos os dentes sempre se relacionam com dois dentes antagonistas com exceção dos incisivos centrais inferiores e dos terceiros molares superiores. 
Contatos Oclusais Posteriores: ao se examinar os contatos posteriores Angle utiliza a posição do primeiro molar como referencia para criar certas classificações, existindo um total de 3:
Classe I de Angle: A cúspide mesiovestibular do primeiro molar SUPERIOR alinha-se diretamente sobre o sulco vestibular do primeiro molar INFERIOR. 
Classe II de Angle: A cúspide mesiovestibular do primeiro molar INFERIOR alinha-se com o sulco vestibular do primeiro molar SUPERIOR. (maxila posicionada para frente) 
Classe III de Angle: A cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior está situada sobre o nicho entre o primeiro e o segundo molar inferior. (mandíbula se encontra esticada, mordida que se chover o carinha morre afogado por causa da boca ficar meio aberta). 
Contatos Oclusais Anteriores: podem ser encontrados contatos leves ou ausência de contatos, durante a oclusão normal quando comparado com os dentes posteriores, a função dos contatos anteriores é de guiar a mandíbula durante os movimentos, os contatos dentários anteriores que fornecem a orientação para a mandíbula são chamados de guia anterior. 
A guia anterior tem suas características ditadas pela exata posição e relação dos dentes anteriores, o que pode ser examinado tanto horizontalmente quando verticalmente. A distancia horizontal pela qual os dentes anteriores maxilares sobrepõem os dentes anteriores mandibulares e chamada de TRESPASSE HORIZONTAL OU OVERJET. Enquanto o a guia anterior a ser examinada na vertical é conhecida como TRESPASSE VERTICAL OU OVERBITE sendo ela a distancia em que os dentes superiores se projetam verticalmente sobre os inferiores (3-5mm). 
Os dentes anteriores têm função importante no início do processo mastigatório no corte de alimentos, e também na fala, suporte labial e na estética. 
Movimentos excêntricos: 
Protrusão: ocorre quando a mandíbula se movimenta para frente a partir da posição de MI.
Lateralidade: ocorre quando a mandíbula se movimenta para o lado a partir da posição de MI.
Retrusão: ocorre quando a mandíbula se movimenta para trás a partir da posição de MI. 
OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA: 
contatos de dentes posteriores e ausência de contatos ou contatos leves nos anteriores (em Máxima Intercuspidação).
em PROTRUSÃO dentes anteriores desocluem os posteriores.
Em LATERALIDADE desoclusão pelos caninos no ladode trabalho, no lado de balanceio deve existir ausência de contatos. 
AULA – 4 ARTICULADORES:
Definição: o articulador é um aparelho destinado à fixação dos modelos, reprodução das relações intermaxilares e dos movimentos mandibulares. 
Ele é capaz de reproduzir importantes movimentos bordejantes da mandíbula.
Os modelos em articulador são montados na posição musculoesquelética mais estável que é Relação Central (RC) 
Importância/utilização: 
Uso no Diagnostico: Permite tanto a visualização estática quanto funcional da inter-relação dos dentes e também uma visão lingual da oclusão do paciente que não pode ser vista clinicamente. Pode ser realizado o diagnostico sem a interferência do sistema neuromuscular 
Uso no Planejamento: O melhor método de executar o tratamento é desenvolver um planejamento que não apenas elimine os fatores etiológicos identificados, mas que o faça de maneira lógica e ordenada. 
Desgaste seletivo: é utilizado no planejamento para se saber quais as estruturas devem ser desgastadas e o tamanho do desgaste a ser realizado, de modo a saber se será necessário realizar um outro procedimento como ortodontia, e coroas (caso o desgaste precise ser grande)
Enceramento Funcional: no caso de dentes comprometidos, ou ausentes se torna necessário procedimentos protéticos para restaurar a função, o planejamento através do enceramento permite a visualização do tratamento final esperado e também a reflexão sobre quais quer problemas que possam ser encontrados enquanto o objetivo estiver sendo buscado. 
Enceramento Estético: o enceramento estético e voltado para dentes anteriores e permite a visualização dos resultados viáveis mais agradáveis esteticamente e fornece ao dentista e a ao paciente uma ideia do que pode ser esperado quando o tratamento for concluído. 
Planejamento de próteses fixas: o desenho especifico de uma prótese, depende das condições funcionais e estéticas da boca, o que é possível ser visualizado em modelos de diagnostico, esse tipo de planejamento permite observar áreas que precisam de reforço para suportar as forças oclusais, como fazer a prótese ser funcional e estética e quais as áreas em que a estética pode ser a consideração principal. 
Uso no Tratamento: o articulador não trata o paciente, ele é utilizado para que seja possível desenvolver dispositivos capazes de realizar o tratamento ou que irão auxiliar no mesmo, como a confecção de placas oclusais, próteses fixas, próteses removíveis, próteses sobre implante. 
Limitações no uso de articuladores: Ausência de propriocepção, não tem mobilidade do periodonto, não tem elasticidade, compressibilidade e resiliência da ATM e mucosa oral, não sofre ações da musculatura. 
Observações de vantagens do uso do articulador: são duas vantagens principais, a primeira e a possibilidade da melhor visualização das interações estáticas funcionais dos dentes, pois não existem tecidos moles para dificultar a visualização, e também se torna possível uma visualização da oclusão por lingual o que não pode ser visto clinicamente. A outra vantagem se relaciona a capacidade de reproduzir os movimentos mandibulares sem a influencia do sistema neuromuscular do paciente. 
Tipos de articuladores e as suas classificações:
Os articuladores odontológicos são separados em três categorias gerais, de acordo com a sua capacidade de se ajustar e duplicar o movimento condilar especifico do paciente, geralmente quando mais ajustável mais preciso ele é na duplicação dos movimentos condilares do paciente. 
Articulador não-ajustável: é o tipo mais simples disponível no mercado, não é possível qualquer ajuste para adapta-lo ao mais próximo dos movimentos condilares específicos do paciente, a única posição especifica possível nesse articulador e a posição de máxima intercuspidação habitual (MIH). 
Suas limitações são: incapacidade de movimentação lateral, arco de abertura e fechamento incorreto em relação ao realizado pela mandíbula (devido a não utilizar o arco facial não se sabe a inclinação da maxila), maior tempo clinico despendido para ajuste. 
