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AULA 01-07 Proc Penal II- correção do professor

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AULA 01 (Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição Federal ? Justifique a sua resposta. O réu subtraiu a carta para provar a sua inocência, apesar de consistir em prova ilícita o juiz poderá valorá-la para absolver o réu utilizando dos fundamentos do principio da proporcionalidade e o estado de necessidade.
 O juiz devera valorar a prova e absolver o acusado, uma vez que a doutrina e jurispudencia, amplamente majoritaria, admitem a ultilizaçao da prova ilicita para absolver o reu, sob os fundamentos de que, o direito à liberdade é uma garantia da CRFB/88, e todas as normas constitucionais possuem a mesma hierarquia, razao pela qual em casos de conflitos entre normas sera necessario se ultilizar do principío da proporcionalidade, ponderando-se os valores, a fim de verificar qual norma há de preponderar, assim sendo no caso em tela a norma do art. 5º LVI da CRFB/88 podera ser relativizada, para permitir a utilizaçao da prova ilicita e absolver o reu, objetivando tutelar seu direito à liberdade. Ademais ao produzir uma prova ilicita o reu atua em estado de necessidade, razao pela qual a prova tecnicamente não seria ilicita, já que no estado de necessidade se sacrifica um bem para salver outro de igual ou maior valor.
Exercício Suplementar (OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
	2- (Exame de Ordem) O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada ação penal instaurada para a apuração de crime contra o patrimônio, cometido em janeiro de 2010, determinou a realização de importante perícia por apenas um perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para justificar a condenação do réu. Considerando essa situação hipotética, esclareça, com a devida fundamentação legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.O art. 159 CPP sofreu alteração em 2008 não mais sendo exigível que as perícias sejam realizadas por dois peritos oficiais bastando um perito não mais aplicando a súmula 361 STF razão pela qual não há do que se falar de nulidade.
 Atualmente por forçao do artigo 159 caput do CPP, as pericias podem realizadas por um único perito oficial, razao pela qual a sumula 361 do STF, não é mais aplicavel, portanto não há qualquer fundamento juridico viavel para se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.
Exercício Suplementar - (Ministério Público – BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: e)    Todas as afirmativas estão incorretas.
	3- Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a uma entidade central de direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas penas do artigo 312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da CF). Com base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta. Trata-se de mutatio libeli art. 384 CPP tendo em vista que ocorreu alteração dos fatos narrados na denúncia. Assim sendo equivocou-se o magistrado ao aplicar o art. 383 CPP acarretando nulidade por violação do principio do contraditório. Em razão disso esta correta a te4se doa defesa devendo ser dado provimento ao recurso.
Sim o recurso da defesa merece provimento, tendo em vista que no caso em analise, ocorreu a MUTATIO LIBELLI, com a alteraçao dos fatos narrados na denuncia, e não a EMENDATIO LIBELLI. Portanto o juiz deveria ter aberto vista para a acusaçao fazer o aditamento, e depois ouvir a defesa conforme art. 384 CPP, e como tal procedimento não foi observado a sentença é nula, porque violou os principios do contraditorio e da ampla defesa.
Exercício Suplementar - 
(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:
d)    As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.
	4- Proposta ação penal aonde se imputa a prática de crime de estupro a réu preso em outra unidade da federação, o juiz natural, analisando a inicial, recebe a mesma e determina a citação do denunciado para que o mesmo compareça a audiência de interrogatório designada para 30 dias após. A citação foi realizada considerando que o réu está em local incerto e não sabido, aplicando assim a Súmula 351, STF. Na data marcada, o réu não comparece e o juiz decreta a revelia, nomeando Defensor Público para defesa. Com base nisto, responda: O procedimento utilizado pelo juiz encontra-se em compasso com o ordenamento jurídico? Fundamente a sua resposta.O procedimento não se encontra em compasso com o ordenamento jurídico porque atualmente o réu não é citado para o interrogatório e sim para apresentar resposta preliminar conforme sae observa no art. 396 CPP.
Não encontra compasso com o ordenamento jurídico atual porque o réu não é citado paro o interrogatório, atualmente a citação e para apresentar resposta preliminar no prazo de 10 dias conforme artigo 396 do CPP. E o interrogatório ocorre na AIJ como último ato da instrução criminal artigo 400 do CPP.
