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Artigo Industria bélica brasileira

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Indústria bélica brasileira**
Mateus Stanoga Santos*
Muniky Masiero*
Elivelton Natan Steinheuser Barbosa*
Rafael Lenzi*
Guilherme Antunes*
RESUMO
A indústria bélica de uma nação interfere diretamente em sua rede de defesa,o desenvolvimento da cadeia produtiva da indústria bélica brasileira representa dentre muitos fatores de desenvolvimento econômico e social, a garantia de segurança e soberania nacional, contribuindo para a redução de vulnerabilidades perante os maiores produtores internacionais. Sua importância estratégica para a soberania do país e o potencial de exploração dos mercados internacionais, principalmente as parcerias latino-americanas são fatores motivadores para sua análise. Contudo, as empresas participantes destas cadeias são altamente dependentes de uma política nacional, regulamentações e dificilmente conseguirão sobreviver se continuarem a atuar exclusivamente com a indústria bélica. Este artigo aborta de forma clara e objetiva a situação atual da indústria bélica brasileira, além de mostrar o caminho histórico que trouxe-a a ate aqui.
Palavras-chave: Indústria. Tecnologia. Indústria bélica. 
1 INTRODUÇAO
Com a plena necessidade de se estabelecer uma grande capacidade bélica de combate, o Brasil na atualidade, está criando novas mentalidades de combate em diversas modalidades. O presente artigo diz respeito sobre a Indústria Bélica Brasileira, mais concretamente sua evolução histórica até o que temos hoje de moderno e atual. Neste ensejo resolve-se estabelecer a compreensão e o aprendizado, desenvolvendo um raciocínio lógico de tudo o que o Estado brasileiro investe para defesa e proteção, tanto em armamentos, viaturas terrestres, marítimas, aéreas, etc.
2 Histórico da indústria bélica brasileira 
Até o século XVIII no então Brasil colônia, não existia em nosso país nenhum tipo de manufatura ou indústria voltada a produção bélica, todo e qualquer tipo de material deste gênero era trazido de países da Europa. A mudança inicia-se no ano de 1711 quando funda-se no Rio de Janeiro a Casa do Trem de Artilharia, desempenhando funções de reparação de material bélico, fundição e logística. Já em 1763 instala-se o Arsenal de Marinha, também no Rio de Janeiro, com a finalidade de atender as necessidades de nossa frota naval. E em 1808 por decreto de Dom João VI é criada a Fabrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas, a mais importante das pioneiras construções pois deu origem a atual IMBEL (indústria de materiais bélico) maior fornecedora de materiais ao ministério da defesa. Com o rápido desenvolvimento tecnológico no ramo bélico na Europa, houve uma necessidade mundial de cada vez mais existir um aprimoramento nos materiais fabricados por cada nação, no Brasil não foi diferente, as indústrias foram modernizando-se e aprimorando seus produtos. 
Houve então a primeira guerra mundial, marco importantíssimo ao avanço armamentista em todo o globo, armas de fogo (metralhadoras e armas anticarro), artilharia com autopropulsão (desenvolvimento de balística e aerodinâmica e os primeiros sistemas de foguetes), navios a vapor (novas funções como o emprego de aeronaves e a defesa aérea), aviões (início da utilização dos primeiros metais leves) e a indústria química (penicilina, antibióticos) num primeiro momento. Todos estes novos meio de se combater demandavam industrias avançadas e com grande capacidade de produção. Durante e após a Segunda Grande Guerra estas mais recentes armas, mais complexas, necessitarão de mão de obra altamente especializada, novos conhecimentos, máquinas e tecnologias. A indústria de apoio necessária para a construção destes sistemas de armas de crescente complexidade e integração maciça, já não seria viável se fossem utilizados somente em tempos de guerra. Em vez disso, as nações passaram a dedicar parte de suas economias para a produção em tempo integral de ativos de guerra. Esta interdependência crescente de militares e governos civilistas sobre a indústria bélica deu origem ao conceito de “complexo militar industrial” que constatamos existir atualmente.
No Brasil com o governo Getúlio Vargas e a participação do Brasil na Segunda Grande Guerra, que marca o início da maior colaboração comercial entre os setores bélicos do Brasil e dos EUA, em especial após a implementação da Doutrina Truman por parte dos americanos.