Suas características são: não aceita o arco facial, montagem arbitraria, posição única ROC ou MIH, ausência de movimentos excêntricos, maiores interferências oclusais, baixo custo, simplicidade de montagem, próteses unitárias. 
Articulador semi-ajustável: Ele permite uma maior variabilidade na duplicação dos movimentos condilares que o articulador não ajustável. 
Suas características são: guias ajustáveis (guia anterior, DIC, guia condilar sagital e lateral), aceitam arco facial (através disso consegue se obter a inclinação da maxila), custo acessível, técnica simples, precisão de oclusão, fornece grande numero de informações que se aproximam da realidade fisiológica do paciente, tem boa relação custo benefício. 
Quatro tipos de ajuste permitem uma aproximação dos movimentos condilares do paciente, que são eles: Guia condilar sagital, guia condilar lateral, distancia intercondilar e guia incisal.
Guia condilar sagital: é o ângulo formado pela inclinação da cavidade articular com o plano horizontal, aproximadamente 30°. 
Guia condilar lateral (ângulo de bennett): Ângulo formado pelo côndilo de balanceio com o com o plano sagital em direção a linha mediana, aproximadamente 15°.
Distancia intercondilar: É a distancia entre os centros rotacionais dos côndilos sendo essa distância 1- pequena, 2- média, 3- grande.
Utilização: diagnostico oclusal, tratamentos ortodônticos, tratamentos restauradores, tratamentos protéticos. 
os articuladores semi ajustáveis possuem duas classificações, arcon e não-arcon.
Arcon: as esferas condilares, que representam os condilos, estão no ramo inferior e as superfícies articulares estão no ramo superior. Imitam as relações anatômicas dos ossos maxila e mandíbula. 
Não-arcon: As esferas condilares, que representam os côndilos, estão no ramo superior, e as superficies articulares estão incorporadas ao ramo inferior. 
Observação e que apesar das diferenças entre os articuladores Arcon e não-arcon, não existem comprovações de vantagens clinicas de um sobre o outro. 
Componentes: corpo, ramo superior, ramo inferior, pino incisal, mesa incisal, placa de montagem. 
Acessórios: 
Arco Facial: transferir a posição tridimensional da maxila em relação à base do crânio, do paciente para o articulador; transferir o verdadeiro arco de fechamento mandibular; registrar a distancia intercondilar. Ele é importante por posicionar os modelos no espaço geométrico do articulador em relação à base do crânio de referência: fossa articular e maxila. 
Articulador totalmente ajustável: ele é o instrumento mais sofisticado na odontologia, para a duplicação de movimentos mandibulares. 
Características: grande capacidade de reproduzir movimentos excêntricos mandibulares, registro exato dos movimentos, alta precisão, interferências oclusais mínimas, precisão na oclusão, grande complexidade, maior tempo clinico, elevado custo. 
	ARTICULADORES
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	NÃO AJUSTÁVEL
	Custo baixo, rápida montagem de modelos
	Pouquíssima precisão
	SEMI-AJUSTÁVEL
	Regulagem de guia condilar e distancia intercondilar
	Maior tempo gasto para montagem 
	TOTALMENTE AJUSTÁVEL
	Reprodução fiel dos movimentos mandibulares
	Montagem complexa maior custo
Para se saber qual o melhor articulador para cada paciente deve-se observar as seguintes questões: reconhecimento de certas características da oclusão do paciente, extensão dos procedimentos restauradores planejados, entendimento das limitações do sistema do articulador, habilidade do clinico. 
AULA – 5 MONTAGEM DOS MODELOS EM ARTICULADOR
Sequencia clinica para montagem: 
Moldagem.
Obtenção de modelo.
Tomada de arco facial.
Montagem do modelo superior.
Registro interoclusal. (JIG) e cera 7
Montagem do modelo inferior. 
AULA 6 – OCLUSÃO FISIOLOGICA E TRAUMATICA
Oclusão Ideal: 
Relação central: essa posição existe quando os côndilos estão em suas posições mais anterô-superiores na fossa mandibular,apoiados nas vertentes posteriores das eminencias articulares, com os discos interpostos corretamente, (côndilos sobre zona intermediaria). Sendo a posição quando os côndilos se encontram estáveis. 
RC + MI = ROC : quando a mordida se encontra em relação central e máxima intercuspidação e formada a relação de oclusão central. 
Dimensão vertical de oclusão adequada: o relacionamento maxilo-mandibular no sentido vertical permite não somente uma aparência estética satisfatória, mas principalmente, prove equilíbrio muscular durante os processos de mastigação, deglutição e fala. 
Posição de repouso postural proporcione distancia inter-oclusal apropriada ao paciente: necessidade fisiológica, fundamental para o desempenho funcional do sistema mastigatório, existindo um valor médio de 2 a 4 mm. DVR – DVO = EFL. 
Contatos funcionais ideais dos dentes: deve ocorrer contatos simultâneos e homogêneos de todos os dentes posteriores, e a as forças devem ser dirigidas verticalmente para o longo eixo do dente (carga AXIAL). Quando dentes antagônicos se contatam nas VERTENTES, são estabelecidas forças de inclinação que tendem a causar compressão, de certas áreas do ligamento periodontal e distensão de outras. 
Uma observação sobre as forças de compressão: os tecidos osseos não toleram forças de pressão, isso leva a reabsorção do osso, com isso o ligamento periodontal exerce uma importante função ao ajudar a controlar essas forças de compressão, e com o recebimento dessas forças o ligamento periodontal atua tracionando o osso, e a força de tração atua na estimulação de formação óssea. Outra observação e que forças verticais são bem aceitas pelo ligamento periodontal e forças horizontais NÃO são bem aceitas pelo Ligamento periodontal, essas forças podem desencadear respostas patológicas ou neuromuscular reflexa a fim de evitar ou resguardar os contatos das vertentes. 
Contatos simultâneos e homogenos nos dentes posteriores: suportam mais forças no sentido ocluso cervical que os anteriores, possuem raiz mais larga. 
Dentes anteriores: são preparados para guiar a mandíbula durante movimentos excêntricos. Possuem raízes mais longas, melhor proporção coroa raiz. 
OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA: contatos de dentes posteriores, ausência ou contatos leves nos anteriores. Em protrusão dentes anteriores desocluem os posteriores. Em lateralidade o lado de trabalho realiza a desoclusão pelo canino, enquanto no lado de balanceio ocorre a ausência de contatos. 