Exercício Suplementar - Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
b)    Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação;
	5- Em denúncia pela prática de crime de homicídio culposo, que teve como base da materialidade o laudo de exame cadavérico, a acusada é citada e apresenta resposta através de seu advogado constituído, recebendo o juiz a inicial após esta fase. Como a acusada residia em outro estado da federação, o juiz expediu carta precatória para que a mesma fosse interrogada. Cumprido a precatória, designou audiência de instrução e julgamento que teve a participação de advogado dativo, ante a ausência da defesa, apesar de devidamente intimada e, ao final, o juiz condena a acusada considerando as provas testemunhais sobre a materialidade e autoria. Intimada da sentença, a acusada interpõe recurso argüindo nulidadedo procedimento a partir do recebimento da inicial. Com base nisto responda: O argumento da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta, apontando eventuais violações à princípios constitucionais:
No caso concreto o juiz determina a realização do interrogatório antes da realização da AIJ, invertendo a ordem dos atos do procedimento tal fato gera nulidade porque viola os princípios do contraditório e o da ampla defesa na medida em que dificulta que o acusado durante o seu interrogatório faça sua auto defesa e consequentemente gerando a violação dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
 Sim, o argumento da defesa deve ser julgado procedente, pois no caso existe nulidade em razao do “error in procedendo”, tendo em vista que o interrogatorio foi realizado antes da oitiva das testemunhas, prejudicando dessa forma a auto-defesa, e consequentemente gerando a violaçao dos principios constitucionais do contraditorio e da ampla defesa. 
Exercício Suplementar - (OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
 (C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
	Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de uma viagem de longa data que fará para o exterior, resolve deixar, no terreno de seu vizinho Sandro Santos , sem o conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da raça Mangalarga para que o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos percebeu que os referidos animais acabaram danificando toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente prejuízo econômico. Ante o exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi encaminhado ao Juizado Criminal competente. Durante a primeira audiência, e presentes ambas as partes, não foi possível a conciliação entre as mesmas. Com base nos fatos apresentados, responda, de forma justificada: No caso em tela, é possível o oferecimento de transação penal? A questao não é pacifica, e a discursão deriva do entendimento da transaçao penal, ser ou não um direito subjetivo do reu. Nesse sentido uma parte da doutrina entende que mesmo nos crimes de açao penal privada, como é o caso do art. 167 de CP, por força do art.167do CP, a transaçao penal poderia ser oferecida pelo querelante. Porem predomina o entendimento de que a transaçao penal e um ato privativo do MP, e que somente caberia nas açoes penais publicas, conforme art. 76 da lei 9099/95. 
Exercício Suplementar - Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano. 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?
a)    I; RESPOSTA LETRA A
	7- Gisela Mocarsel está sendo processada por crime de calúnia praticado na presença de várias pessoas (artigo 138 c/c 141 III, ambos do CP). O ofendido / querelante, regularmente intimado para audiência de conciliação (artigo 519 CPP), não comparece de forma injustificada. Pergunta-se: 
a) Qual a consequência da referida ausência injustificada do querelante? Parte da doutrina defende que a ausência injustificada do querelante, não gera maiores consequencias juridicas, tendo em vista que se trata de uma audiencia de conciliaçao, portanto se o querelante faltar é por que ele não quer se conciliar.
 Entretanto predomina o entendimento que, por força do art. 60, III do CPP, a ausência injustificada do querelante, gera a perempção da açao penal, e consequentemente a extinçao da punibilidade do agente, nos termos do art. 107 IV do CP. 
B) E se a ausência fosse da querelada? 
 Neste caso o juiz recebe a queixa e prossegue com o rito sumario, uma vez que a ausencia injustificada foi do querelado, que é maior interessado na audiencia de conciliaçao, tendo em vista que ela ocorre antes do recebimento da queixa, portanto se ele faltou é porque não pretende conciliar.
Exercício Suplementar - Sobre os crimes contra a propriedade intelectual, assinale a opção INCORRETA:
C)   Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida a queixa com fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 15 dias, após a homologação do laudo;

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