 Desde o início da década e, de forma mais dramática, depois da guerra civil de 1932, havia um nítido consenso na cúpula militar brasileira em torno da debilidade da capacidade de defesa de suas forças armadas. A guerra do Chaco, a escalada militar na Europa e na Ásia, e o programa de rearmamento argentino – o então tradicional rival e inimigo potencial do Brasil – compunham um cenário cuja avaliação pelos militares brasileiros 8 não era nada favorável ao seu país. O temor quanto à superioridade bélica argentina perpassou as negociações do Brasil com os Estados Unidos (SVARTMAN, 2008).
Foi neste período que a aceleração industrial e tecnológica dá uma formatação inicial ao modelo fabril bélico brasileiro pertinente ao nosso estudo, pois tanto o governo “getulista”, a administração JK e as juntas militares, identificavam a necessidade de um desenvolvimento de nossa base industrial de defesa, apesar de seus interesses políticos serem distintos.
Primeiro ciclo industrial militar, que se estendeu desde a fundação da Casa do Trem, em 1762, até a Revolução Democrática de 1964, era caracterizado por fábricas pertencentes às Forças Armadas. No segundo ciclo, que vem de se encerrar com a Guerra do Golfo, o incremento da participação civil ensejou o aparecimento de inúmeras empresas nacionais dedicadas à produção de material de defesa (AMARANTE, 2004).
E foi perante essa necessidade mundial que a indústria bélica brasileira começou a crescer, dando seguimento as industrias que estão ativas até hoje, CBC, IMBEL, EMBRAER, TAURUS, entre outras, sobre as quais será feita uma explanação nos próximos tópicos.
3 Viaturas nacionais
A principal empresa desenvolvedora de viaturas para a indústria bélica brasileira foi a Engesa a partir de 1960. Ela estimulou a evolução e criação de novas tecnologias e gerou grande desenvolvimento econômico e tecnológico para o Brasil, o que marcou um grande marco para o Exército Brasileiro.
As primeiras viaturas criadas de combate pela Engesa, foi o Cascavel e o Urutu. O Urutu foi desenvolvido a partir de 1970 no qual foram produzidos para o Exército Brasileiro, mas logo foi divulgado e vendido para vários países como Bolívia, Chile, Uruguai, Colômbia, entre outros. Tem como principal característica o transporte de pessoal, sua forte blindagem e sua capacidade anfíbia. Já o Cascavel foi desenvolvido a partir da década de 80 com seu sistema parecido com o do Urutu, mas este carro tem como principal objetivo fazer o reconhecimento de área e foi feito para ser incrementado com vários tipos de armamentos ao longo de seu uso por seus clientes que a utilizarem, como o Canhão anti-tanque 90mm ou até mesmo a metralhadora Mag 7,62. 
Além do Urutu e do Cascavel, a empresa Engesa focou em criar vários tipos de blindados ao qual receberam o nome de cobras pertencentes ao território brasileiro. Como o blindado Sucuri, o Jararaca, veículos criados pela Engesa para venda, e não utilizados pelo Exército Brasileiro e outros como o Urutu e Cascavel já citados. 
Outro blindado com grande destaque foi o Osório. Foi criado para competir no mercado com o Leopard alemão, mas este blindado não foi para frente, possuindo somente dois protótipos. A empresa Engesa faliu no ano de 1990 por motivos administrativos e políticos que não é objetivo explicar neste artigo. 
Atualmente o Brasil está com a fase de experimentação com os novos blindados VBTP -Viatura Blindada de transporte Guarani, uma nova mentalidade para Infantaria, chamada Mecanizada. Entra na Indústria Bélica substituindo o Urutu, impondo o seu grande desempenho e modernização. O Guarani, fruto da parceria entre Iveco e Exército Brasileiro está em fase de teste e adaptaçãopara serem empregados com êxito em combate. Foram planejados inicialmente em 2009 estas viaturas e entregues suas primeiras unidades a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizado desta cidade de Cascavel-PR em março de 2014.