Requisitos: mastigatórios, deglutição, respiração e fala sejam atingidos de maneira satisfatória, não se pode detectar sinais ou sintomas de dor ou disfunção em qualquer componente do sistema mastigatório. 
Uma observação é que o padrão de contato oclusal influencia fortemente o controle muscular de uma posição mandibular. Quando o fechamento da mandíbula na posição musculoesquelética estável cria uma condição oclusal instável, o sistema neuromuscular rapidamente inicia uma ação muscular apropriada para localizar a posição mandibular que irá resultar numa condição oclusal mais estável. Por essa razão, a posição musculo esquelética estável das articulações pode ser mantida apenas quando esta em harmonia com uma condição oclusal estável. A condição oclusal estável deveria permitir o funcionamento efetivo, enquanto minimiza danos a qualquer componente do sistema mastigatório. 
TOPICOS DA OCLUSÃO IDEAL: 
Relação central (RC) coincide com a máxima intercuspidação (MI)
Dimensão vertical e EFL adequados
Contatos homogêneos e simultâneos de dentes posteriores
Forças dirigifas para o longo eixo do dente
Dentes anteriores com contatos leves ou sem contatos em MI
Lateralidade: desoclusão pelos caninos
Protrusão ou guia anterior
Função básica (mastigação, deglutição, fala e respiração)
Ausência de dor. 
OCLUSÃO FISICOLOGICA: 
Encontrada com frequência na dentição natural
Apresenta uma ou mais variações da oclusão ideal
Estética e funcionalidade satisfatória
Sem necessidade de intervenção terapêutica. 
CRITERIOS DE UMA OCLUSÃO FISIOLOGICA: 
RC não coincide com MI
Estabilidade oclusal: presença de desgaste dental como consequência dos movimentos fisiológicos, sem tendência dos dentes a extruir, desviar ou girar
Estética aceitável pelo paciente: diastema entre os incisivos centrais superiores, pode ser ou não ser aceitável depende do paciente
Ausência de sinais ou sintomas que envolvam o ligamento periodontal e a ATM. 
OCLUSÃO TRAUMATICA:
Apresenta um ou mais desvios da oclusão ideal
Associado a sinais e sintomas de patologias dentarias
Problema superou a capacidade adaptativa do organismo
Necessidade de tratamento. 
O que é oclusão traumática? É quando o ato de ocluir os maxilares resulta em lesão das estruturas de suporte dos dentes. 
Trauma Oclusal primário: É uma reação tecidual desencadeada ao redor de um dente que apresenta periodonto com altura normal (força anormal atuando sobre o periodonto normal).
Trauma Oclusal secundário: Relacionado a situações onde forças oclusais causam danos ao periodonto com altura reduzida, com perda de inserção. (Forças normais/anormais atuando sobre o periodonto anormal).
Fatores predisponetes:
Resultado de várias condições desfavoráveis combinadas: 
Contato prematuros;
Desarmonias oclusais; (perdas de dentes)
Graus variados de tensões emocionais; (hábitos parafuncionais)
Presença de restaurações defeituosas; 
Próteses mal adaptadas, inclinação dos dentes.
SINAIS CLÍNICOS: 
Sensibilidade das Estruturas Periodontais 
Sensibilidade das Estruturas Pulpares
Mobilidade dentaria. 
Hipertonicidade dos Músculos Mastigatórios
Dor muscular e da ATM
Abfração: perda patológica de tecido duro em decorrência de forças excessivas, que causam uma flexão dentária e consequente fadiga do esmalte e dentina, em um local distante do ponto da carga oclusal
Atrição: É o desgaste resultante do contato dente-a-dente por meio de movimentos funcionais ou parafuncionais, incluindo a mastigação e bruxismo, é um padrão anormal de desgaste
SINAIS RADIOGRAFICOS:
Descontinuidade da lâmina dura 
Condensação óssea
Reabsorção óssea vertical
Espessamento do ligamento periodontal
Hipercementose
Reabsorção radicular externa
TRATAMENTO:
Ajuste oclusal 
Reabilitações/restaurações 
Tratamento periodontal
Placas oclusais
Farmacologia 
Psicologia
RESUMO OCLUSÃO P2
Etiologia da DTM 
A etiologia da DTM é complexa e multifatorial, existem inúmeras causas para esse problema, existindo 3 fatores principais para classificar os outros fatores sendo eles 
PREDISPONENTE: são os fatores que aumentam o risco de se desenvolver DTM, se relacionando com questões sistêmicas, anatômicas e psicológicas. 
INICIANTES ou DESENCADEANTES: causam o inicio das DTM’s, estão relacionados com o trauma, hábitos parafuncionais, fatores adversos, 
PERPETUANTE: são os fatores que interferem na cura da DTM, sendo relacionados com dificuldades, comportamentais, sociais, emocionais e problemas metabólicos. 
No caso da DTM um fator pode desempenhar todos os papeis, sendo de profunda importância a identificação do fator e dos fatores contribuintes. 
O sistema mastigatório funciona normalmente ao longo da vida mas questões etiológicas atrapalham a normalidade dessa função. O desenvolvimento de distúrbios funcionais do sistema mastigatório está relacionado a uma simples equação
FUNÇÃO NORMAL + EVENTO > TOLERANCIA FISIOLOGICA = SITOMAS DE DTM 
Ou seja para que ocorra alguma alteração da normalidade o evento etiológico tem que superar a tolerância fisiologia (capacidade de adaptação do organismo), assim ocorre o surgimento da DTM. 
 PRINCIPAIS FATORES ETIOLOGICOS: existem 5 principais fatores responsáveis pela etiologia da DTM sendo eles, CONDIÇÃO OCLUSAL, TRAUMA, ESTRESSE EMOCIONAL, ESTIMULO DE DOR PROFUNDA, E ATIVIDADES PARAFUNCIONAIS. 
OCLUSÃO: não e o principal fator causador da DTM e deve sempre ser avaliado os outros fatores quando for observar a oclusão, foi observado que existem 4 condições oclusais comuns em pacientes com DTMque são raras em pacientes normais, entre elas temos a mordida aberta anterior esquelética, posição de contato retruida com posição de contato intercuspidea com deslize mairo que 2mm, trespasse horinzontal maior que 4mm, e 5 ou mais dentes posteriores perdidos não substituídos. 
A oclusão pode também se relacionar com a DTM em dois casos quando ela atrapalha a estabilidade ortopédica da mandíbula e exerce carga contra o crânio e quando ela mudanças AGUDAS na condição oclusal influenciam a função mandibular. 
