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DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

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DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
O Título V da Constituição Federal trata da defesa do Estado e das Instituições Democráticas.
Em seu capítulo I (art.136 a 141) são apresentados dois instrumentos de garantia da ordem e da segurança, em face de perigos reais e iminentes provocados por agressões internas ou externas contra a soberania do Estado. 
SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISES
 
O “sistema constitucional de crises” é um conjunto de normas constitucionais que têm por objeto as situações de crise e por finalidade a mantença ou restabelecimento da normalidade constitucional.
 
É um conjunto de prerrogativas públicas, previsto na CF, que atribuem ao Poder Executivo Federal (art. 84, inc. IX) poderes temporários e excepcionais para a superação de situações de crise institucional.
 
Inclui duas medidas de exceção: o ESTADO DE DEFESA e o ESTADO DE SÍTIO.
 
O uso desses institutos constitui direito público subjetivo do Estado. Mas este uso é sempre excepcional e temporário e somente se justifica em situações de anormalidade da vida institucional. Em situações de normalidade, o uso equivaleria a um golpe de Estado.
 
A decretação dessas medidas instala um regime jurídico de legalidade extraordinária.
 
Portanto o ESTADO DE DEFESA é um instituto constitucional que possui o objetivo de preservar a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções. É instaurado mediante decreto, o qual deverá fixar as áreas abrangidas e o tempo de duração, o qual tem prazo máximo de trinta dias prorrogável apenas uma vez por igual período.
 
 A execução destas medidas implica no afastamento temporário do conjunto das normas jurídicas regentes das relações sociais e na limitação ou supressão de direitos fundamentais.
 Para que haja a decretação é necessário o cumprimento de alguns pressupostos formais como:
 
Prévia oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional (pareceres não vinculantes) (art. 136, caput, CF);
Decreto presidencial (art. 136, § 1º, CF);
Controle político, a posteriori, pelo Congresso Nacional (comunicação em 24 horas e decisão, em 10 dias, por maioria absoluta) (art. 136, §§ 4º a 7º, CF).
 
 Restrições possíveis durante o Estado de Defesa: serão especificadas pelo decreto. Podem incluir restrições ao direito de reunião, sigilo de correspondência e sigilo de comunicação telegráfica e telefônica (vide art. 136, § 1º, inc. I, CF). Em caso de calamidade pública também pode incluir a ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos (vide art. 136, § 1º, inc. II, CF).
 
Prisão por crime contra o Estado, durante a execução da medida – não pode ser superior a 10 dias e deve ser comunicada ao juiz competente. É vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
ESTADO DE SÍTIO - É medida mais enérgica podendo ser adotado como forma de repressão ou de defesa (CF 137, I, II).
 
 Pressupostos formais:
 
Prévia oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional (pareceres não vinculantes) (art. 137, caput, CF);
Autorização do Congresso Nacional (controle político prévio, com decisão por maioria absoluta)
Decreto presidencial (art. 138, CF)
 
Extensão territorial: nacional (cabe ao decreto indicar as medidas para cada área)
 
Limitação temporal: (art. 138, § 1º, CF)
 
a) Estado de Sitio repressivo: prazo máximo de 30 dias, mas prorrogável por número ilimitado de vezes, sempre por 30 dias, com repetição dos pressupostos formais;
b) Estado de Sitio defensivo: pelo tempo que perdurar a guerra ou agressão armada estrangeira.
 
Durante o Estado de Sitio as restrições possíveis estão previstas no art. 139, no entanto, qualquer garantia constitucional pode ser suspensa na hipótese de Estado de Sitio defensivo.
 
DISPOSIÇÕES COMUNS A AMBAS AS MEDIDAS
 
 
Necessidade de convocação extraordinária do CN, caso esteja em recesso
Continuidade do funcionamento do CN enquanto perdurar as medidas
Acompanhamento e fiscalização, pelo CN, através de uma comissão especial composta de cinco membros (art. 140, CF)
Cessação dos efeitos da medida, tão logo encerradas, sem prejuízo da responsabilização por eventuais abusos (141, caput, CF)
Necessidade de prestação de contas pelo Presidente, em mensagem enviada ao CN, sobre o que foi realizado e os que foram atingidos (art. 141, § único, CF).
Controle jurisdicional: é possível o controle de legalidade das medidas (através de HC ou MS), mas vedado o controle do mérito das decretações.
 
 FORÇAS ARMADAS - Instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República (art. 84, XIII). É constituída pela Marinha, Exército e Aeronáutica que têm como finalidade a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
 
 SEGURANÇA PÚBLICA - Dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Sua finalidade é a preservação da ordem pública, preservação da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
 ÓRGÃOS: Polícia Federal (art. 144, § 1º - PA e PJ), Polícias Rodoviárias Federais (art. 144, § 2º - PA), Polícias Ferroviária Federal (art. 144, § 3º - PA), Policia Civil (art. 144, § 4º - PJ), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar (art. 144, § 5º - PA) (militares dos Estados) (PJ – Just. Militar). São forças auxiliares e reserva do Exército.
GUARDA MUNICIPAL – Finalidade: proteção de bens, serviços e instalações dos Municípios (art. 144, § 8º). Não exercem funções de PA ou PJ.
 POLICIA ADMINISTRATIVA – (ostensiva) – prevenção do crime
 POLICIA JUDICIÁRIA - (repressiva) - de investigação, de repressão.

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