O Guarani, com capacidade de 11 tripulantes, pode chegar a velocidade de 110 km/h, sua blindagem pode barrar tiro de até 7,62mm perfurante. Hoje, o Brasil possui 128 Guaranis na ativa, estão previstas 2.044 unidades até 2031. É um veículo com as mesmas características do Urutu, possuindo uma melhor capacidade anfíbia e todo o sistema melhorado e equipado para proporcionar as melhores condições de conforto para seus tripulantes.
O mais recente investimento para Indústria Bélica Brasileira, foi o Astros 2020. O Exército Brasileiro começou a contar com esta nova viatura a partir de 2014, quando a Avibras, empresa com grande destaque na indústria transformou o antigo Astros II em uma arma mais forte e potente. Em dezembro de 2015, a Avibras entregou ao 6º Grupo de Mísseis e Foguetes de Formosa, Goiás, 9 viaturas que está estabelecido no Projeto Estratégico do Exército. O Astros 2020 possui um sistema de controle e comando digital, e possui capacidade de lançar foguetes e mísseis de vários calibres a distâncias entre 9 e 300 quilômetros. 
4 Industria aérea 
A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) fundada em 1969 com apoio do governo brasileiro, é uma das maiores empresas civil/bélica brasileira, tem como objetivo de transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial, sendo uma empresa que fabrica aviões militares, comerciais, executivos e agrícolas. Considerada uma das maiores fabricantes de jatos, sendo atualmente a maior empresa brasileira no ramo de exportação. Sua sede está situada na cidade de São José dos Campos – São Paulo, que tem uma pista construída exclusivamente para realizar os testes dos aviões. 
Além do desenvolvimento e melhoramento dos jatos comercias e executivos, a Embraer vem oferecendo soluções para a defesa, segurança e sistemas do Brasil, desenvolvendo algumas aeronaves militares para a defesa aérea do território brasileiro. Algumas delas são:
KC 390: É uma aeronave de transporte militar, que é um grande avanço na tecnologia e inovação para indústria aeronáutica brasileira, pois pode executar diversas missão, como, transporte e lançamento de tropas e cargas, busca e resgate, combate a incêndios florestais, reabastecimento aéreo, entre outras.
EMB 312 Tucano: É uma aeronave turboélice, e é utilizada para treinamento de pilotos, pois é uma aeronave altamente manobrável e também pode realizar ataque leves, podendo receber cargas externas em quatro pontos duros nas asas, permitindo treinamento armado.
EMB 314 Super Tucano : A Embraer por estar se desenvolvendo, criou uma nova versão do EMB 312 Tucano, duas vezes mais potente e com novos sistemas eletrônicos, essa aeronave continua sendo usada para treinamento de pilotos.
EMB 145 AEW&C e EMB 145 MULTI INTEL: Foram criados a partir do projeto SIPAN (Sistema de Proteção da Amazônia) e SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), pois esse projeto era constituído por radares, satélites e sistemas de sensoriamento remoto, e necessitava que fosse móvel, a partir da plataforma do jato regional ERJ 145, foi que a Embraer passou a desenvolve-los.
EMB 145 AEW&C: Pode detectar e rastrear alvos marítimos e aéreos, fazer patrulhamento do espaço aéreo até o controle de trafego aéreo, tudo isso graças aos dados fornecidos pelo radar.
EMB 145 MULTI INTEL: Desenvolvido para sensoriamento remoto e vigilância do solo, pode “varrer” grandes regiões, pois e equipado com um scanner infravermelho, ao detectar algo suspeito em seus radares, envia informações diretamente para o Super Tucano.
5 Indústria naval
O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro é o maior complexo industrial naval da MB, possui as mais modernas instalações industriais disponíveis no Brasil. Ele possui três diques secos dentre eles o Dique Almirante Régis, um dos maiores da América Latina, medindo 254,58m de comprimento, 35,96m de largura e 15,51m de altura, sendo capaz de docar navios de grande porte, inclusive o NAe “São Paulo”. No intuito de fazer frente as tecnologias necessárias para a construção dos FCN e dos submarinos da classe “Tupi”, diversas oficinas foram atualizadas, destacando-se entre elas a oficinas de motores, e no que tange a construção de submarinos, a modernização das oficinas de construção dos mesmos e a construção de um dique flutuante, específico para a produção destes submarinos, o dique “Almirante Schiek”, que foi projetado construído no ANRJ, possuindo um comprimento utilizável de 100m e largura de sua bacia de manobra de 14m. Possui ainda duas carreiras de construção, que podem, ainda, ser utilizadas para encalhe ou docagem de pequenas embarcações. Suas características são a declividade de 6%, comprimentro de 224,0m x 40m (no 1) e 116,0m x 25m.