A estabilidade ortopédica é atingida quando a posição de máxima intercuspidação estável esta em harmonia com a posição musculoesqueléticamente estável na fossa, quando essa condição é existente pode ocorrer o movimento sem a sobrecarga das estruturas e sem lesão, quando isso não existe pode ocorrer uma sobrecarga ou o surgimento de uma lesão, pois mesmo que os condilos estejam estáveis e os dentes são levados em contato e apenas um tem contato ainda é uma posição muito instável. (ler novamente no livro p. 118-119).
Efeito das mudanças agudas da oclusão: foi observado que contato prematuro entre dentes pode induzir a dor muscular em indivíduos. Durante a atividade funcional do sistema mastigatório (falar, mastigar) os contatos de interferência oclusal tem efeito inibitório na atividade muscular funcional, portanto atividades funcionais são afetadas intimamente por condições oclusais. Má oclusão aguda é o resultado de uma desordem muscular e não a sua causa, dessa forma o tratamento NUNCA devera ser utilizado para corrigir a má oclusão, mas deve ter foco em eliminar a desordem muscular. 
TRAUMA: ele é subdivido em dois tipos de trauma, o macrotrauma (qualquer força subta que possa levar a alterações estruturais, exemplo um golpe na face) e o microtrauma (qualquer força pequena repetitiva aplicada sobre uma estrutura por um longo período de tempo, exemplo bruxismo e apertamento). 
ESTRESSE EMOCIONAL: o estresse se trata de uma resposta nãp especifica do corpo para qualquer demanda feita sobre ele, e é parte da nossa vida podendo ele ter um ser causado por um agente estressante negativo ou positivo (o corpo não difere o tipo de agente causador do estresse, ele realiza a mesma resposta para os dois tipos estresse). O estresse pode ser descrito como uma forma de energia produzida pelo corpo, e quando produzido o organismo precisa liberar esse excesso de energia, existindo para isso duas formas, a a liberação externa quando o corpo libera a energia através de ataques de fúria ou exercícios físicos, e a liberação interna, que ocorre quando o corpo libera o estresse internamente e desenvolve uma desordem psicofisiológica, tal como hipertensão, síndrome do colo irritável, aumento da tonicidade da musculatura da cabeça e pescoço, aumento das atividades parafuncionais como bruxismo e apertamento dentário. Uma das consequências do estresse prolongado e a dor muscular em resposta ao aumento do tônus muscular, devido ao aumento da atividade simpática. A ATIVIDADE SIMPATICA AUMENTADA OU TONUS REPRESENTA, PORTANTO, UM FATOR ETIOLOGICO QUE PODE INFLUENCIAR OS SINTOMAS DAS DTMs. A exposição prolongada a agentes estressantes emocionais sobrecarrega o sistema nervoso autônomo de modo crônico comprometendo a capacidade do individuo de se adaptar e ate mesmo combater doenças. 
ESTIMULO DE DOR PROFUNDA: pode causar alterações na função muscular. A dor profunda leva a uma resposta protetora do corpo em que os músculos limitam ou mudam o movimento para que se evite a lesão ou ao risco de se lesionar sendo uma resposta perfeitamente natural e saudável, essa resposta se chama cocontração protetora (que é um estimulo secundário). Ela é muito comum nos casos de dor de dente, por exemplo uma pessoa com dor de dente (pulpite) ter o movimento de abertura da boca limitando, assim que se resolver o problema a capacidade de abertura retorna ao normal. 
HÁBTOS PARAFUNCIONAIS: eles podem ser subdivido em dois tipos básicos, funcionais (falar, mastigar) e parafunicionais (bruxismo, apertamento). Existe um outro termo que é utilizado para descrever qualquer aumento da atividade muscular, chamado de hiperatividade muscular (abrange todos os hábitos parafuncionais e os hábitos funcionais que levam a contração muscular próxima ao tônus). 
Hábitos parafuncionais diurnos: são aqueles hábitos em que o individuo realiza durante o dia sem que ele tenha consciência como morder a língua, chupar os dedos, morder a tampa da caneta, hábitos posturais errados, apertamento. No caso desses problemas o clinico deve conscientizar o paciente sobre esses hábitos de modo a ele se policiar. 
Hábitos parafuncionais noturnos: podem existir episódios únicos durante a noite (apertamento) e episódios rítmicos (bruxismo), podendo ocorrer os dois, esses acontecimentos são chamados de eventos de bruxismo. Observações sobre o sono, sono não REM é responsável para restaurar as funções fisiológicas do corpo garantindo o descanso físico, e o sono REM responsável pelo descanso psicológico e por recompor as funções do córtex cerebral, apresenta uma contração muscular maior nesse período ocorrendo durante o bruxismo do que no sono não rem. os eventos de bruxismo parecem estar associados a transição do sono profundo para o leve. Pode se observar que pacientes que deitam de lado tem mais eventos de bruxismo do que pacientes que deitam de costas, e pacientes bruxistas tendem a mudar mais de posição que pacientes não bruxistas. Pacientes que tem eventos de bruxismo constantemente condicionam a sua musculatura e podem vir a acordar sem dor devido a adaptação muscular, já pacientes com raros eventos de bruxismo tendem a acordar com dor devido ao baixo condicionamento de seus músculos. 
ADAPITALIDADE DO INDIVIDUO: É dependente de fatores genéticos, hormonais e biológicos. Quando os fatores etiológicos são menores que a capacidade do organismo de se adaptar, o paciente não relata qualquer sintoma relacionado a DTM, (ou seja quando a importância dos fatores e mínima e adaptalidade é grande o paciente não relata qualquer sintoma relacionado a DTM). 
Alterações sistêmicas: Artrite reumatoide, lúpus, artrite psoradica
Gênero: Mulheres são o mais afetado, devido a fatores emocionais e hormonais (menstruação, ovulação).
FATORES DE RISCO: Mulher de 15 e 50 anos, alterações sistêmicas, condições psicossociais (estresse), maloclusão, parafunção, traumas 
SLIDES IMPORTANTES SALVOS NO CELULAR. 
DTM classificação – Resumo Aula 9
Diagnostico das DTMs: uma observação é que para o tratamento da dor o tratamento deve ser direcionado para a ORIGEM da dor não para o local. 
Sinais: é um achado clinico objetivo em que o profissional encontra durante o exame clinico. 
Sintomas: é a descrição ou relato do paciente 
Dor: é a queixa mais frequente em pacientes com distúrbios dos músculos mastigatórios, existindo a dor muscular, a dor articular ou podendo existir as duas (o que faz o diagnostico se tornar difícil) também existe a dor primaria e secundaria (quando a origem é o SNC), sendo o tratamento efetivo quando direcionado a fonte primaria de dor. 
Desordens musculares: 
Co-contração protetora (imobilização muscular): a cocontração protetora é uma resposta normal do SNC a uma lesão ou a um risco de lesão, na presença de uma lesão ou ameaça de lesão a sequencia normal de atividade muscular é alterada de modo a proteger a parte lesionada. Ela funciona através da ativação de músculos antagonistas ao do movimento desejado em que existe a lesão ou possibilidade de haver lesão, ela não é uma condição patológica mas em caso de prolongamento da sua atividade pode levar a dor muscular. Suas causas podem estar associadas à dor aguda, aumento do estresse emocional e alterações agudas de oclusão, pancada no mento, trauma tecidual (anestesia, abertura prolongada). Para se diagnosticar a cocontração deve-se observar alguns sinais e sintomas, não há dor quando o musculo encontra-se em repouso, abertura de boca limitada, o musculo em movimento resulta em dor, sensaçãode fraqueza muscular, palpação não provoca dor, consegue amplitude de movimentos com dor. 
Dor muscular local (mialgia não inflamatória): é o tipo mais comum de dor muscular aguda observada na odontologia. A sensibilidade muscular local é caracterizada por alterações no ambiente local dos tecidos musculares (mediadas por substancias químicas como histamina, bradicinina). Causas da dor local, cocontração protetora prolongada (devido a isquemia por causa da contração das arteríolas que levam os nutrientes e das veias que removem os metabolitos assim faltando nutrientes e metabolitos são retidos), excesso de atividade muscular (apertamento, hábitos), trauma local, estresse emocional. A dor muscular local pode gerar um distúrbio muscular cíclico, pois a dor muscular pode causar cocontração protetora que por sua vez pode causar mais dor muscular, assim podendo ser desenvolvido pelo paciente um ciclo. Os sinais e sintomas clínicos são dor a apalpação, aumento da dor com a função, limitação da abertura de boca, limitação da abertura de boca, há fraqueza muscular OBS: DIFERE DA COCONTRAÇÃO PROTETORA NO FATO DE O PACIENTE TER MUITA DIFICULDADE DE ABRIR A BOCA AMPLAMENTE. 
Mioespasmo: É uma contração muscular tônica influenciada pelo sistema nervoso central, vários fatores podem causar mioespasmos, como as condições musculares locais, alteração do equilíbrio eletrolítico local, dor prolongada, fadiga, sessões clinicas prolongadas (cirurgia,endo) manutenção do estresse. São caracterizados pela desoclusão súbita (isso ocorre pois a contração de um musculo pode levar a movimentação da mandíbula podendo gerar também alterações oclusais agudas), enrijecimento da musculatura (pode ser sentido na apalpação e durante esse procedimento o paciente pode vir a sentir dor), aumento da dor com a função e pode existir dor em repouso. Durante o exame clinico: sensação de fraqueza, limitação da abertura de boca e desoclusão súbita. 
Dor miofascial (ponto de gatilho): é uma dor influenciada pelo SNC, a dor se origina a partir dos pontos de gatilho que são regiões em que algumas terminações nervosas localizadas podem ser sensibilizadas, criando uma zona de hipersensibilidade, é uma região circunscrita em que algumas unidades motoras parecem se contrair, uma característica é que eles são uma fonte de dor profunda constante, podem produzir efeitos excitatórios centralmente, o que resultará em uma dor reflexa. Alguns fatores etiológicos são: trauma, hipovitaminose, pouco condicionamento físico, fadiga e infecção viral, estresse emocional e estimulo de dor profunda. Sua característica clinica mais comum é a presença de áreas enrijecidas e hipersensíveis conhecidas como pontos de gatilho. o tratamento da dor deve ser direcionado para ORIGEM da dor e não para o local, pois os pontos de gatilho podem criar uma dor reflexa em outro local. Pode gerar cocontração protetora. Os sintomas apresentados estão mais relacionados aos efeitos exitatorios do SNC que ao ponto de gatilho devido aos estímulos que um causa no outro. 
Miosite: é uma dor influenciada pelo SNC. Apresenta-se clinicamente com sintomas semelhantes ao de um processo inflamatório do tecido muscular, o tratamento deve ser direcionado para os mecanismos centrais e não através da manipulação da musculatura dolorida em si. Fatores etiológicos, exposição crônica ao estresse emocional ou fontes de dor profunda, sensibilização do SNC, infecções em estruturas correlatadas, dor muscular e miofacial prolongadas. Ela tem como característica a restrição intensa dos movimentos, dor à apalpação, aumento da dor com a função, sem dor referida, similar a inflamação/infecção do tecido muscular, dor presente no repouso, presença de disfunção estrutural. OBS: É A MAIS GRAVE. 
	
	Dor em repouso
	Dor em Função
	Dor à apalpação
	Co-contração
	NÃO
	SIM
	NÃO
	Dor muscular
	NÃO
	SIM
	SIM, LOCAL
	Dor miofacial
	POSSIVEL
	SIM
	SIM, REFERIDA
	Miosite
	SIM
	SIM
	SIM
	Mioespasmo
	POSSIVEL 
	SIM
	POSSIVEL
Desordens ARTICULARES:
Apertamento dental: irá causar -> alterações periodontais, dentais, musculares e articulares. 
São alterações articulares ou processos inflamatórios que prejudicam a função da ATM, podendo ou não causar dor. 
Qualquer condição ou evento que desencadei alongamento dos ligamentos discais ou comprimisse o disco pode causar desarranjos no complexo condilo-disco. Sendo um dos fatores principais por essas causa o TRAUMA, que pode ser subdivido em duas partes o macrotrauma e o microtrauma. 