A Base Naval de Val-de-Cães, em Belém, dispõe de um dique seco de 225m de comprimento e 27m de largura; uma carreira para embarcações até 150 ton. O complexo ainda possui oficinas completas para qualquer tipo de reparo naval, estruturas de apoio para os navios distritais e serve de retaguarda de apoio à Estação naval do Rio Negro, em Manaus, além de possuir um dos melhores parques industriais da Região Norte-Nordeste. Uma das peculiaridades da BNVC, é o projeto pra a construção das “COMBAT BOAT 90”, originalmente de produção suéca, no estaleiro de “DOCKSTAVARVET”, estão sendo estudadas possibilidades de incluir o Brasil na produção e na manutenção destas embarcações, soluções como criar um estaleiro privado para a Marinha suéca estão em pauta. É importante ressaltar que tanto o EB quanto a MB devem especificar a produção destas embarcações, visando a utilização das duas forças, em ambientes como o amazônico e o pantanal.
A Base Naval do Rio de Janeiro vem ampliando as suas capacidades, desonerando o AMRJ de pequenos reparos liberando-o para grandes manutenções e para a construção. Ela possui capacidade de docagem dos navios de grande porte da MB.
A Base Alte. Castro e Silva é destinada ao apoio das atividades ligadas a operação de submarinos e seus respectivos navios de apoio, sendo capaz de realizar pequenos reparos e aferições em equipamentos específicos inerentes à atividade. Nela fica atracado o navio de salvamento submarino Felinto Perry, de grande importância para a segurança nas operações submarinas.
ORGANIZAÇÕES LIGADAS A PRODUÇÃO BÉLICA DA MB: O Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), situado no Rio de Janeiro, foi criado em 1975. Ele é responsável por todo um apoio na área de pesquisa operacional dos meios da esquadra, estando capacitado atuar nas áreas de conhecimento de Análise de Sistemas, Engenharia de Sistemas, Informática, Estatística, Software Livre, Gestão Eletrônica de Documentos e Segurança da Informação com ênfase na criptografia. Uma de suas maiores contribuições foi o desenvolvimento de instrumentos próprios para realizar a ‘avaliação operacional’ de meios como as fragatas classe “Niterói”, submarinos classe “Tupi” e corvetas classe “Inhaúma”. Tal avaliação permite conhecer as limitações e possibilidades dos modernos e sofisticados equipamentos e sistemas navais. Após a determinação dos parâmetros de eficácia de um equipamento ou sistema, os resultados obtidos passam a ser utilizados para verificar o funcionamento deste no decorrer de sua vida útil. O conhecimento desses valores permitirá saber se o referido equipamento ou sistema está sofrendo alguma degradação, após contínua utilização, ou se está sendo empregado aquém de suas possibilidades.157
O Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), além de outros tipo de sistemas é no CTMSP que se desenvolve o Programa Nuclear da Marinha do Brasil, em seu centro experimental Aramar, localizado em Iperó (SP). Este programa é composto pelo ‘Projeto do Ciclo do Combustível’, pelo ‘Projeto do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica’ e pelo ‘Projeto de Infraestrutura’.O Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), localizado no Rio de Janeiro, tem como missão o desenvolvimento de tecnologias necessárias à Marinha. 
A Empresa Gerencial de Projetos Navais (EmGeProN), é uma empresa pública criada em 1982, vinculada ao Ministério da Defesa, por meio da MB. Ela atua em todo o espectro tecnológico dos projetos de interesse da MB, não só na prestação de serviços de gerenciamento de projetos, mas também na comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo setor naval da Indústria de Defesa Nacional.
O Centro de Armas da Marinha (CAM), subordinado à DGMM, foi criada em 1982, é responsável por atividades relacionadas com a manutenção e instalação dos sistemas de armas dos meios navais, aeronavais, de fuzileiros navais e de estabelecimentos de terra. Ocupa o edifício 07 do Complexo do AMRJ.