MACROTRAUMA: qualquer força subta que possa levar a alterações estruturais, ele pode ser subdividio em macrotrauma direto e indireto. 
direto: o trauma ocorre por uma pancada diretamente na mandíbula o que pode vir a lesionar o sistema articular, a pancada pode ocorrer de duas formas, quando a boca esta aberta ou quando os dentes estão em oclusão (menos prejudicial para a articulação), o trauma pode ser iatrogênico, quando a mandíbula se encontra além do limite ocorrendo alongamento dos ligamentos. 
indireto: refere-se à lesão que pode ocorrer na ATM secundaria a força súbita, mas não em função daquela que ocorre diretamente na mandíbula. Um exemplo seria pacientes que sofreram de lesão do tipo chicote (ocorre a lesão cervical em acidentes automobilísticos) apresentam maior incidência de dor na ATM
MICROTRAUMA: se refere a qualquer força pequena que seja aplicada às estruturas articulares por um longo período de tempo. Pode causar Condromalacia que é quando o limite funcional de força é ultrapassado as fibras colágenas se fragmentam o que reduz a rigidez da matriz de colágeno deixando a o gel tumefeito levando para a superfície articular uma amolecimento. Outro fator relacionado a carga e a questão da reperfusão hipóxia, quando a cargas a cima das normais pressionam as superfícies articulares, podem exceder a pressão dos capilares sanguíneos e levar a um estado de hipóxia, quando a pressão retorna ao normal o sangue é reperfundido o que leva uma liberação de radicais livres no liquido sinovial o que leva a destruição do acido hialuronico que protege as superfícies articulares e mantem a viscosidade, com isso pode ocorrer o fato de as superfícies articulares se deslocarem de maneira a ter um movimento menos suave, o deslocamento do côndilo e produzir uma articulação dolorosa. Outro fator que pode causar o microtrauma e aquele causado pelos movimentos mastigatórios em um momento que o côndilo e os dentes não se encontram estabilizados um exemplo disso e a oclusão classe II de Angle também conhecida como mordida aberta. Um exemplo de microtrauma e o APERTAMENTO. 
ALTERAÇÕES: 
Aderência: é a união temporária das superfícies, ao passo que a adesão é mais permanente, ela pode ser causada por alguns mecanismos como a diminuição do liquido sinovial intracapsular, ou quando o liquido mesmo em níveis normais não renova o mecanismo de lubrificação exsudativa, isso ocorre devido a presença de uma compressão estática por períodos prolongados. Quando ocorre a aderência pode se sentir uma sensação de rigidez ate que força suficiente seja gerada para que essa rigidez seja vencida ouvindo um estalido que indica que as funções normais voltaram devido a separação do disco e da estrutural a qual ele se aderiu. Quando a adesão ocorre por tempo prolongado pode ocorrer a formação de tecido fibroso entre ass estruturas levando a uma lesão permanente. Fatores etiológicos da adesão, trauma, hemartrose (sangramento no interior da articulação), ou compressão excessiva nas superfícies articulares. 
Consequências da aderência temporária: paciente relata sobrecarga (bruxismo), sensação de travamento (abertura limitada), estalo único ao forçar a abertura. 
Consequências da aderência permanente: redução na abertura bucal, estalidos recíprocos, dor pode ou não estar presente. 
ALTERÇÃO DE FORMA: está relacionada a disfunção devido a sobrecarga e dor por longo período de tempo, exame (pode ter) Ruído em um determinado ponto do movimento sendo esse barulho repetitivono mesmo ponto de abertura e fechamento. Pode ocorrer a doença articular degenerativa que é quando superfícies articulares e suas estruturas ósseas subjacentes se deterioram e produzem inflamação subsequente na membrana sinovial. Pode se observar que a dor articular aumenta com o movimento, durante o dia e a dor é constante. Exame clinico: abertura de boca limitada quando há dor e crepitação. 
INFLAMAÇÃO: são caracterizadas por uma dor surda constante que é acentuada pelo movimento articular, existindo alguns tipos de inflamação a sinovite, capsulite retrodiscite, artrite. Pode ser observados sintomas auditivos, dor referida para cabeça e pescoço. O exame é ralizado através da sensibilidade severa na aplapação do polo lateral, abertura mandibular limitada (espasmo ou dor) desoclusão dos dentes do lado da dor (espasmos). 
Sinovite: é quando os tecidos sinoviais que recobrem áreas articulares ficam inflamados, caracterizado pela dor intracapsular constante e intesnsificada pelo movimento articular. E causada por qualquer fator irritante intracapsular como trauma ou função anormal. 
Capsulite: quando a inflamação ocorre no ligamento capsular a condição e chamada de capsulite, o fator etiológico mais observado nesse caso é o trauma (macrotrauma é o principal), pode ser uma lesão secundaria a inflamação das estruturas adjacentes. Representada pelo aumento de dor com o movimento articular, apresemta-se clinicamente como dor à apalpação da porção lateral do côndilo. 
Retrodiscite: é caracterizada por uma dor surda e constante, em caso de formação de edema ocorrerá um deslocamento do côndilo, e isso levará a uma desoclusão aguda. O TRAUMA é o principal fator causador dessa patologia, exemplos de macrotraumas pancada no mento, exemplo de microtrauma, contato prematuro, classe II de Angle, interferência oclusal. A dor é localizada, severa e continua, aumenta com o movimento e é pulsátil, pode gerar uma alteração na trajetória mandibular e uma alteração muscular a cocontração. Observação mastigação do alimento do mesmo lado (ipsilateral) diminui a dor. 
Artritete.
DESLOCAMENTO DO DISCO COM REDUÇÃO (VER SILIDE)
DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO: a elasticidade da lamina retrodiscal superior é danificada, o paciente descreverá como aconteceu (morder maçã, bocejo, acidente), relato de estalos antes da disfunção (limitação e desvio da mandíbula), dor somente quando força a abertura, além do travamento. O exame deve ser realizado com um limite de abertura entre 25mm a 30mm, desvio da mandíbula para o lado afetado, abertura não aumenta (quando se aplica força) movimento lateral normal (ipsilateral0, movimento lateral restrito (contralateral), sobrecarga articular causa dor. Pode ser subdividido em luxação espontânea da mandíbula ou deslocamento espontâneo e sub-luxação. 
Luxação espontânea: refere-se ao travamento que ocorre após a transposição do côndilo e disco sobre o pico da eminencia articular. Pode ser uni ou bilateral. Pode ocorrer em qualquer ATM forçada além do limite de abertura, não é resultado de uma condição patológica, 
Subluxação: etiologia, eminencia articular com declive posterior curto e inclinado e declive anterior longo ou pico da eminencia plano. O paciente relata que a mandíbula desloca quando abre amplamente a boca, ruído articular surdo no final da abertura. Exame, abertura ampla bucal, abrindo a boca no ultimo estagio o condilo ira transpor a eminecia articular deixando uma depressão atrás, durante o movimento de abertura observa-se o polo lateral, vibração latero-lateral no final da abertura e não há dor. A causa normalmente não é patológica, ela ocorre devido a alterações anatômicas dos indivíduos. 
TRATAMENTO DAS DTM’s
Dor: sensação desagradável, varia em intensidade e em extensão da localização, produzida por estimulação de terminações nervosas, especializadas em sua recepção
Disfunção: é uma função realizada de modo anômalo, podendo ser uma hiperfunção (excesso de atividade) ou uma hipofunção (função abaixo da normal).
Uma observação sobre a DTM, é que quem trata a DTM fracassa, deve-se tratar os INDIVIDUOS com DTM. 
Alguns dos tratamentos para DTM são:
TERAPIAS PARA O ESTRESSE EMOCIONAL (ACONSELHAMENTO, ORIENTAÇÃO, EDUCAÇÃO): O dentista deve estar ciente da relação entre as DTMs e o estresse, mas por não ser o profissional mais capacitado para esse tipo de tratamento deve-se encaminhar o paciente para um tratamento com um terapeuta capacitado, podendo algumas terapias serem indicadas no caso de elevados níveis de estresse enfrentados pelo paciente em sua rotina. Para que se tenha sucesso deve se realizar uma anamnese bem feita. 
Educação e sensibilização cognitiva: deve-se orientar o paciente sobre a relação entre a hiperatividade muscular e o emocional. Deve-se orientar o paciente que ele não deve tocar os dentes em nenhum momento exceto durante a mastigação, deglutição ou fala, desse modo o paciente consegue perceber alguns hábitos parafuncionais que ele possa ter como bruxismo e apertamento (método de alivio interno de estresse), de modo a fazer o paciente conseguir perceber o problema e evita-lo
Hábitos: alguns hábitos como mascar chiclete, colocar o telefone entre o ombro e a mandíbula, morder a tampinha da caneta, DEVEM SER IDENTIFICADOS E INTERROMPIDOS.
Terapia de relaxamento (Repouso): existem dois tipos de terapias de relaxamento para que se reduza o estresse emocional, uma delas é a substitutiva e a outra é a ativa. A primeira terapia se trata de uma orientação ao paciente para que ele se afaste quando possível dos agentes estressantes e realize a substituição dos fatores estressantes por atividades que deêm prazer, como por exemplo pratica de esportes, passatempos e programas recreativos (todos parte do mecanismo de liberação externa do estresse). a terapia ativa reduz diretamente a atividade muscular, se trata de um treinamento do paciente para que ele relaxe os músculos sintomáticos, e isso pode fazer com que eles futuramente retornem a função normal, o treinamento requer que o paciente se afaste de todos os agentes estressantes de modo a ter na terapia ativa também a presença da substitutiva A terapia de relaxamento é considerada um tratamento definitivo para a redução do estresse emocional, como um tramento de suporte para as dores musculares. Outras formas de terapia de relaxamento são a relaxamento progressivo (onde o paciente e ensinado a contrair e relaxar os músculos de modo que ele saiba quando os músculos ficaram e relaxados) e a abordagem reversa (quando se realiza alongamento para que a musculatura seja esticada e depois relaxada) biofeedback (é realizado uma eletromiografia, enquanto o musculo é monitorado o paciente recebe estímulos auditivos para que ele relaxe a musculatura e condicione o musculo). 
Nutrição e alimentação
FISIOTERAPIA: será utilizada na fisioterapia a aplicação de agentes físicos e mecânicos para o tratamento, como (MENS, TENS, Biofeedback, Acupuntura, Massagem e Osteopatia)
Termoterapia (Calor/frio): o calor melhora a circulação, por gerar uma vasodilatação local, o que faz com que a diminuição do fluxo sanguíneo responsável pela mialgia seja eliminada, o que reduz os sintomas para esse tratamento deve-se usar uma toalha úmida aquecida por 10 a 15 minutos sob a região 3 vezes ao dia, o tempo não deve ultrapassar 30 minutos, e o frio diminui o edema/inflamação, e também esta associada ao alivio da dor por estimular o relaxamento de músculos em espasmo, facilita o alongamento do musculo por estimular o relaxamento o que auxilia no tratamento dos (triggers points da dor miofacial), para esse tratamento deve-se colocar o gelo dentro de uma toalha, nunca diretamente no tecido do paciente por no máximo 5 minutos, pode ser repetido varias vezes ao dia. 
Estímulos elétricos (estimulação eletrogalvânica e nervosa elétrica transcutanea {TENS}): é o princípio que utiliza a estimulação elétrica de um musculo para que ele se contraia, com esse tratamento é possível se reduzir a dor e conseguir a posição idealmandibular o que favorece a manipulação da mandíbula e o registro em RC, unidades TENS auxiliam no alivio da dor. As contraindicações desse tratamento são pacientes com marca passo e pacientes gravidas. 
Massagem: o estimulo moderado dos receptores sensoriais cutâneos tem uma influencia na inibição da dor, a massagem profunda pode ajudar na mobilização dos tecidos aumentando o fluxo sanguíneo e eliminando os pontos de gatilho (para aumentar a eficiência desse tratamento ele deve ser associado ao calor úmido) 
Manipulação do paciente: a mobilização da ATM é eficiente na diminuição da pressão intra-articular, bem como no aumento da amplitude de movimento, pode evitar distensão do disco. Outra forma de tratamento é o alongamento assistido ele é utilizado para reestabelecer o comprimento muscular, não se deve realizar força elevada nesse tratamento, é utilizada para se eliminar os pontos de gatilho (dor miofacial), deve-se usar a técnica de calor e frio antes do tratamento. Observações se DOER NÃO FAÇA, limitar a extensão dos movimentos para evitar a dor, evitar movimentos dolorosos. 
Acupuntura: a estimulação de certas áreas com acupuntura parece estimular a liberação de certos opioides endógenos o que auxilia no alivio da dor, 
MEDICAÇÃO: tratamentos medicamentosos incluem (analgésicos, antiinflamatorios, relaxante musculares, antidepressivos, ansiolíticos e botox). Pode vir a não oferecer um tratamento definitivo tendo melhor resultado se associado a outros tratamentos como fisioterapia
Analgésicos: são uteis na redução da dor do paciente, quando a causa do problema é a dor profunda o que desencadeia um problema cíclico o analgésico é o tratamento definitivo, existem duas classes de medicamentos, os opioides e os não opioides (dores leves a moderadas), um exemplo é o Tylenol, ibuprofeno, aspirina, meloxican, deve-se evitar o uso em caso de problemas gástricos, um medicamento utilizado para reduzir a acidez estomacal que é um efeito adverso é o Omeprazol. As drogas opioides devem ser usadas por curtos períodos por causarem dependência e só devem ser usada em caso de dor grave e severa. 