A Fábrica de Munições da Marinha (FMM), subordinada a DSAM, esta fábrica é responsável pela fabricação, no país, de toda a munição naval de médio e grosso calibres utilizadas pelas Forças Navais brasileiras.
O desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear: os submarinos têm demonstrado ser uma das armas mais letais e eficientes da guerra naval moderna, o que não passou despercebido pela MB. Hoje o Comando da força de submarinos (ComForS) conta com quatro submarinos da classe “Tupi”, modelo IKL-209- 1400, de origem alemã, projetado pela firma Ingenieur Kontor Lubeck (IKL), e ainda com um submarino classe “Tikuna”, modelo IKL-209-1500, um aprimoramento do projeto original da Classe “Tupi”, concebido no Brasil por engenheiros da Marinha. Com o projeto destes submarinos a MB conquistou a capacidade de poder contar com o projeto e fabricação destes meios em território nacional e ainda ampliar esta capacidade para aspirar a construção de submarinos de propulsão nuclear. O contrato de obtenção dos IKL-209-1400 foi firmado em 1982, foi firmado um consorcio com a alemanha, visando a transferência de tecnologia. Pelo acordo firmado, o primeiro submarino, o Tupi, foi inteiramente construído na Alemanha; o segundo, o Tamoio, no AMRJ. Em 1985, foi firmado um novo contrato de construção de mais dois submarinos no AMRJ, o Timbira e o Tapajó. Com os conhecimentos adquiridos neste projeto, a MB projetou e construiu, no AMRJ, o IKL-209-1500, ou classe “Tikuna”, que apesar da semelhança externa incorpora uma série de novidades tecnológicas em seus sistemas, notadamente na geração de energia, no sistema de direção de tiro e nos sensores.
O projeto e construção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, o SMB- 10, não é uma realidade nas pranchetas dos projetistas navais. O programa nuclear da Marinha alcançou resultados importantes, ainda na década de 80, como o domínio do ciclo do combustível nuclear. De 1979 até 1990 este programa contou com o aporte de recursos extra-MB, advindos de outras instituições governamentais, e a partir daí, tem sido mantido praticamente com os recursos orçamentários escassos da MB, que ainda persegue o desenvolvimento e a construção de uma planta nuclear de geração de energia elétrica, que inclui o seu reator. Desenvolvidos e concluídos esses dois projetos, estarão criadas as condições para que, no futuro, havendo uma decisão de governo para tal, possa ser dado início à elaboração do projeto e a posterior construção de um Submarino Nuclear de Ataque (SNA).
 Nação, e a MB, na figura de suas principais autoridades, tem esta percepção, conforme explicitado nas declarações do seu atual Comandante, o AE Roberto Guimarães de Carvalho, que conclui que esse programa deve ser transformado em um Programa Nacional, e não apenas da Marinha, garantindo o aporte adicional, regular e continuado dos recursos, capazes de fazer face às necessidades de um empreendimento dessa natureza.
6 Conclusão
 Ao fim da elaboração deste artigo pode-se perceber a importância da indústria bélica de uma nação, tanto para manutenção de sua soberania como para fatores comerciais. O Brasil vem desenvolvendo-se lentamente neste ramo industrial, porém as expectativas com as novas tecnologias são boas.
BIBLIOGRAFIA E SITES CONSULTADOS (ENTRE 01/11/2016 E 06/11/2016)
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www.defesa.gov.br
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www.embraer.com.br/ptBR/ConhecaEmbraer/TradicaoHistoria/Paginas/default.aspx
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BASTOS, E. C. S. Primórdios da motorização no exército brasileiro: 1919-1940. Juiz de Fora: UFJF
DELLAGNEZZE, R. 200 anos da Indústria de Defesa no Brasil. Brasília: Cabral Editora, 2008. 
DREYFUS, P.; LESSING, B.; PURCENA, J. C. A indústria brasileira de armas leves e de pequeno porte: produção legal e comércio. Rio de Janeiro: VivaRio/ISER, 2011.
 FERREIRA, M. J. B.; SARTI, F. Diagnóstico: base industrial de defesa brasileira. Campinas: UNICAMP, 2011
*Alunos do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva, curso de infantaria;
** Artigo apresentado como requisito avaliativo do projeto interdisciplinar 2016;

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