Anti-inflamatorios: os medicamentos anti-inflamatorios devem ser utilizados no caso de suspeita de inflamação no tecido, como capsulite, retrodiscite ou osteoartrite. São também bons analgésicos atuando na sensação de dor. Podem atuar na mialgia crônica centralmente mediada. Exemplo de medicamento são o ibuprofeno e a aspirina. Os cortiscoteroides são muito eficientes mas são pouco receitados para esse problema por possuírem muitos efeitos colaterais. 
Relaxantes musculares: São pouco eficientes e talvez seu efeito positivo no paciente esteja associado a sedação que o remédio pode vir a causar, exemplo ciclobezaprina. 
Agentes ansiolíticos: é utilizado para alterar a percepção de estresse emocional, mas não elimina o agente estressante, pode ser utilizado para dormir, de modo a também ter uma ação que pode auxiliar na redução das atividades parafuncionais. Exemplos, alprazolam e clonazepam. 
Antidepressivos: pode ter um elevado efeito no caso de dor crônica, mas curto efeito no caso de dor aguda. São benéficos em doses baixas. Um exemplo de doença tratada por antidepressivos é a fibromialgia. 
Botox (toxina botulínica): auxilia no relaxamento muscular, é um medicamento de eficiência temporária. 
OCLUSAIS: os tratamentos oclusais podem ser realizados por placas, ajuste oclusal, reabilitação oclusal, ortodontia. A terapia oclusal ela é utilizada como um tratamento direcionado a alterar a posição da mandíbula e o padrão de contato oclusal dos dentes. Podendo ser de dois tipos reversível ou irreversível. 
Reversível: É a terapia oclusal que modifica a condição oclusal do paciente apenas temporariamente, como por exemplo através da utilização de aparelhos oclusais. Pode ser eficiente na redução da parafunção por estabilizar o condilo na fossa, um exemplo é a placa estabilizadora, após ser removida a oclusão volta para o estado que era antes do tratamento. 
Irreversível: É qualquer tratamento que altere de forma irreversível a oclusão ou a posição mandibular. Exemplos são o desgaste seletivo, procedimentos restaurados que modificam a condição oclusal, tratamentos ortodônticos e ortopédicos, e procedimentos cirúrgicos que visão alterar a posição oclusal (cirurgia ortognatica). 
PSICOLOGOS/PSIQUIATRAS: um tratamento utilizado por profissionais capacitados é pode vir a reduzir o estresse emocional é a hipnose. Auto sugestão, psicoterapia individual ou em grupo. 
FONOAUDILOGIA: correção de posição/hábitos, língua, lábios movimentos das estruturas orais durante as funções como fala, mastigação
CIRURGICO (Artroscopia, Ortognatica): Deve ser utilizada quando os tratamentos convencionais não foram eficientes. 
Uma observação importante é que como a etiologia é multifatorial, será necessário um tratamento multidisciplinar, por exemplo medicamentoso, e fisioterápico. 
PLACAS OCLUSAIS 
Placas oclusais: É um aparelho removível, geralmente confeccionado de acrílico duro, que se encaixa na incisal dos dentes em um arco, criando contato oclusal preciso com os dentes do arco oposto. 
Considerações gerais: inicialmente a placa a ser utilizada deve ter funções reversíveis, mas quando ela é utilizada para modificas aspectos etiológicos ela deve ser utilizada com fim de diagnostico. Quando a etiologia é oclusal as placas podem rapidamente e reversivelmente introduzir uma condição oclusal mais desejável, mas quando isso não acontece a terapia oclusal irreversível deve ser questionada. São eficientes na redução dos sintomas etiológicos em cerca de 70%-90% dos casos. 
As placas oclusais passam por 4 etapas: seleção, confecção, ajuste e cooperação do paciente 
Seleção: para selecionar a melhor placa primeira mente deve-se observar o FATOR ETIOLOGICO que causa o distúrbio, assim a placa que melhor responder a etiologia deve ser selecionada. 
Confecção: A placa ao ser confeccionada deve se ter cuidado para que seja COMPATIVEL COM OS TECIDOS MOLES E FORNEÇA ALTERAÇÃO NA FUNÇÃO necessária para se eliminar a causa. 
Ajuste: a placa deve ser bem ajustada afim de produzir os efeitos necessários e não deixar duvidas sobre o tratamento. 
Cooperação do paciente: é necessário que o paciente use corretamente a placa para que o efeito dela seja efetivo, por isso uma boa instrução do mesmo se faz necessária. 
Sinonímia: 
placa de mordida:
placa estabilizadora fornece uma relação oclusal considerada ideal para o paciente, quando ela esta posicionada os condilos se encontram na sua posição mais estável no momento quem que todos os dentes apresentam contatos simultâneos, e uniformes, também é estabelecida a desoclusão do canino. O objetivo dessa placa é remover qualquer instabilidade ortopédica, removendo assim a instabilidade como fator etiológico. 
Placa miorrelaxante: função primaria atuar nos músculos. 
placa de bruxismo:
aparelho interoclusal: 
splint Oclusal:
placa de Michigan:
placa noturna:
placa reposicionadora:
Para que servem as placas oclusais? Testar uma posição terapêutica antes de uma alteração oclusal definitiva, reposicionar mandíbula, proteção dentaria (bruxismo noturno/esportes) e finalidades terapêuticas associadas a DTMs. 
 
Quais os mecanismo de ação das placas? -> diminuição da atividade muscular e dos sintomas
alteração da condição oclusal
alteração da posição condilar
reestabelecimento da D.V.O
conscientização 
efeito placebo
Placas em material macio ou resiliente (proteção em esportes, não adequado para DTMs): o objetivo do tratamento é atingir contatos iguais e simultâneos com os dentes antagonistas, sua indicação é como aparelho protetor para pessoas com probabilidade de sofrerem traumas nas arcadas dentarias, como em esportes, e também pacientes que apresentam alto nível de bruxismo. (ler nos slides a classificação dos tipos de placas)
Placas x bruxismo: Não há evidencias de que as placas eliminem o bruxismo, contudo há benefícios em relação ao desgaste

Continue navegando